Yan Lee tem dezoito anos e trabalha em uma rede conhecida por todos os jovens de sua idade, até mesmo crianças, o McDonald's, trabalha lá há dois meses e está feliz com o seu primeiro emprego, depois de tanto tempo procurar. Ter uma oportunidade é um desafio para os jovens de sua idade, principalmente os que se formaram recentemente ela, por exemplo, procurou por um ano participou de várias entrevistas e dinâmicas em grupo nas empresas, porém sempre perdia a vaga para um funcionário mais experiente.
Ela já estava desanimando foi quando seu telefone celular tocou e ela foi há uma entrevista em uma das filiais dessa conhecida rede de fastfood em sua cidade.
Se arrumou com a melhor roupa que tinha, passou uma maquiagem leve e que destacava seus olhinhos puxados, mestiça de coreano com brasileira, ela puxou a aparência de seu pai e a doçura de sua mãe, uma menina muito fofa.
Chegou a rede de fastfood participou da dinâmica sendo selecionada pela gerente dessa rede por ser a mais carismática além de ter se saído muito bem no teste teórico e prático, e assim ela vai seguindo a sua vida, trabalhando muito para conquistar as suas coisas e de quebra ajuda seus pais com alguma conta. Muito teimosa ela paga ou uma água, ou uma luz, e não adianta seus pais protestarem e dizer que seu salário pode ser usado para ela, pois a mesma não acha justo os custos da casa ficarem apenas para os seus pais.
Naquela manhã ela se levanta e se arruma como sempre e vai à luta, o local onde trabalha não é muito distante de sua casa, então ela pode ir caminhando mesmo.
Yan Lee caminhava tranquila ouvindo as suas músicas favoritas em seu aparelho de MP3 até que se assusta com um cachorro perseguindo um gato que entra em uma casa, ela se volta para a mesma e nota que na grande janela da sala há um rapaz olhando para a rua, porém seu olhar parecia perdido e sem vida. Um rapaz muito bonito, e ao que parece, deve ser coreano que nem ela, pois mesmo de longe ela nota que o rapaz tem os olhos puxados como os dela. Ela observa-o ainda mais um tempo e depois segue para o trabalho.
O rapaz invade seus pensamentos e ela passa a querer conhecê-lo e a fazer amizade.
" Não entendo porque fico pensando essas coisas"
Ela chega a seu local de trabalho e assume seu posto a frente de caixa, local aonde ela mais gostava de ficar, embora nesta famosa rede de fastfood cada funcionário realizava todas as funções caso fosse necessário.
Ela cumpre sua jornada de trabalho com alegria e na hora de ir embora tem a companhia de Jaqueline, sua colega de trabalho.
As duas seguem o caminho para suas casas e Jaqueline nota que Yan Lee está em silêncio, o que a deixa preocupada, pois a garota é uma eterna tagarela.
Incomodada com aquele silêncio mortal, Jaqueline resolve perguntar a amiga o que aconteceu para ela estar tão quieta, visto que é muito tagarela.
Yan Lee resolve comentar, pois aquele rapaz não sai de seus pensamentos desde o momento em que o viu.
Estava aqui pensando em um rapaz que vi hoje de manhã quando estava indo para o trabalho.
Um rapaz amiga!
Sim, Jaqueline, ele estava na janela da sala de sua casa olhando com o olhar perdido para a rua, e me intrigou, pois me pareceu ter os olhos tristes.
Jaqueline refaz o caminho que as duas fazem para o trabalho e se recorda sua ficha cai, ela sabe de quem Yan Lee está falando.
Amiga, eu sei quem é o rapaz, o nome dele é
Chi, e ele tem o olhar assim perdido por que ele é cego amiga.
Yan Lee fica triste com essa revelação de Jaqueline e sente mais vontade ainda de conhecer o tal rapaz que tomou conta de seus pensamentos.
Jaqueline me conte mais sobre o “Chi”, tudo o que você sabe.
Jaqueline então conta para Yan Lee tudo o que sabe sobre Chin.
Olha amiga, o que eu sei é que os, país dele são super protetores. Chi até frequentou a escola conosco, mais com medo dele se ferir seus pais o tiraram da escola e como são de posses “Chi” cursou o ensino fundamental e médio em casa. Uma professora minha contou que “Chi” estudava o braile, essa professora acompanhou o Chi até ele se formar há quatro anos.
Então ele tem 21 anos, Jaqueline, não entendo porque os pais dele o super protegem tanto.
Acredito eu que pela deficiência visual, Jaqueline da de ombros.
_ Ele não tem amigos, Jaqueline?
Até onde eu saiba não seus pais não permitem e o condenaram a vida de solidão, o único contato que ele tem com o mundo externo são os funcionários da casa e seus pais.
Nossa que vida triste ele deve ter.
Pode até ser Yan Lee, mas vou te dar um conselho: fique longe de Chin. Os pais dele não vão deixar você ou qualquer outra pessoa se aproximar.
Yan Lee fica triste pelo rapaz, acata o conselho da colega de trabalho, porém não vai seguir.
" Meu espírito aventureiro não vai me permitir fazer isso, eu vou me aproximar de Chi custe o que custar".
Yan Lee e Jaqueline seguem seu caminho de volta e Yan Lee não deixa de pensar em Chin., o rapaz de olhos perdidos e tristes que agora ela descobriu ser cego, privado de toda a luz que ela tem em vida.
" Se ele não tem luz, eu serei a sua luz, eu serei a sua amiga e tenho certeza de que Chin. Vai aceitar a minha amizade.
Seguindo o caminho de volta para casa, chegam a casa de Jaqueline que é apenas uma rua de sua casa, se despede ela segue para a sua casa pensando em que estratégia vai usar para se aproximar de Chin.
Ao chegar na calçada da casa dele, ela olha para dentro e já não o vê perto na janela da sala e sim sentado em uma cadeira de rodas no Jardim.
" Que triste vida a dele".
Yan Lee entra em casa e tira seu uniforme depois de um dia longo de trabalho, o que ela precisa agora é de um banho, relaxar e ficar em companhia de sua mãe e de seu pai.
Banho tomado Yan Lee olha para a janela de seu quarto e vê sua rua e é inevitável o jovem Chi invade a sua mente.
" Esse jovem invadiu a minha mente e eu preciso me aproximar, ser amiga dele. Tirar ele da escuridão em que se encontra.
Yan Lee coloca suas pantufas e sai do quarto em direção a cozinha onde está sua mãe Janete preparando o jantar, seu pai logo chega em casa da lanchonete que abriu com muito esforço há alguns anos, ela tem quase certeza que seu pai deve saber mais sobre aquele jovem enigmático de quem Yan Lee quer tanto se aproximar, porém, ela acha ser cedo demais para perguntar a seu pai, então ela prefere esperar alguns dias antes de falar com ele.
Ela entra na cozinha e encontra com sua mãe
que como esperado estar preparando o jantar.
Oi mãe, como foi seu dia?
Janete continua puxando alguns temperos para colocar na carne que está preparando e responde:
Foi bom minha filha o de sempre de manhã ajudei seu pai na lanchonete e de tarde voltei para casa, arrumei as coisas e vim preparar o jantar. E o seu dia, minha, Yan Lee, como foi?
A garota resolve contar seu dia todo para a sua mãe, pois não vou problema nenhum em falar como foi sua jornada no trabalho e principalmente quer dividir com sua mãe a descoberta de Chi, o rapaz que tanto lhe chamou a atenção.
Bem mãe, assim que sai para o trabalho um pouco longe de casa, um cachorro perseguiu um gato e eu me assustei, esse mesmo gato entrou em uma casa e eu olhei para ver se o gato estava bem.
E ele estava filha?
Sim, estava ótimo, mais aí eu notei uma coisa, quando eu olhei para a janela da sala eu vi um rapaz, aparentemente coreano olhando pela janela, com um olhar perdido e triste, me pareceu ser solitário.
Janete pensa um pouco e diz:
A história daquele rapaz é triste filha seu nome é Chi ele vive recluso, não tem amigos e seus pais o colocaram em uma redoma de vidro para o proteger. Eu tenho pena dele que estudou em casa e o único contato que ele tem com o externo é com os empregados da casa e no máximo seus pais o permitem sair até o jardim.
Sim, a Jaqueline me falou algo parecido sobre o Chi, e eu achei muito triste ele não ter amigos mamãe.
Janete conhecia a filha como a palma de sua mão e percebeu que seu interesse pelo rapaz ia além de curiosidade.
Filha, vou te dar um conselho de mãe, se vai e aproximar de Chi, tenha cuidado, tá, é só o que eu te peço e não se meta em confusão.
Yan Lee sabe que sua mãe a conhece muito bem e sabe que ela vai tentar uma aproximação com Chin.
Eu vou tomar cuidado mamãe você sabe mais sobre ele?
Janete pensa um pouco e responde:
Bom filha o que eu sei é que ele tem 21 nos, filha, e é um rapaz que mesmo sendo criado em uma redoma de vidro ele tem um grande coração e sente a necessidade de ter um amigo e alguém para conversar.
Como você sabe tudo isso, mamãe.
Eu tenho amizade com a cozinheira da família e ela me confidenciou, o pobre Chi sente falta de ter alguém da idade dele para conversar, porém, seus pais, tem medo dos jovens fazer bullying com ele e invés de colocarem para cima, o deixar ainda mais triste e deprimido.
" Que triste vida desse rapaz".
* Mãe\, eu quero ajudá-lo e sinto que eu devo fazê-lo\, só não sei por onde começar.
Filha o que tiver que ser será e se for para você der amiga dele você será.
Mãe e filha ainda conversam um pouco sobre Chi e só param de falar sobre ele quando o pai chega em casa.
Min-ho entra em sua casa já chamando pela esposa e pela filha, cansado do trabalho na lanchonete ele não renuncia a cumprimentar a sua esposa e filha que são seus bens mais preciosos.
Elas vão até à sala e cumprimentam o pai e o marido e juntos os três vão jantar.
Querido, como foi o trabalho depois que vim embora?
Min-ho um homem que não gosta de muita enrolação, responde:
Foi bom querida a sua amiga cozinheira foi lá na lanchonete comprar um lanche para Chi, hoje ele amanheceu meio deprimido e pouco antes de fechar veio até mim, comprar um lanche para o rapaz.
Segundo ela contou, chi hoje brigou com Roo, seu pai, pois está cansado dessa proteção exagerada deles, que quer sair e conhecer o mundo pelas palmas de suas mãos. E ao que parece seu pai está irredutível quanto a essa questão.
Pobre rapaz, que provação ele ter nascido cego, não poder ver a luz e ainda não poder conhecer o mundo por suas mãos que são seus olhos.
Min-ho tem pena de Chi, porém conhece o pai dele Roo há muitos anos e sabe que o homem não é uma pessoa má, só quer proteger o filho das maldades do mundo, porém ele também sabe que nem Roo e nem a esposa vão durar para sempre e Chi poderá ficar só.
Yan Lee escuta o que seu pai diz com atenção e não faz nenhuma pergunta sobre o caso de Chi, pois não quer que seu pai descubra que ela vai tentar se aproximar, seu pai pode ser contra, então ela prefere no momento ficar calada.
Min-ho está cansado e com fome, então sugeriu para sua esposa Janete e sua filha:
Vamos comer meninas, eu tenho certeza que Deus vai colocar um anjo na vida de Chi, eu tenho fé
Pai, mãe e filha vão jantar e Yan Lee está decidida a se aproximar de Chi, e vai bolar um plano para se aproximar sem arrumar confusão nem para ela e nem para os seus pais.
A noite mesmo tentando dormir Yan Lee não conseguiu dormir, por não conseguir tirar Chi de sua cabeça, quanto mais puxava a história dele mais ficava interessada em conhecê-lo e ela torce para ele não ser como aquelas pessoas bicho do mato que não se aproximam de jeito nenhum de outros seres humanos.
" Se ele for assim vai dificultar muito a minha aproximação, mais ele não enxerga e pode agir exatamente como um bicho do Mato."
" Acho melhor eu desistir."
Yan Lee escuta uma voz em sua cabeça a dizer:
_ Não desista, ele precisa de você.
_Mas que droga agora eu estou escutando vocês na minha cabeça".
_Ela se senta em sua cama e toma um copo de água.
_Eu preciso dormir amanhã, levanto cedo para ir trabalhar, preciso acalmar meu coração.
Yan Lee tenta dormir de novo sem sucesso e isso estava deixando-a mais cansada que ficar sem dormir. Então ela se levanta e paga um livro para ler para ver se o sono chega e ela finalmente fecha seus olhos para ir para a doce terra dos sonhos.
Em vão ela lê mais da metade do livro durante a noite e quando olha o relógio já está marcando sete horas da manhã.
Não dormi, fazer o que não é? O jeito é me arrumar para ir ao trabalho.
_Yan Lee pega seu uniforme, veste, penteia seus cabelos, arruma sua bolsa, confere se seu MP3 está com bateria cheia, e vai tomar seu café da manhã a essas alturas, seus pais já saíram para ir à lanchonete, então como todos os outros dias ela vai tomar café da manhã sozinha, mas já está acostumada.
Também não isso não importa logo ela segue seu caminho para o trabalho.
Ela passa manteiga no pão, faz seu Toddy, e toma seu café, ao término ela limpa sua boca com um guardanapo, lava sua caneca e joga o guardanapo usado na lixeira. Da mais uma conferida em sua bolsa, pega o MP3, põe os fones nos ouvidos e liga nas suas músicas favoritas, sai trancando a porta.
Essa é a vantagem de se trabalhar em um serviço a algumas quadras de casa, não precisava levantar de madrugada para pegar uma condução e lotada e ser espremida como uma lata de sardinha, realidade de muitas condições, sejam ônibus ou trens, principalmente em São Paulo.
Ela vai andando, até que está com disposição, embora não tenha dormido á noite por ficar pensando em Chi aquele rapaz coreano que lhe chamou muita atenção.
" Jaqueline me falou para ficar longe dele! Mas não vou, eu sou muito teimosa e adoro um desafio, eu quero fazer a diferença na vida de alguém."
Dar sentido a vida de alguém me fará me sentir bem e eu quero me tornar amiga de Chi, mesmo que eu seja sua única amiga, de repente podemos construir uma amizade sincera.
Andando conversando em pensamento com si própria, ela chega em frente a casa do rapaz coreano. Ela olha para a janela da sala e lá está ele, em frente a janela tentando enxergar as coisas com os olhos do coração, senti-las para ser mais exata, as pessoas que possuem deficiência tem os seus outros sentidos mais aguçados, principalmente a audição. Ela fica parada lá um tempo o observando, até que ao lado dele chega uma senhora que fala com ele e o mesmo sai da janela. A senhora muito prestativa o ajuda a sair dela, levando a sua cadeira de rodas e logo Yan Lee já não vê mais o rapaz.
"Meu Deus, que vida triste"
" Eu tenho que me aproximar dele, tornar sua vida mais colorida".
Com esse pensamento determinado, Yan Lee segue para o seu trabalho na rede mais famosa de fastfood do país.
Ela chega, retira os fones do ouvido, guarda o MP3 na bolsa, pega o seu crachá e assume seu posto.
Jaqueline naquele dia trabalha na preparação dos lanches, então elas não se viram muito.
A rotina de trabalho nesta grande rede de fastfood é puxada, mas Yan Lee não sentiu o peso do trabalho, ela atende os clientes com alegria e um lindo sorriso no rosto, o que deixava seus olhinhos mestiços de coreano ainda mais pequeninos, e cada cliente se contagiava com o sorriso de Yan Lee e sentia seu dia ficar mais alegre e muitos deles se perguntam que poder aquela coreana tem para deixar o dia de todos mais leve. O pior horário para Yan Lee é o horário do almoço onde o lugar lota e aí quem assume e a agilidade, para se trabalhar no McDonald's tem que ser ágil e rápido, pensar rápido e coordenadas as ações simultaneamente. Passado o horário de almoço o movimento diminui e Yan Lee descansa um pouco do serviço realizando serviço, é assim a rotina de trabalho não só no McDonald's como em outras redes conhecidas de fastfood.
As horas foram passando e Yan Lee trabalhando até que chega a hora de ir embora, outra atendente toma seu posto e ela vai até sei armário, pega sua bolsa e seu MP3 e segue a caminhada para casa. Pensando em Chi, ela segue seu caminho até que chega em frente ao portão da casa dele e o vê sentado em sua cadeira de rodas no jardim, acariciando um gato, o mesmo gato que havia assustado Yan Lee fugindo daquele cão. Ela o observa por alguns momentos até que o gato se inferna e pula do colo de Chi e vai até o portão e começa a roçar as pernas de Yan Lee, fazendo caminho entre a perna direita e à esquerda da jovem.
_Oi amiguinho se cansou de receber os carinhos de Chi?
Ela pega o gato no colo e passa a acariciá-lo e não percebe Chi se aproximando com a guia para cá é para lá.
Yan Lee sente sei coração gelar quando ela escuta a pergunta:
_Quem está aí?
Olhando para o portão, ela vê Chi parado apoiado em sua bengala para cegos e se surpreende com a beleza do jovem de 21 anos, alto Yan Lee calcula por alto a altura do jovem e chega a conclusão que ele tem por volta de 1,80 de altura, pele clara e muito bonita e olhos mesmo que sem vida castanhos claros.
Ela sai do seu transe quando escuta novamente a pergunta:
_Quem está aí?
Meio tímida, ela responde a tão insistente pergunta:
_Eu sou Yan Lee!
A voz dela o faz arrepiar, pois nunca tinha escutado alguém com a voz tão doce e linda.
Ele sorri.
_É um prazer Yan Lee!
_Desculpa te perguntar mais você viu o Flopy?
Yan Lee percebe que ele se refere ao gato que está belo e folgado no colo dela.
_Está aqui no meu colo belo e folgado.
_Chi acha estranho, pois Flopy não é de se achegar há estranhos, só fica com ele e olhe lá ainda.
_Que bom achei que dessa vez eu fosse perdê-lo, Flopy é meu único amigo! E se ele se aproximou de você é sinal que é uma boa pessoa.
_Meu nome é Chi, é um prazer te conhecer Yan Lee.
Ele estica a mão pelo vão do portão para cumprimenta-lá, Yan Lee o cumprimenta e sente sua mão macia e quente apertando a dela.
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