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Brutos Não Sabem Amar?

Capítulo 1 Apresentação dos personagens

Klaus Santorini 35 anos, Dono de uma das maiores fazendas de gado da Austrália é temido por seu sangue frio e crueldade, Impiedoso é capaz de destruir com as próprias mãos qualquer um que cruzar seu caminho.

Laert Vitorino 38 anos, Dono de um grupo criminoso conhecido como " Apocalipse" Sem coração ou escrúpulos, descobrirá que os erros do passado podem atormentar um homem e que cedo ou tarde as dividas tem que serem pagas.

Isabella Gutenberg 17 anos

Elisa Gutenberg 18 anos

Isabella olhava com tristeza o jardim da mansão onde morava, apesar de amar flores e o verde das plantas não tinha uma lembrança sequer vivida naquele lugar, trancada no sótão aproveitava os poucos raios de sol que adentravam o espaço alguns minutos por dia em uma pequena fresta da janela emperrada, Em sua curta vida a pequena garota agora com seus dezessete anos havia saído pouco daquela prisão, apenas para aulas de francês e os estudos regulares que seu tutor fazia questão que tivesse, Isabella e Elisa Gutenberg perderam muito cedo os pais em um acidente , Rodolfo sendo irmão mais novo do pai das duas garotas fez questão de ficar com a guarda, as criou desde ainda bebês sobre uma rigidez e autoridade incontestáveis, quando Elisa a mais velha completou seus dezoito anos o medo de perder a furtuna que administrava e lhe dava boa vida fez com que  enganasse a jovem para se casar com ele, ali começava seu calvário, Elisa não teve escolha, o fato do homem ser o único parente vivo que tanto ela quanto a irmã caçula possuíam deu a ele o poder de administrar não só a enorme fortuna herdada por elas mais a vida que sequer tiveram o prazer usufruir , as duas garotas tinham pouca diferença de idade as seletas pessoas que tiveram contato com as meninas até pensavam ser gêmeas mais não eram, enquanto Elisa nascerá em uma tarde quente de verão, Isabella veio ao mundo em uma manhã fria de inverno , se assemelhavam apenas em aparência o gênio forte de Lisa como era chamada desde muito pequena não lembrava em nada o jeito sonhador, sereno e calmo de Isabella

—Bella! —Pode me ouvir?—

Elisa praticamente surrou próximo a porta, Isabella se levantou depressa do colchão encardido que se afundava em poeira.

— Estou aqui Lisa, não vinha a dois dias, achei que algo ruim tivesse acontecido a você.—

um silêncio agoniante se instalou do lado de fora.

— Não me diga que ele a machucou novamente, prometeu ir embora se ele a fizesse mal .—

— Não posso deixa-la Bella, Rodolfo a mataria se não tivesse a mim para descontar sua raiva.—

A jovem mulher respirou fundo tentando conter o choro preso a garganta, pelo corpo esguio e magro as marcas das surras frequentes que levava do marido.

— Trouxe algo para comer.

Colocou por baixo da porta a refeição que a contra gosto de Rodolfo trazia todas as manhãs.

— O que está fazendo?

Tanto Isabella quanto Lisa sentiram seus corpos tremerem ao ouvir ecoar pelo cômodo a voz rouca e grave de Rodolfo.

— Não é nada eu juro.

Tentou justificar a afronta  recebendo um olhar demoníaco de volta.

—Tenha piedade Rodolfo, vai mata-la assim ela não come a dois dias.

Elisa se ajoelhou aos pés do homem a sua frente, no rosto de Rodolfo Gutemberg estavam estampados não só ódio mais fúria pela desobediência da esposa.

— Disse a você o que faria caso me desobedecesse novamente.—

— Por Deus, eu imploro não a machuque.

Os gritos de desespero de Lisa soavam por todo sótão , Rodolfo abriu a porta com Lisa ainda agarrada a suas pernas, ao avistar Isabella a jovem Tentou correr em direção a irmã mais foi chutada com força pelo homem tombando ao chão, cruelmente Gutenberg como era chamado agarrou Bella pelos cabelos.

— Se despeça dessa maldita, não a vera nunca mais.

Escondidos pelos corredores da mansão os  funcionários  atordoados com mais uma das atrocidades de Gutemberg olhavam estáticos o sofrimento das irmãs, até se compadeciam do desespero e dor de ambas mais ninguém em sã consciência teria a coragem de enfrentar Rodolfo.

—Me largue Tio, eu imploro! o que pretende fazer comigo?

— Não me chame assim, rata desgraçada, enfim me livrarei de você, não será mais problema meu de agora em diante.

Gargalhou de forma assustadora jogando no banco de trás do carro a pequena garota que se debatia tentando fugir.

— Lisa...Lisa, lisa socorro.

Capítulo 2(Cara a cara com o diabo)

Bella ainda berrava alto quando sentiu seu rosto ser atingido com força fazendo com que  perdesse a consciência. Gutenberg dirigiu até um galpão abandonado longe dali, o lugar escuro era usado pela máfia para negócios ilícitos, Laert Vitorino foi quem recebeu o homem assim que cruzou a porta com a cunhada em seus braços.

— Essa é a moça de quem havia falado? porque não me ligou, pedi que tratasse pessoalmente comigo.

— Recebi uma proposta melhor.

Gutemberg Gargalhou.

Laert segurou o queixo de Isabella com a ponta dos dedos enquanto analisava os traços do delicado rosto.

— A levem para dentro.

Fez sinal para um de seus homens que se aproximou a pegando no colo, uma enorme maleta de dinheiro foi entregue a Rodolfo em troca da jovem.

— Ainda está de pé a proposta que fiz pela outra moça, queria vende-la, o quê te impede de me entregá-la agora?

Ele sorriu.

— Não, ainda não, meu casamento com Lisa se faz necessário no momento.

— Você quem sabe,ligue caso mude de ideia, volto para Austrália ainda hoje mais virei buscá-la pessoalmente caso decida vende-la, cobrirei qualquer oferta.

Gutemberg sorriu, deu as costas sem olhar para trás, Laert andou até o escritório, tirou sua camisa, entrou no banho enquanto desacordada Isabella ainda permanência imóvel deitada sobre o sofá sujo do cômodo, assim que saiu, molhado coberto apenas com a toalha se aproximou da moça.

— Saia, darei eu mesmo as boas vindas a ela.

Falou ao segurança fiel ao seu pai que vigiava a porta, planejava fingir uma relação sexual com a jovem para que ela não precisasse passar pelo ato nas garras do irmão, considerado um verdadeiro monstro pelas mulheres que traficavam.

— Me desculpe patrão, sigo ordens diretas de Antenor Biliari,estou encarregado a assistir as boas vindas dessa mulher em específico.

Laert passou as mãos pelos cabelos, aquele não era nem de longe seu plano, mais o destino daquela jovem estava em suas mãos, no lugar para onde seria levada sua história teria um desfecho mil vezes pior, não podia deixar que fosse morta por um motivo que considerava maís forte que sua dignidade e princípios o amor que sem alimentar ou querer floresceu em seu peito por Elisa, mesmo confuso fez o que achava certo naquele momento, o vestido de alcinhas que ela vestia foi tirado com facilidade do corpo pequeno coberto de curvas, Laert sugou cada um de seus seios deixando marcas nada sutis espalhadas por eles, Isabella começou a se mover ao poucos a medida que sua consciência se fazia presente, quando abriu os olhos o homem já se posicionava no meio de suas pernas, Bella começou a se debater, as mãos pequenas espalmaram o peitoral do homem fazendo que pairasse sobre ela, os gritos de socorro foram substituídos por choro e desespero.

— Por Deus, por Deus não faça isso.

Ela Implorava.

— Sou virgem, nunca estive com um homem antes, não me machuque eu suplico.

Um olhar preocupado brotou no rosto de Laert, envolvido a anos com o tráfico humano de mulheres sabia o valor de uma virgem no mercado negro, mesmo que não planejasse vender Isabella sabia que haviam feito um bom negócio e quê dificilmente a tiraria das mãos da facção sem um plano, o homem a colocou de bruços imobilizou tanto os braços quanto as pernas de Bella com facilidade se inclinando sobre seu corpo, os olhos do segurança estavam fixos neles, qualquer um diria que estava exitado com a cena.

— Uma pena eu não poder foder essa boce*ta como eu planejava, pra você seria mais fácil, mais nada me impede de ser o primeiro a trepar com essa traseiro maravilhoso.

Laert cuspiu sobre uma de suas mãos, espalhou o líquido viscoso e nojento sobre seu membro o esfregando logo depois sobre o ânus de Isabella, sem qualquer piedade a penetrou com força, enquanto a moça gritava ele montava cada vez mais profundo e forte sobre ela, seus movimentos eram contínuos enquanto urrava como um animal selvagem, Isabella lutava sem sucesso afundada em dor e desespero, mais foi apenas quando gozou saciando sua vontade que o homem saiu de dentro dela. Laert caminhou até as calças pegando do bolso um cigarro, Isabella permanecia de bruços completamente em choque, agora sobre uma pequena poça de sangue fresco.

— Uma delícia linda, tenho que dizer, tem o rabo mais apertado que já fudi em minha vida.—Já viu o que tinha que ver, agora dê o fora—

Gritou ao soldado que apenas assentiu sem graça e saiu, Laert selou suas costas com um leve beijo o remorso o consumia, se levantou  vestindo suas roupas mais antes de sair pela porta a olhou novamente com firmeza.

— Ponha um sorriso nesse rosto, ainda não sabe mais fui bem carinhoso, nem de longe isso  é ruim como o que te esperava, meus clientes pagariam uma fortuna por uma boneca tão linda quanto você, vista-se antes que eu perca a paciência, partiremos agora mesmo de Londres.

Capítulo 3 (Os monstros se escondem na noite)

Laert Vitorino sempre foi um homem poderoso, do tipo inescrupuloso tomava para si tudo que desejava, Nascido em um dos bairros mais pobres do Egito, conheceu no Cairo cidade onde vivia a riqueza e os luxos que só o crime podiam proporcionar, Ligado a uma facção criminosa Conhecida como " Apocalipse" Chefia o tráfico de mulheres em vários países do mundo.

Faraó como é chamado entre seus soldados desembarcou na Austrália em um de seus jatos particulares, Homens armados marcharam até ele como quem aguardava a ordem de um general, De dentro da Aeronave desciam completamente dopadas um grupo de oito jovens, entre elas Isabella que desacordada era carregada por um dos soldados, Laert e seus homens guiaram até uma propriedade afastada da civilização, Ao seu redor era deserto não haviam casas ou comércios próximos a ela, assim que se abriram as portas as moças foram distribuídas em quartos individuais, os cômodos eram pequenos, neles apenas uma cama de solteiro e um banheiro que mal cabia uma pessoa, não haviam janelas ou passagens de ar exceto por um pequeno duto de ventilação no teto.

— Logan essa moça deve ser separada das demais, quero que vigie essa porta durante toda a noite, sei bem o que acontece nos corredores desse lugar quando as luzes se apagam.

Laert apontou para Isabella enquanto dava as ordens ao funcionário que assentiu.

— Mantenha aqueles animais longe dela, não quero que a toquem.

Não demorou muito para que Bella recobrasse a consciência, sozinha naquele lugar chorou por algum tempo até que o cansaço a vencesse e lágrimas não saíssem mais de seus olhos, quando um dos homens de Laert entrou pela porta ela se encolheu contra a parede, o corpo pequeno e frágil se tremia por inteiro, o jovem caminhou até ela, próximo a cama colocou algumas peças de roupas dobradas e produtos de Higiene.

— Quel o seu nome?

Perguntou com um sorriso piedoso em seus lábios, Isabella se encolheu ainda mais .

— Olha, sou eu quem farei sua segurança enquanto estiver presa nesse lugar, Todos me chamam de Logan então pode me chamar assim também, tome um banho e vista algo limpo, uma das imperatrizes vira vê-la essa noite, escute meu concelho e não tente irrita-la, as coisas podem ficar bem feias se isso acontecer.—

Isabella o olhou com atenção, o rapaz a sua frente parecia incomodado em estar ali e seu rosto não escondia isso, quando se virou para ir embora Isabella levantou tocando seu braço.

— Preciso de ajuda, me chamo Isabella Gutenberg, fui vendida e abusada ontem a noite, súplico que chame a polícia.—

— Faraó foi quem a trouxe, foi ele quem abusou de você?

Logan ergueu uma de suas sobrancelhas confuso.

— Não sei o nome dele, é coberto de tatuagens e tem cabelos e olhos escuros.

— Pode achar que sou louco ao dizer isso a você, mais teve sorte de ter sido ele e não Poseidon a lhe dar as boas vindas.

— Boas vindas?

— Sim Isabella, todas as mulheres que são trazidas ao submundo como é conhecido esse lugar, são dopadas e estupradas por soldados e líderes do "Apocalipse", Faraó a marcou como intocável quando se deitou com você e isso por mais estranho que seja é o que irá salvar sua vida.

— Preferia a morte do que o que aquele homem fez comigo.

— Não diga isso criança, não sabe onde está, o Submundo é o próprio inferno, aqui conhecerá loucos e psicopatas da pior espécie, se mantenha o mais distante possível das imperatrizes e de Donatello Poseidon, Essa é sua única chance de sair viva desse lugar, agora tenho que ir.

Deu as costas em direção a porta, Isabella o segurou pela mão.

— Não quero ficar sozinha aqui, é frio e assustador.

Choramingou alto.

— Eu sei, vista algo quente, o jantar será servido em algumas horas, virei buscá-la daqui a pouco e poderá comer no quarto, Esse lugar é assustador quando anoitece Isabella, não vai querer estar lá fora quando as luzes se apagarem.

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