NovelToon NovelToon

Meu Querido Delegado

Elenco + sinopse + prologo + Capítulo 1

...Jordan 18 anos

...

...Pedro Cabrinni ...

...Henry Cabrinni

...

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

...Sinopse ...

Jordan passou a vida sendo a escória segundo a sociedade sua realidade muda completamente ao encontrar o delegado Pedro. Ela não confia em nenhum homem, mas acaba por amar o homem a quem lhe abrigou no pior momento da sua vida.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Eu estava perdida quando o encontrei... ferida demais para o amor, teimosa demais para me permitir e por debaixo daquela carcaça dura e rústica e as vezes aparentemente impenetrável Pedro meu querido delegado me mostrou o que é o amor, o amor de verdade e arrebatador que a menininha Jordana da comunidade Beraru sonhadora de anos atrás acreditava assistindo as novelas na TV emprestada da tia que a criou.

Mas eu era Jordan Santana hoje, sofri o bastante para perder a inocência e a visão encantada do mundo pelo menos até Pedro me encontrar quando desejei morrer.

Foi assim que o meu mundo virou, bem posso dizer que foi no exato momento que conheci.

Querido delegado.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Jordan

Desço as escadas com o isopor com cones trufados e trufas dentro da caixa que guardava na mochila. O sol tava nascendo e eu gostava de vê-lo nascer em minha rotina semanal o barulho em Beraru que mostrava o despertar da comunidade nessa segunda-feira era contagiante.

Beraru uma de algumas comunidades do Rio de Janeiro, que tinha sua força também apesar da criminalidade que era já uma doença no nosso país na verdade a violência era um problema mundial a diferença era que no Brasil isso era gritante.

Tínhamos guerras civis constantes, violência contra mulher, crianças e adolescentes em taxas alarmantes, violência no trânsito e por aí vai! Ondas e ondas de violência que pareciam aquelas ondas gigantescas que variam tudo pelo caminho.. tsunamis.

Se tornava normal olhar isso nas reportagens, ah jornais definitimente me deixavam triste sabe? Eu ficava ansiosa e depressiva com aquele sentimento ruim no peito cruzes..

A onda dessa vez eram discussões políticas e de novo não meteria em debates intermináveis, eu olhava? claro mas, caramba fiquei matutando depois se aquilo era um circo porque foi uma palhaçada os debates, no bar quando assistia o povo que estava assistindo também ria muito.

Panfletos e mais panfletos de candidatos espalhados que deixavam o chão escorregadio.

As escadas de descida me eram costumeira no morro e já nem cansavam.

Descendo a última escada vejo o Pardal assobiar para mim. Olhei de soslaio o ignorando por completo o jovem de vinte poucos anos bonito, tatuado. Ele era um dos vendedores de drogas. Peixe pequeno porém andava armado e havia boatos que tinha sumido com alguns dos meninos que revendiam para ele nas escolas  pois eles tinham se viciado sem ter dinheiro.

Deveram aos grandões e a ordem foi clara... suma com eles.

Como disse boatos e por mais que quisesse dizer que podia ser mentira não era ingênua o mundo do crime não estava apenas aqui por ser uma comunidade estava em todo lugar em Beraru porém era mais escrachada, sem tanta maquiagem.

As mães choram pelos filhos desaparecido até hoje e eu sinceramente achava que muitas outras chorariam. O caminho de quem se envolve com a bandidagem são dois certo cadeia ou caixão.

A sentença dos garotos segundo os boatos foi pesada para ser exemplo no tribunal do crime os condenaram a microondas, mas esperava eu torcia nesse ponto que fossem apenas boatos. Eu nem gostava de pensar nisso.

"Que isso hein princesa!" gritou Pardal como sempre de longe pois tinha feito questao de desviar do seu caminho nem o olhei mas sabia bem que estava olhando para minha bunda com cara de safado, hoje vesti jeans claros pelo frio da manhã e tênis gastos pelo uso. O que me foi uma benção pelo ar frio.

O carro da polícia sobe a rua e evito olhar diretamente para eles.. diminuo os passos porque você sabe como funciona, você nunca quer chamar atenção para você.

Olhei para trás antes de perder a rua de vista e Pardal tinha sumido, certamente avisando sobre a entrada da polícia na comunidade para a honda diária, existiam muitos olheiros com a missão de monitorar a entrada da polícia.

Já seria um dia feliz caso ninguém morresse num tiroteio.

Meu ponto de vendas eram lojas, cabeleireiros, escritórios, na rua gritando, onde tivesse lugar, claro que durante o almoço era o horário que mais vendia pelo povo querer comer um docinho, porém em segundas era mais complicado pelo gasto que se tinha feito sábados e domingo estar na consciência da maioria, difícil o povo tirar o escorpião do bolso nesse dia. O sol já alto ao meio dia no centro da cidade por isso sentei no banco recuperando o fôlego competir com os anunciantes de comércio não era mole não.

Um garotinho que não devia ter mais que quatro anos chega em minha bolsa. E pega um cone olho para trás procurando o seu responsável.

"Menino onde estão seus pais?" pergunto e ele se senta e coça os olhos vermelhos.

"A babá me abandonou!" disse. Deixando cair o cone no colo para chorar. O menino bem vestido tinha cabelos pretos e olhos azuis escuros, magro porém parecia saudável e bem cuidado com o uniforme escolar de uma escola particular. Levanto e recolho minhas coisas, uma pessoa mal intencionada podia ter feito algo ao menino.

"Eu te ajudo a voltar para casa" disse. E um brilho parece iluminar seu rosto e ele sorri comendo "Vamos a delegacia" aviso duvidando que aquele menino saiba exatamente onde moraria, sua escola ficava longe demais no melhor bairro da cidade segundo o nome dela perto do logo da camisa eu não tinha dinheiro para irmos lá, mas a delegacia ficava a alguns metros.

"Espera deixa eu.." disse ele comendo com toda calma para alguém perdido sem a família, podia ser um programa de TV me pregando uma peça mas o menino levantou e segurou minha mão "Vamos!"

O pedido me fez perceber que segunda louca era.. era real. A polícia me questionária interminávelmente provavelmente.

"Qual seu nome?" Perguntou ele.

"Jordana, mas pode me chamar de Jordan "disse o fazendo concordar.

"Me chamo Henry Cabrinne" disse "Papai é delegado" afirmou e estávamos na porta o olhei estática.

Eu iria para cadeia!

Capitulo 2

...Jordan...

Estávamos na entrada cogitei dar meia volta e abandonar o menino, mas desisti sendo a adulta e responsável eu não seria melhor que a babá de Henry.

Caminhei até o balcão a delegacia pareceu vazia de início tendo dois andares julguei que a maior parte dos policiais ou tivessem lá em cima ou em missão fora do posto de policia.

No balcão perto de um computador tinha um senhor com bigode cheio fardado também de meia idade os olhos vagaram por mim e por Henry e pareceu curioso "O que deseja?"

"Esse menino diz estar perdido porque foi abandonado pela babá" disse, olhando para os lados desconfortável um homem algemado gritava e esperneava sendo arrastado para a cela, quatro policiais foram necessários para conte-lo.

Henry segurou minha mão se escondendo atrás de mim.

"A senhora alega que esse menino a abordou pedindo ajuda?" O questionamento me fez despertar apenas balancei a cabeça ainda observando a cena que deveria ser rotineira, delegacias não era lugar para crianças.

"Com licença gostaria de denunciar um caso de violência doméstica" disse uma mulher se encostando no balcão. Os olhos dela pareciam em desespero apesar de jovem. Loira e olhos verdes seu rosto tinham marcas de socos já roxas e seu lábio inferior cortado.

Sentem na cadeira ali e aguardem, avisou o policial enquanto falava com a jovem que foi levada a uma sala para depor.

O senhor acenou para que voltassemos, Henry comeu o restante dos cones. Enquanto repetia os acontecimentos ele parou quando o nome do menino chegou a ser abordado.

"Henry Cabrinni?" novamente perguntou. O menino revirou os olhos me olhando com impaciência.

"Ele disse que é o filho do delegado daqui" respondi e ele balançou a cabeça e puxou o celular se levantando rapidamente para fazer a ligação quando retornou sentou coçando a cabeça que tinha uma careca brilhante que parecia a lua.

"O pai dele está a caminho" disse se encostando. Suspirando "Você quase matou seu pai hoje garoto!" brincou e Henry que tinha pegado a caixa de isopor como sua escolheu as trufas por acabar os cones.

"Vai ter dor de barriga" avisei. Ele sorriu lindamente.

"Não vou" disse e não acreditei nem por um momento.

O senhor assobiou "Teve sorte de ter a encontrado" afirmou o menino olhou para ele, como se ouvisse e ofereceu uma das trufas.

"Ela parecia legal" afirmou.

"Henry!" disse alguém atrás, e era de uma patente superior o suficiente para que o escrivão que nos atendia se endireitar da posição confortável.

A voz era forte e grossa, quando me virei percebi e que alguém!

Ele tinha cabelos grisalhos e olhos claros como os de Henry que lembravam um céu límpido o rosto longo com traços de elegância de um nobre empodeirado, o corpo magro forte vestia um terno de alta costura, a barba por fazer lhe dava um certo charme ao ponto que passei a gostar na hora de homens de barba o que nunca gostei antes.

O homem era quente...

Não pro seu bico Jordan, acorda! realidade na janela, fia! a parte funcionante do meu cérebro alertou me chutando para realidade de mundos diferentes. Não tava no cio nem no spar.

"Senhor delegado Pedro Cabrinni" disse dando a volta o cumprimentando. O delegado seguiu pegando o filho e o abraçando e a cena fofa me fez virar o rosto, me senti uma invasora. Voltei ao balcão aguardando a denúncia de um pai que relatava sobre o abuso sexual feito contra a filha dele por parte do irmão.

O diabo agia perto como diria minha tia.

Na comunidade crimes assim pegos eram punidos de forma cruel... A lei era diferente, nunca justa mas nosso código penal não era lá essas coisas.

A menininha tinha o tamanho do Henry e parecia ter medo de tudo, total compreensível.

O pai e a menina foram encaminhados para o andar de cima para uma sala.

"Pois não, Jordan?" disse, parando de mexer no computador, engraçado em minutos o senhor quase apreciamos próximos li o nome no seu crachá Joelton.

"Senhor policial Joelton, posso ir? Tudo já se resolveu mesmo!" disse perguntando e dizendo o que me vinha a cabeça. A tarde já chegava e sinceramente estive no prejuízo pelo pequeno Henry comer a mercadoria, claro que não ia ficar cobrando o pai de Henry, crianças tinham fome e outra nem ferrando ia arranjar encrenca com um agente da lei.

"Acho que sim, posso liberar seu delegado?" disse Joelton coçando a barba com o nariz como o senhor Leôncio.

"Espere, te levo para casa" avisou o pai de Henry, Pedro Cabrinni recordei o nome quando se aproximou notei que até seu cheiro era bom.

Henry me devolveu a caixa vazia, agradeci e ele riu dizendo "Pai paga a Jordan!"

Ah como adorava esse garoto, guardei a caixa sem muita esperança que o seu pai o fizesse. Mas ele me entregou 200 reais e pisquei com a nota nas mãos limpei a garganta.

"O gasto não foi tanto senhor" disse tentando devolver mas ele pegou o filho no colo Henry pareceu sonolento pela quantidade absurda ingerida de açúcar caindo.

"Fica com o troco" disse beijando o rosto do filho me encarando o rosto pareceu leve e Senhor que homem sexy quando ria! " Vem eu te levo para casa"

"Melhor não, moro na comunidade de Beraru" avisei e seu rosto mudou quando concordou e me perguntei se teria preconceito.

Arrumei minha bolsa no ombro percebendo o garoto roncava no ombro do pai.

"Tem certeza que não quer que te leve?" O questionamento veio.

"Sim, logo na subida você sabe.. eles não conhecem seu carro eles te parariam e se descobrissem que você é um tira seria perigoso para todos" avisei, ele balançou a cabeça e suspirou era bonitinho dizer eles em vez de traficantes, até quem andava com os tiras era chamado de traídor, ser pega andando no carro dele seria meu fim.

O povo do comando tinha a fama de dedo-mole.

Com o menino carro era outro fator de risco, eu não queria sangue em minhas mãos. Ele balançou a cabeça como se considerasse.

"Me passa seu telefone" disse ele.

O olhei com desconfiança "A festa do meu filho vai ser essa semana acho que oferecer seus doces como brindes pode ser uma boa opção" respondeu.

E agradeci aos céus por essa oportunidade, nem pensei muito ao anotar numa das folhas que pedi a Joelton e usar a sua caneta emprestada, estava sorrindo de orelha a orelha ao sair da delegacia de polícia.

Capítulo 3

A tarde dava um aspecto alaranjado ao meu morro, era lindo.

Eu já tinha salvado o número do delegado por garantia.

Subi sem sentir cansaço de volta para meu barraquinho, ao lado da minha casa minha tia que cuidou de mim quando meus pais morreram tinha as janelas fechadas e uma gritaria constante.

O novo relacionamento de tia Selma irmã de meu pai seguia pelo caminho dos outros, ela era típica mulher que ficava com o homem que a agredia e isso era tão rotineiro para ela que nenhuma alma descente aparecia mais para ajudá-la porque ela sempre voltava para eles e nunca os largava.

Eu também estava desacreditada no mínimo e como foram apenas gritos e nada quebrando voltei para minha casa.

Liguei a luz que tinha graças ao gatos, água, as paredes eram de tapume ainda eu não tinha dinheiro ainda para uma casa de alvenaria por isso eu não  tinha janela e o frio ainda entrava, o chão de terra batida tornando impossível me livrar da poeira era o último dos meus problemas, água encanada era o desafio, a maior parte de nós ainda não tinha acesso.

A casa tinha um cômodo pequeno com minhas roupas numa caixa em outra caixa minhas panelas e utensílios de cozinha, eu também tinha uma mesa de madeira redonda com duas cadeiras de madeira que trouxe com ajuda de alguns vizinhos ao achar na rua. Meu maior bem era uma geladeira também doada pela igreja ela era antiga mas funcionava para preservar meus alimentos.

Eu cozinhava no fogão a lenha do lado de fora.

O banheiro era vergonhoso mas um balde de manhã era apenas descartar no buraco, banho de canequinha, era gastar um domingo para encher a caixa da água com água do rio e fazer a caixa durar uma semana.

Viver assim era complicado e escandalizaria muita gente se fosse mais divulgado diriam muitos..

Os mais esperançosos de nós tinha a esperança que uma nova gama de políticos empenhados em fazer o certo trariam mudanças a comunidade.

O difícil era entrar gente boa e interessada em fazer o melhor para o povo ao invés de encher o bolso. Alguém nos representasse.

Os céus sabiam que esperávamos isso a mais de dez anos, mas eu duvidava que se fossem a família dos que ocupavam o cargo de destaque sem água encanada esses não fariam algo rápido para resolver essa situação.

Era questão de prioridade e nós o povo, não éramos a prioridade muitas vezes éramos marionetes na nossa inocência.

"VAGABUNDA DO CARALHO TAVA OLHANDO PARA AQUELE FILHO DA PUTA SIM! " foi gritado pelo namorado atual de minha tia e o gritou de Selma veio de maneira estridente antes do som de uma quebradeira acontecer sai de casa pegando uma frigideira de metal e corri para tentar ajudar mas vi a sombra do causador correndo para baixo saltando as escadas.

Covarde!

Quando cheguei a casa de minha tia estava toda porcelana quebrada e copos, baixei a frigideira deixando cair no chão a casa nunca ficou tão  ruim moveis revirados  até a teve estava tombada da raque e o sofá gasto também  com as almofadas jogadas no chão e rasgada de forma que parecia um bicho a ter feito isso.

Um bicho não faria isso apenas um monstro como aquele. Temi pelo pior.

"Tia?" Chamei escutando o gemido atravessei a cozinha e sala rápido ela estava no chão com a mão na barriga molhada e vermelha com uma faca gravada ali.

Meus neurônios foram para o espaço, em pânico chamei seu nome em vão e comecei a  tremer ajoelhada e com os olhos embaçados de lágrimas meus dedos tremiam quando liguei para o primeiro número no celular no pânico nem vi que não era a ambulância.

"SOCORRO!" gritei logo ouvindo a voz do delegado solucei olhando a poça vermelha aumentar ao redor de Selma sobre o piso branco.

"Jordan? O que aconteceu?" A voz de reconhecimento do delegado preocupado fez pouco para amenizar a situação.

"Minha tia ela foi esfaqueada pelo namorado e não acorda" disse cobrindo a mão na boca sentindo molhada quando percebi o cheiro metálico me senti náuseada "Me desculpa"

Pareceram horas mas foram segundos antes dele perguntar onde era o endereço que ele já estava ligando para ambulância e me passando o passo dos primeiros socorros.

Selma respirava fracamente e tinha pulso.

Lembrei daquela mulher trabalhadora que me criou e me ensinou tudo do mundo cheia de vida e fiquei desesperada em imaginar o mundo sem sua luz.

"Jordan fala comigo" disse o delegado que vagamente recordava se chamar Pedro Cabrinni.

"Selma.. ela tem que viver!" justifiquei e ele prometeu que tudo ficaria bem.

Aguarde, foi o comando, fique calma, fora outro.

"Como ela está?" Perguntou.

Funguei parando de passar a mão na cabeça de minha tia movimento que fazia sem perceber.

Luzes vermelha piscavam.

"A Ambulância chegou" afirmei e colocaram Selma numa maca e começaram a fazer uma massagem cardíaca. Gritei e fui afastada por um dos paramédicos gritando que estavam machucando ela.

Eles me ameaçaram me sedar  e explicaram que ela teve uma parada cardíaca e seria levada ao hospital. Notei meu celular no chão lembrando do delegado.

"Como ela estava?" Demorei a entender.

"Ela não estava respirando" disse percebendo meu erro assinalaram para subisse na ambulância "Ela teve uma PCR disseram" respondi olhando Selma com máscara e acessos.

"Eu vou te encontrar no hospital precisa de algo" disse ele.

O delegado não tinha nenhuma obrigação comigo éramos praticamente desconhecidos mas eu precisava de ajuda por não ter ninguém sequei o rosto, precisava ser forte disse a mim mesma olhando minha tia. Com aquelas roupas seria complicado estar lá.

"Se puder me emprestar algumas roupas" disse. Certa que ele não subiria até a comunidade por motivos óbvios de sobrevivência.

"Certo  estarei a caminho" prometeu.

Eu não acreditei que faria isso, o delegado já tinha feito muito.

Minha tia foi levada a sala de cirurgia e me pediram para preencher toda papelada e permissões para operar.

Sentada na recepção apenas percebi a presença do delegado pelos sapatos sociais parados a minha frente.

Ele trouxe uma sacola de roupas nas mãos e a estendeu peguei agradecendo ele se sentou ao meu lado em silêncio por um momento.

"Vou precisar do seu depoimento" disse.

Balancei a cabeça em afirmação e a coloquei apoiada nas mãos os olhos ardiam pelo tanto de lágrimas derramadas.

Levantei junto com ele, a cirurgia era complicada e longa. O delegado me levou para comer um lanche na barriguinha frente ao hospital antes avisando que seria longo o interrogatório.

A comida hotdog não  tinha gosto de nada e empurrei  com o refri agradecendo em seguida.

No carro perguntei sobre seu filho " Ele está com a governanta não se preocupe" respondeu.

Me senti terrível "Sinto muito, eu queria ter ligado para emergência direto" afirmei explicando.

"Deus trabalha de forma misteriosa" disse ele abrindo o carro. Pulei antes que abrisse para mim ele apertou e o click anunciava o travamento do veículo.

Sim, Deus trabalha me colocou como anjo aquele homem disse a mim mesma, me sentindo devedora.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!