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O Novo Don Da Máfia

Capítulo 01

Bom dia, boa tarde e boa noite!

É com muito carinho que iniciamos mais uma obra, espero a compreensão de todos, pois a obra ainda não está concluída, então os capítulos de início serão poucos. Quem gosta de ler apenas quando finalizar já deixa FAVORITADO e tenha um pouquinho de paciência.

(Para melhor entendimento do que aconteceu com o casal Lorenzo e Angelina, é só ler O FILHO DO CEO MAFIOSO) "Não é preciso necessariamente ler o livro anterior para seguir a leitura" 

"A autora não apoia nenhum categoria de crime que possa vir ocorrer durante a obra, tenha em mente que tudo descrito aqui é ficção" 

Boa leitura 📚

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Enrico Santoro

Depois de resolvermos tudo o que aconteceu com a "moranguinho" do meu irmão e o seu filho, me sinto satisfeito que tudo tenha dado certo para gente, porque nem sempre o "bem" vence, infelizmente. Angelina e Dominic filho do meu irmão chegaram tomando tudo para si, inclusive o carinho que despertou em todos nós, até mesmo no Felippo, o qual ela chama carinhosamente de Parede, um homem de praticamente dois metros e nosso melhor matador. 

Mas diante de toda a tragédia, encontrar o meu avô depois de muitos anos foi um “evento” e tanto para mim, estar ao lado dele é como estar diante do meu ídolo de quando eu era criança, eu nunca admirei os feitos do meu "progenitor" tenho quase certeza de que ele me condenava pela morte da minha mãe, mas não acredito que ele a amava tanto. Então como eu não tinha escolha e o meu caminho era a máfia decidi me espelhar no homem que mesmo sendo um dos maiores nomes da máfia era um cara e tanto, ele era justo quando queria ser  ele era um empresário f0da e um mestre mais f0da ainda, meu avô Dominic Santoro, o Don. 

Após conversarmos bastante sobre alguns assuntos menos o que de fato o trouxe até aqui entramos na mansão da Angelina, a casa a qual ela transformou em um verdadeiro lar, é incrível como de longe já sentimos o cheiro de casa. Meu irmão Lorenzo nos abraça, algo comum conosco que só tivemos um ao outro durante a vida toda, a princípio o velho fica pasmo, mas depois corresponde ao nosso gesto carinhoso, estamos em família então não temos problemas em demonstrar amor pela família o meu irmão sorrir para mim provavelmente pensando o mesmo  que eu.

– Só vou perdoar por ter me chamado de velho porque o meu bisneto tem o meu nome– O velho diz e todo mundo rir, mas não vou dedurar de que no carro ele xingou o meu irmão de tudo que é jeito, olho nossos sorrisos com admiração no meu íntimo sempre desejei que pudéssemos unir forças e sermos todos uma família  era meu sonho aos doze anos. 

– Ah então pode ficar sem perdoar porque isso é mérito todo da Angelina – Eu falo fazendo todos voltarem a rir. 

– Cadê eles ?– Meu Avô perguntou olhando tudo ao redor eu faço o mesmo já imaginando que todos estão descansando depois de tudo o que aconteceu. 

– Estão dormindo – Meu irmão se limita a dizer, mas o meu avô é experiente e esperto, então o velho parece desconfiado. 

– Fez merda– Dominic constata e o meu Capo parece envergonhado e encara o chão como se pudesse fugir do olhar de reprovação do nosso avô – Vamos para o escritório precisamos falar de negócios depois quero aproveitar meus bisnetos, quero ver a menina também. 

Ele diz  e meu irmão e eu concordamos como eu já conheço o caminho, eu nos guio  para o escritório, e meu irmão vem atrás.

– Sente-se velho – Eu o provoco e como retribuição ganhei um tapa na cabeça, e o pior o velho tem uma mão pesada. 

– Velho é o mundo garoto– ele fala e olha ao redor, já imagino o que seja – estou procurando um charuto  

– Aqui não tem – Lorenzo diz se sentando, sua postura imponente de Capo nunca muda, nem mesmo diante do maior Don que conhecemos.

– E uísque?– ele pergunta esperançoso eu seguro um riso. 

– Aqui é a casa da mãe do meu filho, ela é enfermeira e não consome e não tem nada disso.– Lorenzo diz orgulhoso da sua mulher e o velho fica contente sabendo que o meu irmão está apaixonado e feliz.

– Imaginei– ele diz e suspira, acredito que finalmente tá chegando a hora de dizer o real motivo de sua vinda– Bom eu vim matar a sua esposa para você se casar com a filha do meu conselheiro 

O velho diz fazendo o meu irmão e eu engasgar o velho astuto sorrir sabendo que nós pegou de surpresa, não imaginávamos tal proposta vindo dele.   

– Advinha eu matei– o Don diz para o Lorenzo eu engulo em seco, tal qual tenho certeza que é o mesmo gesto do meu irmão, por essa ninguém esperava – Mas eu vi o quanto você ama essa ruiva, então como são meus herdeiros e você tem um irmão, Enrico casa com Luísa em seu lugar. 

– Don..– o meu irmão tenta dizer alguma coisa é provável que vá dizer que não é uma boa ideia, eu fico completamente estático, por essa eu realmente não esperava, pigarreio para tentar fazer com que a minha mente volte a raciocinar, mas Dominic volta a se pronunciar. 

– Vocês são os meus herdeiros, eu não posso esperar até Dominic está de maior, eu estou morrendo.– O velho diz nós o encaramos preocupados, mal voltamos a ter contato – tá isso foi demais, eu preciso de alguém do meu lado, estou velho e estão tentando roubar o meu lugar, eles acham que eu não sei que estão armando para mim, mas quando eles vinherem com a laranja eu já vou com a limonada. 

– Não seria laranjada? – Eu indago com cinismo fingindo tentar entender e o velho revira os olhos

– A decisão é do Enrico – o meu até então, irmão e capo diz e meu avô me fuzila esperando por uma resposta minha, eu nunca imaginei que esse dia chegaria, na verdade eu sempre tentei adiar o máximo que pude, o meu irmão sabe disso e talvez ele vai querer ir contra, mas eu preciso ser o adulto e conselheiro que eu sempre fui. 

– Quantos anos a Menina tem ?– Perguntei voltando a ficar calmo, não sou um moleque, sei o que eu tenho que fazer. 

– vai completar vinte e um em três meses  e aí será o casamento de vocês – meu avô diz e o meu coração acelera, tão pouco tempo.

– Se for para o meu irmão ser feliz eu casarei– Eu aviso decidido, não vou deixar que o meu avô o manipule, conheço o velho, manipulação é do que fomos feito, não é preciso conviver com ele para saber que ele daria um jeito de ter um de nós exatamente onde ele quer. 

– Eu não estou escolhendo por você para que não anule a sua felicidade Enrico– Lorenzo diz bravo sabendo que eu não faria isso se fosse possível, provavelmente não quer que eu cometa o mesmo erro que o dele, casando a força para unir máfias. 

– Está decidido você casará com Angelina e eu com a Marina – Informo 

– É Luísa Enrico – o velho me corrige rindo e eu dou de ombros, tanto faz o nome. 

– Você tem que fazer por você Enrico e não por mim– O meu irmão tenta mais uma vez, porém eu estou decidido, chegou a minha vez.

– e eu estou fazendo– Eu aviso convicto, olhando ao redor em busca de um motivo para ir embora. 

Somos interrompidos por Angelina que entra assustada no escritório, quando vê o meu irmão ela congela e depois parece se lembrar de algo. 

– O Dr.Jackson – ela diz entrando e se sentando no sofá, me pergunto se ela é sonâmbula porque pelo pouco que conheço minha cunhada nunca entraria em um cômodo sem cumprimentar as pessoas presentes. 

– O que tem ele, Angelina?–  o meu irmão se levanta e senta pacientemente ao seu lado, será que um dia serei assim com a Catarina? Ou sei lá o nome. 

– ele que me ligou falando que eu tinha uns papéis para assinar e falou para eu levar Dominic para um exame de rotina, eu faço lá mas ele só nunca tinha me ligado – Minha cunhada revela fazendo a gente entender do que se trata, ela foi leiga em acreditar nesse papo, mas até o homem dos mais experiente erra as vezes,  então não vou julgá-la por isso, o importante é que deu tudo certo.

– Filho da put4 – o meu irmão esbraveja – Eu vou matá-lo. 

– Você vai ficar com a sua família, eu vou atrás dele com Lincoln e Felippo– Eu aviso me levantando em seguida louco para matar alguém e o principal, fugir dali – Vovô nos acertamos mais tarde na mansão. 

Eu aviso e saio precisando urgente concluir essa missão para que eu esfrie a mente e coloque tudo em ordem, essa é a oportunidade que a vida tá me dando de retribuir o que o meu irmão fez por mim no passadO.

Capítulo 02

Enrico.

O casamento não estava nos meus planos tão cedo, mas eu sei que uma hora seria inevitável, para que adiar o inadiável? Ainda mais se isso significa a felicidade do meu irmão que já fez tanto por mim, é claro que eu farei o que for possível para que ele continue sendo feliz com a sua linda família, chegou aa hora de eu retribuir o que ele fez por mim. 

Espero que a minha futura noivinha não seja uma maluca como Chloe foi, mas como uma boa italiana deve ter sido criada para viver para a família, deve ser alguma menina submissa e obediente, o lado bom disso tudo é que ela não tem apenas dezoito como toda italiana quando é considerada idade ideal para casamento, felizmente “minha Ragazza” tem quase vinte e um, e para o seu azar o nosso casamento será no dia do seu aniversário, coitada.

Tenho que ir imediatamente para a Itália para me inteirar dos negócios antes do casamento, casamento Rio ao pensar nisso. Me surpreendo como eu aceitei bem essa notícia que foi jogada em meu colo ontem antes de eu me vingar do homem que enganou a minha cunhada e colocou a vida dela é do meu sobrinho em risco, o meu querido avô Dominic me deu um dia para eu me despedir da minha vida o que ele chamou de “farra”. Diferente do casamento do meu irmão que não deu certo e ele pode arrumar outra “companhia” enquanto não matava a esposa, na Itália eu não vou poder ter todas as mulheres a minha disposição, então o melhor que eu vou poder fazer por mim mesmo é tratar a minha futura esposa bem para tornar a nossa convivência aceitável.  

Estou comemorando a minha última noite solteiro em nova Iorque na boate da Ciara, as mulheres dançam para Henry, Felippo e eu com uma sedução tão conhecida por nós, até mesmo Henry antes de se casar a décadas participava todo dia das atividades do clube, Felippo conhece as novas meninas tão bem quanto eu, digamos que gostamos de ser os primeiros a testar a “mercadoria”, claro que elas estão aqui por vontade própria, nunca traficamos humanos, ao contrário do meu pai, o meu irmão foi um ótimo capo limpando o máximo de merda que Gian aprontou enquanto comandava. Ao invés de guerra, Lorenzo trás aliados, se tornando assim, um capo forte e destemido.

– Boa sorte na sua nova caminhada, Don – henry diz me dando um sorriso orgulhoso, diferente do sorriso do executor Filippo que tem um sorriso mordaz, ele ainda está furioso comigo porque também está de casamento marcado, casará em um ano com a filha do capo Luigi, o velho machista é um escroto, aceitou o acordo só para se livrar da filha rapidamente e saber de antemão onde sua amante estava, se a maldita Chloe não tivesse nos dado essa informação talvez nós não tínhamos Washington aos nossos pés agora.  De uma coisa eu tenho que admitir que a pilantra era esperta, tudo que ela queria, ela conseguia, tanto que praticamente me sequestrou para fazer com que o meu irmão que era o seu sonho de adolescente se casasse com ela, no final das contas era só uma vadi4 maluca.  

– Ainda não sou Don Henry – comentei sarcástico ele nega – eu vou ser don para eles, para vocês eu vou ser o conselheiro Enrico de sempre. 

  - Agora  sou eu quem estou te dando um conselho moleque –  ele diz e eu continuo a sorver um pouco do meu destilado – Eu sei que você está fazendo isso apenas pelo seu irmão, como eu vi tudo o que aconteceu vi como o seu irmão lutou o quanto pode para fazer com que o casamento com a maluca traidora desse certo, eu tenho propriedade para dizer, você nunca teve culpa de nada do que aconteceu Enrico, faça por você, eu andei pesquisando sobre a menina, sabemos quase nada, mas sabemos o que é mais importante, ela não é uma completa maluca igual a vaca, no final, vai valer a pena.

fico absorvendo as suas palavras por um tempo e apenas concordo, eu não a conheço, nem ela a mim, impossível que em três meses vamos cair de amores um pelo outro, eu vou tratar de respeitá-la, mas vai ser apenas isso. Não sou de me apaixonar por ninguém tão facilmente, e isso não vai acontecer em pouco tempo por uma ragazza da qual eu nunca ouvi falar, muito menos vi. 

– Papo de tiozão agora Henry? – o executor pergunta irônico, Henry apenas dá de ombros e engole toda a sua bebida de uma vez, não ligando muito para o lado sarcástico de Felippo – Vamos comer umas bocet3as enquanto você vai para casa trocar fraldas. 

– em breve será você grande executor, aposentará suas armas e facas e lidará com lenços e fraldas – o capitão rebate sem medo e eu não consigo conter a gargalhada 

–  Filho da put4, vai jogar praga para outro – Diz bravo e puxa uma das moças para o seu colo, ela é morena e me lembra de uma certa empregada, sorrio sabendo onde vou me enfiar hoje a noite. 

–  Já está tarde senhores, obrigado pela companhia, mas eu tenho um voo para pegar em sete horas e pelo menos cinco delas eu preciso me enfiar em certo buraco – digo tragando toda a bebida em meu copo. 

–  não faça isso Enrico, Lorenzo já avisou para você se manter longe – Henry diz  e eu olho para o executor sabendo que ele também tem um caso proibido, ele levanta uma sobrancelha me desafiando a falar, mas o problema não é meu, e não vou estar aqui quando o problema estourar.

–  Não seja estraga prazeres Henry, é só hoje não se esqueça disso – Felippo diz, mas como se fosse para si mesmo, me pergunto se antes de ele trans4r com a “mulher proibida” ele pensa exatamente da mesma forma. 

Me despeço dos dois e vou para a mansão onde meu irmão deveria morar, mas ele vive praticamente na casa da mãe do seu filho e mulher que ele ama, provavelmente vão se casar em breve, talvez ele só espere uns dias até que Angelina se acostume com a descoberta do seu companheiro ser um mafioso, acredito que ainda seja tudo recente para ela.

Vou direto para a ala dos funcionários e adentro no quarto onde entrei por muitas vezes, até mesmo quando eu deixei de morar na mansão, ela se senta rapidamente em sua cama ligando o abajur e me olha com os olhos embargados. 

–  Você vivia dizendo que nunca se casaria – Dayse me acusa, assim que eu fecho a porta e me aproximo, na verdade ela tem razão, eu sempre disse que não me casaria, que daria um jeito de fugir das minhas obrigações, isso me faz refletir sobre o que está me fazendo aceitar tudo isso tão tranquilamente. A chance de ser um don, será que eu sempre tive uma ambição maior do que ser conselheiro e nunca deixei que ela aflorasse? Não, respondo a minhaprópriapergunta. Tenho certeza de que estou fazendo isso pelo meu irmão e pelo meu avô, saio dos meus pensamentos quando ela volta a falar – pelo visto, isso era só comigo.

–  Para que você vai complicar tudo agora Dayse? Sempre disse isso sim, mas agora não faço isso só porque eu quero – eu falo depois de respirar fundo, ao invés de aproveitar encontrei foi uma discussão. 

– E faz porque então? – indaga com um brilho de raiva e tristeza tilintando em seus olhos, eu me aproximo me sentindo cansado e me sento na sua cama – por que nunca lutou por mim? Tenho certeza de que o seu irmão nunca obrigaria você a se casar se não fosse com a mulher que você ama.

–O meu irmão e eu somos os únicos herdeiros do Don você deve saber disso, sabe o quanto mesmo afastados eu admirava o meu avô -- eu falo olhando em seus olhos, por já ficarmos a bastante tempo juntos eu contava algumas coisas para ela, era bom ter alguém para dividir alguma coisa as vezes além de sexo – eu nunca amei você Dayse, você sempre soube disso, porr4 por que tinha que estragar tudo logo hoje? Eu sempre deixei claro que eu gostava de você, mas que não a ponto de nos casarmos, e que se você começasse a sentir algo maior por mim era para me avisar. 

–  Eu sei Enrico – diz engolindo o bolo que se formou em sua garganta, ela afasta o cobertor e se senta em meu colo – prometa nunca me esquecer, eu vou estar aqui sempre para você, quando quiser voltar eu serei toda sua. 

Eu tenho ciência de que deveria dizer não, de dizer para ela seguir a vida e dizer que eu não queria nada agora, nada desse momento depois do que me pediu, mas eu queria aproveitar a nossa última noite juntos, porque querendo ou não, Dayse foi uma mulher que eu gostei, a única que eu fiquei mais de duas vezes, talvez esse fato tenha dado esperança a ela. Fecho os olhos e intensifico o beijo, por hoje eu vou aproveitar como eu quero, porque depois disso eu vou me dedicar a minha nova máfia. 

Pretendo fazer com que eu orgulhe meu avô e meu irmão, fazendo assim com que eu seja um Don de respeito, não quero que eles me temam por medo, quero que eles me respeitem, eu Enrico Santoro, o novo Don da MÁFIA.

Capítulo 03

LUISA

Ouvir dizer que o jatinho do Don já de pouso no hangar privativo do chefe da máfia, mais uma vez meu babbo não me levou para Nova Iorque, do que adianta ter tanto dinheiro se eu não posso gastar? Assim  como as filhas fúteis dos capos e de alguns capitães? Claro que nem todas são assim, mas Francesca que gosta de dizer por aí que o seu nome é apenas “Fran” vive em shoppings, em viagens e baladas e eu a pobre Luísa filha do conselheiro do Don vive somente para ... nada. Sou uma mera pobre mortal presa em uma redoma de ouro, apenas estudando e vendo filmes, lendo, fantasiando histórias que provavelmente vão acontecer somente em minha cabeça. 

Enganasse quem acredita que eu faço somente isso, pelo menos as vezes, quando estou entediada, quem irá julgar uma mulher prestes a completar vinte e um anos que mal deu um beijo na boca?  Descobri uma diversão maior, conhecer o meu corpo, me masturbar. Tudo bem, assunto pesado para começar, depois falamos sobre isso.

Então vamos falar sobre ter quase vinte e um anos e ainda não ser casada, o meu pai me prometeu que eu seria diferente de outras mulheres da máfia, garantiu que eu me casaria apenas por amor. Eu sei irônico, não é? Como eu vou conhecer alguém e me casar por amor se eu só vivo presa nessa mansão? 

Confesso que eu tenho inveja de outras meninas com uma liberdade maior que a minha, eu queria poder sair e voltar sempre que eu quisesse, mas babbo e o Don disseram que estão acontecendo coisas demais para que eu possa sair, antes eu ainda podia ir tomar um chá com pelo menos cinco seguranças, mas agora nem isso eu posso mais, já tentei sondar Dante o meu segurança principal para ele me contar alguma coisa, mas o homem odeia o que ele chama de “fofoca”, mas eu chamo de informação previlegiada, nem isso estou tendo direito ultimamente. 

– Não vá perturbar o seu pai com bobagens menina – Ana diz entrando em meu quarto atraindo a minha atenção, provavelmente lendo os meus pensamentos, mas logo volto a olhar pela minha janela que dá diretamente para o jardim da mansão, o meu lugar preferido da casa, na verdade o preferido é a cozinha onde eu tento fazer algumas coisas a maioria Ana diz que nem os cachorros comeriam, mas eu tento. 

Ela quem praticamente me criou, minha mãe vive para dar festas e tomar chá com as amigas, ela não é uma péssima mãe, mas ficou ressentida quando eu fiz meu pai me prometer que eu não casaria com o Andréa filho de um dos conselheiros, ou com qualquer outro sem que eu esteja apaixonada, ela diz que se casou com o meu pai sem estar apaixonada, mas que se apaixonaram com o tempo, não querendo ser grosseira e muito menos desrespeitosa Mas o que minha mãe se apaixonou primeiro foi pelo dinheiro do meu pai, ela era filha de um dos soldados mas o pai dela morreu para salvar o don e este decidiu dar a ela um “futuro” brilhante ah casando com oeu pai. 

Ana era esposa de um dos soldados que foi morto a muitos anos, ela não quis se casar de novo e Don acatou a sua decisão ela na época quis apenas ser a minha “babá” e está comigo até hoje,  meu pai acha que eu tenho dificuldade em fazer amizade, ele diz que eu sou introspectiva, mas na verdade é as pessoas que não me interessam, principalmente as da máfia.

– Ana, você sabe porque eles foram tão repentinamente para Nova Iorque?– pergunto olhando no fundo dos seus olhos, porque Ana anda por todos os lados e ela sempre sabe de tudo, e quando mente ela não consegue esconder e sempre pisca. 

– Não, não sei mia ragazza – Diz olhando no fundo dos meus olhos eu concordo e começo a roer as unhas, uma mania que me irrita, porém não consigo controlar – Tire essas mãos da boca ou é capaz de sua mãe ter um troço.  

– Eu não sei o que está acontecendo comigo Ana, sinto uma sensação de inquietude gritante dentro de mim – falo não sabendo explicar como de fato estou me sentindo desde que soube que os dois embarcaram, mas tenho a sensação de que isso vai mudar a minha vida, eu só não sei ainda como. 

– O nome disso é fome minha querida, vem o jantar já está sendo servido  – Ela diz e eu não seguro a risada principalmente quando o meu estômago ronca alto concordando com ela, a ansiedade não me deixou comer nada durante o período da tarde, principalmente depois que minha mãe recebeu visita das amigas as quais continuam questionando porque na idade em que estou ainda não estou grávida do segundo filho. 

Fico me questionando porque essas senhoras não perguntam como vai a faculdade ?  Quais os planos para o futuro? Quantas línguas eu sou fluente? Às vezes isso me deixa completamente irritada, elas precisam entender que a vida não é só casar e ter filhos. Já tentei fazer com que o meu pai coloque uma regra de que seja possível todas na máfia fazerem faculdade sem se preocuparem com o casamento, mas infelizmente falei com as paredes, ele me trata como uma “principessa” dentro de casa, mas fora praticamente finge que não me conhece. 

Infelizmente na máfia quem sofre são os mais fracos, os inimigos sempre procuram aqueles que podem desestabilizar o seu oponente, então para evitar isso eles nunca demonstram afeto em público o que é compreensivo.  

– Porque você está com essa cara amassada Luísa? – minha mãe reclama assim que eu chego a sala, Ana me abandona indo para a cozinha – Não vai cumprimentar as visitas ? 

Só então notei a esposa de um dos capos aqui presente e tinha que ter também a presença da “minha querida Fran” 

– É claro que sim querida mamãe, mas a senhora foi mais rápida – ironizo e o olhar de repreensão da minha mãe já é costumeiro então não me afeta tanto. 

– Não se preocupe querida Giovana, já estamos acostumadas – “Fran” diz em deboche e sua mãe a doce Felícia a repreende. 

– O meu pai já chegou?– pergunto e minha mãe confirma 

– Só mais uns minutos e vamos todos jantar – Noto um nervosismo na voz de minha mãe, mas não falo nada sabendo que o seu nervosismo é apenas curiosidade, e não me passa despercebido também que Fran ostenta um anel gigantesco em sua mão

 

– Lindo não é?– comenta atraindo a minha atenção para seu rosto, eu sorrio e confirmo, não, não é lindo é extravagante demais, tanto que chega a ser cafona, mas se eu dizer ao contrário vão me acusar de ser invejosa. 

– AH querida, estou tão feliz por vocês – minha mãe comenta em uma falsa alegria, não sei porque ser tão falsa, não tem necessidade disso, provavelmente é só mais um casamento. 

– Já sabia que a minha filha está noiva de Andrea? – eu a olho com os olhos arregalados sem saber como agradecer, porque assim o homem talvez pare de me importunar sempre que tem a chance, ele é um dos melhores partidos na máfia, principalmente quando todos acreditam que ele será herdeiro no futuro.

– Que bom querida Fran, desejo um casamento lindo e muitos filhos – digo contente, antes ela do que eu e sorrio para todas, Fran levanta uma sobrancelha questionadora, porque sabe o quanto todo mundo esperou que eu que fosse a senhora Andréa Faccini, porém se empolga quando minha mãe começa a perguntar se já estão fazendo planos para que o casamento saia perfeito. 

E eu querendo apenas comer e que acabe logo essa tortura, não aguento mais ouvir a palavra casamento, acredito que isso não é para mim, já basta viver sobre "as leis" do meu pai, imagina como será de um marido? Sou totalmente contra, principalmente olhando para Felícia e Fran completamente empolgadas mesmo sabendo que o capo Santiago tem uma amante "Claro" que juram que é só boatos, porque é contra as regras o homem trair a sua esposa. 

Me assusto quando vejo Don Santoro saindo do escritório do meu pai e esse se encontra vermelho de raiva, o Don sempre me comprimenta e eu respondo educadamente. 

– Tem até amanhã Luciano, às nove horas eu estarei aqui com o Enrico – o Don diz para o meu pai que apenas concorda, o capo Santiago está aparentemente com inveja, mas quando nota que eu estou o encarando tenta disfarçar. O Don sai em seguida deixando todos desconfortáveis. 

– Luciano, preciso ir – o Santiago diz rapidamente arrastando a sua esposa e filha com ele, isso foi muito deselegante mas parece que a tensão é tanta que o meus pais não estão ligando muito para isso. 

– Luciano, você vai me contar agora o que está acontecendo – Ordena a minha mãe, e meu pai apenas massageou a têmpora 

– Agora não Giovana, agora não – Ele diz caminhando para a sala de jantar, noto que ele me ignora, mas no estado de nervosismo em que se encontra eu decido deixar para saber qualquer coisa depois, porque eu o conheço o suficiente para saber que quando está com raiva ele não gosta muito de conversar – Será que podemos apenas comer e depois conversar ?  

Ele pergunta porém não espera resposta, minha mãe também sabe quando deve ficar calada, ela parece arquitetar algo enquanto fazemos a nossa refeição, todos com os pensamentos longe, primeiro eu quero tentar me lembrar de onde eu ouvir esse nome, Enrico. 

Antes de terminar o jantar o meu pai recebe uma ligação e sai sem dizer mais nada, minha mãe fica furiosa, mas se levanta da mesa sem me dizer pelo menos um boa noite e vai também, como eu perdi a fome apenas subo para o meu quarto procuro estudar sempre que posso, conhecer novas culturas e idiomas, me apaixonar por todos e nunca visitá-los, trágico.  

Na manhã seguinte eu acordo com olheiras enormes, não dormi praticamente nada, a ansiedade me fez assistir séries quase a noite toda, confesso que metade dela eu passei olhando para a porta do meu quarto esperando o meu pai entrar e me dizer o que está acontecendo, porém nada aconteceu. 

Quando saio do banho me assusto constatando que já passa das nove horas, se me lembro bem essa é a hora em que o Don disse que viria até a minha casa com o "Enrico" não sei porque estou tão curiosa sobre ele, mas só de pensar que ele pode estar no andar de baixo me causa arrepios, iria vestir mais um dos meus jeans, porém como teremos "visitas" se eu aparecer na sala de Jeans e blusa de algodão é capaz da minha mãe cometer o seu primeiro assassinato, principalmente se essa visita for o Don. 

– Minha querida, pensei que não sairia desse banheiro nunca – Ana diz sempre dramática, sorrio para ela e lhe dou um beijo na bochecha. 

– Bom dia Ana – Eu digo e quando eu vou perguntar se tem alguma novidade ela já despeja. 

– Não vi e  nem ouvi nada, senhorita – Diz e sem me dar tempo passa as mãos na boca como se fechasse um zíper. 

– É assim que você me trata depois de anos de amizade e companheirismo?– finjo que estou magoada ela revira os olhos e dá de ombros, perdi o respeito nessa casa mesmo, antes de ela falar sobre outra coisa para mudar de assunto não foi preciso, porque Grazi, filha de um dos soldados e minha amiga está me ligando, e cedo demais só pode ser fofoca, peço licença e corro para atender. 

– Amigaaaaaaaaa – Grita tanto que eu preciso afastar o meu celular do ouvido ou ficarei surda por um bom tempo – como assim a vadi4 da Fran está noiva?

– Primeiramente bom dia – Eu digo irônica 

– Que bom dia o que, foca na fofoca Luísa – ela diz e eu reviro os olhos, desconheço pessoa mais fofoqueira que ela. 

– Sim, eu vi ontem, e você já soube com quem?– indaguei 

– Sim, e como assim não houve uma festa para ocorrer o anúncio do noivado?– diz indignada e logo arregala os olhos como se tivesse descoberto a maior das fofocas – Será que ele tirou a virgindade dela a coitada engravidou e por isso eles anteciparam as coisas?

– E ela é virgem ainda?– pergunto maldosa e ela começa a rir 

– Você é mal – Acusa ainda rindo – eu ouvi dizer que ela dá sempre o de trás para manter o que importa intacto. 

– Informação desnecessária – Sussurro enojada e logo ouço Ana me chamando, eu reviro os olhos mas logo anseio ir até o andar de baixo quando ela me lembra de certa visita. Não sei qual o motivo da minha ansiedade, mas eu sei que eu não vou me dar bem com ela – Tenho que ir, estou morrendo de fome e temos visitas. 

– Eu liguei para fazer mais um dos convites da sessão ignorar – ela diz e eu já nego de prontidão, não é que eu não quero, é que o meu pai não deixaria de modo algum ir a festas, principalmente as que Grazi gosta, minha amiga não é santa e nem virgem, ao contrário de mim, nunca se esperam casamentos com as filhas dos soldados, o que a fazem ser mais sortuda ainda. 

– sessão ignorar ativada – digo sorrindo dando um tchauzinho ela revira os olhos e eu fico triste porque eu queria sim ir em uma boate pelo menos uma vez e cometer loucuras se jogando na pista fechando os olhos e dançando como se não houvesse o amanhã. 

Luísa

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