O dia está lindo, Catarina acordou às 06:00 e preparou o café, sua mãe está atrasada e ainda não tinha se levantado da cama. Ela foi até o quarto de sua mãe e a sacudiu.
— Mãe, você já está atrasada. — A mãe dela deu um pulo da cama e disse:
— Eu coloquei meu celular para despertar, não acredito que vou chegar novamente atrasada, Jared vai me demitir. — Cassandra se levanta rapidamente da cama e vai logo arrumar se.
Enquanto isso, Catarina terminou de organizar a casa, sua mãe deu um beijo em seu rosto e saiu depressa.
Catarina ficou sozinha, quando ouviu um forte barulho vindo da sala, ela levantou se de sua cama e foi verificar o motivo pelo qual daquele barulho.
Chegando próximo a sala, Catarina viu quatro homens à sua frente, os quatro a olhavam com maldade.
— Peguei ela. — Catarina tentou correr, mas foi inútil, um dos homens, arrastou ela pelos cabelos e puseram um pano em seu nariz, fazendo ela desmaiar.
Um dos homens desceram as escadas, com Catarina em seus braços, os outros três acompanharam ele até um carro branco Voyage. Colocaram ela no porta-malas, após isso foram para o cativeiro.
Catarina é uma jovem de 19 anos, sonha em ser modelo, uma ótima filha e uma excelente aluna, sempre tira notas altas, fez alguns cursos profissionalizantes, e foi convidada para desfilar para a marca FashionGirls, Catarina já desfilou em alguns eventos pequenos e sonha em patrocinar às roupas que sua mãe cria, uma excelente estilista que nunca foi reconhecida.
Cassandra mãe de Catarina tem 33 anos, uma mulher forte e destemida e seu maior sonho é ser como sua mãe Carla, ela era uma famosa estilista, ganhava muito dinheiro em sua época, mas após morrer um golpista que se dizia advogado roubou toda sua fortuna que a mãe dela havia deixado pra Cassandra. Carla morreu quando Cassandra tinha 13 anos, e sem ter para onde ir, ficou em um internato por pouco tempo, até se apaixonar por Ricardo, um jovem que sempre ia entregar leite para às feras no internato. Cassandra fugiu e foi morar com ele, e até os dias de hoje estão juntos e formaram um lindo casal, depois de poucos meses de relacionamento com 14 anos Cassandra deu à luz a Catarina uma bebê linda e saudável.
Rafael, um homem de 37 anos, trabalha com vendas em uma loja de móveis, é um ótimo pai e bem presente em tudo na vida de Catarina, um marido leal e que ajuda sua esposa em tudo em casa.
Catarina acordou um pouco grogue e percebeu que estava dentro de um quarto, havia apenas uma cama e um criado mudo ao lado, ela percebeu que não estava em sua casa e lembrou de tudo que havia acontecido horas atrás.
Ela olhou para a porta e viu um dos homens que havia sequestrado, olhando para ela, com um olhar assustador.
— A onde estou, por qual motivo vocês me sequestraram? — o homem sorriu e chegou próximo a cama que Catarina está e respondeu ela.
— A única coisa que eu vou te falar é, você vai fazer tudo que nós mandarmos entendeu, senão você vai morrer. Se fizer como nós mandar tem chance de ficar viva. Vou te explicar como as coisas aqui são. Você vai ser barriga de aluguel de alguns homens ricos, você vai ter o bebê e depois vai entregar para eles. — Catarina engoliu seco. O medo invadiu cada canto do seu ser.
— EU QUERO SAIR DAQUI ME DEIXEM EM PAZ. — Disse aos gritos, ela tentou correr, mas foi inútil, o homem a arrastou pelos cabelos e depois deu alguns tapas em seu rosto fazendo ela chorar desesperadamente.
— Se você não se comporta vai morrer, entendeu. — O homem está com uma arma em sua cintura e ameaça atirar em Catarina.
Ela abaixa sua cabeça, e imagina que ele vai atirar nela, mas ele sai e tranca a porta, Catarina se desesperou e começou a chorar, ela está completamente desamparada e muito ferrada sem ter como escapar.
"Eu preciso fugir, não quero ser um objeto de sexualidade para nenhum homem, como isso pode ter acontecido comigo? Como eles invadiram minha casa, o meu Deus como vou sair dessa?”
Um mês atrás ...
— Querida seu pai perdeu o emprego dele, e infelizmente não poderemos mais morar aqui, não teremos condições de arca com sua escola particular e a casa, e eu prefiro que você se forme em uma escola particular. — Catarina e seus pais moravam em um apartamento alugado no centro de São Paulo.
— Já sabe para onde vamos mãe? — ela um pouco chateada por ter que se mudar respondeu sua filha.
— Teremos que ir para uma comunidade, ela fica em Paraisópolis. Ainda fica próximo da sua escola por esse motivo que escolhi alugar uma casa por lá, minha amiga mora a muitos anos nesse lugar, ela disse que apesar de parecer perigoso, e um ambiente bom e perto de tudo. — Catarina abraçou sua mãe e com carinho disse.
— O que for melhor para nossa família para mim está ótimo mãe, Obrigada pelo esforço que você faz. Te amo muito! — Catarina sente um orgulho gigantesco por ter pais tão dedicados e presentes em sua vida.
Dias atuais ...
Uma mulher alta, morena muito bonita, aparenta ter uns 40 anos de idade, entrou no quarto com uma bandeja na mão, e havia um prato com a janta e um suco de uva em um copo grande de vidro.
— Aqui sua janta. — E se sentou se ao lado de Catarina.
Catarina, olhou pra mulher em sua frente, e disse:
— Me ajuda a sair daqui eu nunca fiz nada de errado na minha vida. Eu te imploro, meus pais têm apenas a mim.
A mulher deixou a bandeja em cima do criado mudo, e se sentou se mais próximo dela.
— Eu não posso fazer nada para te ajudar, estou aqui a mais tempo que qualquer mulher que já passou por este lugar, e posso te confirmar com certeza que não houve nenhuma que conseguiu sair desse ambiente.
— Por que nunca fugiu? Você me parece ser uma pessoa boa!
— Quando eu cheguei aqui, eu era bem mais jovem que você, eu tinha apenas 15 anos. E hoje estou com 40, fui usada, e maltratada, mas eles me deram um emprego, e hoje não usam mais meu corpo, e o único conselho que eu posso te dar é que não tente fugir, eles matam sem pensar duas vezes, já presenciei muitas mulheres, perdendo suas vidas, por tentar fugir. E não foi apenas uma ou duas, foram várias. Faça o que eles te mandam e terá chance de pelo menos viver. E quem sabe um dia sair dessa ... — Uma angústia invadiu o ser o ser de Catarina fazendo ela chorar.
— Meus pais vão achar que eu sumi, ou morri. Eles não merecem passar por isso.
— A única coisa que posso te aconselhar agora é, jante e durma. Que amanhã será um longo dia.
Catarina não conseguiu comer nada, deitou-se se e dormiu.
No outro dia ao acordar, pensou que estava no seu quarto, mas viu que ainda está vivendo no mesmo pesadelo.
Não tem se quer uma janela, o quarto e trancado, às paredes são amarelas, e o chão com uma cerâmica branca com rajadas marrons, tudo bem limpo e organizado. Tem uma porta que dá acesso ao banheiro, ela usou o banheiro e viu uma pequena janela, infelizmente é muito pequena não daria para tentar fugir.
“Preciso sair desse lugar e denunciar esses sequestradores, como pode existir pessoas tão más nesse mundo? Eu só queria poder está com meus pais agora”
Na casa de Catarina, Cassandra achou estranho a filha não está em casa, a porta está aberta.
Ricardo Pai de Catarina sempre chega depois de sua esposa. Cassandra viu que o celular de Catarina estava em cima da cama dela.
“Será que ela saiu com alguma amiga, mas como? Ela sempre me avisa, com certeza mandaria uma mensagem. E por qual motivo a porta está aberta e há vidros espalhado no chão. Será que alguém invadiu minha casa e levou minha filha?”
Cassandra desceu às escadas e procurou o vizinho mais próximo.
Ela bateu na porta e o vizinho logo saiu para atendê-la.
— Boa noite, me desculpa te interromper, mas preciso tirar uma dúvida. Você viu alguém invadindo a minha casa hoje à tarde, ou na parte da manhã? — Ela está trêmula, com a garganta seca, com medo da resposta.
— Hoje pela manhã eu ouvi um barulho muito forte, vindo da sua casa e havia alguns homens e eles entraram na casa, teve até polícia, mas como não havia ninguém e nós não tínhamos o seu contato, infelizmente não tivemos como avisar.
— Ho meu Deus, levaram a minha filha. Isso não pode estar acontecendo.
Cassandra e Ricardo, não podiam fazer nada até completar às 48 horas de desaparecimento, ela então pediu que sua amiga falasse com o dono da boca, para quem sabe conseguisse alguma pista.
Já havia se passado três dias desde o desaparecimento de Catarina.
No quarto Catarina anda de um lado para o outro, aflita, sem ter o que fazer. A mulher que estava trazendo comida e água para ela entrou no quarto e disse:
— Venha o chefe que conversa com você.
“O que será que esse bandido quer falar comigo, espero que não seja ninguém querendo aproveitar de mim”.
Catarina não disse nada e acompanhou a mulher, após andar um longo corredor cheio de portas, elas chegaram na sala onde está o chefe da gang. Entrando na sala, Catarina viu que tem apenas dois homens, um magro, alto e branco com muitas tatuagens, e outro muito bonito sentado em uma poltrona.
— Então, essa é nossa última opção, chegou essa semana. Com certeza dará um lindo filho para você. — Catarina olha sem acreditar, que homem miserável da pior espécie.
— Eu não vou me deitar com ninguém para ser barriga de aluguel. — Catarina gritou chorando.
— CALA SUA BOCA SUA VADIA, ANTES QUE EU TE MATE AGORA MESMO. — O homem pegou no rosto de Catarina com força fazendo ela o encarar.
— ME SOLTA ... — Ele deu um tapa em sua face, fazendo ela virar para o outro lado.
— Me desculpe pelo ocorrido, prometo que isso não irá mais acontecer. — Falou o homem ao rapaz sentado na poltrona.
— Eu vou querer ela, vai ser perfeita para carregar meu filho. Muito bonita e selvagem do jeito que eu gosto. — Catarina abaixou sua cabeça, e suspirou. Ela não tinha saída a não ser se sujeitar a fazer isso ou morrer.
— Prepare um quarto para ele por favor Susan, e mande ela tomar um banho e vestir algo bem sensual. — O desespero tomou conta de Catarina, ela sabe se fizer mais alguma coisa, tudo poderá se resultar em sua morte.
Depois de vestir Lingerie muito sensual, Susan levou Catarina até um quarto, com uma cama redonda e com luzes coloridas, o quarto é muito bonito. Susan maquiou Catarina, e depois para tentar aliviar sua tensão disse:
— Você viu o pouco que pode te acontecer, pensa pelo lado positivo ele pelo menos é bonito, e não é um velho gordo, pançudo. — Do jeito que Susan falou fez Catarina sorrir.
— Você me parece ser uma pessoa muito boa, não merece trabalhar para esses homens. — Disse Catarina para Susan.
— Como se eu tivesse tido opção. Quando eu completei 16, eu dei à luz a minha filha, ela era tão linda e foi levada de mim. Eu gerir tanto amor por ela durante a gravidez, e aquele homem imundo a levou de mim. Eu me culpo todos os dias por não ter tentado fugir enquanto eu estava grávida, poderia hoje ser livre e saber como pequena estava. — Às duas se abraçaram, Susan chorou muito ao lembrar do que lhe havia acontecido no passado.
— Olha se eu conseguir sair daqui eu prometo te ajudar a fugir e encontra sua filha. Eu vou denunciar esses bandidos e você vai ser muito feliz. — Susan fez carinho no rosto de Catarina.
— Obrigada, de todo meu coração. Olha assim que eu puder eu prometo que te ajudarei a sair daqui, mas te peço. Fuja bem para longe desse local, se possível mude de cidade ou até de pais.
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