Quando e em qual horas estão começando a ler?
Prazer meus amores, o meu nome é Stheffany Silva e sou a escritora dessa obra, qualquer erro de português ou de roteiro é pela minha falha kkk relevem pelo amor hahha, é muito complicado escrever um livro.
[⚠️🔞ATENÇÃO/OBRA QUE CONTÉM GATILHOS/XINGAMENTOS/ABUSOS/IMORALIDADE E MUITO, MUITO CHORO🔞⚠️]
Espero que gostem 🥰.
[ANA LETÍCIA]
Ana Letícia foi o nome que escolheram com indiferença para mim, acontece que nem minha mãe, e nem o meu pai, estão preocupados com a minha vida.
Meu pai tem uma filha preferida, Ana Paola Angeles, a mais velha, e ele a ama tanto por um único motivo, Elise.
Estamos no primeiro piso da mansão dos Angeles, nos preparando para uma grande reunião da mais alta sociedade do país Sten. Estou no quarto da amante do meu pai, Elise Cassian.
—Apenas sorria Ana Letícia, pelo menos isso deve saber, não é?—A amante do meu pai me pergunta isso enquanto está sendo maquiada por uma equipe de moda.
—Sim, madame Elise—Falo e baixo o meu olhar para os meus pés.
Hoje é o dia do noivado da minha irmã, que tem os seus vinte e cinco anos. Desde que me entendo por gente, fui ensaiada que Elise e a sua filha são as anfitriãs da família Angeles, e que a minha mãe e eu não passamos de ferramentas para divertir os figurões de ternos que o meu pai quer conquistar, assim como trabalhar incansavelmente dia a noite naquela maldita empresa.
—Sério? Não escutou os rumores, mamãe?—Pergunta minha irmã Paola, num roupão vermelho, sentada numa poltrona confortável sendo tratada como rainha, com suas mãos e pés sendo feitos pelas manicures.
—Que rumores, Paola?
—Que a minha querida irmãzinha é a moeda de ouro da nossa família—Paola fala isso enquanto me olha com irritação, um tom cheio de sacarmos.
—Pelo menos não sou só um rostinho bonito...—Falo num sussurro para mim mesma, tentando me conter o máximo que posso.
Paola é uma beleza de fato, e uma das mais famosas socialites da capital de Sten, todos se encantam por onde quer que ela passa, e todos querem ao menos ser o chão para que ela pise.
—É mesmo? E por que desses rumores?—Elise pergunta, intrigada com a história de Paola sobre os tais rumores.
Minha irmã olha para mim com uma expressão irritadiça, e então suspira colocando a mão na testa.
—Como posso saber? Eles mal sabem quem ela é! Não admito que uma sem vergonha esteja na boca do povo!
Enquanto Paola desabafa sua revolta, uma das manicures acaba cutucando demais a unha da minha irmã, que dá um gritinho de dor e a olha com uma atmosfera mordida. A garota, que aparentemente está na casa dos vinte e cinco como a minha irmã, se ajoelha a sua frente tremendo.
—S... Sinto muito senhorita Paola! E...Eu não tive intenção!
—'E-Eu não tive intenção'—Paola imita a gagueira da manicure com um sorrisinho e logo depois lança um olhar sutil para todos, que sorriem da mesma forma esquisita e forçada para a pobre manicure.
—Que inútil, mal sabe falar e quer ser a manicure de uma Angeles? Dá o fora daqui! Agora!
A garota sai correndo aos choros para fora do quarto e todos ignoram o fato de que Paola Angeles humilhou publicamente alguém, voltando aos seus afazeres com medo do mesmo destino cair sobre eles.
—Agora...—Paola olhando de cima a baixo pra mim fala, com desdém—Essa é sua primeira aparição pública, então o que devemos fazer com você?
—Ainda não entendo, porque a senhora Elise e a senhorita Paola quer que eu participe de tamanho evento?... Vocês... Me deixam sempre na escura—Falo enquanto tento engolir o nó na garganta, apertando as minhas mãos umas nas outras nervosa—Será que finalmente posso ser reconhecida como família Angeles?
—Besteira! Nunca será uma, Angeles! Não como nós!—Elise minha madrasta, fala se levantando da sua poltrona aos berros e andando até mim, ela agarra o meu cabelo e faz-me olhar para ela—Porém, agradeça Paola, a sua irmã por ter um coração tão gentil, ela basicamente implorou para você participar deste evento! Agora, não faça nada que traga vergonha ao nome da família, hoje é o dia do noivado de Paola, e quero que tudo ocorro da forma mais perfeita possível!
Paola sorrir ao observar a cena e finalmente Elise solta o meu cabelo, sentando novamente na poltrona.
—Arrumem ela hahha—Paola fala sorrindo e me olhando, então ela se vira para sua mãe—WOu, essa cor de esmalte combinou muito com o seu look mamãe hahha.
Abaixo a minha cabeça e as empregadas me guiam até o meu quarto, onde começam a me arrumar de forma brusca e desajeitada.
"Estão fazendo isso contra a vontade... Ninguém desejaria arrumar a filha escondida dos Angeles, que aparentemente é odiada por eles pela maneira que a tratam"
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
As empregadas me arrumam de forma simples, um vestido rosa rosé, e uma sapatilha preta. De penteado optam apenas por uma trança simples e mexas de cabelo para fazer a franja. A maquiagem é leve, e me dão luvas brancas bordadas a mão, tão delicadas que tenho medo de rasgar. Minha irmã entra no meu quarto e então dispensa todas as empregadas, nos deixando a sós.
—Ana Letícia...
—Sim?—Pergunto com um certo receio, Ana Paola, é a filha mais velha e mais estimada do meu pai, irritar ela é o mesmo que o enfrentar de frente.
—Eu estou lhe dando uma oportunidade ímpar, que você nem sequer poderia sonhar, lhe dando a oportunidade de poder usar o nome Angeles—Ela fala me olhando com intensidade, se sentando em minha cama de frente para mim.
—Sim, e por isso sou muito grata senhorita Paola.
—Quão grande é sua gratidão Letícia?
Vacilo com essa pergunta, surpresa e atônita.
"O que ela quer que eu fale?"
—Muito... É transbordante... Não sei como lhe pagar por tamanha consideração para uma pessoa insignificante como eu irmã...—Me apresso e a respondo, ainda com a cabeça baixa, esfregando minhas mãos uma na outra e mordendo a lateral da minha bochecha por dentro.
Ela sorrir e então levanta da cama, anda até mim animada e segura minhas duas mãos nas dela, com uma expressão perversa.
—Eu sei!—Ela declara, com a voz alta.
—O que irmã?—Pergunto, hesitante, aflita pelo o que vem pela frente e pela resposta dela, que com toda certeza não é algo bom.
Ela se afasta de mim e então se abraça, andando até a minha penteadeira e analisando seu cabelo loiro brilhante, vendo se está bem arrumado como esperara que esteja.
—Sei como você pode pagar sua dívida comigo, é claro, afinal, nada no mundo vem de graça, você sabe.
—E... Como seria a forma de pagamento?
Ela para de analisar seu cabelo que está solto e com várias florzinhas espalhadas, brilhando em seus fios dourados.
—Você terá que dormir com Pietro hoje. Você irá dormir com ele hoje—Ela fala isso com um sorriso maluco de pura diversão e animação, e eu recuo um passo para trás. Sinto meu sangue gelando devagar e minhas mãos tremendo, olhando para ela incrédula.
—Como? E-Eu acho que não entendi o que você falou...— Meu coração acelera e minha irmã me olha com um sorriso doce dessa vez, se aproximando de mim e colocando sua mão gentilmente em minha bochecha.
—Eu quero, que você durma com Pietro hoje Ana.
—M-Mas! Pietro é o n-noivo da minha irmã!—Falo quase gritando, desesperada, o que não para Paola e sua ideia macabra.
—Sim, é meu noivo, e eu quero que você durma com ele.
—Não irei fazer isso, de maneira alguma. Irmã!—Tento buscar em seus olhos alguma sanidade—Hoje é o seu noivado com Pietro. Repito novamente, seu noivo!
Sua mão que estava em minha bochecha de forma gentil, desce para o meu pescoço, apertando com força, coloco minhas mãos por cima das dela tentando me livrar de seu agarro, mas é impossível.
"Ela sempre foi tão forte assim?"
—Olha aqui Ana Letícia! Você vai me escutar e fazer tudo! O que eu mandar! Esqueceu quem é a verdadeira senhorita aqui? Quem é a verdadeira filha dos Angeles?!—Paola fala e então me empurra no chão e pisa nos meus dedos, gemo de dor enquanto ela sorrir para mim.
—Ele é seu noivo Paola! Por favor...! Eu te imploro... Papai e Elise não iram me deixar em paz... Por favor... Por favor Paola...—Mantenho minha voz baixa e sem nenhuma malícia, com a esperança de a fazer mudar de ideia, porém...
—Ou você faz o que eu mando, ou você faz o que eu mando! Letícia. Eu já preparei tudo, você vai fazer. Na hora da festa Pietro será mandado para o quarto de hóspedes, e depois, bom, você sabe o que fazer hahha... Está tudo planejado! E você fará! Hó se fará!
Ela tira seu pé de cima da minha mão e então me olha com indiferença e soberba.
—Agora, eu sei que o seu lugar é o chão, mas hoje preciso de você sendo a excepcional irmã caçula de Ana Paola Angeles. Levante-se.
Me levanto às pressas, dando batidinhas em meu vestido e arrumando minha postura, ela sorrir e então olha para as minhas mãos, com a luva direita rasgada pela sua pisada.
—E jogue fora essa luva, mandarei trazer outra nova.
—Sim, senhorita Paola—Abaixo novamente minha cabeça, e ela passa por mim, entretanto, ela para ao pegar na maçaneta.
—E me chame de irmã, não de senhorita, não quero que as pessoas pensem que tratamos você mal. Porém...—Levando minha cabeça curiosa, e seu sorriso malicioso aparece novamente em seu rosto, e ela se vira pra mim revigorada—Me chame de senhorita quando estivermos a sós, sem a presença de pessoas de fora, um cachorro não pode se esquecer quem é o mestre, não é mesmo?
Coloco as minhas mãos para trás das costas, as apertando de leve e sentindo algo prender em minha garganta, desgosto e angústia, sim, isso é o que sinto toda vez que Paola me trata como um cão, apesar de sermos irmãs de sangue.
—Sim... Senhorita... Assim farei.
—Muito bem, já vou, esse quarto me dá náuseas, aff.
Ela sai do quarto e fecha a porta logo atrás, ando devagar até minha penteadeira, e me olho no espelho, meus cabelos são um castanhos quase claros, e meus olhos são pretos. Sou bem diferente de minha irmã Paola, que ao contrário de mim, tem olhos verdes, puxados pela mãe, e cabelos dourados como o sol, puxados para o nosso pai.
"A perfeição em uma só pessoa, a perfeição que nunca serei, não importe o quanto eu tente"
Enquanto me olho no espelho, Carmem, minha empregada de confiança vem em minha direção as pressas.
—Senhorita! A senhorita Paola me mandou até aqui, você está bem?—Carmem me olha preocupada, analisando cada parte do meu corpo, verificando se não tem nenhum arranhão.
—Não se preocupe...—Falo forçando sorrindo para ela e dando uns giros para mostrar que estou bem—Elas não podem me bater hoje, afinal, é um grande dia, e elas não iriam estragar desta forma hahha.
Carmem tem a minha mesma idade, dezenove anos, ela é um pouco mais alta que eu, e está ao meu lado a mais de cinco anos.
—Aqui, ela mandou eu entregar essas luvas para você— Fala ela, me entregando luvas rosas, e mais simples das que eu estava usando antes.
—Obrigada Carmem, bom, como sabe, hoje é o noivado da minha irmã, e gostaria de lhe pedir um favor.
—Que favor senhorita?—Carmem me olha preocupada, ansiosa pelo o comando.
—Fique ao meu lado o tempo todo, e quando minha irmã estiver se aproximando de mim, me avise, sussurre em meu ouvido, e não deixe ela se aproximar sem que eu saiba.
—Por que senhorita? Suspeita que ela tentará fazer algo? Eu não acho possível... A dupla de cobras não iriam estragar uma reunião tão importante como essa...—Carmem fala isso com convicção, e é o que eu achava também, até Paola trazer a proposta de eu deitar com o noivo dela.
Suspiro e tento parecer o mais leve possível—Só faça Carmem, estou lhe pedindo.
—Sim senhorita... Farei o que desejar.
Termino de me arrumar, e me sento na cama esperando me chamarem. Toda vez que uma Angeles é apresentada para a sociedade, ela deve ir ao salão acompanhada de dois seguranças mostrando o poder da família, e uma criança para mostrar a bondade e a inocência dos Angeles, representando a pureza.
É hilário ter tamanha tradição numa família que não segue o que os mesmo sugerem, Angeles é a mais antiga do país, seu poder se estende até para fora e sua 'bondade' é conhecida por todos. Eu, Ana Letícia Angeles, sou mais uma peça de xadrez deles, que mostrará essa noite o quanto amo a minha família, pelo menos era o que eu deveria sentir no lugar do ódio e repulsa pelos mesmos.
As horas passam rápido, até que enfim, me buscam.
"Quer que eu me deite com o seu noivo? Nada disso, não vou fazer isso Paola, na verdade farei de tudo para evitar isso"
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