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Os Anéis E O Contrato

1. Capítulo

A noite está linda, céu estrelado, aroma de rosas no ar e uma lua maravilhosa de se observar. Um cenário de filme romântico, menos para Leandro, o negócio do seu avô está a falir e a ambição fez com que ele fizesse um acordo com o nosso maior rival, Jason Simas. Oferecendo a mim como pretende para o seu filho solteirão, Eduardo Simas, em troca, Jason pagaria todas as nossas dívidas e ainda colocaria uma boa quantia na nossa conta bancária. O meu pai Sandro até tentou ser contra esse acordo absurdo, mas meu avô não lhe deu ouvidos em nenhuma das vezes que este assunto foi tocado. Eduardo é um homem interesseiro, baladeiro e ligeiramente simpático, nunca levou a sério os negócios do seu pai, o que lhe fez se preocupar com o futuro da empresa. Jason tem a esperança de que um companheiro para o seu filho lhe fará muito bem. Mesmo que isso signifique que terá que aceitar um homem como genro. 

Sandro: Vai poder-me perdoar alguma hora? Não está a ser vendido pelo seu avô, é contudo nós…

Leandro: Estamos com dificuldades financeiras, eu sei. 

Sandro: Eduardo está lá em baixo, está pronto?

Leandro: Sim! Penso que sim.

Acompanhado do meu pai vou até à sala de estar, onde Eduardo está de pé, olhando para um quadro na parede posso notar que ele carrega uma caixinha na sua mão direita, posso presumir que seja uma aliança de compromisso, já que vejo o contrato sobre a mesinha de centro, meu avô e Jason conversam sobre algo em voz baixo, julgo que seja sobre a venda e a compra.

Essa situação constrangedora passou como um raio toda essa "#¿$?%!¡" aconteceu como planeado e tudo que era para fazer e dito, ocorreu naquela sala. sinto-me ofendido, mas também não posso voltar para trás logo agora, não com a minha família precisando de mim.

A despedida foi tão rápida que nem me lembro mais quais palavras foram escolhidas e usadas por nós e muito menos por eles, encontro-me no carro, Eduardo ao meu lado com a sua atenção na tela do celular. Olho para o meu dedo e vejo essa aliança que é como uma loucura que apenas eu enxergo. Sinto que perdi a mim mesmo e a minha liberdade neste contrato. 

Que a minha família sempre foi ambiciosa, eu já sabia, mas ao ponto de vender um intrigante por dinheiro, foi uma grande surpresa para mim, ainda mais por eu ser o escolhido, sempre pensei que essas coisas iriam ocorrer mais tarde, já um pouco mais velho e sábio. Se Eduardo soubesse que sou um louco perfecionista. 

Leandro, 21 anos

Estudante de medicina, o seu maior sonho é salvar todas as crianças da escuridão que pode ser a fome e os maus tratos, o seu pior pesadelo é perder a sua liberdade de expressão e de imagem. Amante dos gatos, Leandro ainda quer montar um abrigo para acolher os animais em estado de rua. Apelido? Leléu. 

Eduardo, 28 anos

Formado em advocacia, o seu maior sonho é ter o mesmo respeito e a quantia que o seu pai Jason obtém, o seu pior pesadelo é ficar preso a um homem apenas, e com isso ter de ser fiel. Eduardo é amante da boa arte e de uma bebida de qualidade, a sua mãe sempre lhe chamou Eduh, o que ele odiava. Pode um "homem rengo" aceitar um casamento do dia para o outro?  

Eduardo esconde uma tristeza por dentro já que sente a falta da sua mãe que morreu segundo o seu pai que evita todo o momento de falar da ex-mulher. Eduardo já ouviu falar sobre a sua mãe ter sofrido terríveis maus tratos pelo seu pai, mas não é nada comprovado e sempre negado por Jason. Quando perguntado. 

2. Capítulo

Leandro

A visão daquela casa enorme e esnobe enche os meus olhos fazendo com que o meu corpo amolecer. 

Assim que deixamos aquele carro, sinto uma leve brisa tocar os traços do meu rosto e levando-me a acreditar que Jason ou até mesmo Eduardo podem não ser tão vilões como eu ou a minha família pensávamo que fossem

Carlos (Mordomo): Bem-vindo, senhor. 

— Obrigado. 

Eduardo: E aí, Carlos? Este é o Leandro, meu inesperado marido, acredita? 

— Nem eu acredito, mas aqui estamos. 

Carlos é encarregado de apresentar-me toda a casa e ele fez isso com muito detalhe, até me cantando algumas manias secretas dos intrigantes dela, claro, não sei se Carlos é alguém que eu devo confiar. Por isso eu evito usar muitas palavras com ele.  

Eduardo: E aí? Apresentou toda a casa para Leandro? O que achou benzinho? Ah! não! Maridinho. O que achou da casa que vai morar a partir de agora? 

— É uma casa normal, não tenho muito o que dizer.

Eduardo: Tanto faz.. Carlos! 

Carlos: Sim, senhor? 

Eduardo: Passou as regras pro Leandro? 

— Tem regras? 

Carlos: Não senhor, e sim senhor! 

Coitado do mordomo, parecia tão perdido tendo que responder nós dois em simultâneo. 

Carlos: A casa toda foi arquitetada com muito detalhe por isso, o senhor Jason, não aceita mudança de cores nas paredes e nem nas mobílias, ah, nem desordem! 

— Pensei que… 

Eduardo: O quê? Que teríamos a liberdade de transar em qualquer parte da casa? Não senhor, devemos tomar cuidado… o seu adorável sogro viverá connosco.

— E isso porquê?

Eduardo: Por que ele paga as minhas contas. Por isso

— Como eu imaginava. 

Eduardo: Longe do caminho dele, traduzindo toda essa besteira de regras. 

Observando a sua forma de falar, usando os braços e da forma exagerada de revirar os olhos a toda a hora, viro-me e peço para Carlos, o mordomo, mostrar-me a cozinha, urge-me um copo de água. 

Eduardo: Carlos pega para você.

— Prefiro ir eu mesmo pegar, se não for contra as regras. 

Eduardo: Engraçadinho, não é. 

Na cozinha, observo que Carlos está incomodado com a imagem do seu patrão Jason, conversando com a empregada em tom baixo.  

— Carlos, você pode-me mostrar onde fica os copos… Carlos! Você está-me ouvindo?

Carlos: Oi! senhor, sim, senhor! 

— Para com essa de "senhor" e me diga onde eu posso encontrar um copo? 

Carlos: Nessas portas senhor, é onde nós guardamos todos os pratos e os copos.

— Obrigado, Carlos.

Ainda assim, Carlos volta com a sua atenção ao seu chefe e à empregada. pergunto-me se nessa casa rola o que acontecia na minha, claro; nunca disse uma palavra sequer, mas meu avô bolinava a nossa passadeira. 

Deixo essa cena que eu não consigo compreender e dirijo-me direto para o meu quarto, já passando pela porta vejo a minha mala precisando ser desfeita e a vista maravilhosa da noite lá fora. Tiro a minha t-shirt e fecho a porta, toco o meu peitoral pedem deslizando com a mão para o meu tanguinho. Olho para o relógio no meu pulso e decido tomar um banho breve. 

— Onde eu me meti! 

Deixo que a água passe pelo meu rosto e corpo abaixo não posso dizer que não estou a gostar da boa vida que parece que terei ao lado do grande idiota, Eduardo. 

A única coisa que sinto é que foi tão simples para a minha mãe vender-me, como se ela já tivesse essa ideia ultrapassada e errada na sua mente, até que seria irónico agora, ela ainda voltar por mais dinheiro de Eduardo, ou melhor, Jason. 

Estou quase pronto, quando Carlos chega no meu quarto me chamando para jantar. 

Carlos: Eduardo e o seu pai o esperam na sala de jantar. 

— Tenho escape? 

Carlos: Acredito que não. 

— Foi o que eu pensei. 

Na mesa de jantar, Jason janta calado, Eduardo janta com os seus olhos nos meus, parece-me observar. Já eu uso a minha delicadeza em cada garfada, mas por dentro com uma fome de comer um boi inteiro. 

Aquele momento durou minutos, causando em mim um ronco de fome. 

Ainda são oito horas da noite e eu só durmo as onze, me pergunto se posso sair da casa para um passeio ou caminhada, não quero incomodar ou fazer parecer que estou a tentar fugir, por isso abro uma bolacha que roubei do armário da cozinha enquanto tomava água e a como de pernas de índio na minha cama. 

3. Capítulo.

Amanhece e eu estou com os olhos pregados, não consegui pegar no sono deitado nessa cama. Suponho que pode ser que seja minha primeira vez dormindo nesses lençóis, me levanto e vou para um banho quente e relaxante, não demorando muito, me arrumo e caminho até a cozinha grande. Estou com fome! 

— Bom dia, Carlos! 

Carlos: Bom dia senhor! Dormiu bem? 

— Por aí, e Eduardo? 

Carlos: No escritório com o senhor Jason. 

— Tem café?

Aproveito o tamanho do caneco e encho ele de café o que eu adoro, e o que já me desperta e me anima.

Depois do único cole que dou, pego um clube social dentro do armário e vou para um banho de sol no Jardim. Coisa que eu costumo fazer todos os dias, com um jornal na minha mão esquerda, escuto da boca da Maria, a empregada que estão contratando entregadores no restaurante chique que tem próximo da mansão, paro e penso que essa era uma grande oportunidade para não ser depreende de Eduardo ou pior, do seu pai Jason. 

E de cara, consigo o que almejo, a vaga de entregador é 

meu, eles até me deram uma moto velha que estava parada nos fundos do restaurante. 

No meu primeiro dia de trabalho, faço várias entregas e acredite se quiser, conseguir uma boa gorjeta de uma senhora que me disse ter animado o dia dela com  minha beleza de menino jovem, eu nem quis aceitar os 100 dólares, mas ela insistiu e eu não quis ser desagradável. 

Já são sete horas e é quando o restaurante encerra às entregas, e eu suspiro com um ar de satisfação, conto o meu dinheiro que consegui e guardo no meu bolso direito. Olho para o meu caminho de volta e vou caminhando. 

Nessa noite, eu janto acompanhado apenas de Jason. Eduardo não está na casa e me importo pouco com isso 

Durmo nessa noite, graças a Deus! 

Despertador me acorda, de repente a noite se transformou em dia e já está na hora de levantar. 

Novamente tomo um café forte e novamente nem não vejo Eduardo, nem pintado, me pergunto se a minha presença incomoda aquele filhinho de papai, mas se esse for o caso, até prefiro, assim não terei que fingir tolerar a sua presença arrogante ou até mesmo beija e aqueles lábios avermelhados ou pior abraçar aqueles braços firmes e fortes, me livro dessas besteiras que os casais fazem sem parar. 

Carlos: Tudo bem senhor? Está precisando de algo?

— Oh, não! Desculpa por atrapalhar a passagem Carlos. 

4 semanas depois…

E nada muda nessa casa, onde só escuto a voz dos empregados que eu tanto gosto. Carlos e Maria! 

Eduardo: Bom dia, Leandro! 

— E não é que ele fala? 

Eduardo: Continua com as suas ironias? 

— Não… Bom dia! 

Eduardo quer me levar até o meu emprego, me pergunto onde ele conseguiu a informação de que estou trabalhando e por que se importa com a minha segurança logo agora, ou não, ele apenas que me oferecer um pouco de sua atenção pateticamente disputada? 

Eduardo parece realmente querer saber o que eu faço e deixo de fazer no restaurante, parece está enciumado com o tanto que sou querido pelos os clientes, julgo que ele já está gostando de mim ou só é um homem obsessivo. Já que apenas estamos 5 semanas juntos. 

Já está acabando o dia, quando recebo uma mensagem do Eduardo questionando que hora estarei voltando pra casa, isso já está me incomodando, não gosto de ser controlado por ninguém. 

Em casa 

— Boa noite! 

Eduardo: Boa noite. Trabalhando até essa hora? 

— Não estava em uma festa, né. 

Eduardo: Chega dessas ironias Leandro!

Sua forma firme de me responder me surpreende.

Parece até que ele está mesmo bravo, o que não acredito que seja, ele só quer me controlar. 

— O que você tem? 

Eduardo: Hoje iremos jantar juntos, então sugiro que vá trocar essas vestes por algo mais apropriado. 

Pode parecer bizarro, mas gostei desse lado autoritário do filhinho de papai. 

— Sim senhor! 

Subo por um banho rápido e por um look apropriado. 

Escolho um todo preto, vai que ele também tenha loucura com cores. Então preciso ficar esperto. 

— Aqui estou eu! 

Eduardo me olha de longe, medindo cada detalhe do meu corpo, se aproxima lentamente segurando um copo de uísque na mão, agora mais perto de mim, ele usa de gentileza para me oferecer um drink, pego o seu de suas mãos e dou um gole, e devolvo agradecendo Eduardo elogia a minha escolha de roupa e diz que o meu uniforme não combina comigo.

Eduardo: Agora, porque trabalhar? Você já não tem tudo que necessita? 

— Pensando assim, sim! 

Eduardo: Então? Trabalha para me provocar? É isso?

— Não é o caso, Trabalho para mim mesmo, para que eu tenha o meu dinheiro, e não dependa do meu marido.

Eduardo: Que grande besteira, quer ser um homem independente agora? Depois de ter sido vendido por sua própria mãe? Que ironia. 

— Pense o que quiser, esse sou eu e essa é a minha vontade, sou seu marido, não seu criado. Acostume-se com isso, pois eu não costumo ceder à vontade alheia. 

Eduardo: Deveria, sou seu marido e você me deve obediência. Caramba! 

— Não me faça rir da sua cara, não estamos em 1940 e se você ainda não percebeu, somos o contrário do padrão. 

Eduardo: Não me interessa Leandro, você vai me obedecer por bem ou por mal.

Me aproximo de seu rosto e o encaro. 

— Então eu prefiro o mal! 

Eduardo: Então se prepare para os dias ruins chegarem.

— Que chegue, não vou a lugar nenhum. 

Carlos teme pelo o meu bem estar, pois sabe que Eduardo por mais que seja um bom chefe, é um homem muito frio e vingativo, acostumado com as pessoas a curvarem a sua vontade. Mas eu não vou. Se eu ceder agora, terei que fazer isso várias vezes. 

Eduardo: Não vai mesmo! 

No meu quarto penso nas coisas que Eduardo poderia fazer contra mim, não o tiro do tipo de cara que mata ou que maltrata fisicamente, mas mesmo assim preciso ficar atento ao meu novo e recente inimigo. 

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