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Simplesmente Ela É Demais!

Capítulo 01 | Apresentação dos personagens

O meu nome é Daniela, tenho 24 anos e sou mãe solo de um príncipe de 4 anos, o meu Bernardo. Me formei em administração e atualmente trabalho como caixa num supermercado, em uma pequena cidade. Tem muitas coisas sobre mim que ninguém sabe e prefiro assim. Não quero pensar em me relacionar com ninguém, Deus que me livre de me apaixonar de novo

Eu chamo Bruno, tenho 26 anos e sou solteiro por opção. Não acredito que o dinheiro que tenho seja 100% culpado, mas em partes, tem peso na escolha de me manter solteiro. Já tive namoradas antes, claro, mas sempre me decepciono com elas depois de um tempo, por se mostrarem fúteis.

(Márcia e Humberto. Mãe e pai do Bruno)

Os meus pais nem sempre foram ricos e me demonstraram o valor do trabalho duro. Hoje somos os donos da maior rede de supermercados do país. Eles são simples, não deixaram que o dinheiro os mudasse e me mostrou o que vale a pena na vida. É pedir muito um amor igual ao deles? Não consegui ainda, por isso, por hora estou solteiro.

Hoje estou indo em um dos supermercados da nossa rede, que aparentemente está com problemas. Fica onde tudo começou, uma cidade pequena onde os meus pais se conheceram e começaram os negócios.

(Jonas, 26 anos. Motorista e melhor amigo do Bruno)

Jonas: Senhor Bruno chegamos.

Bruno: Senhor? Está de sacanagem Jonas? — Ele dá uma gargalhada.— Me deseje sorte.

Jonas: Boa sorte meu amigo!

Bruno: Desço do carro e sigo até o supermercado, entro e vou direto em uma das caixas.

— Bom dia. Poderia me informar, onde fica a sala do Ricardo?

Atendente: Só um minuto senhor.

Bruno: Tudo bem. — A moça do caixa não me reconheceu, o que achei estranho. Ela está finalizado um atendimento e notei que priorizou o cliente, o que é interessante e me fez ficar desconfiado também. Um detalhe chama a minha atenção, ela é linda!

Atendente: Muito obrigada! Voltem sempre. — Lembro que alguém pediu informações, quando olho para o homem que estava atrás de mim, por um segundo longo prendo a respiração, ele é intenso ao me olhar e com toda certeza, corei.

— Como posso ajudá-lo?

Bruno: Gostaria de saber onde fica a sala do Ricardo. — Não sei explicar o que senti quando a atendente se vira para mim e ao me olhar nos olhos fica vermelha.

Atendente: Fica no segundo andar, é a última sala, senhor. A escada fica à direita no final do corredor. — Ele continua me olhando tão profundamente que nesse momento, só queria sumir daqui.

Bruno: Muito obrigado. Senhorita? —  Não aguento e pergunto sobre o nome da atendente, preciso saber mais sobre ela.

Atendente: Daniela... eu me chamo Daniela. Senhor? — Nervosa, repito o meu nome duas vezes, e fico envergonhada. Sem me dar conta, para piorar tudo, pergunto o nome dele, que droga, fiquei vermelha de novo.

Bruno: Eu me chamo Bruno. Final do corredor? — Ela apenas assente em sinal de positivo.— Muito obrigado, Daniela.

Daniela: Por nada, senhor Bruno. — Ele sai e suspiro aliviada. Poxa vida, só eu mesmo para passar vergonha diante de um homem tão bonito, que ainda por cima é educado.

Capítulo 02 | A Cara De Medo Dele

Bruno: Sigo conforme a Daniela me falou e logo chego até a sala do Ricardo, bato na porta não uma, mas quatro vezes e nada. Estranhei ele ainda não ter chegado, mas aproveitei que ele não estava na sala dele e fui dar uma volta no supermercado para conhecer o local. De cara percebo que essa filial especificamente, não acompanhou as mudanças feitas por mim, desde que assumi a presidência no lugar do meu pai. Lógico que me incomoda bastante não terem seguido as orientações dadas nas palestras. Preciso falar urgente com o Ricardo.

Daniela: Senhor Bruno, encontrou a sala?

Bruno: Encontrei a sala sim, mas o Ricardo não está lá. Você sabe me informar se ele já chegou?

Sou tirado dos meus pensamentos por uma voz doce e calma. Será que isso, de parecer ser tão tranquila e atenciosa não é apenas um truque? Não é possível que ela não me reconheceu.

Daniela: Chegou sim, o vi assim que bati o meu ponto no primeiro horário.

Meu Deus como esse homem me deixa sem jeito, agora pensando bem, ele parece ser um advogado. Tá muito bem vestido e espero que não seja problema com o supermercado, porque eu preciso desse emprego.

Bruno: Ótimo. Vou tentar novamente a sala dele, obrigado.

Daniela passa por mim toda sem jeito, o uniforme não revela nada, então não faço ideia se ela é tão bonita de corpo como é de rosto. Ela deixa pra trás um perfume maravilhoso de flores, ficaria viciado fácil no cheiro dela.

Daniela: Vou apressada ao banheiro, Deus me defenda se o Ricardo sentir a minha falta no caixa. Aquele homem me deixa tão desconfortável, que faço de tudo para ser invisível para ele. Aproveito para olhar o celular e ver se tem notícias do Bernardo.

Bruno: Quando estou indo pra sala do Ricardo, passa por mim apressada uma funcionária, ajeitando o seu uniforme com a cabeça baixa, não faço ideia de onde ela saiu. Bato novamente na porta, dessa vez mais forte.

(Ricardo. Gerente administrativo do supermercado)

Ricardo: Pode entrar.

Espero que seja algo importante, estou de péssimo humor e a Carol não me ajudou em nada hoje.

Bruno: Bom dia Ricardo!

Percebo que o Ricardo leva um susto ao me ver, confesso que gostei da cara de medo dele.

Ricardo: Bruno, o que faz aqui?

Era só o que me faltava, esse moleque aqui, só pode ser brincadeira!

Bruno: Acredito que como gerente administrativo dessa unidade, saiba que estão com problemas, então, vim pessoalmente entender o que está acontecendo. Primeiro, quero entender porque as mudanças e atualizações não foram implantadas nessa unidade. Vejo que estão totalmente fora dos padrões.

Ricardo: Bom estamos fazendo as mudanças gradualmente, somos uma filial de uma cidade pequena e não temos os mesmos recursos de uma cidade grande.

Invento a primeira coisa que me vem a cabeça, espero que ele engula essa.

Bruno: Quero ver o planejamento de vocês, entender melhor o que já foi mudado e o que estão fazendo para as mudanças que ainda não foram feitas. Também, quero todos os relatórios dessa unidade e providencie uma mesa e uma secretária, a partir de amanhã para mim!

Percebo que o Ricardo está tentando me enrolar, não vou deixar claro que não engoli essa desculpa, porque preciso saber o que está acontecendo, antes de tomar qualquer decisão.

Capítulo 03 - Espero Estar Enganado

Ricardo: Bruno, nem tive tempo de te perguntar como estão os seus pais? Bom com relação à filial, disse problemas? Não! Não há problema algum aqui, fique tranquilo. Os lucros não são tão altos quanto os das filiais da cidade grande mais garanto que está tudo bem, tem a minha palavra.

Esse moleque veio aqui fazer o que afinal? Que ódio, preciso-me livrar dele quanto antes. Vou chamar aquela mosca-morta da Daniela para auxiliar ele, ela não sabe de nada que possa me comprometer.

Bruno: Estão bem Ricardo, mandaram lembranças. Com relação aos problemas irei verificar eu mesmo, começo amanhã. Quero uma sala e uma secretária no primeiro horário!

Nunca fui com a cara desse Ricardo, ele não me desce. Espero estar enganado, os meus pais confiam muito nele, se conhecem a muitos anos.

Ricardo: Sem problemas Bruno, estou a disposição caso precise de qualquer coisa.

Porra! Esse moleque vai estragar o meu dia.

Bruno: Estou de saída e mais uma vez vejo a Daniela, ela está atendendo um casal de idosos. Impossível não notar como ela tem um sorriso lindo. O que me deu? Preciso sair daqui urgente, vou direto para o carro e peço o Jonas que me leve a antiga mansão dos meus pais aqui na cidade. Ela está como quando era criança, nós mudamos porque foi mais fácil abrir uma empresa na cidade e gerenciar as filiais.

Jonas: Tá tudo bem Bruno? Bruno, chegamos! Bruno!

Bruno: Sim, obrigado Jonas. Estava pensando no que fazer daqui para frente. Não espera que a nossa filial estivesse da forma que encontrei.

Sou tirado dos meus pensamentos pelo Jonas. Entro e me apresento para o pessoal que trabalha na mansão, libero o Jonas e vou descansar, assim que me deito e fecho os olhos e a Daniela me vem na mente. Não me lembro dela daqui da cidade, impossível esquecer aqueles olhos! Preciso descansar, a viagem foi muito cansativa e amanhã preciso acordar inteiro.

Daniela: Estou fechando o caixa para ir embora quando a Carol me avisa para ir à sala do Ricardo, não faço ideia do que ele quer comigo mais odeio ter que ir à sala dele. Chego até a porta da sala e bato, logo escuto ele me mandar entrar.

Senhor Ricardo, me chamou?

Ricardo: Só Ricardo para você Daniela, insisto. O Senhor Bruno veio visitar a nossa filial, no período que ele permanecer aqui você irá ficar como secretária dele auxiliando no que ele precisar. Espero que não nos cause problemas Daniela, ele é o dono de toda rede de supermercados, portanto de a ele o que ele pedir prontamente!

Essa mosca-morta nunca me deu abertura, espero que ela divirta o Bruno e distraia bastante ele, afinal ela é uma delícia. Essa cara de presa assustada dela me deixa tão excitado.

Daniela: Prefiro chamá-lo de senhor Ricardo, não quero faltar com o respeito. Com relação ao senhor Bruno, tudo bem. Darei o meu melhor. Tenha uma boa noite senhor Ricardo.

Meu Deus porque eu? Não quero cometer nenhum erro, não posso ficar desempregada de jeito nenhum. Preciso fazer tudo certo. Agora me lembro porque o rosto dele e familiar, é claro! Como não me lembrei que ele é o dono de tudo.

Ricardo: Tudo certo então, está liberada.

Chego bem perto da Daniela para sentir o seu perfume, como eu queria poder me divertir com ela. Me afasto e ela se retira quase que correndo, como isso me diverte!

Daniela: Boa noite senhor Ricardo.

Já estou saindo quando o Ricardo se aproxima de mim de forma descarada, recuo até encostar a mão na maçaneta da porta. Assim que ele se afasta um pouco eu saio correndo. Aquele olhar, eu conheço aquele olhar. Fico com o coração disparado!

(Sheila, 23 anos. Melhor amiga da Daniela)

Sheila: Oi Dani, tá tudo bem?

Daniela: Tá sim amiga, só estou ansiosa para ver o Be.

Bato o ponto e saio de lá tão nervosa, tento os exercícios de respiração porque estou certamente tendo uma crise de ansiedade. Aquela aproximação, aquele olhar foram gatilhos para mim. Quando me sinto mais calma, corro para escola do Bernardo e logo vejo ele se aproximar com um lindo sorriso. Sim, ele consegue me acalmar, me traz paz, ele é meu combustível para continuar a lutar.

(Bernardo, 4 anos. Filho da Daniela)

Bernardo: Mamãe! Mamãe olha o meu desenho, fiz para você. Gostou?

Daniela: Filho, que lindo! Eu amei, muito obrigada. Senti a sua falta, como foi seu dia?

Bernardo: Também senti saudades mamãe, foi muito legal! Eu brinquei com o Guilherme, ele é meu amigo mamãe. Cadê a tia Sheila?

Daniela: Ela deve estar vindo filho, a mamãe veio na frente hoje porque tava com muita saudade.

Dou muitos beijos e abraços no meu pequeno, ele tá tão cheiroso. Chegamos em casa, faço o jantar enquanto Sheila ajuda o Be a fazer o dever de casa. Jantamos e após colocar o Be para dormir eu vou ajeitar a casa e deixar tudo pronto para amanhã. Sheila me olha preocupada parece procurar as palavras para falar comigo.

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