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BRIAN BELMONT - LIVRO 1

início de tudo

***Liara 17 anos***

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Me chamo Liara, moro só com a minha mãe Lúcia. Nós duas vivíamos muito bem até ela arrumar um namorado chamado Paulo.

***Lucia 40 anos, mãe de Liara***

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Ele é um cara alto, forte e de boa apareça, mais o jeito que ele me olha, me dá medo. Eu nunca tive um namorado, como sempre foi só eu e minha mãe, a nossa vida não é nada fácil, então, resolvi não me envolver com ninguém.

***Paulo 50 anos, padrasto de Liara***

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Quero terminar meus estudos para ajudar minha mãe nas despesas de casa, eu trabalho meio período numa cafeteria de uma amiga dela.

Lá aprendi a fazer muitas coisas, doces são o meu forte. Mas todo dinheiro que eu ganho lá, eu dou para minha mãe, ela administra, junta com o dinheiro dela, paga as contas, faz mercado e compra roupas para nós.

Paulo chegou na vida da minha mãe com promessas e juras de amor. Minha mãe, como uma manteiga derretida, acreditou e aceitou se envolver com ele.

Mais os olhos dele me incomoda muito, eu nunca precisei dormir de porta fechada. Mas hoje em dia, sou obrigada a trancar, pois uma vez, quando despertei na madrugada, vi um vulto no meu quarto e era ele.

Ele estava pelado e mexendo naquela coisa nojenta dele, fazendo barulhos. Depois, ouvi ele gemer e sair do meu quarto, me levante e liguei a luz e o nojento tinha sujado meu chão com o esperma dele.

Nojento!

A partir desse dia, resolvi trancar a porta do meu quarto, quando ele vinha aqui dormir com a minha mãe.

Quando eu completei 17 anos, Paulo pediu minha mãe em casamento, e a burra aceitou. O que ele antes dormia só de vez em quando na minha casa, passou a morar nela e foi onde tudo piorou mais ainda.

Quando minha mãe não via, ele sempre dava um jeito de passar as mãos em mim, ou me encurralar na parede e forçar seu quadril no meu, dizendo que seria ele a tirar meu cabaço, que ia me deixar toda alargada com o formato do seu membro.

Aquilo só me deixava mais enjoada dele. O toque dele me deixava agoniada, era como se meu corpo estivesse dentro de um formigueiro e as formigas andado sobre minha pele.

Era agoniante demais!

Ele me apertava sempre tapando minha boca, e dizia que se eu falasse pra minha mãe, ele mataria ela e eu seria a mulher dele para sempre.

Uma vez, minha mãe teve que ir viajar por 2 dias com a patroa dela, eu não poderia ir, estava no final do ano letivo e precisava entregar os últimos trabalhos da escola, para terminar os meus estudos e tentar uma faculdade gratuita.

Sempre tirei boas notas, na escola. Eu tenho uma memória fotográfica, o que me ajuda muito, e assim eu sempre sou a melhor da turma.

Paulo ia ficar também por causa do trabalho dele. Minha mãe nunca percebeu nada o que ele fazia comigo, mais ela estava muito diferente, nós éramos muito ligadas, muito companheira uma com a outra.

Mais percebi que depois que Paulo entrou em nossas vidas, isso tem mudado. Ela tem ficado cada dia mais distante de mim, menos companheira, quando eu queria falar com ela, ela sempre dava um jeito de desconversar e sai de perto de mim.

Bom, voltando. Ela foi viajar, e na primeira noite Paulo invadiu o meu quarto e se deitou em cima de mim. Eu tinha trancado a porta, não sei como ele entrou. Eu gritava para ele sair, e ele só ria dizendo que eu era dele e que ele ia me føder ali e agora. Que eu seria a sua nova mulher.

Eu me desesperei e comecei a me mexer até consegui me virar de frente para ele. Ele era bem mais forte que eu, quando eu fiquei de frente ele abriu minhas pernas e empurrou o quadril contra minha virilha. Eu estava com calça de pijama, mais ele estava totalmente pelado. Ele enfiou a mãos por dentro da minha calça esfregou seu dedo na minha intimidade e depois levou na boca.

PAULO: — Deliciosa. Estou louco para tirar seu cabacinho, diz que é minha, diz.

LIARA: — Sai de cima de mim seu porco imundo, eu não sou sua, tira essas mãos nojenta de mim.

E com essas palavras ele me deu um tapa com as costas da mão, meu rosto ardeu, e eu comecei a chorar desesperada, ele puxou com brutalidade a minha calça até ela rasgar, com um puxão minha calcinha teve o mesmo fim.

Eu tentava empurrar ele com as mãos e com as pernas e ganhei um murro no olho, isso me deixou tonta, ele levou a mão na sua boca e retirou uma quantidade grande de baba, que chegou a escorrer pelo queixo dele.

E passou a mão babada na minha intimidade, eu me desesperei quando sentir a ponta do seu membro na entrada da minha intimidade, e voltei a tentar me livrar dele.

Ele pegou minha mão e colou acima da minha cabeça e segurou meus punhos com uma mão, e a outra ele puxou uma perna minha dobrando meu joelho no seu quadril. Novamente, o medo voltou a tomar conta de mim, quando o membro dele tocou minha intimidade.

Ele me olhou nos olhos e sorriu. Eu via o rosto do demônio naquele homem, e de uma vez ele me penetrou.

LIARA: — Ahhhh! Tira seu desgraçado tira... tá doendo...

PAULO: — Ohhhh, Liara, eu sabia que você era apertadinha, que delícia de bøceta, vou me acabar de tanto te comer.

Eu chorava de dor, e ele parecia adorar meu desespero, porque de repente ele acelerou o movimento, Ia cada vez mais fundo, e mais rápido.

Eu já não chorava mais, sabia que não ia adiantar nada além de deixar ele mais eufórico. Então me virou de bruços, se encaixou na minha intimidade, foi até o fundo e se debruçou sobre o meu corpo.

Eu fiquei paralisada, não queria mais viver, para mim aquilo tinha sido o fim, sentindo meu corpo sendo violado com aquela brutalidade, então eu só rezei para aquilo acabasse rápido, para ele terminar logo e sair de cima de mim.

Ele deu um gemido alto, e o filho da putä gøzou dentro de mim, e ficou em cima do meu corpo até aquela merda amolecer e ele sair de dentro. Se levantou e disse que sempre que tivesse oportunidade ele me comeria, porque eu era muito gostosinha.

Antes de sair me lembrou, se eu contar para minha mãe, ele iria matar ela e ia me trancar em um quarto e faria de mim sua escrava sexual para sempre.

Quando ele saiu eu me permitir a chorar, chorava desesperada com o que tinha acabado de me acontecer, com muita dor eu fui me arrastando pro banheiro pra tomar banho, me sentei em baixo do chuveiro e ali fiquei não sei por quanto tempo.

Quando consegui parar de chorar desliguei a água e fui pro quarto, somente enrolada na toalha acabei dormindo cansada, o que foi uma péssima ideia, já que de manhã o maldito entrou no meu quarto e repetiu o ato.

Depois que ele me largou lá de novo, eu estava pior do que a noite anterior, mais eu tinha quer ir a escola entregar os trabalhos. Meu olho tinha ficado roxo pelo murro que ele me deu, e minha cara avermelhada.

Passei uma maquiagem pra esconder aquilo, tinha mais reboco na minha cara do que as paredes da minha casa. Coloquei um óculos escuro, e fui para escola. Uma amiga minha, a única da escola, me viu daquele jeito, eu já era a deslocada da escola, agora virei piada por causa da quantidade de maquiagem na cara e óculos escuro sem estar sol.

ANA: — O que aconteceu com você? — Ela realmente me conhece, mais não sei se devo contar para ela.

LIARA: — Eu caí no banheiro e bati meu olho no registro do chuveiro, e ficou roxo.

ANA: — Nossa, amiga. Vamos a aula já vai começar.

Entrego meus trabalhos para o professor. Eu sempre os fazia com vontade, mais hoje não, hoje não queria nada, não tinha nada bom, não queria voltar para casa e passar por tudo de novo.

O diretor da escola me chamou na sala dele, eu fui desanimada, mais ele veio me dizer que só faltava uma semana para acabar as aulas, e pelas minhas maravilhosa notas e sem faltas, eu já estava aprovada. Me entregou o meu diploma e se eu quiser, já posso me escrever pra fazer a graduação.

Esse era o meu maior sonho, mais o meu maior sonho agora era que Paulo morresse sufocado com o próprio membro dele na boca. Agradeci ao diretor, peguei o diploma, ele me entrega 3 convites pra festa de formatura, mais digo que não irei, mesmo assim ele insiste.

Vou da escola direto para cafeteria da Margô, e já chego colocando meu uniforme e ajudando ela nos preparos dos doces.

***Margot 45 anos, patroa de Liara***

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MARGOT: — Menina você tá cheia de maquiagem porque?

Explico para ela a mesma coisa que disse para Ana, ela é amiga da minha mãe, não posso correr o risco de ela falar para ela, vai que aquele maldito faz o que disse que ia fazer.

Ela pega uma bolsa de gelo e pede pra eu colar em cima que irá diminuir o roxo e o inchado, ela pareceu não acreditar na minha história, mais não podia me obrigar a falar nada.

Peço para Margot se posso dormir hoje na confeitaria, ela tem um quartinho no andar de cima, ela diz que sim e pergunta o porque, digo a ela que minha mãe tá viajando e só tá meu padrasto em casa, e ele é chato, ela sorrir desconfiada e diz tudo bem.

Graças a Deus não Irei para aquele inferno hoje.

Terminamos tudo, e chegou o fim do nosso expediente, Margot me chama pro quartinho e arruma a cama pra mim, e me dá uma roupa para dormir.

Margot: — Quero que você se abra comigo menina, te tenho como uma filha e você sabe disso.

LIARA: — Está tudo bem Margot, é verdade eu estou bem.

Margot: — Tenho certeza que não está, mais se você quiser falar com alguém eu estou aqui, te prometo guardar segredo e te ajudar no que precisar.

Não aguento mais e começo a chorar, Margô se senta do meu lado e me abraça, pede para mim contar tudo pra ela, minha boca abriu automaticamente e acabei contando tudo pra ela.

MARGOT: — Você tem que avisar para sua mãe o monstro que ela colocou dentro de casa minha filha.

LIARA: — Não posso, ele disse que mataria ela e me deixaria trancada no quarto só para ele me usar.

Continuo a chorar, Margot me abraça forte, o abraço que era para minha mãe está me dando. Ela me ajuda a deitar e acaricia minha cabeça até eu pegar no sono.

Acordo com a Margô me chamando, perguntando se não vou para escola, mais aviso para ela que eu já passei, e perguntei se podia ficar até minha mãe chegar, ela carinhosamente diz sim. Ela é a melhor patroa que eu poderia ter arrumado na minha vida.

Ajudo ela com tudo, e começo logo cedo o trabalho. O dia passa bem e tranquilo, até minha mãe entrar na cafeteria com uma cara nada boa.

Ela entra igual um furacão vindo para cima de mim, e por fração de segundo, olho pra Margô que rapidamente vem ao meu encontro. Mas quando olho para frente, sinto o tapa na cara da minha mãe.

LÚCIA: — Como você teve coragem de se deitar com o meu marido, eu confiei em você e é isso que você faz comigo? — Eu fico paralisada com suas palavras, como assim eu me deitei com ele? Ainda tento me defender.

LIARA: — Mãe, eu não me deitei com ele, ele abusou de mim...

LÚCIA: — Você acha mesmo que eu vou cair nessa conversa, Liara? Ele me contou tudo sua vagabunda.

Minha mãe puxa meus cabelos, e eu peço pra ela parar. A dor de suas mãos não estão doendo mais do que as palavras que ela me diz, me acusando do que eu não fiz. Margôt tira minha mãe de cima de mim e fala:

MARGOT: — Ela está falando a verdade Lúcia, eu vi o jeito que ela chegou aqui ontem, acredita na sua filha, pelo amor de Deus.

LÚCIA: — Não se meta! Ela seduziu meu marido e deu pra ele, ele me disse tudo.

LIARA: — Acha mesmo mãe que eu faria isso com a senhora? Sempre fomos mais que mãe e filha, como eu poderia fazer isso com você?

LÚCIA: — Essa pergunta eu te faço, como pode fazer isso comigo?

Eu choro por não consegui convencer ela que não fui eu que fui para cima do marido dela, mais ele já fez a lavagem na cabeça dela, então me calo.

LÚCIA: — Não quero mais você na minha casa, vou arrumar suas coisas e vou trazer para você, se vira e esquece que tem mãe.

MARGOT: — Ela ainda é de menor Lúcia, não pode abandonar ela na rua.

LÚCIA: — Não vou morar com a vagabunda que seduz meu marido, e daqui alguns dias ela vai fazer 18 anos, que ela se vire.

Eu não consigo discutir com a minha mãe, ela simplesmente me dá uma olhada de decepção misturado com raiva e vai embora.

A festa de formatura

Liara,

Depois que minha mãe vai embora, eu olho ao redor e vejo que todos os clientes presenciaram tudo. Olho para a Margot e entro correndo para o quartinho. E naquela cama, eu me debruço a chorar. Isso é injusto! Como eu, de vítima, virei a vilã? Estou com meus pensamentos a mil.

Não consigo descer para ajudar a Margot, mas preciso desse emprego. Vou até o banheiro e tomo banho, deixando todas as lágrimas caírem junto com a água pelo ralo. Não posso viver minha vida chorando, isso talvez seja um aprendizado para mim. Então, levanto minha cabeça e deixo a água do chuveiro bater na mesma até que não tenha mais lágrimas para chorar.

Quando saio do banheiro, Margot já está no quarto me esperando com uma roupa para eu me vestir, até minha mãe trazer minhas coisas. Ela diz que vai me ajudar. Porém, minha mãe não vem trazer minhas coisas. A sorte é que Margot fez o pagamento do meu salário e saio para comprar roupas, lingerie e alguns produtos de higiene.

Margot me deu o quartinho para eu ficar até quando eu me ajeitar. O dinheiro que ela me paga não é muito, mas dá para eu me virar. Mas agora, mais do que nunca, eu quero reformar a minha vida. Vou fazer faculdade de administração e vou me levantar aos poucos.

A festa da formatura será neste final de semana. Ana me avisou que vai ser uma festa de máscara. Falei com a Margot que eu não iria, mas ela disse para eu ir sim e, de presente, me daria o vestido. Tentei negar, mas ela é bem insistente.

Chega o dia da formatura. Entrego para Margot os convites, não tenho mais ninguém mesmo para convidar. Ela me ajuda a me maquiar e faz um penteado lindo em mim. Eu fico encantada e dou graças a Deus pelo roxo do meu olho não estar mais presente.

Coloco o vestido e olho no espelho. Fico encantada. Margot diz o quanto eu sou linda e que eu mereço o melhor que a vida possa me dar. Ela diz que vai se arrumar e depois vai para lá. Eu chamo um táxi, porque seria estranho entrar assim dentro de um ônibus. A viagem não sai muito cara, e eu agradeço a Deus por isso.

Chego no salão, e todos os formandos já estão presentes. Todos estão com suas roupas elegantes e com máscaras, cada um com seu estilo, o que dá claramente para saber quem é quem. Ana chega do meu lado e diz que soube o que aconteceu, mas ela ouviu o lado da minha mãe. Eu contei para ela o que realmente aconteceu, e ela acreditou em mim. Uma tristeza bate no meu peito, como se duas pessoas que não são nada minhas além de amigas acreditassem em mim, enquanto aquela que me deu a vida não.

Afasto esses pensamentos, decido não sofrer mais por isso e não vou. Ana me leva até uma parte que vende drinks. Como a maioria dos formandos ainda tem 17 anos, os drinks não têm álcool, mas, como em todo lugar, sempre tem uns espertinhos que trazem a bebida e colocam dentro dos drinks. Eu bebi uma dessas, achando que só tinha o suco.

Eu e a Ana não sabíamos, mas aquilo estava tão gostoso que eu não parei de virar. Eu comecei a dançar e arrastava a Ana para a pista comigo. O álcool estava me deixando bem alegre. Eu nunca gostei de dançar em público, mas o que o álcool não faz com a gente, não é?

A vontade de ir no banheiro veio. Perguntei, toda embaralhada, onde ficava o toalete. Me indicaram a porta, e eu fui. A fila estava enorme. Eu já estava me contorcendo com minha bexiga cheia, não estava mais aguentando segurar. Vi que o banheiro ao lado estava vazio. Por que não? Então, disfarçadamente, fui até lá. Não tinha ninguém, o que era até injusto numa certa parte. Entrei em um box, fechei a portinha e soltei todo o xixi preso.

Ah, que alívio!

De repente, escuto vozes de dois homens entrando e conversando. Me levanto de vagar meus pés para eles não me verem ali.

Que vergonha!

Fiquei caladinha e ouvi eles falando das meninas. Pelas vozes grossas, não era nenhum dos formandos, devem ser acompanhantes. Ouvi eles saindo, respirei aliviada, coloquei meus pés de volta no chão e me limpei com o papel higiênico. Subi minha calcinha e ajeitei meu vestido.

Quando eu abro a porta e saio do box, vejo um homem parado me olhando. Pela máscara, só consigo ver seus lábios, sua barba por fazer desenhada perfeitamente em seu rosto, seus olhos verdes e seu cabelo de lado bem penteado. Nossa, que homem lindo!

Parece um príncipe!

Eu estava toda sem jeito por estar no banheiro masculino. Ele me olhava tão intensamente, mas quando seus olhos passearam pelo meu corpo, eu fiquei incomodada com isso. Parecia um pedaço de carne ali. Então, peço desculpas e passo por ele, mas o atrevido segura meu braço e nossos olhos se encontram agora mais perto. Isso me fez hipnotizar nele. Ele se vira, ficando frente a frente comigo.

Meu Deus, que homem é esse?

Suas mãos acariciam meu rosto, indo até o meu queixo. Ele se inclina, olhando para minha boca, e nossos lábios se juntam. Nossa, que beijo gostoso! Eu não queria largar, e parecia que ele também não. Nossas línguas dançavam perfeitamente. Meu primeiro beijo dentro de um banheiro masculino! Chega a ser cômico. Ele coloca a mão atrás da minha nuca e a outra segura na minha cintura. Minhas mãos estão abertas no peito dele.

Não largamos o beijo. Parece que ele colou sua boca na minha com cola super bonde, porque não nos largava por nada.

Mas ele estraga tudo quando puxa mais o meu corpo contra o dele. Eu posso sentir seu membro ficar duro, e isso me assusta. Eu acabo empurrando ele e saindo correndo para fora do banheiro, atordoada.

Esbarro em várias pessoas ali, mas eu vejo a porta da saída e corro até ela. Vejo a Ana de longe. Me despeço dela. Ela ainda me grita, mas eu preciso sair daqui com urgência. Vai que esse homem quer me pegar quando eu estiver sozinha, e isso não, não mesmo! Quando chego na rua, eu paro, chamando um táxi que passava na rua. Ele para, e eu entro, passando o endereço para ele, e ele segue.

Quando olho para trás, vejo o homem saindo da festa. Ele coloca as mãos na cintura e encara o táxi indo embora. Eu viro de volta para frente e coloco os meus dedos nos lábios. Nunca pensei que um beijo era tão bom assim. Só que agora, mais do que nunca, eu preciso me concentrar no meu futuro. Não posso ficar pensando em romantismo.

O táxi chega na cafeteria. Eu pago e desço. Entro e vou direto para o quartinho. Retiro meu vestido, e percebo que o cheiro dele está ali presente ainda. Eu fecho os olhos e inalo aquele perfume amadeirado. Saio do transe, coloco o vestido na cama e vou tomar banho para dormir. De manhã, a Margot me acorda. Diz que uns empresários irão fazer uma reunião de negócios, então hoje eu ajudaria as meninas servindo a mesa.

Concordei, pois ela está sendo muito boa comigo. Não posso negar nada a ela. Então, me levanto, faço minha higiene e coloco uma legging preta e uma camiseta baby look rosa. Quando eu desço, as mesas já estão juntas. Os empresários pediram para fechar a confeitaria para a reunião deles. Peguei o avental e coloquei, e fiquei com as quatro meninas esperando eles chegarem. Mas a Margot pediu para eu ficar na porta, abrindo para eles entrarem. Depois de todos dentro, eu iria ajudar a servir.

Começaram a chegar um por um, e já foram escolhendo suas cadeiras na mesa. Todos me olhavam com sorriso, e eu devolvia por educação. Vejo que uma cadeira ainda está vazia. Ainda falta um, que demorou dez minutos para chegar. Ele desce do carro às pressas, passa por mim, mas não me olha. Esse perfume, eu conheço esse perfume. Eu fecho a porta e olho para ele, que não me olha de jeito nenhum. Deve ser um perfume igual, só pode. Quais as chances de ser ele aqui?

As meninas vão retirar os pedidos. Eu ajudo a Margot a arrumar as bandejas, e quando terminamos, eu ajudo a servir e fico de frente para ele, servindo o café.

Ah, ele é tão lindo! A boca e a barba são as mesmas. Será que é ele mesmo? Tento a todo custo não olhar tanto para ele. A mesa está cheia, não posso pagar esse mico.

Quando eu sirvo a xícara de café dele, nossos olhos se encontram, e eu tive a certeza ali que era ele. E parece que ele também me reconheceu, pois travou seu olhar no meu e vi um sorrisinho em seus lábios.

Meu Deus, que perfeição de homem!

Mas eu percebi que estava olhando demais para ele e desviei meu olhar, saindo dali. Me posicionei ao lado das meninas e olhei mais uma vez para o meu príncipe encantado. E ele estava me olhando também, mas desviou o olhar quando um dos homens chamou sua atenção. Eu abaixei minha cabeça para não encará-lo mais.

Prestei atenção na reunião. Era uma reunião de administração, e isso me interessou muito, já que é o meu sonho trabalhar na administração de uma empresa. Eles nos chamam novamente e fazem um novo pedido. Ele olha para mim, acho que procurando o crachá que as meninas têm, mas eu não. Já que eu só fico na cozinha com a Margot, eu não tenho um.

Ele passa os olhos em mim completamente, e isso começa a me incomodar, pois me lembra das olhadas do Paulo. Então, irritada, eu fecho a cara, paro de olhar para ele e não o sirvo mais. Olho para as meninas, e elas sorriem para ele, todas babando, mas eu não o olho mais. Mas percebo que o rosto dele está virado para o meu lado.

Voltamos a ficar nós quatro em frente ao balcão, esperando ver se eles nos chamam novamente. E sempre tem um que pede mais café. Agora, de longe, percebo que todos olham para as meninas com olhos maliciosos. Foram duas horas de reunião, e vi os homens arrumando os papéis na pasta. Ele continuava a me olhar. Parece que ele percebeu o meu incômodo quando olhou para o meu corpo, pois quando voltei a olhar para ele, ele estava olhando nos meus olhos. Ouvi as meninas cochicharem:

Sara: — Ele é um gato, né, menina? Pena que é cachorro. — Ela fala, parecendo apaixonada.

Val: — Não me importaria de ser sua cadelinha por uma noite. — Credo, que coisa ridícula de se dizer! Pior que a Sara ainda concorda com ela.

Sara: — Verdade, mas ele que escolhe a mulher. Queria que ele me escolhesse. — Elas só podem ser doidas. Vou sair daqui logo.

Eu vejo ele se levantando e vindo em nossa direção, mas eu puxo a porta do balcão para cima e entro na cozinha junto com a Margot. Ela me olha desconfiada, mas eu sorrio para ela e começo a lavar os pratos e copos na pia.

Sara entra e chama a Margot. Ela olha para mim, e eu digo que termino aqui. Ela sai, e eu fico limpando tudo ali na cozinha. Margot volta toda animada.

Margot: — Liara, consegui um emprego para você na empresa Belmont!

Liara: — Mas eu ainda não comecei a minha faculdade, Margot. Como vou trabalhar nessa empresa?

Margot: — Aí que vem a boa notícia! Você começando a trabalhar com eles, a empresa paga a metade da sua faculdade. Se você conseguir a bolsa, você não vai pagar nada. Não é ótimo?

Eu olho para ela com os olhos brilhando de felicidade.

Margot: — Você vai amanhã na empresa e leva todos os seus documentos. Diz seu nome na recepção e vai conversar com o chefe. Você já está contratada, nem vai passar por entrevista.

Eu pulo de alegria! Nem acredito que vou trabalhar na empresa mais importante do mundo inteiro, mas fico um pouco cismada. O meu príncipe encantado trabalha lá, mas não posso perder essa oportunidade.

Novo emprego

Liara,

Terminamos de arrumar a cozinha enquanto as meninas arrumam as mesas do salão para os clientes entrarem. Eu e Margot começamos a fazer os pedidos para encher o balcão. Ela me ensinou tão bem que eu nem precisava mais da ajuda dela. Tudo que eu fazia saia igualzinho como os dela.

Margôt: — Agora que vai trabalhar em uma empresa, vê se arruma um namorado. Você não pode deixar o que aquele desgraçado fez acabar com sua vida.

Liara: — Aí, Margot, agora não penso nisso. Eu só quero me estabilizar, namorado fica para depois.

Margot: — O que você vai querer de aniversário?

Liara: — Você já me presenteou, conseguindo que eu trabalhe na empresa Belmont. Vou ser eternamente grata a tudo que você está fazendo por mim. Está sendo uma verdadeira mãe.

Margôt: — Eita, menina! Você tem que comprar umas roupas sociais. Você não pode usar as roupas que você usa aqui. Tem que estar bem arrumada.

Liara: — Eu nem tinha pensado nisso. Vou ver quanto eu tenho guardado e compro algumas coisas.

Pensando bem, eu tenho algumas roupas sociais que eu ganhei da minha vizinha, mas minha mãe ainda não veio me trazer, e não sei o porquê. Sendo que ela estava tão disposta a me mandar embora, talvez não queira que eu vá mais lá e já tenha queimado minhas roupas. Bom, seguirei minha vida daqui para frente.

Terminamos as confeitarias. Margot me mandou ir comprar as roupas, mas não tinha muito dinheiro, já que com o que ela me pagou, eu tive que comprar roupas para trabalhar na confeitaria. Margot veio no meu quarto e me entregou um cartão de crédito. Disse para mim comprar as roupas e parcelar, e quando chegar a fatura do mês que vem, só pagar.

Fiquei animada e fui comprar as roupas. Escolhi peças não muito caras, mas todas lindinhas, bem comportadas para trabalhar em uma empresa. Vi uma loja de bijuterias e tive uma ideia. Entrei e comprei uma aliança de compromisso. Se aquele homem chegar perto de mim, já vou logo dizer que estou noiva.

Tudo comprado, agora vou para casa. Pego um ônibus que já deixa na porta da cafeteria, arrumo todas as roupas para não amassar e vou tomar banho para dormir cedo e acordar disposta. Eu acordo às 5:58, perdi dois minutos de sono já que coloquei o despertador para despertar às 6:00. Melhor antes do que atrasada.

Vou logo para o banho, coloco um conjunto que escolhi, lindinho, amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e faço uma maquiagem. Passo meu perfume e me olho no espelho. Pareço uma executiva. Pego um ônibus e vou para a empresa. Chego 20 minutos adiantada, falo com a recepcionista e passo o meu nome. Ela confirma e manda eu subir para o último andar e falar com a secretária do senhor Belmont. Respiro aliviada por meu nome estar ali.

Começa a me dar um frio na barriga, e minhas mãos soam. Respiro fundo várias vezes para me acalmar, até que chego no andar. Vejo uma mulher de cabelos pretos escuros sentada em uma mesa. Me aproximo dela e digo que vim para o emprego que o senhor Belmont me indicou.

Secretária: — Piada, né? — Ela fala cheia de arrogância.

Liara: — Não, senhora. Eles foram ontem onde eu trabalho e mandaram eu vir aqui, que já tinha um trabalho para mim.

Secretária: — Não me informaram nada, senhorita. E na sala do senhor Belmont, ninguém entra se não estiver na minha caderneta. Por favor, vai embora.

Liara: — Mas o meu nome estava lá com a recepcionista.

Secretária: — Então volte para lá. Aqui não tem o seu nome. Sinto muito.

Eu olho para a cara dela, desacreditada. Será que se eu voar no pescoço dela, eles me demitem ou me agradecem? Resolvo não discutir, vou embora. Se o senhor Belmont quiser mesmo que eu trabalhe para ele, que volte lá na cafeteria e me traga aqui.

Quando chego no elevador, lembro da dívida que eu fiz no cartão de crédito da Margot. Droga! Mas vou esperar lá embaixo, como essa fresca mandou. Pego o elevador e desço. A recepcionista me olha confusa.

Bianca: — O que faz aqui embaixo?

Liara: — A secretária disse que meu nome não está na lista e que eu não posso entrar na sala do senhor Belmont por causa disso.

Bianca: — Mais que vaca! Mentira dela. Ontem o senhor Belmont falou com nós duas e entregou seu nome para colocarmos na agenda.

Liara: — Ela deve ter esquecido de marcar meu nome na agenda dela.

Vejo ela pegando o celular e ligando para a secretária. Pena? Não tive kkk. Depois ela desliga e liga para o chefe.

Agora lascou mais ainda para a secretária, rsrs. Dei risada escondida.

Bianca: — Não liga para ela não. Ela é chata, insuportável mesmo. Ela sabe como o senhor Belmont é, mas acho que ela quer ter uma chance com ele. Mas é ele quem escolhe, se é que você me entende. Ah, me chamo Bianca, prazer em conhecer você. Você parece ser bem legal.

Liara: — O prazer é meu. Você também parece ser legal.

Somos interrompidas pelo barulho do elevador se abrindo, e saindo de lá, ele, meu príncipe encantado! Ele chega próximo da gente, e escuto a Bianca falar seu nome.

Brian Belmont 25 anos, o príncipe encantado de Liara

Bianca: — Aqui está ela, senhor Belmont. Liara, espero que fique no emprego. Gostei muito de você.

Eu sorrio para ela, mas fico toda desconcertada com o meu chefe. Não acredito que seja ele! O olhar penetrante dele paira sobre o meu. Bianca já percebe isso e sorri. Ele estica a mão, mostrando o elevador. Droga, não quero ficar presa com ele lá dentro. Respiro fundo e vou. Ele me segue. Eu entro, e ele entra, apertando um botão. Ele parece tão sério.

Ficamos em silêncio total. Chega a ser incômodo, mas estou tão nervosa que prefiro ficar calada do que falar merda.

Chegamos no último andar. Vejo a secretária olhar para nós de cabeça baixa, e só para provocar, dou uma risada deliciosa para ela e uma piscada.

Trouxa!

Ele abre a porta e eu entro. Não trocamos uma palavra até agora. Será que ele é mudo? Pior que ele deve estar pensando o mesmo de mim. Hilário. Ele vai até a mesa dele, se senta na sua cadeira e me mostra com a mão para eu me sentar também, de frente para ele.

Brian: — Até que enfim te encontrei, sua fujona. — Ele fala com um tom de sarcasmo.

Liara: — Desculpe, senhor, eu não entendi.

Brian: — Fujona, me beijou no banheiro e saiu correndo. Que coisa mais feia de se fazer.

Olho para ele, incrédula. Será que todos os homens são iguais? Eles fazem as merdas e botam a culpa na gente?

Liara: — Eu não o beijei, você me beijou. E eu não fugi, só tinha pressa de ir embora porque não gostei do beijo.

Putä merda! Ele soltou uma gargalhada tão alta que acho que até a Bianca ouviu lá de baixo.

Brian: — Você é engraçada. Se não tivesse gostado, teria me estapeado a face, e não correspondido ao beijo. E a senhorita fugiu sim. Eu tentei te alcançar, mas foi impossível.

Liara: — Acho que não estamos aqui para falar daquele dia, não é? — Olho para o lado, sem graça, mas sentindo a minha pele arder com o olhar dele.

Brian: — Eu sou o chefe aqui, falo do que eu quiser. — Abuso de poder. Já vi que a minha vida não será nada fácil aqui na empresa.

Reviro os olhos com isso. Era melhor quando estava calado. Vejo ele cerrando os olhos para mim. Credo, me deu medo. E só piora quando vejo ele se levantar e vir para trás de mim. Eu fico parada, olhando para frente. Não me atrevo a olhar para trás.

Mas meu coração começa a bater acelerado, e minha respiração fica ofegante. Merda, o que ele está fazendo aí atrás? Fecho meus olhos, tentando acalmar meu corpo traidor. Sinto sua respiração no meu pescoço, e meu coração parece que vai sair para fora a qualquer momento.

Merda, merda!

Sinto os lábios dele tocando meu pescoço, e meu corpo inteiro arrepia. Ele passa a ponta do nariz e vejo ele puxando o ar do meu perfume.

Ah, não, não!

Liara: — Que merda você está fazendo? — Me levanto rápido, viro de frente para ele. Ele se ajeita e sorri para mim.

Brian: — Sentindo seu perfume, o aroma da dama que não me deixou dormir naquela noite. — Ele passa os olhos nos meus lábios e morde o canto dos lábios dele.

Liara: — Não vim atrás desse tipo de trabalho. Ou o senhor se comporta como meu chefe, ou eu dispenso o emprego.

Que coragem! Ele me olha, parece... irritado? Ele não me diz mais nada. Ele vai para trás da sua mesa novamente, e eu me viro, ficando de frente para ele.

Sim, ele está irritado!

Ele pega um documento e me entrega. Eu me sento para ler. O emprego é para ser assistente pessoal dele. Onde ele ir, eu tenho que ir junto. Que droga! Mas, em compensação, o salário me fez rir de orelha a orelha. Tenho direito ao cartão de crédito corporativo, plano de saúde e vários benefícios. Mas isso de ficar com ele em todos os lugares não vai dar certo.

Brian: — Vejo que você ainda tem 17 anos, é isso mesmo?

Liara: — Sim, senhor. Completo 18 amanhã. — Falo sem pensar, pois estou olhando para o contrato. Mas, quando olho para ele, vejo um sorriso em seus lábios, e quase me arrependo de ter falado. — Não vai me contratar pela minha idade?

Brian: — Isso não implica em nada, já que você ficará de maior amanhã, e já terá um presente. Iremos viajar para os Estados Unidos.

Liara: — Eu não tenho passaporte, senhor Belmont. — Ele olha para mim, incrédulo. Acho que ele pensa que sou uma riquinha igual a ele.

Brian: — Irei providenciar. Vai assinar ou não o contrato?

Não queria, mas ele já colocou esse salário e esses benefícios para mim não recusar. E como sou uma boa moça, assino o contrato, e vi um sorriso enorme em seus lábios. Ele pega o contrato e coloca dentro de uma pasta e guarda na gaveta. E eu fico pensando será que fiz certo em assinar?

Merda!

Liara: — Espero que o senhor seja profissional comigo, senhor.

Brian— Eu serei, pode ficar tranquila. Hoje está dispensada. Quero você aqui amanhã às 7:30 da manhã. Use o cartão e compre vestidos sociais. Vá nesse endereço, entregue esse cartão aqui para a vendedora e diga que eu mandei você lá. Elas já sabem os tipos de roupas que eu prefiro nas minhas funcionárias.

Liara: — Ok. — Pego o cartão da mão dele e olho a loja. Nossa, o cartão deve ter o limite bem alto, porque essa loja é bem cara. — Quanto é para eu gastar?

Brian: — O suficiente para trocar seu guarda-roupa. Não se preocupe, o cartão não tem limite, e é um benefício da empresa.

Uau! Não vou precisar pagar. Me animei mais. Me levanto e dou a mão para cumprimentá-lo. Agora ele percebe a aliança no meu dedo, vira minha mão, fica sério, olha nos meus olhos e, agora sim, ele está irritado.

Brian: — É comprometida?

Liara: — Sim, senhor. Estou noiva, e vou me casar no ano que vem.

Ele me olha de um jeito que eu não entendo, e no final me dá um sorriso sem graça e diz que já posso ir. E não esquecer das 7:30, e não das 7:31, e já com a mala na mão. Eu saio da sala, olhando para a cara da tacho da secretária. Me despeço da Bianca e vou para o endereço marcado no cartão que o meu chefe me deu.

Chego lá e entrego o cartão, dizendo quem me mandou. Elas se animam, sabem que vão ganhar muito dinheiro. Tenho um dia de princesa. Seleciono tudo, pago e chamo um táxi. Não vou andar de ônibus com esse monte de sacolas. Quando chego, Margot fica de boca aberta, mas conto tudo para ela, até da viagem para os Estados Unidos amanhã.

Ela me ajuda a arrumar a mala. Não deixei de comprar um mimo para ela, e ela ficou muito feliz. Tomo meu banho e me deito para dormir. Fico pensando nas coisas boas que vieram acontecer na minha vida. Está tão bom que eu tenho até medo de alguma coisa dar errado. Fecho os meus olhos, e logo pego no sono.

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