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O Amor E O Tempo

Tudo tem um começo

Meu nome é Estela Morgado, há muitos anos atrás morávamos em um sítio numa cidadezinha do interior do país, eu tinha acabado de fazer quinze anos quando minha mãe morreu de parto, era muito comum nessa época as mulheres terem eclampsia e não resistirem e nem mesmo a criança.

Mas no caso dela a criança sobreviveu, era uma menina forte e saudável.

Meu pai perdeu o gosto pela vida e acabou deixando a pequena Clara comigo e se enveredando para a bebida.

Eu não pude continuar meus estudos com a minha pequena flor ainda muito novinha e tinha que cuidar da propriedade rural e acabei tomando a administração da lavoura e cuidando de tudo, pois meu pai agia como um garotão irresponsável.

Ramon/ pai de Estela e Clara

Ele costumava a sair na quinta-feira e só retornar na segunda, eu e Clara passávamos a maior parte do tempo com os meeiros que trabalhavam nas terras. Dona Célia e Senhor Davi.

Eles são os pais de Augusto e Geraldo.

Dona Célia

Davi

Augusto é meu melhor amigo, ele é dois anos mais velho que eu e me ajuda muito nos cuidados com a Clara e nos afazeres do sítio.

Augusto

Geraldo tem dezenove anos, estuda na cidade e já tem até namorada. Ele não é muito simpático e às vezes faz umas brincadeiras de mau gosto comigo, já falei que não gosto que passe por mim e fique me encostando e esfregando a mão em mim.

Geraldo

Nós crescemos juntos e desde que eu me entendo por gente nossas famílias trabalham juntas, somos como irmãos ou deveríamos agir como tal.

Com o passar do tempo Clara começou a me chamar de mãe, pois ela não tinha uma referência materna diferente de mim. Dona Célia nunca foi uma pessoa carismática que pudéssemos chamar ao menos de tia.

Eu tinha um sonho de me formar em medicina e ficava fazendo planos na varanda olhando as estrelas enquanto Clara brincava no chão forrado com uma coberta, Guto sempre estava ao meu lado e me apoiava me fazendo acreditar que tudo seria possível.

Às vezes eu me sentia sozinha e desprotegida, meu pai olhava pra mim e chorava o amor que havia perdido, ele nunca pegava clarinha no colo ou se quer brincava com ela, era como se ela fosse culpada da morte da mamãe.

O tempo foi passando rápido e logo clara completou dois anos e meu pai resolveu se casar de novo. Aquela paixão por minha mãe passou e tivemos a sorte de termos uma madrasta boazinha.

Paula

Não só boazinha, uma mulher de fibra que colocou meu pai no eixo novamente.

Ela não pode ter filhos por isso cuidou da Clara como sua.

Com a chegada de Paula nas nossas vidas muita coisa mudou, eu voltei para o colégio, Clara tinha uma mãe e eu voltei a ser irmã. Guto continuou ser meu melhor amigo e seu irmão o meu maior inimigo.

Depois de apresentar os personagens principais da minha vida começa aqui a minha verdadeira história.

Acidente e incidente

Paula e meu pai me deram a opção de escolher onde eu queria estudar, escolhi um internato em uma cidade próxima a nossa. Quis me dedicar aos estudos pois meu objetivo não havia acabado com o passar do tempo. Guto foi fazer faculdade de direito na capital junto com Geraldo que já está a mais tempo no curso e já trabalha em um escritório de advocacia. Este final de semana eles estão aqui pois vieram despedir de mim que só voltarei nas férias no final do ano.

Era um final de tarde e eu estava fazendo um piquenique com Clara a beira do lago, ela estava brincando de jogar pedrinha no lago e eu estou um pouco distraída pensando no tempo que passarei fora, logo eu ouço um barulho na água, foi um descuido de segundos e Clara caiu na beira do lago. O susto e o medo me deixaram apavorada, quando eu gritei Geraldo estava por perto e pulou na água. Ele a retirou rapidamente e fez os primeiros socorros. Meu pai veio correndo e a pegou no colo, pois estava chorando assustada. Paula não conseguia nem andar, tamanho susto que levou.

Me sentei na grama chorando e com medo do que poderia ter acontecido. Senti o desespero se algo pior tivesse acontecido com minha flor.

Geraldo retirou a camisa, ficando só de bermuda, seu corpo másculo e viril me chamou a atenção, abaixei minha cabeça pois não seria de bom tom uma moça olhar um rapaz desnudo.

Ele vendo meu constrangimento, sorriu e caçou de mim:

_ Nunca viu um homem sem camisa, você já tem dezessete anos, daqui algum tempo não só verá como ficará nua diante dele e ele vai te possuí por inteiro.

_ Você não tem um pingo de respeito por ninguém, o seu ato heróico de nada valeu depois da sua falta de respeito.

_ Respeito, eu posso te mostrar o que é respeito.

Ele fala me jogando na grama e ficando por cima de mim e segurando meus braços para os lados ele me beija a força, tento me esquivar mas não consigo por ele ser maior e ter mais força.

O beijo é quente e macio, bato meu joelho por entre suas pernas e ele cai ao meu lado sentindo muita dor.

_ Nunca mais se atreva a me forçar a fazer o que não quero. Se tentar de novo você diga adeus ao seu amiguinho, pois vou arranca-lo fora e você vai mijar sentado.

_ Para uma moça de família você está muito pervertida.

Ele fala se contorcendo de dor. Sua voz sai até rouca .

Vou para dentro, estou preocupada com minha flor. Encontro Paula sentada a cabeceira da cama afagando seus cabelos.

_ Como ela está?

_ Ela dormiu, só estava um pouco assustada, temos que ter cuidado com ela, é corajosa e não tem medo de nada.

_ Me desculpa, foi um minuto de distração e ela sem juízo pulou dentro d'água e afundou de uma vez.

_ Criança requer muito cuidado, um descuido e pode causar um acidente.

_ Obrigada Paula, você sempre sendo compreensível.

Paula me abraça e sempre está com um semblante confiante. Meu pai nunca havia demonstrado preocupação pela pequena e agora estava morrendo de amores por ela. Isso serviu para ele ver que Clara é muito importante para nossa família e ela não teve culpa pela morte da mamãe.

A noite Guto veio se despedir de mim, ficamos na varanda conversando e falando dos planos futuros e que nas férias no final do ano nos encontraremos:

_ Já estou com saudades.

_ Eu também e olha que não será só desse lugar e da clara, sentirei sua falta também, das nossas conversas e das...

Não termino de falar e sou surpreendida por um beijo quente e saboroso, com gosto de bala de menta. Correspondo ao seu carinho e sua língua pede passagem. Ele me aperta em seus braços e sinto o arfar dos seus lábios querendo mais.

Paramos para respirar e nossas frontes estão grudadas.

Ele passa as mãos em meu pescoço o segurando firme para eu não fugir dos seus carinhos.

_ Vai passar rápido, eu vou ficar te esperando chegar do internato para podermos curtir um ao outro.

Ele me puxa para mais um beijo, quando somos interrompidos por Geraldo que nos olha condenando:

_ Imagina se é seu pai chegando aqui, como ficaria a reputação da santa puritana?

_ Eu não sou santa, eu nunca disse que sou puritana, eu só não quero você.

Saio passando por ele dando de ombros e vejo o quanto ele está com raiva.

Augusto e seus sentimentos

Estou no sítio esse final de semana, viemos para nos despedir da Estela que está indo para o internato onde ficará se preparando para a universidade, será um ano sem vê-la não sei como será esse tempo um sem o outro.

Fomos criados juntos e quando ela precisou eu estive ao seu lado lhe dando apoio e segurando sua mão.

Eu gosto muito dela, não é amor ou paixão é uma atração, ela é linda e é minha referência de uma moça pura e inocente, eu sonho com seu beijo e em ser o primeiro homem da sua vida.

É um encanto de adolescentes, nada de compromisso, sinto uma atração física, uma química que não sinto com outras garotas.

Já tive minhas experiências sexuais com algumas garotas da faculdade mas nada se compara a obsessão de tê-la.

Estávamos conversando na varanda e de repente surgiu a oportunidade de sentir seus lábios tão entregues, seu corpo estava em brasas. Pude sentir seu gosto e sua respiração ofegante.

Não entendi porque meu irmão teve que atrapalhar nosso momento.

Quando ela saiu de perto eu tive que questiona- lo:

_ Porque você veio nos atrapalhar?

_ Porque você não gosta dela, só a está usando.

_ E como você sabe que não gosto dela?

_ Se você gostasse não ficaria com outras. Quem ama não trai.

_ Sou muito novo para me prender a um amor mas eu gosto da Estela, sou seu amigo e ninguém mais do que eu sabe dos seus sentimentos.

_ Não faça isso com ela, estou te pedindo. Ela não conhece essa sua face, ela te tem como amigo e até mais do que isso. Sua decepção pode ser muito grande e não vai te perdoar.

_ Geraldo, você acha que por ser mais velho pode me ensinar como tratar uma garota?

_ Acho que posso te dar um conselho, más a decisão é sua.

Suas palavras doces e seu coração vazio pode trazer muito sofrimento para uma pessoa que não merece. Ela gosta de você, diferente do que sente por mim, ela me odeia e nem sei o porquê.

_ Ela não sabe o que é gostar de verdade, é só uma atração ou curiosidade de adolescente.

_ Mais um motivo para você respeita-la, não abuse de sua inocência, você tem a garota que você quiser, não precisa abusar de quem confia em você.

_ Porque você tem tanto medo deu a possui-la, se não for eu será outro e melhor que seja quem ela confia.

_ Eu não quero que ela sofra e quando tiver de ser que seja por amor, não por um capricho de um moleque que só quer se aproveitar.

Ele termina de falar e já estamos a um passo de nos engalfinhar, não é porque é mais velho que ele pode me chamar de moleque.

Ouço a voz do meu pai nos chamando a atenção:

_ O que está acontecendo aqui, vocês estão brigando?

_ Estou tentando colocar um pouco de juízo na cabeça desse moleque.

_ Não me chame de moleque novamente, porque você pode não gostar de ver sua cara no espelho amanhã.

_ Eu já disse para pararem com isso.

Paramos de brigar e fomos para casa com meu pai. O clima está pesado entre nós, sei que não deveria sentir ou desejar minha amiga, mas é mais forte que eu.

Tarde da noite a vejo sentada na janela do quarto, ela está ansiosa e perdeu o sono.

Saio me esquivando já que todos aqui em casa estão dormindo, subo pela lateral da casa e a surpreendo, faço um sinal para que ela faça silêncio.

Ela me ajuda a pular para dentro do seu quarto, no instinto a tomo em meus braços e a beijo sedento, ela se entrega com volúpia e seu cheiro me envolve. Nossos beijos se intensificam e a levo até a cama. Passo minhas mãos por seu corpo e ela geme em minha boca, fico louco e retiro sua roupa, sugo seus seios intercalando entre um e outro, faço gozar em minha mão, fico a olhando se contorcer e delirar de prazer. Não ouso a penetra-la, não posso ser tão cafajeste, ela me olha sem entender:

_ Não podemos ir mais além do que isso, eu só queria ser o primeiro a te dar prazer.

_ E será o único!

Lhe dou um sorriso e a beijo os lábios, ela me aperta em seus braços e ouvimos passos no corredor, pego minha camisa e saio pela janela, escapo por pouco.

No outro dia agimos como se não houvesse acontecido nada, mas Geraldo percebe nossos olhares.

Ela se despede de todos e entra no carro com sua família e parte em direção a sua nova vida.

_ O que vocês fizeram, eu vi você chegando de madrugada parecendo um gato no cio.

_ Fiz o que você não teve coragem de fazer.

Nessa hora eu sinto a força do seu pulso no meu maxilar.

_ O que vocês estão fazendo? Brigando de novo! Como vou deixar vocês dois morando juntos na capital?

_ Acho melhor arrumar um outro lugar pra esse moleque morar, não vou suportar olhar sua cara de irresponsável.

Me assusto com o jeito que ele fala e conta tudo do jeito dele para meus pais que logo tomam uma decisão precipitada:

_ Vamos com vocês para a capital, vamos morar os quatro juntos e espero que essa situação termine aqui.

_ Acho bom antes que o pai dela descubra e te obrigue a se casar.

_ O que é isso, mãe? Eu não vou me casar com ninguém, não fizemos nada demais foi só uma curtição.

Meu pai segura Geraldo que já estava vindo sobre mim.

_ Se não sairmos daqui vocês dois vão acabar se matando por causa dessa moça.

_ Não a culpe, o culpado aqui é seu filho mimado que não está nem aí para os sentimentos dela.

_ Ele é homem, é novo e tem que aproveitar a vida dele, ela que tem que se dar o respeito e se colocar em seu lugar. Foi ela quem recebeu ele em seu quarto e sempre ficou com ele por aí.

_ Eu não acredito que a senhora ainda defende seu filho, ele está usando da inocência dela.

_ Chega os três, vão arrumar suas coisas. Amanhã partiremos cedo para a capital, só voltaremos para buscarmos a mudança.

Assim foi o motivo pelo qual mudamos para capital sem deixar contato e não tivemos notícias da família da Estela por anos.

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