Hoje estou aqui em frente a imensidão desse mar azul,pensando em como tudo poderia ter sido diferente. Talvez se ele não tivesse cruzado o meu caminho,quem sabe o que teria acontecido comigo.Bastou apenas um momento de descuido para que eu caísse na sua teia. Aliás teia que hoje eu não pretendo deixar. Como pode alguém demonstrar tanta frieza no olhar,se com apenas um toque derrete-se por inteiro,e todo aquele gelo some. Hoje eu observo o mar,não como uma rota de fuga,mas eu observo pela beleza e a calmaria com que as ondas tocam meus pés. Seria a paz que encontrei e me faz pensar dessa forma,ou apenas por finalmente ter encontrado o amor. A brisa sopra os meus cabelos e acaricia a minha pele,quando finalmente sinto o calor do seu corpo junto ao meu. Seus braços me envolvem em um abraço que eu não quero perder jamais. Me viro e fico admirando seus lindos olhos castanhos, os quais me olham com muito carinho. Nem uma palavra a ser trocada,sabemos exatamente o que queremos dizer um ao outro,apenas com um olhar. Nada seria como é,se não houvesse acontecido certas coisas. Ficamos abraçados, apenas escutando o barulho das águas.
Madeleine Malcom é uma publicitária recém formada que teve a sorte de conseguir um emprego na empresa Song, por ser muito simpática fazia amizades com facilidade. Aos fins de semana saia com alguns colegas para algum barzinho. Em uma dessas saídas ela conheceu o seu chefe,Sebastian Livier. Ele se mostrava sempre muito simpático, tratava todos bem,e viu uma oportunidade de conhecer melhor a Madeleine. Eles conversaram, falaram sobre algumas ideias de publicidade para a empresa,e trocaram números de celular. Sebastian tem 30 anos,mas isso não tira o seu charme. Eles começaram a se cruzar muito pela empresa,e as vezes tomavam café juntos. Depois de três meses de conversa,ele pediu ela em namoro. Madeleine aceitou,ele se mostrava sempre muito atencioso com ela. Sebastian falou com os pais dela,e comunicou a família. Mas a mãe não gostou da escolha,nem fez questão de parabenizá-los. O avô no entanto gostou da escolha,ele havia achado Madeleine um encanto. Na casa da família Livier morava o avô Gaspar,a mãe Bertha,o tio paterno Peter. O Pai havia falecido quando ele tinha apenas seis anos.
Madeleine morava com os pais,Adam Malcom e a mãe Liam Malcom.
Sebastian precisava apenas da aprovação do avô para manter o relacionamento com a Madeleine. Ele estava muito debilitado,e assim que partisse a empresa passaria para as mãos do neto,fazendo dele o presidente da mesma. Seu tio Peter não gostava disso,pois ele ficaria de escanteio. Bertha no entanto não entendia a decisão do filho de namorar uma mulher sem classe,muito abaixo deles. Ela queria que o filho ficasse com alguém como a sua sobrinha Soraia,morava em Paris,tinha um bom status,e ela poderia controlar ela a seu favor.
Com um ano de namoro,Sebastian pediu ela em casamento,em um evento da empresa e na frente de toda a imprensa. Madeleine aceitou,sem pensar duas vezes. Os pais dela ficaram felizes com o pedido, gostavam muito do Sebastian. Ele sempre muito atencioso,carinhoso com a Madeleine,e isso os deixava felizes.
Soraia veio passar uns dias na casa da tia. As duas conversavam muito,e se davam muito bem. Sebastian anunciou a data do casamento,seria para daqui a seis meses. O seu avô estava piorando e ele precisava casar o mais rápido possível. Ele deu um cartão a Madeleine para gastar em tudo o que precisasse para o casamento. Ele não se envolveu com nada,apenas pagou por tudo. Ela começou a notar que ele saia as vezes do escritório e não voltava. Talvez tivesse muitos compromissos foi o que ela pensou,mas algumas viagens de fim de semana chamaram a atenção dela. Ele já avisava no dia em que estava indo. Mesmo com tudo isso acontecendo ela não questionava.
Quando faltava um dia para o casamento eles resolveram não se ver. No dia do casamento ela estava feliz,e os pais emocionados. O casamento foi registrado por algumas revistas importantes. A festa foi em grande estilo,tirando a parte em que o noivo sumiu por algum tempo,o resto foi perfeito. Eles passaram a noite em um hotel,e no dia seguinte eles viajaram.
Madeleine e Sebastian chegaram ao destino deles,aquela era a primeira vez que saia da cidade onde mora. Mesmo cansada da viagem ela queria conhecer o lugar,Sebastian não quis sair com ela.
-Sebastian vamos por favor. -Já disse que não,para de insistir.
Ela ficou calada,talvez ele estivesse cansado da viagem. Ela se aproximou dele.
-Já que não quer sair,podemos aproveitar que estamos somente nós dois,sem ninguém para interromper e podemos fazer um amorzinho. -Não quero. -Então o que vamos fazer? -Toma um banho,coloca uma roupa confortável e olha TV. -Achei que íamos aproveitar juntos. -Pois é,mas não vamos. Agora para de me incomodar com tudo isso. -Sebastian porque está falando assim comigo? -Porquê eu quero,e você como uma boa esposa deve obedecer o seu marido. -Mas Sebastian... -Já chega,para de reclamar e ficar falando no meu ouvido.
Ele saiu e deixou ela no quarto sozinha. Madeleine não entendia o motivo para ele estar agindo assim. Sempre tratou ela bem,e agora... não parecia ser o mesmo. Ela tomou banho,colocou uma roupa mais leve,e esperou por ele. Sebastian saiu do quarto dele e pegou o elevador,subiu dois andares e foi até um dos quartos. Ele bateu à porta,e Soraia abriu para ele.
-Olha só se não é o recém casado. A despedida não foi boa? -Foi tão boa que eu vim repetir a dose. -Você não está em lua de mel com aquela coisinha insignificante. -Você sabe que ela não tem importância alguma. Eu preciso dela para o meu plano. -Poderia ter me escolhido,eu ia adorar fazer parte de um plano tão gostoso como esse. -Meu avô jamais aceitaria esse casamento, sabe que ele não gosta de você. Eu precisava agradar ele. -Mas vai estar sempre com ela. -Eu estou aqui com você agora não estou? -Sim,mas a noite vai ficar nos braços dela. -Vamos parar de falar dela,e vem aqui. Eu morri de saudades. -Prova.
Sebastian levou ela para a cama,e fez amor com ela. Enquanto isso Madeleine estava sozinha no quarto,sem nada para fazer. Não podia pedir nada,pois não sabia se podia. Ela estava faminta,ligou a TV e ficou olhando um filme. Sebastian comeu alguma coisa no quarto com a Soraia e depois se despediu dela. Quando entrou no quarto, Madeleine estava dormindo. Ele tomou banho,e se deitou. Quando ela acordou,ele já estava se vestindo.
-Meu amor ainda bem que você já está aqui,eu estou com fome,não comi nada desde a hora que chegamos. -Você é tão inútil que não ligou para pedir algo para comer. -O que fiz a você para falar assim comigo? -Liga e pede alguma coisa,eu já estou de saída. -Outra vez? Estamos na nossa lua de mel,e até agora você saiu sozinho. Aliás onde estava? -Eu não preciso dar nenhuma explicação a você,agora não enche. -Sebastian onde você vai,Sebastian volta aqui...
Ele saiu mais uma vez,dessa vez Soraia esperava por ele lá em baixo. Os dois saíram para jantar em um restaurante. Madeleine ficou sozinha novamente. Ela ligou e pediu alguma coisa para comer. Ela jantou sozinha. Enquanto o marido se divertia com a amante.
Ela cansou esperando por ele,e foi dormir. Quando ela acordou na manhã seguinte,o marido não estava lá. Ela levantou,foi ao banheiro,pegou o celular e começou a ligar para ele. Sebastian estava dormindo quando escutou o som da chamada. Ele levantou e pegou o celular no bolso do blazer.
-O que foi? -Onde você está? -Não enche. -Sebastian eu estou preocupada com você. -Não precisa se preocupar.
Madeleine ouviu uma voz de mulher chamando por ele.
-Sebastian volta para a cama.
Ela não acreditou.
-Sebastian tem uma mulher chamando você? -Eu já disse para não me encher,e não me liga mais,sua chata.
Sebastian desligou. Ela sentou na cama não acreditando naquilo. O marido estava com outra mulher. Ela estava em estado de choque. Sebastian se vestiu e deu um beijo na Soraia.
-Onde você vai? -Vou para o meu quarto, você não devia ter me chamado. -Não acredito que vai me deixar aqui sozinha. -Eu prometo que volto mais tarde. -Não vai fica. -Eu volto depois.
Ele saiu e foi para o quarto dele. Quando entrou na porta ela levantou e foi até ele.
-Onde você estava? -Não é da sua conta. -Eu sou sua esposa e exijo que me dê uma satisfação. -Eu não devo satisfação nenhuma a você garota. -Você estava com outra mulher Sebastian, nós casamos há dois dias e você estava com outra,na nossa lua de mel. -Acha mesmo que eu vou perder meu tempo com uma garota insignificante como você,se enxerga. Eu já perdi quase dois anos com você,acabou eu já consegui o que queria,diz que não era o que você queria,casar com alguém como eu. Venho de boa família,tenho um bom status,sou rico,e posso dar tudo o que uma mulher precisa. -Você só pode estar sobre o efeito de alguma droga, nunca falou comigo dessa forma. -Antes eu precisava fingir,acha mesmo que queria casar com você, eu casei por conveniência,não vai achando que foi por amor,eu nunca amei você. Eu estou usando você para conseguir o que quero, e quando conseguir,você será carta fora do meu baralho. -Do que está falando? -Faz um favor,fica de boca fechada até a sua voz é irritante. -Sebastian não vou permitir que você me trate assim. -E vai fazer o que?
Sebastian chegou perto e agarrou o braço dela firme.
-Está me machucando,para com isso. -Eu vou machucar ainda mais se continuar me enchendo o saco. Garota estúpida.
Ele empurrou ela e foi tomar banho. Madeleine ficou com as marcas dos dedos dele no braço. Depois do banho,ele vestiu o roupão e saiu do banheiro.
-Deixa de ser inútil e pede alguma coisa para mim comer. -Por favor Sebastian me diz o que está acontecendo,você não é assim. -Já fez o que eu mandei? -Vamos descer e comer alguma coisa no restaurante. -Acha mesmo que eu vou andar por aí com uma garota como você. Se enxerga,eu tenho vergonha de ser visto com alguém como você. Você não é nada para mim,nada. Quer saber não precisa pedir,eu vou comer sozinho. -Eu não entendo porque está fazendo isso comigo? Se foi algo que eu fiz a você me perdoa,mas para de me tratar assim. -Você é uma barata tonta mesmo. Sua burra,não serve para nada.
Ela abraçou ele. Ele empurrou ela,jogando a mesma ao chão. Ela começou a chorar. Ele pegou uma roupa,e se arrumou,pegou a carteira,e o celular e saiu. Ele desceu e foi até o restaurante tomar o café. Soraia encontrou com ele lá.
-Então o que quer fazer hoje? -Não vai passar o dia com a sua esposinha? -Aquela garota é muito chata,não quero ter que olhar para ela. -Podemos passear por aí então. -Como quiser.
Eles tomaram o café,e saíram. Sebastian presenteou ela com roupas, e joias. Ele não voltou para o quarto dele. Madeleine comeu alguma coisa no quarto,e tentava entender o comportamento do Sebastian. Não havia nada para entender,ela não havia feito nada de errado,apenas acreditou nele. Sebastian ia apenas para tomar banho,e humilhar a Madeleine. Foi assim a semana toda. Antes de saírem do hotel,ele avisou a ela.
-Se contar para alguém o que aconteceu aqui,eu acabo com você. Se perguntarem como foi,vai dizer que você é a mulher mais feliz do mundo,e que nos divertimos muito,e não tiramos fotos pois estávamos ocupados demais. Se abrir essa sua boca eu dou um jeito em você. -Eu não vou ficar convivendo com você. -Você vai,caso contrário vai dando adeus para os seus pais,eu mato eles,nem pense que você vai se separar de mim. Enquanto for conveniente para mim estar com você,eu vou estar com você. Quando não for mais,eu libero você. Só faz o que eu mando e tudo ficará bem. -Você é louco. -Acredite eu sou,e estou disposto a qualquer coisa para conseguir o que quero.
Sebastian desceu fez o pagamento dos dois quartos,e pediu um carro. Ele subiu pegou as malas,e saiu com a Madeleine. Eles iriam direto para a casa deles. Nenhuma palavra foi dita o caminho todo. Aquele dia Sebastian não saiu de casa após ter chegado. Ele tomou banho e se enfiou no escritório. Ela tomou banho,e arrumou as coisas deles. Tinha a esperança de que agora que voltaram para casa,ele voltasse a ser o que era antes. Madeleine fez café e levou para ele no escritório.
-Eu busquei café para você. -Deixe aí agora eu tomo. -Porque não aproveita para descansar. -O que você quer? -Eu quero você só um pouquinho do seu tempo,como antes. -Madeleine não existe mais o antes,eu não amo você, nunca amei,entenda que estou apenas usando você para o que quero,eu não sinto atração por você,é apenas uma garota insignificante,burra e idiota que cruzou o meu caminho. Acha mesmo que alguém como eu,de uma classe social como a minha vai se interessar por uma mosca morta como você,vai sonhando. Você não é ninguém,é apenas um grão de areia,sem importância. Vai passar a minha camisa,talvez para isso você tenha serventia. A propósito você não trabalha mais na minha empresa.
Madeleine pegou a xícara de café e jogou nele. Sebastian teve uma reação imediata,ele bateu nela. Ele jogou ela contra um dos sofás do escritório.
-Nunca mais na sua vida faça isso,você entendeu sua inútil. Eu mato você,não pense que estou brincando. Agora faz o que eu mandei,e não cruza meu caminho por hoje.
Ele puxou ela do sofá e arrastou até a porta,jogou ela para fora do escritório e bateu a porta. Madeleine levantou com a ajuda da empregada,e foi para o quarto chorar depois da humilhação que passou. Ela não saiu de lá para mais nada. Sebastian terminou o que estava fazendo e subiu para tomar banho. Ele entrou no quarto e bateu a porta com força. Ele pegou uma roupa e foi para o banho. Quando saiu ela ainda estava no mesmo lugar imóvel.
-Desce,está na hora do jantar. -Não. -Não perguntei nada a você,isso é uma ordem,você vai estar presente em todas as refeições querendo ou não. Agora vai. -Eu não sou obrigada a comer. -Eu não posso deixar você adoecer,mas posso te espancar até um certo ponto, se não quiser apanhar você vai descer,sentar à mesa e comer. Estamos entendidos. -Você é um monstro. -Obrigado. Agora anda.
Sebastian pegou ela pelo braço e levou até a porta. Eles desceram e foram até a sala de jantar. A empregada ia servir e ele não permitiu.
-A Madeleine vai me servir. Não é mesmo.
Ela levantou e pegou um prato para servir ele. Depois de servi-lo,ela jogou a comida quente sobre ele.
-Aí está a sua comida.
Sebastian levantou e pegou ela pelos cabelos e arrastou até um dos quartos na parte de baixo. Ele jogou ela lá dentro e a trancou.
-Vai ficar aí para aprender. Mas vai pagar caro pelo que fez hoje.
Ela batia na porta para que ela fosse aberta. Mas ninguém abriu. Sebastian sentou a mesa,jantou e foi tomar banho novamente.
No dia seguinte,ela passou todo o dia trancada lá dentro. Sebastian liberou ela um pouco antes do jantar.
-Você tem dez minutos para subir,tomar banho,e descer para jantar. E você vai me servir hoje,se fizer a mesma coisa de ontem eu não vou trancar você no quarto,eu vou bater em você até achar que já é o bastante. Aí depois sim,eu vou trancar você novamente. Espero que tenha entendido sua burra. Agora vai.
Madeleine saiu do quarto,subiu as escadas e foi até o quarto deles. Ela tomou água,e depois foi para o banho. Ela terminou o banho,se secou,e quando saiu do banheiro ele estava sentado em uma poltrona esperando por ela. Madeleine passou por ele desconfiada. Ela pegou uma roupa,e quando ia voltar para o banheiro ele parou ela,obrigou ela a se vestir ali na frente dele.
-Tira a toalha. Você não está ouvindo.
Ele bateu com as mãos no braço da poltrona. Ela largou a toalha em cima da cama,e começou a se vestir. Sebastian observava ela,e pensava no que poderia fazer. Ela terminou de se vestir,penteou os cabelos,e colocou um chinelo. Ela abriu a porta e desceu. Sebastian foi atrás. A empregada apenas lhe deu boa noite. Ela sentou e Sebastian olhou para ela. Madeleine levantou e começou a servir ele,quando se aproximou com o prato,ele pegou a faca que estava na mesa. Ela colocou o prato direitinho,e voltou para o lugar dela. Sebastian deu um sorriso sarcástico,e começou a comer. Madeleine estava faminta,ela comeu tudo. Depois do jantar eles subiram para o quarto. Sebastian se recusou a dormir com ela na mesma cama,e a proibiu de dormir em outro quarto. Ele jogou uma manta no chão,e disse que ela dormiria ali. Madeleine nunca havia sido tão humilhada. Mas na manhã seguinte ela iria sair daquela casa. Sebastian se divertia ao ver ela ali jogada no chão feito um cão.
No dia seguinte, Sebastian levantou e cutucou ela com o pé.
-Levanta,eu preciso me arrumar e tomar café para ir trabalhar.
Madeleine não respondeu nada,apenas levantou.
-Eu vou ao banheiro,enquanto isso eu quero que veja a minha roupa.
Ela foi ver a roupa sem falar nada. Sebastian foi ao banheiro,saiu e a roupa já estava em cima da cama. Ele tirou o pijama.
-Esta esperando o que para me vestir.
Ela achou um absurdo ter que vestir ele. Mas fez sem falar nada. Sebastian começou a desconfiar,ela não falou nada até aquele momento. Ela terminou de vestir ele. Ela foi ao banheiro,e depois vestiu a roupa.
-Não esquece,você me serve.
Madeleine desceu,e serviu o café dele. Eles tomaram o café,ele levantou e foi ao escritório. Quando ela ouviu a batida da porta da frente,ela subiu rapidamente para o quarto. Pegou a mala maior,e começou a colocar as suas roupas. Ela ligou pedindo um carro. Sebastian já estava na metade do caminho,quando lembrou que havia esquecido alguns papéis no escritório. Ele deu meia volta,e retornou para casa. Quando chegou ele viu o táxi parado em frente a casa. Viu quando ela estava puxando a mala até o carro. Ele desceu e caminhou até ela.
-Vai a algum lugar Madeleine? -Eu vou embora dessa casa. -Não vai não,pega essa mala e volta para dentro. -Não. -Pensa bem,as coisas podem piorar para você. Seja inteligente uma vez na vida. Volta agora. -Algum problema? -Não,apenas um mal entendido,a minha esposa confundiu o dia da viagem dela. Me desculpe por chamar o senhor até aqui,pode ir. -Eu não confundi nada... -Os seus pais estão sozinhos em casa, imagina se acontece alguma coisa agora mesmo,e derrepente eles passam dessa para melhor. Agora entra. -Eu vou chamar a polícia,não pode me manter aqui. -Eu posso,agora entra.
Ele pegou o braço dela e a puxou até a porta. Assim que entrou ele bateu nela.
-Você só sai daqui o dia que eu disser que acabou,até lá você me pertence. Sobe e vamos resolver essa conversa lá em cima. -Eu não vou subir,se encostar as suas mãos nojentas em mim mais uma vez,eu coloco você na cadeia. -Vai falar o que? Sabe eu posso conseguir um documento onde diz que você é louca. Quem vai acreditar em uma mulher com problemas mentais. Você não vai se livrar de mim. Agora sobe,aliás não precisa subir,eu vou deixar você no seu novo quarto.
Sebastian levou ela até o quarto que havia deixado ela trancada. Ele entrou e trancou a porta. Ele bateu nela com o cinto,depois de fazer isso ele colocou o cinto na calça novamente. Pegou o celular dela e levou,trancou ela dentro do quarto,se acomodou e saiu. Pegou os documentos que estavam no escritório. Foi até a empregada que já estava assustada com tudo o que vinha acontecendo.
-Você nunca viu nada disso,você entendeu? -Sim senhor. -Arruma as coisas dela em outro quarto,e se alguém ligar perguntando por ela,ou vir aqui,você apenas diz que ela saiu e não sabe o horário que vai voltar. Nenhuma palavra sobre isso. -Sim senhor.
Sebastian foi para a empresa,já estava atrasado. A empregada fez o que ele pediu. Quando Sebastian chegou,Soraia estava na sala dele a sua espera.
-Que surpresa boa. -Eu cheguei ontem a noite,e estava morrendo de saudade. -Se tivesse me ligado eu teria ido ver você.
Eles se beijaram.
-Como está a sua agenda hoje? -Ainda não olhei. -Se não estiver cheia,podemos ir em algum lugar. -Eu vou dar uma olhada aqui,mas se quiser podemos ir jantar hoje,vamos em um lugar reservado,e depois eu levo você para a minha casa. -Com ela lá? -Ela não vai ver você,eu deixei ela trancada em um quarto. -Você dorme com ela? -Não,na minha cama só tem espaço para você. -Quanto tempo ainda preciso esperar? -Vamos esperar o velho morrer, e eu me livro dela,e depois vamos curtir a nossa vida. -Você vai precisar dar um jeito nela,ela pode acabar estragando a sua vida. -Quem sabe eu coloco ela em uma clínica, talvez ela tenha alguns problemas mentais. -Acho que precisamos nos livrar dela. -A gente vê isso com calma,mas lembra que eu preciso colocar as mãos na empresa primeiro. -Talvez eu posso ajudar você. Eu posso dar um jeito no seu avô. -Cuidado com o que fala. Senta aí,eu preciso trabalhar.
Sebastian começou a trabalhar,ela ficou perto dele. Ele olhou a agenda, e tinha uma reunião marcada com o presidente da empresa Yang. Fazia muito tempo que ele tentava conversar com Ian Salvatore,mas a agenda dele estava sempre cheia. Ele queria uma parceria entre as empresas,sabia que ele era um homem muito criterioso,não aceitava parcerias facilmente. Ele olhou no relógio e tinha dez minutos antes dele chegar. Ele escutou o telefone tocar e atendeu.
-Senhor,o senhor Salvatore acabou de chegar,posso mandar ele subir? -Sim,e já vê o tipo de café que ele toma. -Sim senhor.
Sebastian ficou nervoso,ele chegou antes do horário combinado, mas um homem como ele não deveria esperar. A secretária vinha a frente,abriu a porta para ele entrar. Sebastian fez sinal para a Soraia levantar.
-Senhor Salvatore é um prazer recebê-lo. Obrigado por ter conseguido alguns minutos do seu tempo. -Vamos direto ao ponto,eu preciso ir a uma reunião importante.
Ian olhou para ele com um olhar de desprezo,e não se mostrou nenhum pouco interessado no assunto. Ele observou cada detalhe em volta,e analisou a Soraia dos pés a cabeça,tudo isso com muita discrição. Ele olhou as horas,e se mostrou indiferente em tudo o que o Sebastian falou.
-A sua proposta não é atrativa,mas quem sabe em outra ocasião podemos ver mais detalhadamente. Quem sabe em um jantar,com a sua esposa. Aliás muito bonita. -Claro. -Que bom,o jantar será hoje,às 21h.no Yin Yang,vai ser um prazer recebê-los no nosso restaurante. -Claro.
Antes mesmo que Sebastian levantasse, ele levantou e saiu. Sebastian não gostou muito de tudo aquilo,como iria levar a Madeleine depois do que aconteceu mais cedo.
-Se prepara para ir a um jantar hoje,e não se atrase,eu preciso conseguir um negócio com essa empresa. -Não vai levar a chatinha? -Ele acha que você é minha esposa. -A foto de vocês saiu nas revistas,ele sabe que não sou sua esposa. -Homens como ele não tem tempo de olhar revistas de fofoca. E ele elogiou você,então você vai como minha esposa. -Eu preciso comprar um vestido. -Toma pega o meu cartão e compra o que precisa. Depois me entrega ele. -Eu vou ficar linda para você. -Você é linda,agora vai,eu preciso trabalhar.
Soraia beijou ele,e saiu.
Ian dentro do carro pegou a pasta com tudo o que tinha sobre a família do Sebastian. Teve a certeza de que aquela não era a esposa dele. Ele fez uma ligação,e foi para casa.
Sebastian chamou o tio e conversou com ele sobre o que poderia apresentar para o Salvatore. Ele disse que não sabia o que ele queria. Peter jamais ajudaria ele a conseguir essa parceria com o grupo Yang. Sebastian pensava em como iria fazer. Talvez a Soraia ajudasse ele,já que o Salvatore achou ela bonita.
Soraia foi ao salão,comprou algumas roupas,joias,um novo perfume,sapatos e bolsa nova. Ela foi para a casa da tia.
-Quantas sacolas. -Vem tia,eu preciso contar algo. -Parece algo muito bom. -É sim,o Sebastian me convidou para jantar,e eu irei no lugar da chata da Madeleine. Ele me deu o cartão dele para comprar tudo o que eu precisasse para ir a esse jantar. -Maravilha, depois do que me contou em breve você vai estar casada com ele,e ela vai ser colocada de escanteio. -Não vejo a hora desse velho morrer, assim o Sebastian fica livre para mim. -Porque precisa esperar a morte do velho? -O Sebastian casou com aquela mosca morta para agradar o velho,e assim que ele morrer a empresa fica toda para ele, então ele se livra dela,e fica comigo. -Talvez a gente possa dar um jeito nisso,esse velho já passou tempo demais na terra,eu acho que a hora dele está próxima. -Eu preciso tomar um banho e me arrumar. -A gente continua essa conversa amanhã.
Bertha ficou pensando no que ouviu, queria ver o filho livre da Madeleine logo.
Sebastian foi em casa tomar banho e se arrumar para ir ao jantar.
-Eu não venho jantar. -Senhor eu posso levar o jantar para a senhora? -Não, ela vai ficar ali sem comer.
Sebastian saiu,e a empregada ficou com o coração na mão. As janelas não eram de abrir,então era impossível dar comida a ela. A empregada foi embora no horário dela.
Sebastian encontrou a Soraia,uma quadra da casa do avô.
-Nossa você está muito linda. -Gostou? -Muito,não vejo a hora de poder tirar tudo isso de você. -Vai poder fazer isso mais tarde. -Eu preciso que me ajude com o Salvatore. Ele ficou interessado em você,então usa esse charme todo para cativar ele. -Eu faço isso por você. -Vamos.
Quando eles chegaram no restaurante, Ian já estava lá. Sebastian olhou o horário,e estava tudo ok.
-Senhor Salvatore,boa noite. -Boa noite,fiquem à vontade.
Eles sentaram,e Sebastian começou a falar sobre as vantagens de fazerem uma sociedade. Foi cortado pelo Ian que elogiou o colar da Soraia. Ele achou muito exagerado,ela queria aparecer,mas precisava fazer algo. Ele começou a fazer perguntas a ela,quanto mais perguntava mais entediado ficava, uma pessoa muito vazia,sem qualidades apreciáveis. Sebastian percebeu que ele não tinha muito interesse no que ele estava propondo. Até ser surpreendido com uma pergunta sobre o assunto. Ian ouviu,observou eles o tempo inteiro,jantou e pagou a conta.
-Eu vou pensar com mais carinho na sua oferta,e em breve terá a minha resposta. -Obrigado. -Senhora, compainha adorável. -Obrigada.
Eles saem do restaurante e Ian fica ali pensando.
Sebastian leva a Soraia para a casa dele. Eles entram e vão direto para o quarto. Depois de passarem a noite juntos,na manhã seguinte Sebastian levantou,tomou banho,e começou a se arrumar para ir a empresa. Ele chamou a Soraia para tomar café,ele iria deixar ela em casa antes. Enquanto Soraia se arrumava,ele desceu e foi até o quarto onde estava a Madeleine. Ele abriu a porta e mandou ela sair.
-Sobe,toma banho,e desce pois precisa servir a mim,e uma visita que temos. Suas coisas estão em outro quarto. Não faz nenhuma besteira.
Ela saiu e foi até o outro quarto que havia no andar de cima,viu uma roupa,e foi para o banheiro ao lado do quarto. Ela tomou banho,se secou,se vestiu e desceu. Ela viu a Soraia beijando o Sebastian.
-Ainda bem que chegou,já estava prestes a ir buscar você. -Você não tem vergonha de trazer ela na nossa casa. -Vergonha eu tenho de ter você como esposa,e essa casa é minha,então eu trago quem eu quiser,agora serve esse café,eu não gosto de atrasos.
Soraia sorriu com um ar de deboche. Madeleine serviu o Sebastian.
-É para servir a Soraia também. -Eu não vou servir ela. -Você vai sim,e não vai fazer nenhuma besteira,eu já avisei você.
Ela serviu o café da Soraia. Madeleine sentou à mesa,quando foi se servir Soraia olhou para o Sebastian.
-Meu amor eu não quero essa coisinha tomando café com a gente. -Vai para a cozinha,anda sai da minha frente.
Madeleine olhou para a Soraia e saiu. Ela foi servida pela empregada da casa. Madeleine tomou café e quando ia comer uma fruta,Sebastian entrou na cozinha. Pegou ela pelo braço e trancou novamente no quarto. Soraia era tão doente quanto ele,se divertiam as custas dela. Sebastian deixou a Soraia em frente a casa,e se despediu dela. Ele foi para a empresa,ela entrou e contou tudo a tia.
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