Meu nome é Elena Garcia, moro em Puerto Rico, na verdade até meus 7 anos eu vivi num orfanato até que minha mãe Francesca me adotou.
Aquele realmente foi um dia muito especial, pois vivia desejando que algum dia pudesse ter uma família. Francesca é uma mulher muito simples, mas que me deu tudo que estava ao seu alcance, amor e carinho são coisas que nunca me faltaram desde que fui morar com ela.
Minha mãe é empregada doméstica e pesar de ser pequena sempre a via trabalhar noite e dia para que pudesse pagar meus estudos e dar uma vida confortável dentro do possível.
E por esse motivo nunca pensei em procurar saber sobre meus pais verdadeiros e o motivo de terem me abandonado, apesar também dela nunca ter me incentivado a isso.
Minha mãe a alguns meses conseguiu um trabalho na Flórida e eu fiquei para terminar minha faculdade em psicologia e alguns cursos que estavam em meus planos.
Tenho planos de ser assistente social e ajudar outras crianças, fazia parte do meu objetivo trabalhar em uma escola, nesses últimos meses tenho enviando currículos e me candidatado a várias vagas ainda sem retorno, mas conforme combinado estarei embarcando para a Flórida para morar com minha mãe.
Elena Garcia
Após alguns dias, Elena enfim chega na Flórida sendo recebida por sua mãe que vai buscá-la no aeroporto.
Francesca: Minha filha que saudades, espero que tenha feito uma boa viagem.
Elena: Fiz, sim mãe. Também estava com saudades.
Francesca: Tenho novidades, a minha patroa disse que te indicou na escola aonde a filha dela estuda e eles querem fazer uma entrevista com você.
Elena: Que maravilha, mãe! Sabe para quando ?
Francesca: Amanhã; por isso, precisa descansar para estar bem.
Casa que Francesca trabalha
Elena: Nossa aqui é muito quente, creio que vai demorar para me adaptar nesse lugar.
Francesca: Isso é verdade, bom falei com minha patroa, ela disse que não tem problema que você fique comigo.
Elena: Tudo bem, mãe mas quero alugar um apartamento, não quero ficar na casa dos outros não.
Francesca: Tem razão e te apoio, mas por hora fico feliz por estarmos juntas novamente.
Assim que chegam na casa, Francesca apresenta Elena para Ester, que fica impressionada com a beleza e educação de Elena.
Elena: Senhora Ester fico grata por me ajudar, mas saiba que pretendo alugar um apartamento, afinal já tenho 23 anos e quero minha independência, acho que deve entender.
Ester: Claro que entendo afinal tenho uma filha e ela também logo que terminou a faculdade foi morar sozinha, hoje graças a Deus está casada mora em outro país.
Francesca: Sua filha é uma mulher muito linda e inteligente assim como minha Elena.
Ester: Bom, pelo seu currículo, tenho certeza que a escola vai te contratar, eu mesma conversei com minha amiga e ela precisa mesmo de uma pessoa com seu perfil.
Elena: Não tenho palavras para agradecer. Bom, se me dá licença vou guardar minhas coisas de descansar, pois amanha quero estar bem.
Francesca: Isso. Vamos filha.
Essa seria sem dúvida uma ótima oportunidade de Elena começar sua vida profissional e conquistar sua independência financeira, algo que desejava desde que começou a estudar.
Mas também encontraria grandes desafios aonde precisaria de coragem para enfrentá-los e apesar disso estava otimista, com certeza agarraria essa oportunidade.
Então, após descansar no dia seguinte, ela levanta logo cedo para ir à entrevista.
Quando Elena chega na escola fica totalmente impressionada com o tamanho do prédio, era uma escola de pessoas de alto padrão, carros importados, crianças que em algumas se notava claramente que não tinha uma infância feliz. O que deixou Elena muito triste, pois não é isso que esperava encontrar numa escola infantil.
Elena se apresenta na entrada e é uma das funcionárias a acompanha até a sala da diretora Carmem que explica o motivo de sua contratação.
Carmem: Olá Elena, prazer em conhecê-la. Ester me enviou seu currículo e falou muito bem de você.
Elena: Fico muito grata por essa oportunidade, senhora.
Carmem: Bom, Elena! Como vê nossa escola atende alunos de alto padrão, temos algumas bolsas porem todas custeadas por alguns pais. Nós recebemos uma informação aonde todas as escolas precisam ter uma assistente social com formação em psicologia. Por isso não nos importamos em contratar alguém sem experiência, para atender os alunos e acompanhar a evolução das crianças, pois não podemos ter problemas se é que me entende.
Elena: Eu entendi, uma espécie de babá certo?
Carmem: Exato. Nossas crianças são diferenciadas, seus pais são pessoas com muito poder aquisitivo, é importante que continuem com seus filhos matriculados aqui, temos alguns empresários fundamentais para nossa escola. Na próxima semana uma de nossas alunas fará aniversário preciso que a senhorita vá representando a escola tudo bem?
Elena: Claro, vai ser ótimo conhecer os pais dos alunos.
Carmem: Eu duvido muito que isso aconteça, os pais dessas crianças só devem conhecer os filhos quando nascem, depois largam tudo nas mãos de uma babá ou um parente próximo kkkk.
Elena é levada para conhecer a escola, que realmente era enorme, depois conhece a sala aonde iria trabalhar. Ela passa pelas salas de aulas para poder observar os alunos, todos muito bem trajados e com uma postura de fazer inveja a muito adultos.
Elena: " Nossa parecem uns saldados!" - Pensa ela.
Funcionária: O Que disse?
Elena: Nada, só pensei alto.
Após conhecer as dependências, Elena vai até o RH aonde recebe um contrato com os valores e benefícios, o que a deixa muito feliz.
Pois teria direito a um apartamento custeado pela escola, nesse caso poderia ter seu espaço antes que imaginava.
Elena: Como assim, a escola vai me pagar um apartamento, é isso?
Funcionária: Sim, um dos pais é um grande empresário, ele se responsabilizou a dar essa cortesia a pedido de Dona Carmem, eles meio que tem um caso rsrsrs.
Elena: Entendi.
Já era final do dia quando ela retorna para a casa aonde sua mãe trabalha com a ótima notícia que havia conseguido o trabalho que tanto desejava.
Francesca: E aí filha, conseguiu?
Elena: Conseguiu mãe, mas não acho que seja por acreditarem na minha capacidade.
Francesca: Como assim?
Elena: Eu acho que eles querem uma babá de luxo, isso sim. Só fico pensando o que adianta ter tanto dinheiro se não sabem em ao menos como tratar uma criança como se pudessem comprar tudo e todos. Isso é muito decepcionante.
Francesca: Calma Elena, você nem sabe que são essas crianças. Espere conhecê-las, talvez sejam felizes, vai saber.
Elena: Tem razão, mãe. A escola me ofereceu um apartamento, então amanhã mesmo vou lá conhecer e devo me mudar logo. Não quero ficar morando com a senhora aqui me perdoa mãe.
Francesca: Isso é ótimo filha, não precisa se desculpar. Estou feliz que esteja conseguindo tudo que deseja.
Então no dia seguinte Elena vai conhecer o apartamento que iria morar, realmente era muito bonito, todo mobiliado e bem próximo à escola. O que a deixa curiosa para saber quem era o proprietário.
Elena: Nossa, esse lugar é lindo mesmo. Sabe me dizer quem é o proprietário?
Corretor: Não sabemos quem é o proprietário, mas dizem que ele é bilionário além de ser um gato kkkk Bom moça aqui está sua chave, espero que goste da estadia.
A corretora então vai embora deixando Elena sozinha no apartamento, ela aproveita para dar uma olhada em tudo e apreciar a vista que era muito bonita.
Elena: Fico pensando que esse homem deve ter feito para até a diretora da escola agir dessa forma, pelo jeito deve mandar em tudo por aqui, só espero que a filha dele tenha toda essa atenção.
Ela fica ali por algumas horas e depois retorna para casa apenas para pegar suas coisas e Francesca pede autorização para ajudar a filha.
Ester: Claro que pode ir, Elena você teve muita sorte. Espero que dê tudo certo nesse novo trabalho.
Elena: Obrigada, senhora. Sua ajuda foi muito importante para que eu pudesse conseguir.
Depois que Elena sai com sua mãe, Ester faz uma ligação para agradecer a sua amiga.
Ester: Amiga, olha quero lhe agradecer pela ajuda, como sabe ter uma moça assim jovem e bonita em casa não me agrada.
Carmem: Claro, amiga. Elena é mesmo uma tentação para um homem como seu marido kkk, temos mesmo que manter essa gente longe, são umas verdadeiras caçadoras de pensão.
Ester: Pois é, Francesca me pediu e fiquei sem saber como negar, ainda bem que tenho você.
Carmem: E prefiro mesmo alguém sem experiência, assim não terei problemas.
Elena estava ansiosa para começar em seu novo trabalho, ela chego logo cedo, pois queria poder acompanhar a chegada das crianças, na maioria elas eram trazidas por seus motoristas que mal esperavam fechar a porta do carro para retornar as mansões aonde provavelmente moravam.
Era incrível como muitos mal cumprimentavam seus colegas, o que para Elena era muito estranho pelo fato de serem crianças, na maioria acima de 5 anos.
Carmem: E então Elena o que está achando de nossas crianças?
Elena: Confesso que me assusta o fato de não agirem como crianças, como correr, falar alto, esse tipo de coisa que geralmente as crianças fazem.
Carmem: Eu entendo, mas nossas crianças estão sendo educadas para no futuro assumir as empresas dos pais, elas não têm tempo para essas bobagens.
Era assustador escutar esse tipo de coisa, mas Elena já havia percebido que era esse tipo de comportamento que a diretora apreciava, mas naquele dia Elena descobriria que nem todas as crianças estavam dispostas a seguir essa regra.
No final do dia, Elena é chamada por que uma das crianças ainda não tinha ido embora e por esse motivo um das funcionárias a leva para a sua sala.
Funcionária: Senhorita Elena, essa daqui é a Nina. O motorista ainda não veio buscá-la, será que poderia ver isso por favor?
Elena: Claro. Oi Nina, tudo bem? Me chamo Elena. quantos anos você tem?
Nina: Tudo bem, senhorita. Tenho 5 anos.
Elena: Olha, não precisa se comportar assim, tudo bem? Vamos ligar para sua casa?
Nina: Você vai ligar para minha vovó?
Elena: Nós podemos ligar para ela, como ela se chama?
Nina: Grace.
Nina
Elena então procura no computador o telefone da casa de Nina e quem atende era um empregado
— Mansão Veigas.
Elena: Senhor, aqui é Elena sou assistente social da escola "Sans Jhones"preciso falar com a senhora Grace por favor.
Grace: Alô? Aqui é a Grace.
Elena: Senhora, aqui é a assistente social, sua neta os aguarda para buscá-la na escola.
Grace: Ai, Meu Deus, não acredito que isso aconteceu de novo.
Elena: De novo?
Grace: Infelizmente! Bom, vou tentar falar com o meu filho para ver se ele envia algum motorista para buscá-la.
Elena: Senhora, se preferir eu mesma posso levá-la.
Grace: Nossa, serei muito grata. Anote o endereço e pode deixar que pagamos o táxi.
Então, após desligar o telefone, Elena avisa que iria levar a pequena Nina em sua casa.
Elena: E aí, vamos?
Ela então pede um táxi, no trajeto para a casa de Nina, aproveita para conhecer melhor.
Nina: Sabia que semana que vem será meu aniversário?
Elena: Então era sobre essa festa que Carmem havia comentado. Que legal, já sabe que presente irá pedir para seus pais?
Nina: Eu moro com meu papai e minha vovó, minha mamãe foi embora.
Elena: Eu sinto muito Nina. Mas deve estar animada não? Ter seu amigos, poder brincar.
Nina: Não convidamos meus amigos. Meu pai não deixa.
Elena: Sério?!
Elena percebe a tristeza na forma de falar de Nina, chamando muito sua atenção, após algum tempo elas chegam na mansão onde Nina morava.
Assim que ela avisa, os seguranças autorizam a entrada, Elena pretendia seguir no mesmo táxi, mas Grace pede que ela entre como uma forma de agradecê-la pela gentileza.
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