Oii! Meu nome é Ally Sanchez. Tenho 21 anos e estou no 3° período da faculdade de administração na UCLA. Tenho em mente que preciso terminá-la, pois vou assumir o cargo de CEO quando concluir meus estudos.
Sou uma pessoa bem caseira. Não sou muito de festas ou resenhas. Das que eu fui, foi por dois meros motivos: algumas, a Tonton me arrastou e outras, porque era aniversário de alguém do colégio. Tirando isso, não troco por nada a minha Netflix e os canais no YouTube que me geram muito conhecimento sobre outras culturas e sobre outros assuntos. Sigo um cronograma que eu mesmo criei para obter melhor desempenho nas minhas atividades, já que pretendo assumir o cargo da parte do meu pai, Joel Sanchez, na sociedade dele com o tio Herman Campbell. Eu sou um ano mais nova que o filho dele, Austin. Nós crescemos juntos, mas nunca fomos próximos. Austin sempre foi descolado e da zoeira na escola. Seus amigos sempre me zoavam e pra quem vivia na minha casa e eu na dele, ele nunca me defendeu. Isso me deixava bastante chateada, pois sempre que estávamos fora da escola, a gente se divertia horrores. Uma coisa eu decidi: naquela época o Austin morreu pra mim. Não gosto de estar junto a ele. Prefiro morrer. Quando tem jantares aqui em casa em que ele vem... Eu trato de ir pra casa da Tonton.
Eaí pessoas! O meu nome é Antonella Sanchez. Nella para os íntimos e Tonton pra Ally, minha prima e melhor amiga da vida. Tenho a mesma idade da Ally , 21.
Enquanto ela é reservada e mais quieta na dela, eu? Hahaha curto pra nós duas e acho que ainda sobra. Sei lá, meu sonho é ser… o que der mais dinheiro… não tenho planos, quero curtir o agora. Sou filha do James Sanchez, irmão do tio Joel. Meu pai é da filial em Portugal, e eu moro com minha mãe aqui em Los Angeles. Eu e a Ally nascemos e crescemos juntas. Acho que a Al já contou à vocês sobre o caso do Austin não é? Pois é. Eu não me meto nisso, mas nós duas temos um ódio mortal por ele. Que cara babaca. Se eu não estudasse na mesma sala dela, não sei o que seria da minha princesa.. cada dia uma palhaçada diferente. Por muitas vezes eu enfrentei o Austin, e o mesmo só sabia rir, ou abaixava a cabeça. E nos jantares em "família" em que o tio Campbell vinha com ele, parecia que nada havia acontecido mais cedo. Decidimos que o Austin morreu pra nós quando jogaram cola e papel no cabelo da Al, e o xuxuzão não fez absolutamente nada e ainda riu com os "amigos" dele. Ai aí, só de falar me dá um ódio...
Fala galera, meu nome é Austin Campbell, tenho 22 anos e sei que pareço ser mais novo hehehe fazer o que né? Boa genética meus queridos. Estou na UCLA, no 4° período fazendo administração.
Sou filho do homem mais bem-sucedido no ramo administrativo, o Herman Campbell. Junto do seu grande amigo e meu tio de consideração, Joel Sanchez, eles são sócios majoritários da Sanchez&Campbell Companny. Deixe-me explicar: duas grandes empresas se uniram e formaram uma maior ainda. Nisso, ainda há um gerenciamento separado. Eu vou administrar a parte da Campbell e Ally, filha de Joel, a da Sanchez. Bom, mas o que eu quero mesmo fazer é jogar basquete pelo time da faculdade, os Bruins. Eu ainda não tive a coragem de conversar com o meu pai sobre isso. Administração não é o que eu quero fazer. Mas enfim, filho mais novo tem suas responsabilidades.
Sobre meu relacionamento com a Ally:
Eu e a Al nunca nos demos muito bem. Ally sempre foi muito certinha e eu? adorava tirá-la do sério. Eu acreditava ser uma brincadeira, até que um dia Ally me disse que não suportava mais tudo aquilo e que eu era muito infantil. Ela disse pra eu amadurecer e parar de ser assim. Ally sempre deu uma de superior, e isso começou a me encomodar profundamente. Comecei a enxergar a Ally como uma pessoa esnobe e sem humor. Não gosto de ficar no mesmo ambiente que ela. Não consigo, me deixa de mal-humor e irritado.
Ally
Um pouquinho mais sobre mim:
Saio de casa de manhã após tomar meu café. Não tomo sozinha, tenho Lúcia pra me fazer compania. Ela é como minha segunda mãe. Sendo sincera, creio que tudo o que sei sobre a vida devo a ela, então a devo considerar como minha mãe mesmo. Meus pais são separados. Não cresci diretamente com minha mãe, Rose Landin. Assim que eles se separaram, minha mãe se casou com Otto Landin. Nunca tive um contato direto com o ele... mas o respeito bastante. Otto é CEO da Landin'sCO. Não é um concorrente da nossa área, pois a Landin'sCO é uma compania de advocacia. Bom, minha mãe tem 51% das ações da Sanchez, essas ações são minhas. Mas como não tinha idade pra assumir, ainda está em seu nome. Bom, ela sempre se gaba por seu marido ter mais filiais, mas mal sabe ela que o nosso patrimônio líquido ultrapassa nove zeros; apenas pelo lado da Sanchez! Às vezes, quantidade não quer dizer qualidade...
Mas voltando, ela diz que quando eu tiver 22 anos, irá me passar essas ações. Pois não quer nenhum envolvimento com a Sanchez.
(Joel Sanchez, 50)
( Rose Landin, 50 )
(Otto Landin, 65 )
Meu pai e o Otto, não se dão tão bem assim... papai tinha recentimentos pois acredita que Rose o largou pra estar justamente com o Sr. Landin. Tinha no verbo passado, pois papai percebeu que rancor só faz mal a quem o carrega. Mas Otto sempre teve fúria e ciúmes de quando temos de nos juntar em meus almoços de aniversário, pois creio que deveria sentir raiva porque Rose não conseguiu dar um herdeiro a ele.
Bom, tenho sim um déficit de amor materno, mas Lúcia fez com que isso se afagasse um pouco. Por desejo da minha mãe, ela não queria ter filhos, mas eu vim como uma boa pessoa determinada a quebrar tabus. Meu pai sempre quis um herdeiro. Não tinha preferência de gênero, ele apenas queria ser pai. Papai me criou com todo amor que ele tinha e tudo o que podia me dar. Nunca passei por fase ruim, mas acredito não ser mimada e egocêntrica. Me comparei muito às crianças da escola... vi que o meu pai arrasou me dando valores e princípios à bolsas da temporada e carros do ano.
Bom, enfim. Como eu disse, eu estava saindo de casa porque sabe, hoje é um dia muito importante! É hoje que eu faço meu teste semestral pra saber como estou indo na faculdade, e saber se eu passei de período. Estamos em dezembro, pra ser exata: em 11 de dezembro. Não está sendo fácil o meu caminho, mas espero colher os frutos do meu esforço lá na frente. Estive estudando esse tempo todo... acredito que me sairei bem. Mas o medinho é inevitável.
Meu horário na faculdade começa às 8:00. Tenho Joffrey como motorista, mas desde de que tirei a minha carta, prefiro ir dirigindo, é terapêutico. Dou um mega-abraço de bom dia no meu querido Joff e entro no carro. Sigo até a faculdade num caminho tranquilo escutando Shawn Mendes... em menos de 20 minutos já estou estacionando e apresentando o meu crachá.
Me pergunto se Anna já chegou, ela e seu irmão são meus amigos de faculdade. Ainda não os vi. Estou dentro da sala nesse momento, e tenho a plena certeza de que nem Anna, nem Andrew vieram... que estranho. Nosso professor, Tomás Stravinsky, está recolhendo as assinaturas dos presentes para contar como chamada. Assino o meu nome e recebo a prova. Começou agora o teste que pode decidir se eu consigo passar pro 4° período.
Após exatas 3H30, eu termino o teste. Estava muito fácil em algumas questões. Não teve nenhuma hiperdifícil, mas foi ok. Saio de lá desgastada e exausta. Decido ir à empresa almoçar com meu pai, afinal ainda são 11H30. Ligo pra Mallu, sua secretária, e pergunto se meu pai está livre nesse horário; Mallu responde que sim, mas no momento ele está finalizando uma reunião.
Chego à Sanchez&Campbell co. bem rápido. A faculdade é perto. Vejo meu pai saindo da sala de reuniões e me avistando. Cumprimento e o abraço. Pergunto se ele quer almoçar comigo e a resposta é sim.
Pergunto se ele aceita ir em um japonês, pois é o meu favorito, e sim, vamos comer japa!
Comemos e logo papai diz ter uma outra reunião com novos investidores. Então pagamos, saímos e nos despedimos.
Chego em casa e tomo um banho muito relaxante. Durmo por duas horas. Acordo ligando pros gêmeos que faltaram e pergunto do porque disso. Eles respondem que a mãe deles ficou gripada, e logo eles também ficaram. Conto como foi o teste e rendi mais um pouco de conversa. Encerrei eu fui comer um lanche. Lúcia fez bolo de chocolate, e eu aproveitei e fiz leite com toddy pra acompanhar. Meu favorito.
Depois disso, decido que irei montar a casa pro natal. Pergunto à Lúcia onde estão os enfeites, e ela responde que no sótão. Óbvio, que pergunta mais idiota a minha. Enfim, trato de ir pegá-los. Chego nesse canto da casa e as memórias vem me trazendo nostalgia... aqui era um dos vários lugares em que eu, Tonton e Austin brincávamos. Lembro muito bem disso. E fico com mais raiva ainda quando percebo que ele deixou todas as nossas brincadeiras, por pessoas fúteis e mimadas. Eu realmente odeio esse garoto. Bom, deixo esses pensamentos pra lá pra não ficar mais nervosa ainda e pego todos os enfeites que consigo, pois como moramos em uma casa enorme, temos de colocar muitos.
Vou saindo de lá e colocando as coisas na sala. Quis montar as meias na lareira primeiro. E assim fiz, ficou lindo com meu nome, do papai, Tonton, Joff e Lúcia. Eles são minha família.
(Lúcia Halmom, 45)
(Joffrey Stiffen, 60)
Depois disso coloco pisca-pisca em volta da lareira. Mais um trabalho concluído. Decido ir montar a árvore. Começo pelos enfeites de baixo pra cima, e pego um banquinho pra terminar a parte de cima. Quando vou colocar os enfeites finais, sinto meus pés bambearem e o banquinho escorregar. Antes de sentir a dor final, vejo que caí sobre mãos macias e braços fortes.
Abro os olhos e encontro os de Austin, o qual eu costumava chamar de Tin.
A — Caramba, você? Porque está aqui? E, porque me salvou?
T — Ei, calma aí esquentadinha. Eu tô aqui pegando alguns contratos que os nossos pais precisavam. E bom, não ia deixar você se espatifar no chão... mesmo que isso fosse divertido hehe.
A — Tin... A.A.AUSTIN. - pigarreio me corrigindo - isso não é engraçado. Vejo que continua idiota como sempre. Mas obrigada por isso.
Saio de lá sem deixá-lo formular outra frase.
◇
- Austin
São 7:40. O telefone desperta, mas meu humor está tão ruim quanto a minha cabeça. A noite passada foi o auge. Levanto muito mal-humorado, mas eu sei, a culpa é minha. Hehe fazer o que se houve uma resenha na casa de um dos meus amigos... resenha essa que tava bombando. Enfim, hoje tem uma prova lá na faculdade e eu nem sei o que vai cair. Não faço a mínima ideia do conteúdo semestral, e o pior é que se eu não passar de período, o meu pai vai encher a minha paciência, coisa essa que eu não tenho nem um pouco. Bom, eu me levanto e vou direto pro banheiro. Tomo um banho e me sinto um novo ser. Tenho que sair apressado porque já estou em cima do horário, e a tolerância é zero.
Peço a Ceci, nossa governanta, pra preparar um lanche, assim ela faz. Comendo eu entro no carro, e peço o Haddad pra dirigir o mais rápido possível.
Chegando na Faculdade, eu vou pra sala. A Mrs. Santinni está recolhendo as assinaturas dos presentes para contar como chamada. Eu pego a minha prova e penso: Cacete! Me ferrei. Eu não sabia nada. Absolutamente nada. Se a prova valer 100 eu tiro 1, porque pelo menos meu nome eu acerto... eu acho.
Saí de lá muito receoso. Sabe, eu não escolhi estar no lugar em que meu pai deseja que eu esteja. Eu só fui pelo fluxo que ele coloca em mim. Eu faço de tudo pra conciliar a minha vida de Austin, e a minha vida de Mr. Campbell. Como Austin, eu sou eu. Posso zoar e cair bêbado sem preocupações. Como Mr. Campbell, eu preciso me encaixar onde meu pai milimetricamente quer que eu esteja.
Eu sou de sair pra caramba. Ficar em casa me deixa num clima deprê. Minha mãe, Dona Marisa Campbell, vive pegando no meu pé porque segundo ela, "eu preciso acertar meu rumo na vida". Ela está certa. Eu realmente preciso. Mas até agora tava fácil essas duas vidas... porém depois desse exame... fiquei meio apreensivo. Não quero decepcionar o velho, mas não tenho um sonho imenso de assumir a S&C co.
(Marisa Campbell, 45)
(Herman Campbell, 50)
Meu pai vive me comparando com a Ally. E isso me tira do sério. Eu costumava gostar da Al, mas desde a "fatídica" brincadeira no colégio, ela não é mais a mesma e me trata com frieza. E eu devolvo na mesma moeda.
Concluo todos esses pensamentos enquanto eu e Haddad voltamos pra casa. Hoje temos almoço em família.
Chego em casa e tomo um banho rápido. Ainda são 11H40, mas o velho Campbell gosta de almoçar cedo. Quando desço as escadas, mamãe está na mesa sozinha almoçando. Pergunto se meu pai não irá vir e ela confirma que não. Sem muitas dúvidas, porque isso sempre acontece, eu pego meu prato e almoço junto à Dona Marisa.
Meu pai perguntou se eu posso passar na empresa hoje, eu disse que sim. Após o almoço, eu me arrumo com um terno de três peças e vou. Dessa vez vou dirigindo. Chego na S&C co. e logo já vejo algumas funcionárias me secando. Óbvio, não é pra menos... eu pago academia pra ter resultados hehe.
Chego à sala de reuniões e vejo tio Joel e meu pai. Temos duas reuniões com possíveis investidores. No meio da primeira reunião eu já me sinto sufocado. Parece que eu estava ali a semanas só escutando dados, porcentagem, lucros, perdas, capital, receita anual e essas paradas todas. No fim dessa reunião de apenas duas horas, meu tio e meu pai me chamam pra discutir sobre esse possível contrato. Tio Joel diz que a proposta parece ter sido copiada de uma outra empresa, e foi constatar sua suspeita. Ele procura veementemente os arquivos, mas diz ter deixado em seu escritório em casa. Ele me pede pra ir buscar e eu concordo.
Vinte minutos depois estou em sua casa, sou recebido por Lúcia. Chegando na sala de estar, já vejo decorações natalinas por todas as partes. Lúcia diz estar com alguma coisa no fogão e me deixa ir ao escritório do Tio Sanchez. Passando pelo sofá central, perto da lareira, eu vejo Ally. Ela estava de costas e terminando de colocar os enfeites na parte de cima da árvore. Me aproximo discretamente no intuito de passar por ela sem causar nenhum desconforto pra ambos os lados. Não estava afim de nenhuma discussão. Mas antes que eu pudesse passar eu escuto o banquinho em que ela estava, escorregando. Mais que depressa eu a seguro. Ela caiu de olhos fechados e toma um susto ao abrir os olhos e me ver.
A — Caramba, você? Porque está aqui? E, porque me salvou?
T — Ei, calma aí esquentadinha. Eu tô aqui pegando alguns contratos que os nossos pais precisavam. E bom, não ia deixar você se espatifar no chão... mesmo que isso fosse divertido hehe.
A — Tin... A.A.AUSTIN. - ela pigarreia se corrigindo - isso não é engraçado. Vejo que continua idiota como sempre. Mas obrigada por isso.
Ela sai de lá sem me formular outra frase. O que me deixou surpreso, foi ela ainda se lembrar do meu apelido. O qual só ela usava. Isso é estranho. Mas o lance de sem brigas não rolou. Que ódio dessa garota, eu só quis ajudar essa ingrata.
Enfim, vou ao escritório do tio Joel e fecho a pasta da proposta. Antes, óbvio, dei uma analisada e pelo que eu escutei lá na reunião, concluo que uma das duas empresas plagiou o contrato. Mas ainda preciso entregar em mãos ao tio Joel e ao meu pai.
Volto para a empresa e lá temos uma fervorosa averiguação e uma calorosa discussão com os investidores. Bom, eu não iria embora tão cedo hoje...
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