02 de dezembro, Lisboa - Portugal
Uma moça muito bonita e bem vestida estava sentada em um banco no aeroporto de madrugada, estava bem impaciente mexendo as pernas e olhando fixamente para o celular como se estivesse esperando uma ligação, ela leva a visão por todo o ambiente e fica olhando a decoração de natal pensativa e melancólica, seus olhos se lubrificam de lágrimas enquanto ela entorta os lábios e manda um áudio.
📱 - Desculpa por não ficar para comemorar seu aniversário, porém eu preciso ir para o Brasil... minha mãe me fez prometer no leito de sua morte que iria conhecer o meu pai, você já sabe a história né, que meu avô queria forçar um casamento arranjado com um homem que ela não amava e ela teve que sair fugida grávida de mim, pois meu avô jurou meu pai de morte, bem, eu estou indo cumprir a promessa.
Eram umas 5h da manhã quando ela se levanta, suspira e sai arrastando a mala rumo ao embarque, foram mais de 10 horas de voo direto até o Mato Grosso do Sul, Brasil.
Desembarca na capital, pega um táxi indo direto para um hotel, chega no quarto e vai tomar um banho, sai enrolada em um roupão e vai checar o celular dando um sorriso de orelha a orelha ao perceber que havia uma mensagem de áudio, ela abre…
📱- "Eu entendo, porém acho que nosso relacionamento chegou ao fim, realmente não queria terminar com você assim por telefone... é... mas acho melhor que seja assim, é mais fácil ser sincero, estou gostando de outra pessoa... sinto muito, de verdade... espero que dê tudo certo aí com o seu pai. Adeus, Elizabeth."
Ela começa a chorar totalmente despedaçada por dentro, pega a mala colocando em cima da cama e escolhe uma roupa lindíssima, se arruma, coloca seus documentos e celular em uma pequena bolsa de ombro e sai do quarto em passos largos em direção a recepção.
Elizabeth - Boa noite, tem algum lugar legal para sair, beber e se divertir?
Recepcionista - Boa noite, tem sim senhora, vou lhe passar a lista das casas noturnas mais badaladas da capital.
Elizabeth - Ok!
Ela estava extremamente impaciente, pegou a lista e entrou em um táxi.
...
João Lucas Ongaratto tem 33 anos, era advogado bem sucedido em São Paulo, era viúvo, sua esposa havia falecido há dois anos em um acidente de carro, tem um filho de 7 anos que se chama Davi.
Ele estava em seu escritório, sentado próximo a sua mesa olhando fixamente para o teto, ignorando completamente os toques do seu celular, já era noite naquele momento.
Batidas na porta…
João Lucas - Entre!
Secretaria - Perdão Senhor, uma ligação da fazenda de seu pai, no Mato Grosso, falaram que era urgente.
João Lucas - Qual linha?
Secretaria - A dois!
Ele atende a ligação.
📞
João Lucas - Oi!
Mulher - João Lucas, seu pai sofreu um infarto e está muito mal no hospital.
A expressão dele muda imediatamente para preocupada.
João Lucas - Não é possível Carmen, meu pai?
Carmen - Os médicos falaram que o estado dele é grave.
Ele leva a mão a cabeça e se levanta andando de um lado para outro no escritório
João - Pego um voo ainda hoje.
Ele finaliza a ligação e saí da sala.
Secretária - Senhor o...
João Lucas - Irei viajar!
Eles moravam em um apartamento de luxo de dois andares com piscina na cobertura do prédio.
...
João Lucas - Cadê meu filho?
Funcionária - Está tomando banho na piscina senhor
Ele vai até lá e encontra Davi sozinho na piscina perto das escadarias pensativo.
João Lucas - Filho?
O menino o olha e sorri, levantando e correndo para lhe dar um abraço.
João Lucas - Tá triste filho?
Davi - Não...quer dizer, um pouco!
João Lucas - Você vai viajar comigo para o Mato Grosso.
Davi - Para casa do vovô?
O menino começa a pular de felicidade.
João Lucas - Filho, filho, me escute! seu avô está doente.
O menino para a comemoração e fica com uma expressão de tristeza, dava para ver as lágrimas escorrendo em sua face, ele então corre para o quarto.
João Lucas - Espere Davi, filho?
Ele grita e corre atrás do menino, ao entrar no quarto o encontrou chorando deitado com a cabeça no travesseiro.
Davi - O senhor não deixou eu ir passar as férias com ele.
João Lucas - Oh meu filho, eu estava muito ocupado, sabe que todos os anos vamos passar as férias de janeiro lá, não seria diferente esse ano.
Davi - Meu avô vai morrer?
Ele fica calado e sai do quarto do filho ordenando que a babá faça as malas do menino e o arrume, em seguida vai para o seu quarto.
...
Elizabeth estava em uma casa noturna bebendo muito, próximo ao balcão onde os barmans estavam fazendo os drinks.
Elizabeth - Outro!
Ela chorava muito e um homem de jaqueta preta se aproximou dela.
Homem - Oi delícia?
Ele fala próximo ao ouvido dela.
Homem - Vamos dar uma voltinha de moto?
Ela estava muito tonta, enxergando tudo embaçado
Elizabeth - Sai de perto de mim!
Ela o empurra com o antebraço.
O rapaz sorri e sai de perto.
Elizabeth pede a conta, paga e sai do local meio zonza por conta das luzes coloridas que piscavam, vai caminhando em direção a rua tentando um táxi, mas sem sucesso, e continua andando se afastando do movimento, depois de um tempo uma moto para do seu lado, o homem tira o capacete…
Elizabeth - Você de novo?
Homem - Você está bem alteradinha heim linda?
Elizabeth - Eu nunca bebo...
Homem - Tá explicado o porque está nesse estado, sobe aqui!
Ele estende o braço dando o capacete para ela, sem entender muito o que estava fazendo e onde estava, acaba aceitando e sobe na moto, ela tenta prender direito a trave do capacete se segurando, porém devido seu estado não consegue e ele acelera seguindo em alta velocidade na estrada.
Elizabeth - Devagaaaa...
Ela grita, ele parece que estava se divertindo muito com o medo dela, cada vez que ele acelerava mais ela agarrava forte a cintura dele.
Elizabeth - Para seu imbecil...
Eles pegam uma BR a mais de 200 quilômetros por hora, ela com uma mão começa a bater nas costas dele que vai diminuindo a velocidade pois estavam atrás de um ônibus e não tinha visão do lado para fazer ultrapassagem.
Elizabeth - Para essa moto por favor...
Ele resolve arriscar a ultrapassagem do ônibus porém um caminhão estava vindo em sua direção não dando tempo de desviar, eles arregalam os olhos, ambos os veículos freando bruscamente ela se dequilibra e cai rolando para a vegetação, com o movimento o capacete que estava solto na cabeça acabou saindo e ela batendo em cheio a cabeça em uma pedra, e o motociclista bate com tudo na frente do caminhão.
imediatamente a estrada vira um caos e todos os veículos parando e pessoas correndo para tentar socorrer e ligando para a ambulância.
O motorista do ônibus sai com todos os passageiros assustados com o estado do corpo do motociclista que acabou falecendo na mesma hora com os membros mutil@dos, o motorista do caminhão estava desacordado com um corte imenso na testa sangrando bastante.
Homem - Olha tem uma moça aqui na vegetação, ela foi arremessada, está com um corte na cabeça.
Mulher - Meu Deus... Será que está viva?
Alguns moradores nativos das redondezas começam a se aproximar e um homem vê a bolsa da Elizabeth a alguns metros de distância e acaba roubando com todos os pertences e os documentos dela.
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Estava um tumulto de curiosos muito grande, a Polícia chega isolando a área, uma ambulância e equipe de resgate chegam no local, constatando a morte do caminhoneiro e do motociclista, Elizabeth foi socorrida pois ainda tinha sinais vitais, e colocada na ambulância, seguindo para o hospital.
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Observações da autora:
📌Pessoal se vocês gostarem da história, peço que por favor presenteiem e curtam a obra bastante, mandem presentes, pois preciso da ajuda de vocês para continuar a obra. Desde já agradeço de coração.
Ao abrir os olhos começa a ter flashes dos médicos e uma luz muito forte dificultando ainda mais a visão.
Médico - Temos que conter a hemorragia interna.
Ela escuta sua roupa ser rasgada e começa a desfalecer.
Médico - Estamos perdendo ela, rápido, massagem cardíaca.
Ela simplesmente fecha os olhos e tudo escurece.
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João Lucas chega a capital, e foi direto para o hospital com o filho, encontra Carmen, a governanta que trabalha a mais de 30 anos na fazenda do seu pai, e Júlio, o capataz da fazenda, seu amigo de infância, pois quando eram crianças brincavam juntos, ele assumiu o cargo do pai depois que se aposentou.
Davi correu abraçando a dona Carmen.
Carmen - Que saudades do meu pequeno lorde.
Davi - Também estava da senhora.
Júlio - E aí amigão? Você tá grande hein…
Ele bagunça o cabelo do menino e João Lucas chega perto os cumprimentando, em seguida segue adentrando o hospital para falar com o médico responsável, ele entra numa sala…
Doutor - Sente- se!
João Lucas - Por favor, não me poupe de nada, sem arrodeios.
Doutor - Seu pai não está nada bem, o estado de saúde dele é extremamente delicado, ele se encontra na UTI no momento.
João Lucas baixa a cabeça com um semblante de tristeza.
- E se ele for transferido para outro hospital?
Doutor - Sinto muito, ele não vai aguentar.
João Lucas se levanta indo próximo a janela, fica em silêncio e sai da sala.
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As horas foram passando e ele pediu para o Júlio levar Dona Carmen e o Davi para a fazenda, visto que já era quase 1h da manhã, e o menino já estava dormindo no colo dele. Ele ficou sozinho ali, de semblante sério e cara fechada, e mal demonstrava seus sentimentos.
...
George Ongaratto era um dos mais poderosos produtores de soja do Brasil, foi casado durante trinta anos com Sílvia, com quem teve seu filho único João Lucas, depois que sua mulher faleceu há alguns anos entrou numa negação e depressão profunda, sua única alegria era seu neto Davi. Seu filho nunca quis tocar os negócios da família, apesar de ser o único herdeiro de uma fortuna, nunca se interessou, decidiu subir na vida com seu próprio esforço, estudou direito, morou 5 anos nos Estados Unidos e conseguiu ser bem sucedido na sua profissão, apesar de tudo seu pai tinha muito orgulho do caminho glorioso que seu filho trilhou.
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A madrugada parecia interminável, o hospital estava tão calmo que ele podia ouvir o som do tic tac do relógio, seu corpo inteiro gela quando o médico vem em sua direção, já sabendo do que se tratava, fecha os olhos e abaixa a cabeça.
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Eram quase 5h da manhã quando Elizabeth acordou atordoada.
- Onde estou?
Ela coloca a mão na cabeça sentindo uma dor aguda, olha para todos os lados e tudo gira, uma enfermeira chega tentando acalmá-la.
Elizabeth - O que aconteceu? eu... eu ...
Enfermeira - Calma moça, você sofreu um acidente, pode informar seu nome?
Elizabeth - Ham? eu...
Uma paciente que estava na cama ao lado fica olhando toda aquela situação.
Enfermeira - Não lembra do seu nome?
Elizabeth - Não, quer dizer, não sei...
A enfermeira correu para chamar um médico, a mulher do lado iniciou uma conversa.
Mulher - Você está bem?
Elizabeth - Sim!
Ela leva a visão na ficha de uma mulher que estava do outro lado, “Anne”! Franze a testa e se levanta pegando a mochila da moça e sai.
Mulher - Eiii... você pegou...
Ela sai meio cambaleando entra um quarto qualquer e veste um vestido floral que tinha dentro da mochila e um tênis branco, coloca a mochila nas costas e apressa os passos esbarrando no João Lucas, porém não para, seguindo até a saída.
João Lucas - Que droga!
Ele olha para trás e ela já havia saído do hospital.
...
Ela vai caminhando pelas redondezas, chegando numa estrada com muita vegetação nos arredores, andando pelo canteiro de barro, desorientada e sem rumo.
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João Lucas estava organizando todo o velório que iria acontecer na cidade, estava arrasado, Júlio estava com uma caminhonete esperando por ele, e entra calado no carro.
Ao chegar, sai do carro em passos acelerados subindo as escadarias do alpendre da casa, Júlio tira o chapéu e caminha bastante abalado.
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Davi estava chorando inconformado, segurando um porta retrato com uma imagem dele pescando com seu avô no rio da fazenda, suas lágrimas caiam no vidro do quadro e ele passando a mão, o limpando.
Batidas na porta…
Carmen entra chorosa com um lenço na mão passando nos olhos.
- Vamos se arrumar meu menino, daqui a pouco temos que ir para o velório do seu avô.
Davi - Eu não vou... não quero ver ele dentro do caixão.
Carmen - Não quer dar o último adeus, e dá apoio ao seu pai? ele tá sofrendo muito, tá guardando tudo dentro dele.
O menino fica pensativo e levanta indo ao banheiro tomar banho, Carmen sai do quarto e vai até a cozinha preparar um café fresquinho, o clima estava extremamente pesado naquela fazenda, todos os funcionários foram liberados para comparecer ao velório de seu George.
Ela vai até a varanda da casa.
Carmen - Mariaaaa...
Ela grita chamando a irmã do Júlio, que estava responsável por cuidar do Davi.
Carmen - Você viu a Maria seu Túlio?
Perguntou ao pai da menina que tinha acabado de descer do carro.
Túlio - Não Carmen...nem azul dessa menina hoje, estou já com a cabeça cheia de cabelos brancos por conta da Maria.
Carmen - Que menina arteira.
Túlio - Onde vai ser o velório do patrão? Pensei que seria aqui na fazenda.
Carmen - Não, era um desejo dele que não fosse aqui, por conta do neto não ficar com essa imagem dele em um caixão no meio da sala, isso é coisa dos antigos, ninguém mais faz isso, ele se preocupou com o neto, para ter sempre lembranças boas da fazenda.
Túlio - Nos últimos dias o patrão definhou mesmo hein, nunca superou a morte da dona Silvia.
Carmen - Pois é, que Deus a tenha, foi uma grande dama da sociedade, nunca conheci uma mulher tão chique e culta como ela.
Túlio - É... a prosa tá boa, mas vou ter que procurar a peste daquela menina.
Carmen - Faça isso!
O velório estava acontecendo, seu George foi um homem muito importante e conhecido na cidade, a capela lotou, muitos empresários, políticos de outros lugares estavam comparecendo.
João Lucas falava com todos, estava a todo momento muito sério, alguém toca seu ombro e fala com uma voz doce próximo ao seu ouvido, que o fez olhar para trás.
Mulher - Minhas condolências João Lucas, sinto muito.
João Lucas - Obrigado Vitória!
Vitória - Vim em nome do meu pai que era um grande amigo do seu George.
João Lucas - Fiquei sabendo do falecimento do seu pai em Maio, sinto muito também.
Eles se olham fixamente por um instante e Davi se aproxima abraçando o pai, chorando.
Vitória - Nossa, como você tá grande Davi, um rapazinho.
Ela se abaixou ficando na altura dele, alisando o cabelo do menino.
Vitória - Sinto muito anjinho.
João Lucas - Fale com a Vitória, meu filho.
Davi - Oi...
Vitória - Posso te dar um abraço?
Davi - Claro...
O menino dá de ombro e a abraça, e ela lhe dá um beijinho na testa.
...
Elizabeth observa o movimento da cidade e vai para a pracinha, onde se senta em um banco, leva a mão a cabeça e fecha os olhos sentindo muito dor, ficou parada olhando para o nada tentando compreender sua real situação, não se recordava de muito coisa, franze a testa tentando ao menos lembrar seu nome, sem sucesso, abre a mochila que roubou no hospital e acha uma carteira com os documentos da paciente.
- Porque eu não consigo lembrar quem sou?
Ela leva a visão por toda pracinha, reconhece tudo, árvores, bancos, às folhas secas caídas no chão que o vento levava para longe, sabia o nome e se recordava de quase tudo que via, o que ela não entendia era porque sua vida e sua história foram apagadas da memória. Estava tendo alguns relances de quando era criança, adolescente e fase adulta na sua memória, lembranças que ela não conhecia ou lembrava, porém elas estavam lá, então isso quer dizer que ela tem uma vida em algum lugar, resta saber onde.
A noite chegou e estava bem fria, sem saber direito o que fazer ela deita no banco, estava com muita fome, porém não tinha dinheiro, sentia muita dor na cabeça, e acaba dormindo por ali mesmo.
...
O velório se estendeu por toda a madrugada, muitas pessoas estavam para dar o último adeus, o enterro aconteceu por volta das 9h da manhã, os carros seguiram em cortejo até o cemitério da cidade.
Depois do sepultamento João Lucas vai direto para a fazenda com seu filho e dona Carmen, estava visivelmente exausto, bastante abatido, e não falava muito sobre o assunto, o que ele precisava naquele momento era ficar sozinho, toma um banho longo em seguida se deita, demorou um tempo até dormir de cansaço.
Enquanto isso, Carmen preparava um almoço caprichado, pois nem ele e Davi quiseram tomar café da manhã.
Maria - Oi dona da Carmen...
Carmen - Agora que você deu às caras Maria, porque não foi no enterro?
Maria - Não queria ver o seu George no caixão, quero guardar a imagem dele como era, ele era muito bom comigo e sempre me aconselhava.
A menina fica um pouco emocionada ao lembrar.
Carmen - É, eu entendo, cada um tem seu jeito, seu luto, o João Lucas está tão calado, não esboça qualquer reação, tá guardando tudo dentro dele, isso não é bom.
Maria - Quer ajuda aqui na cozinha?
Carmen - Sim, corte esses legumes aí, vou fazer uma salada de maionese.
Maria - E o Davi?
Carmen - Está dormindo, quando ele acordar quero que você vá lhe fazer companhia, leve ele para passear.
Maria - Tá certo, adoro aquele menino, ele é muito educado.
Carmen - Puxou o pai, João Lucas é muito rígido na educação do filho.
Maria - Seu João Lucas é tão lindo...
A menina para de cortar os legumes e leva a mão no queixo suspirando, ficando pensativa olhando para o nada, dona Carmen estala o dedos próximo ao rosto ela, que a faz piscar e sair do transe.
Carmen - Acorda pomba sonhadora... e corta esses legumes, você é uma menina ainda, é para pensar nos seus estudos, não em homem.
Maria - Risos… quem ver pensa que a senhora é minha mãe, e bem que poderia ser mesmo, sabe que meu pai está apaixonado pela senhora, né?
Carmen - Eu... eu sei de nada não menina... é cada uma...
Maria - Não precisa ficar nervosa, todo mundo na fazenda já tá sabendo. Risos...
Carmen - Sabendo o que Maria? fala...
Maria - Nada não... risos...
Carmen - Termina logo isso! E por falar nisso tenho que contratar mais duas pessoas para me ajudar na casa, acho que o João Lucas vai passar as férias aqui, ouvi o Davi pedindo, então quero mais duas pessoas para me auxiliar nos afazeres do casarão.
Maria - Escuta dona Carmen, quem será que vai tomar conta dos negócios da soja?
Carmen - Ele é o único herdeiro, lógico que ele, penso que vai continuar como está, nas mãos dos diretores da empresa e aqui o Júlio continuará tocando, acho que seu irmão vai subir de cargo, o João Lucas nunca vai querer tocar os negócios da fazenda.
A menina dá de ombros e abre a geladeira pegando um pote de doce de leite.
...
Depois do movimento na cidadezinha, tudo parecia ter voltado aos seus conformes, como uma típica cidade pacata que sempre foi, já eram 15h da tarde quando foi servido o almoço na fazenda e depois disso todos foram dormir.
Logo escureceu e Elizabeth estava andando pela cidade, e para em um bar onde tinham dois senhores de idade tomando uma pinga, e uma senhora muito simpática atrás do balcão folheando uma revista de culinária, estavam comentando do velório.
Elizabeth - Oi... é…
Os três levam a visão a garota em pé, com cabelos bagunçados e bastante suja.
Mulher - Algum problema minha filha?
Elizabeth - Eu... estou com sede...
Os lábios da Elizabeth estavam descascando devido a desidratação, ambos se olham desconfiados, pois era uma garota muito bonita, não era uma andarilha conhecida da cidade.
Mulher - Sente aqui, parece fraca, vou lhe dar um prato de comida.
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