Para os leitores que usam as histórias para escapar da solidão, você não pode ler uma simples história e achar que está vivendo. A história é deles e não sua, mais as vezes é bom se iludir para sair dessa realidade, essa historia e especialmente para você ouve um "Eu te amo" mais não se sente amado, quantas pessoas te juraram amor enquanto te ignorava todos os dias?
Ps: Se você se sente invisível não se sinta eu vejo você, e pode ter certeza você é incrível independente da opinião dos outros, não precisa se esconder entre páginas, apenas liberte-se e não ligue para opiniões alheias.
Yuri narrando...
...Três semanas atrás......
"De jeito nenhum, não e não. Eu não vou fazer isso mesmo."
"Isso vai pagar quatrocentos dólares por semana. Por um ou dois dias, Yuri! Você seria um idiota se deixasse isso passar agora.”
Porra é muito dinheiro. Mas não, de jeito nenhum.
"Eu não posso, Billy! O que porra meus pais pensariam se eles um dia descobrirem?! Hein? Sério, pense nisso por um minuto. Eles ficariam muito putos e... não."
Billy suspirou, frustração escapando por sua respiração curta.
"Yuri. Não é uma carreira que eu estou propondo. É apenas uma sessão de fotos, talvez algumas. Vai te ajudar a pagar suas dívidas. Porra, Yuri, você vem me implorando por um trabalho e aqui estou eu praticamente te dando um. Por quatrocentos dólares, porra! Eu queria poder posar minha carinha linda por uma hora e ter esse dinheiro." Ele esperneou, jogando seus braços no ar. "Se você não pegar esse trabalho, você é um idiota.”
"Eu não vou pegar o trabalho."
"Você é um idiota."
"Okay, então. Eu sou um idiota! Eu não me importo!" Meu tom é tão estridente que se a briga não tivesse durando pelo menos trinta minutos, agora eu estaria tentado sair correndo do meu próprio apartamento, argumentar não é uma das minhas coisas favoritas e Billy não desiste fácil e isso está me irritando.
"Oh, meu Deus." Billy percebeu. "Yuri, o que tem de errado com você? Você não vai pular essa porra, eu não vou deixar. Você está fazendo esse trabalho."
Nós ficamos em silêncio, apenas olhando um ao outro, sabendo que um de nós cederia se o outro conseguisse segurar por mais uns segundos. Quando meus olhos caíram, eu sabia que tinha perdido.
"Tá, eu farei. Mas se for estranho, ou minha mãe sequer der pistas que ela sabe disso, eu caio fora."
"Certo." Ele disse sorrindo vitorioso.
“Tá...” Eu falei mantendo a minha pose.
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Como no inferno três semanas passaram tão rápido? Eu não faço ideia. Eu estava temendo esse dia por tanto tempo, que finalmente eu consegui colocar esse pensamento na parte de tras da minha cabeça. E se não fosse por Billy ligando para meu celular, eu talvez não tivesse nem levantado da cama.
Mas aqui estou eu, em pé na frente ao espelho, olhando para essa figura distorcida que parece com um monstro feito de meu reflexo. Pouco tempo depois o espelho desembaçou o vapor do banho quente que eu tomei, e eu continuo parado e olhando... Algo que eu venho aprimorando ultimamente.
Eu dei uma olhada para meu peito. É bom ver que eu estou em forma, eu acho. É bom eu ter comprado esses pesinhos também, antes de todo meu dinheiro ter ido pelo ralo. Que seja. Eu já passei por essa fase de culpa antes, e eu não estou no clima de passar de novo. Não hoje, pelo menos. Talvez eu afogue minhas tristezas em cerveja hoje à noite... Se eu encontrar alguns trocados embaixo do sofá ou algo assim.
Talvez eu esteja exagerando. Mas não é como se eu estivesse acostumado. Vivendo assim, eu digo. Ser um modelo masculino já teve suas regalias, que desapareceram junto com a maior parte do meu dinheiro, um pouco de dignidade... Orgulho...
Tem um doloroso buraco no fundo do meu estômago, antes de eu ter que me jogar pra fora do meu apartamento. O estúdio não é tão longe, então eu poderia ir andando. Eu só espero que o fotógrafo não fique muito puto se eu aparecer um tanto suado.
Deus. É pior do que eu pensava. O prédio é ainda mais acabado do que o que eu moro. A pintura está descascada, tem cocô de cachorro onde deveria ter um lindo e verde gramado que agora está morto e marrom. Lindo.
O celular vibrando em meu bolso me fez pular discretamente, e eu rolei meus olhos enquanto abria o flip.
"Eu estou aqui. Você não tem que se preocupar." Eu disse.
"Bom, isso é bom." Billy disse. "Você não precisa mais que eu segure sua mão."
Eu murmurei um “cala a boca" enquanto subia os degraus.
"Okay, então pra onde eu vou mesmo?" Perguntei meio perdido.
"Você não está com o papel onde eu anotei?” Billy perguntou, não esperando por uma resposta. "É no primeiro andar, à direita, apartamento vinte. Só entre, Enrico está esperando por você.”
"Eu espero que seja melhor la dentro do que é aqui fora." Eu disse a ele enquanto entrava no prédio, subindo pelas escadas à direita. Okay, talvez uma parte de mim quisesse que o Billy estivesse aqui...
"Entendi. Eu te ligo quando terminar pra te contar como foi."
"Tá." Billy concordou. "E Yuri?"
"Sim?"
"Seja bonzinho.”
Eu assenti e respirei fundo. Eu não tenho uma célula cruel em mim, até eu descobrir que o mundo podia ser tão escroto. Eu sei que tinha que ser gentil, só tenho que me acalmar um pouco.
Abrindo a porta do apartamento foi como abrir a porta de um mundo novo.
O apartamento é grande, claro e com milhares de lâmpadas e uma parede gigante onde muitas coisas poderiam ser colocadas. Havia uma pequena cozinha e um sofá de couro preto do lado oposto da parede. Eu estava esperando o couro, mas as outras coisas... Não era tão ruim assim.
"Oi." Eu sorri e me aproximei do cara que é obviamente o fotógrafo. Ele tem uma câmera pendurada em seu pescoço e outra em suas mãos.
"Eu sou Enrico. E você deve ser..."
"Yuri."
"Ah, ótimo." Enrico sorriu e ofereceu sua mão para me cumprimentar. “Billy me falou muito de você.”
Eu sorri tensamente. Eu tenho sido tão idiota ultimamente que eu nem lembro como levar isso.
"Você pode colocar suas coisas ali." Enrico disse, apontando para o sofá. "Matheus deve estar aqui em breve.”
"Matheus?"
"O outro modelo com quem você vai trabalhar hoje."
"Certo." Eu assenti e me virei pra colocar minha mochila no sofá. Que porra de nome 'Matheus'. Oh Deus, por favor, não deixe-o ser um afeminado.
Bem então a porta abriu e meus ombros enrijeceram. Meus olhos fecharam e eu engoli em seco. Isso estava realmente acontecendo. Como eu me coloquei dentro desse tipo de merda?
"Oi, Enrico!" Uma voz feminina soou pelo apartamento e praticamente pulou nos braços de Enrico.
"Hey Kira, como você está?"
"Bem!" Ela sorriu e se virou pra mim. "E quem é esse?"
"Yuri essa é Kira, ela vai fazer sua maquiagem. E Kira esse é Yuri, um dos modelos."
Eu sorri e a cumprimentei. Kira fez o mesmo, exceto que ela me olhou de cima a baixo. “Eu vou ajeitar as coisas.” Ela disse e me lançou outro sorriso enquanto colocava seu grande cabelo loiro longe de seu rosto.
Enrico malmente ouviu enquanto ele futucava sua câmera.
Eu sinto como se fosse vomitar. Eu só não sei o que esperar com tudo isso e antes mesmo que eu pudesse me controlar, eu estou enchendo Enrico de perguntas.
"Então, é...” Eu comecei lentamente. "Billy disse que não tem nudez."
Enrico olhou pra mim. "Tudo bem? Ou você prefere que tenha?"
"Arm, não... Tudo bem." Eu respirei aliviado. "Então, é... A gente vai ter que... se beijar ou algo assim?”
Enrico deu de ombros, voltando a mexer em sua câmera. "Eu acho que não... Depende do que a revista vai querer. Vai ter alguns toques, no entanto. Espero que esteja tudo bem.” Ele disse, não olhando pra cima.
Meu estomago se contorceu. Eu decidi não pedir mais detalhes. "É, acho que não."
Sorrindo de canto, Enrico olhou pra cima novamente. "Então, acho que você não é gay. E se você não é gay, por que porra você concordou em posar pra uma revista gay?”
Estalando meus dedos nervosamente, eu dei de ombros. "O dinheiro é bom."
"Hmm. É, bem... Isso depende." Enrico arrastou uma cadeira e se sentou, pegando alguns filmes. “Eu acho que a revista está com alguns probleminhas. Parece que as vendas caíram desde que pornô ganhou espaço na internet."
"Não deve estar tão ruim assim se eu estou recebendo quatrocentos dólares por isso.” Eu apontei, sentando em uma cadeira também.
"Verdade." Enrico assentiu. "Eu acho que vai ser mais, no entanto.”
De repente a porta abriu e minha respiração parou. Bem, esse deve ser Matheus.
"Kira! Matheus está aqui! Vamos começar o show!" Enrico gritou, e então disse oi para Matheus.
"Hey." Matheus respondeu e olhou pra mim. "Oi, eu sou Matheus."
"Yuri."
"Prazer em te conhecer." Matheus sorriu enquanto entrava no apartamento, jogando sua bolsa perto da minha.
Eu fiquei quieto. Bem, ao menos ele não é afeminado. Isso é bom. Eu me pergunto por que o nervosismo cresceu em meu estomago quando Matheus entrou. Provavelmente porque nós estaremos nos braços um do outro brevemente. Sendo totalmente gays. Contanto que eu seja pago por isso, eu não me importo. São apenas algumas horas de minha vida jogada fora e então vai estar acabado. E, além disso... Matheus não é tão feio, mesmo. Ele parece ser um cara legal, também.
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Agora que nossas maquiagens estão prontas e nós dois arrumados, eu estou um pouco menos ansioso. Executivos. Esse é o tema de hoje. Então nós estávamos vestido em calças de alfaiate, camisa social azul, cabelos bem ajeitados; e Kira estava colocando mais um pouco de pó na testa de Matheus, e finalmente estamos prontos.
Nós não falamos muito. Parece que Matheus conhece Enrico e Kira então eu só estava os ouvindo conversando sobre coisas aleatórias que eu estou tentando não prestar atenção. Eu não posso evitar levantar uma sobrancelha, quando Kira disse que estava na faculdade de Veterinária e mencionou que ela podia ser a babá pra Enrico na sexta à noite, se ele precisasse. É só uma conversa casual, e eles parecem ser pessoas legais.
"Okay, caras, tem paletós ali, vistam e começaremos." Enrico disse enquanto andava para aquela enorme parede branca que agora está cheia de coisas por perto. Um filtro de água, uma cadeira, e uma mesa com alguns livros, tudo pra parece um escritório. Eu me pergunto se a revista está mesmo com problemas, caso contrário, acho que eles teriam locado um estúdio de verdade. Mas isso vai funcionar, e eu não estou reclamando. Matheus pegou um dos paletós e me deu, e pegou o outro pra si.
Nós posamos em silêncio por um tempo, Enrico nos instruindo, pra onde olhar e parecermos sérios. Eu travei meu queixo e tentei semicerrar meus olhos. Eu provavelmente parecia um idiota, mas Enrico parecia estar gostando de verdade disso. Kira assistiu por um tempo, antes de anunciar que tinha que sair pra aula; checou nossas maquiagens uma última vez e saiu pela porta como um flash. Enrico parou para ajustar a luz e eu comecei a relaxar um tanto. Isso não era tão ruim. A única parte de Matheus que eu tive que tocar foi suas costas, enquanto nos inclinávamos sobre o outro.
"Okay, tirem as camisas. Mas deixem as gravatas." Enrico disse e a dor familiar começou a apontar em meu estomago de novo.
Minha visão ficou um tanto embaçada enquanto eu tirava o paletó e o colocava na cadeira. Minhas palmas ficaram suadas e eu comecei a desabotoar minha camisa; meus olhos fixos no peito de Matheus, enquanto sua camisa ia abrindo lentamente.
Ele está em boa forma, eu pensei pra mim e arremessei minha camisa em Matheus, que jogou ela pro lado.
"Matheus, pegue a gravata de Yuri e puxe-o por ela. Yuri incline sua cabeça para o lado, como se fossem se beijar."
Oh, Deus.
Antes que eu sequer pudesse entender o que porra realmente estava acontecendo, eu senti o puxão na parte de trás do meu pescoço e, logo eu estava ha pouquíssimos centímetros do rosto de Matheus.
Enrico suspirou enquanto chacoalhava a cabeça desaprovando e andando até a gente. "Não... Yuri você tem que se inclinar pra baixo. Você é muito alto..." Ele murmurou embaixo de sua respiração. "E Matheus, enrole a gravata na sua mão.”
Nós fizemos o que ele disse e eu estou tendo um momento difícil olhando Matheus nos olhos.
"Paixão, caras! Eu preciso de um pouco de paixão aqui! Yuri! Mais perto!"
Eu dei um passo mais próximo de Matheus, e engoli em seco. Eu inclinei minha cabeça e deixei meus olhos fecharem. Porra, meu Deus... Eu não estava esperando o calor que vinha do corpo de Matheus. Isso fez minha respiração acelerar.
"Bom! Melhor! Mantenham!" Enrico gritou e começou a clicar com sua câmera várias e várias vezes.
Nós ficamos o maior tempo que pudemos. Então, Enrico disse a Matheus pra colocar
seus braços ao redor de minha cintura e inclinar sua testa em meu queixo.
"Ótimo trabalho, caras! Continuem assim!" Enrico disse alto, e se movia quase que dançando ao redor da gente, enquanto tirava fotos, aproximando, fazendo o que ele tinha que fazer. Nesse exato momento, eu apenas estou tentando fazer com que esse calor não me incomode... Lá. Por que, falando sério, quão embaraçoso seria isso?
“Traga ele mais pra perto, Matheus. Suba sua mão.”
Eu fechei meus olhos novamente. Tem um tempo desde que eu tive as mãos de alguém em mim. Tem muito tempo. E as mãos de Matheus são boas. Não que mãos fortes me atraíam ou qualquer coisa. Não.
"Merda." Enrico murmurou. “Caras, segurem aí, tá? Tenho que recarregar."
Matheus deu um passo pra trás, mas não se afastou de mim. “Hey, a propósito...” Matheus sussurrou, a primeira vez que ele realmente falou alguma coisa diretamente a mim, exceto pelo 'aqui vamos nós. ' "Eu não sou gay, ou nada do tipo... Só fazendo pelo dinheiro, sabe?”
Eu sorri pra ele. “Sim, eu entendo. Desculpe... Se eu estou sendo estranho. Essa é a primeira vez que eu faço qualquer coisa desse tipo."
"Não se preocupe, você se acostuma." Eu ri nervosamente. "Eu não sei disso."
"Bem... Eu vou tentar fazer isso o mais simples possível para essas próximas sessões.”
Espera. O que?! "O que?"
"Para as outras sessões que nós temos que fazer..." Matheus olhou pra mim, como se eu devesse saber do que ele estava falando. "Seu agente não te falou? A revista está fazendo várias sessões com os mesmos modelos para próximas publicações. Eu imagino que seja um tema a cada semana, mas com os mesmos modelos. Eles acreditam que isso vai ajudar com as vendas. Nós somos esses modelos... Estava tudo no contrato, não lembra?"
"Oh, uh, é... É, verdade." Eu assenti, mas meu olhar vago deveria dizer o contrário. Eu só assinei meu nome na linha. Eu não li uma palavra daquilo. Foda-se o Billy por não ter me dito também!
"Então parece que nós seremos melhores amigos, ao menos por enquanto." Matheus sorriu e eu não pude evitar perceber que ele tinha uns lábios... Uns lábios incríveis.
"Okay vamos lá!" Enrico gritou quando estava pronto. "Se livrem dessas calças e Yuri, sente-se na cadeira... Matheus sente no colo dele e façam parecer como se vocês fossem fazer aquilo em dois segundos.”
Matheus riu disso, ao que ele começava a desabotoar sua calça azul royal. Eu tentei não prestar atenção, mas foi realmente difícil.
E talvez as coisas não estejam tão feias agora. Enquanto Matheus se livra de sua calça, e está usando apenas uma boxer branca, acredito que as coisas não estejam ruins...
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...Avisos:...
Oiii amores, voltei com mais uma história espero que tenham gostado do prólogo.
Os capítulos da história serão disponibilizados quarta, quinta e sexta feira (porém pode ocorrer de eu estar adiantando esses capítulos)
A história será narrada pela perspectiva dos personagens principais Yuri e Mateus.
Então é isso até mais beijos :)
• Loving can hurt sometimes
• We keep this love in a photograph
• We made these memories for ourselves
• And time's forever frozen still
• So you can keep me inside the pocket
• Of your ripped jeans
• Holding me close until our eyes meet
• if you hurt me that's okay baby
• Only words bleed
• Inside these pages you just hold me
• And I won't ever let you go
...TRADUÇÃO:...
• Amar pode doer às vezes
• Nós mantemos esse amor em uma fotografia
• Fizemos essas memórias para nós mesmos
• E o tempo está parado para sempre
• Então você pode me manter dentro do bolso
• De seu jeans rasgado
• Me segurando perto até que nossos olhos se encontrem
• se você me machucou tudo bem baby
• Apenas palavras sangram
• Dentro dessas páginas você apenas me abraça • E eu nunca vou deixar você ir
^^^Música: Photograph ^^^
^^^Cantor: Ed Sheeran^^^
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