A noite na pizzaria tinha tudo para ser sossegada, mas algo incomodava San. Ele observou em volta e tudo fluia normalmente, então balançou a cabeça sorrindo e sabendo que esse sentimento devia ser pelas coisas que deram errado essa semana. Ele então vai até a cozinha como sempre faz no meio da noite e os pizzaiolos e ajudantes estavam bem animados, quando viram San tentaram disfarçar, mas San observou quieto, algo ali estava realmente errado.
Ele olhou o ambiente e ao se aproximar mais dos rapazes sentiu um cheiro estranho no ar. Não havia como não reconhecer, era cheiro de bebida alcoólica. San olhou então para as garrafinhas de água que cada um tinha e pegou uma delas, os rapazes gelarão ficando imóveis apenas olhando para San que abriu a garrafinha e cheirou o conteúdo, o cheiro da vodka invadiu suas narinas e olhou de um por um. Depois cheirou garrafinha por garrafinha, apenas um deles alí não havia bebido.
San: Vocês vão terminar esses pedidos com cuidado, não quero acidentes aqui dentro. Depois vamos conversar.
Ele saiu levando as garrafinhas com ele e foi até a sala do fundo onde as guardou trancadas em seu armário.
Em seguida olhou pela janela que havia ali, sentia o vento em seu rosto e um nervoso que o fazia tremer as mãos. Respirou fundo algumas vezes antes de voltar para a área de atendimento.
Ao entrar notou as meninas concentradas ao telefone, havia cliente no balcão e ele se concentrou em liberar as pizzas para os entregadores.
Ao fim da noite San pediu a Vanessa para finalizar tudo lá na frente com o fechamento e foi a cozinha falar com os rapazes.
Eles já estavam terminando de limpar tudo e San chegou quieto mas olhando a todos ali que trabalhavam em silêncio depois do ocorrido.
Após terminarem San pediu que sentassem e assim fizeram.
San: Olha, eu vou ser bem direto com vocês, o que aconteceu aqui hoje é inadmissível e não sei se vocês sabem, mas isso é motivo de demissão por justa causa. Eu vou reportar o ocorrido de hoje ao senho Ricardo e ele vai tomar as devidas providências.
Ele olhou então para Renan que estava com água em sua garrafa e San sabia que ele não bebia nada alcoólico por ser rigoroso com a religião.
San: Renan, sei que você não devia nem estat aqui. Mas precisava deixar isso claro a todos. Por hora estão dispensados.
San notou que iam falar mas logo interrompeu
San: Qualquer justificativa que tenham a dar, farão isso direto com o senhor Ricardo. Com licença.
San então saiu e foi na área de atendimento onde Vanessa terminava de guardad as coisas para ir embora, as meninas já haviam ido e ele viu a equipe da cozinha passar em silêncio.
Vanessa: O que rolou San?
San: Prefiro não comentar por enquanto. Vamos? As meninas já foram né? Vou te deixar em casa
Vanessa: Ok, vamos
San saiu e fechou a porta e como de costume acionou o alarme, se despediu do segurança e foi com Vanessa até o carro.
Após deixar ela em casa ele dirigiu para casa, não havia ligado o som, precisava colocar as ideias no lugar. Ao parar o carro na garagem ficou ali dentro pensando em tudo que estava acontecendo. Como podia tudo ir tão bem e do nada começar a desmoronar?
Como faria para resolver o problema da pizzaria, de 8 rapazes a cozinha, 6 estavam bebendo, um não bebeu e outro estava de folga. Como faria com 6 funcionários a menos?
San deu um soco no volante e logo viu Juliano aparecer na garagem. Ele abriu a porta do carro e saiu. Estava cansado, frustrado, chateado e com uma vontade imensa de usar drogas.
Ele foi até Juliano e o abraçou forte, pousando sua cabeça no ombro de seu amado que cheirava deliciosamento a banho recém tomado.
Juliano: Amor? Está tudo bem?
San balançou a cabeça negativamente ainda pousada em seu ombro.
Juliano: Vem, vamos entrar.
Juliano pegou a mão de San e eles entraram indo até o sofá onde sentaram e se olharam. Juliano notou que San estava chateado e alisou suas mãos ao mesmo tempo que se inclinou lhe dando um beijo breve nos lábios
Juliano: Conversa comigo amor. O que houve? O que ta sentindo?
San respirou fundo antes de começar a contar sobre o ocorrido na pizzaria, Juliano o olhou espantado com tal fato
Juliano: E agora? Vai demitir todos?
San: Sinceramente vou deixar Ricardo decidir isso. Mas por mim sim. Não tem discussão.
Juliano: Então vão fechar a loja por alguns dias?
San: Ainda não sei como vai ser. Mas amanhã cedo vou falar com Ricardo e resolvo tudo isso.
Juliano: Certo então bebê. Queria saber se está melhor referente a demissão
San: Não, ainda estou puto com isso e muito chateado
Juliano: Huum, entendo. Vem cá
Juliano puxou San para seu colo e San fechou os olhos abraçando ele e pousando a cabeça novamente em seu ombro. Ali era seu ponto de paz, San sentia uma calma inexplicável nos braços de Juliano, além de uma alegria que surgia fazendo seu coração bater mais forte.
Juliano: Pode me tirar de vez do quadro da pizzaria? Agora trabalhando na empresa tem dias que vou chegar um pouco mais tarde e como quase já não estava indo, fico travando a vaga
San: Ok, faço isso sim
Juliano começou a alisar carinhosamente as costas de San que suspirou inalando o cheiro bom de seu amado.
Juliano: Preciso te pedir outra coisa
San: Peça amor
Juliano: Preciso de você na quinta-feira
San ergueu a cabeça rapidamente e encarou Juliano, ele ia falar sobre quinta-feira? San ia saber sem esforço algum o motivo do cancelamento do compromisso, ia saber qual o motivo Juliano teria pagado uma multa da qual ele sempre lutava para não ter que pagar.
San: O que precisa de mim
Juliano sorriu com a reação de San e acariciou seu rosto enquanto olhava de sua boca para seus olhos
Juliano: Meu pai marcou um jantar, contei para ele hoje sobre nós dois. Eu até tinha um comprimisso para quinta-feira, mas tive que cancelar. Ele exigiu que fosse essa semana e como quinta-feira é sua folga
San refletiu sobre aquelas palavras, então ele havia cancelado o comprimisso por ele, na verdade pelo pai dele, mas também por ele, para apresentá-lo ao pai do qual ele vive reclamando de não se dar bem, San sentiu um pouco de raiva por isso. Mas já estava feito.
San: Ah, ok
Juliano: Você não quer ir?
San: Vou sim, só fui pego de surpresa. Não esperava por isso
Juliano: Desculpa, eu posso cancelar
San: Não amor, tudo bem, nós iremos ok?
San o abraçou novamente e ficou ali em seus braços pensando em tudo que estava acontecendo. E esse jantar? Será que ele seria bem recebido pelo pai de Juliano?
Juliano após sair do shopping deixou sua mãe e Nadia na casa do Dr. Martins, o namorado de Vânia e seguiu para seu apartamento.
Queria aproveitar o restinho do dia para descansar.
Ele passou no mercado e comprou um bom vinho e alguns queijos e ao chegar em casa montou para si, uma bela tábua de frios.
Ele sentou no tapete da sala e ligou sua grande tv, procurou algum filme, mas nada parecia agradar, então resolveu ouvir um pouco de música.
Juliano: Alexa, toca Boyce Avenue
Logo o som invadiu a sala e ele pegou o celular e começou a conversar com sua amiga Mari e seu amigo Thiago, contando tudo o que aconteceu.
Cutuvava o pedaço de queijo na bandeja e logo viu na tela Mari ligando para ele.
Juliano: Oi linda.
Mari: Oi gatão, como você está de verdade com tudo isso?
Juliano sorriu de lado olhando para ela na tela, mas ela sabia que aquele era um sorriso forçado da parte de seu amigo.
Juliano: Na real, nada bem, nunca pensei que fosse doer tanto assim terminar um namoro.
Mari: Caralhö, nunca pensei te ver assim por alguém, ele está sendo um otário, nossa que vontade de torcer aquele pescocinho.
Juliano: Ei, para.
Mari: Não paro não, ele está fazendo meu melhor amigo sofrer. Morte ao San.
Ela disse gesticulando como se estivesse empunhando uma espada, fazendo Juliano rir com a brincadeira.
Mari: Agora, falando sério, quer que eu explique para ele que os eventos com Helena são apenas almoços ou jantares? Ele sabe que ela tem setenta anos?
Juliano: Não sabe não, ele nem me deu a chance de falar.
Mari: Que idiota, ele é um criança isso sim. Não te merece. Já falei pra você casar comigo.
Juliano toma um gole do vinho e sorri.
Juliano: Só você mesmo pra me animar um pouco viu.
Mari: Servimos bem para servir sempre. Mas Ju, é sério, não quer mesmo que eu vá ai?
Juliano: Não pô. Eu to bem ou vou ficar.
Mari: Ok então, qualquer coisa me liga tá?
Juliano: Ok. Beijo linda.
Ele vê ela mandar vários beijos para a tela e depois desliga a ligação de vídeo.
Juliano toma o resto do vinho na taça e deita no sofá, pensando em tudo que está acontecendo. Ele lembra das palavras de San e não entende qual a dificuldade de ouvir suas explicações. Juliano estava frustrado e chateado com isso. Porque San tinha que ser tão cabeça dura.
Ele fica deitado olhando para o teto e pensando quando os viu mais cedo no shopping, sentiu uma imensa vontade de levantar daquela mesa e ir até San. O abraçar, enchê-lo de beijos e lhe desejar feliz aniversário. Mas San havia terminado, não queria mais vê-lo, então engoliu toda a vontade e se conteve quieto no lugar.
Ele pegou o celular e resolveu enviar uma mensagem para San.
Mensagem de Juliano: San, feliz aniversário... Espero que seu dia tenha sido bom... Te amo!
Ele enviou e ficou bons minutos olhando para a tela, esperando esperançoso uma resposta, mas esta não veio.
Juliano não pôde evitar as lágrimas que rolaram por seu rosto, já havia segurado o dia todo, agora ali, sozinho e ignorado por San, ele não conseguiu mais segurar, se deixando chorar, querendo que essa dor maldita que sentia em seu peito fosse embora, mas nem depois de chorar por quase uma hora, aquela agonia passou.
A garrafa de vinho estava seca, a tábua de frios continha alguns poucos queijos, ele levou as coisas para a cozinha e foi deitar no quarto, estava cansado e chateado.
Assim que deitou abriu mais uma vez a tela do celular, mas nada de uma resposta de San. Ele sabia que San tinha visualizado a mensagem pois o tiques de enviado estavam azuis.
Após passar a noite acordado se revirando na cama, Juliano levantou e depois de um banho para ver se melhorava um pouco sua expressão de cansado, vestiu em seu terno e saiu para a empresa.
Em sua sala ele tentava se concentrar no trabalho, mas estava impossível, San não saia de sua cabeça, Juliano estava realmente inconformado com o término.
Ele pegou o celular em suas mãos e ligou para Suzy.
Suzy: Oi Ju, tudo bem?
Juliano: Tudo indo, e você? Está na faculdade? Pode falar?
Suzy: Estou bem sim, estou a caminho, perdi a hora hoje. Posso falar sim.
Juliano: A Hanna está bem? E o bebê?
Suzy sorriu na ligação, ver o carinho que ele tem por Hanna deixava seu coração quentinho.
Suzy: Os dois estão bem. Amanhã vou fazer o exame de sangue.
Juliano: Sério? Que horas? Eu te levo.
Suzy: Não precisa, eu não quero incomodar.
Juliano: Para com isso, incomodar? É nosso filho Suzy. Eu quero estar junto, faço questão.
Suzy: Tudo bem então.
Juliano: Me passa o horário certinho depois tá bem?
Suzy: Sim meu amor. Eu estou com saudade.
Juliano sorri e fecha os olhos jogando a cabeça para trás, encostando na cadeira.
Juliano: Acredita se eu disser que também estou?
Suzy: Talvez.
Juliano: Talvez?
Suzy: Aham.
Juliano: Porquê talvez?
Suzy: Te explico pessoalmente amanhã.
Juliano: Isso não é justo.
Suzy: É sim.
Juliano: Chata...
Os dois ficam em silêncio e Juliano então decide perguntar sobre San.
Juliano: Ele esta bem? Iamos jantar nós quatro, mas...
Suzy respira fundo na ligação.
Suzy: Ele chorou muito, está péssimo, mas é teimoso demais. Comprei um bolinho para não passar em branco.
Juliano: Que bom, ele liga bastante pra essas coisas. Fico feliz que ele tem você.
Juliano escuta a porta da sua sala abrir e olha vendo seu pai entrar.
Juliano: Preciso desligar. Me liga mais tarde?
Suzy: Ok, ligo sim amor. Fica bem tá.
Juliano: Vou ficar. Beijo.
Suzy: Beijo.
Ele desliga e olha irritado para Júlio.
Juliano: Bater na porta ainda está fora de cogitação?
Júlio: Preciso que revise esses documentos, você fez errado, está com a cabeça no mundo da lua hoje?
Juliano: Estou, não estou legal. Me dá aqui.
Ele diz estendendo a mão na direção de Júlio que entrega e o olha como se o analisasse
Júlio: Que foi? Está doente?
Juliano: E desde quando você se preocupa?
Júlio torce a cara ainda encarando Juliano.
Júlio: Você fala como seu eu não me impotasse com você.
Juliano: Humm, vou fingir que acredito que você se importa, respondendo a sua pergunta, não estou doende, só de cabeça cheia.
Júlio: Então esvazia, que o erro que está ai pode custar alguns milhões.
Júlio diz e sai da sala deixando a porta aberta, sabendo que Juliano odeia a porta aberta.
Ele suspira e se levanta para fechar a porta e volta para sua mesa, tentando a todo custo ser mais atento ao documento deixado por seu pai.
San entrou com o carro na garagem ao lado do carro que Suzy estava usando. Ele desligou o motor e ficou alguns minutos dentro do carro, precisava desse momento para assimilar tudo que estava acontecendo em sua vida. Em um ano ele foi de viciado, solteiro para um relacionamento com duas pessoas, pai, com um emprego diferente onde ele podia ter mais tempo com a família e ganhando bem, limpo e com uma alegria intensa dentro de si. Ele por vezes não acreditava em como sua vida mudou em tão pouco tempo.
Respirando fundo, San finalmente saiu do carro, pegou sua mochila e entrou em casa, vendo Suzy correr com o jantar e ouvindo Hanna cantar lá em cima, onde provavelmente estaria no banho.
San: Oi amor, precisa de ajuda?
Ele deixou a mochila sobre a mesa e se aproximou, torcendo para que a bronca não viesse ainda e realmente não veio.
Suzy: Na verdade preciso amor, olha o bife na frigideira?
Ela disse desligando o fogo onde estava o feijão.
Suzy: Preciso tirar a Hanna do banho.
San: Claro amor.
Ele se aproximou e quando viu que ela ia se afastar a puxou a fazendo colar em seu corpo e a envolvendo em seus braços.
Suzy: Eiii.
Ela disse rindo e surpresa com a ação de San que a beijou suavemente nos lábios.
San: Eu te amo e sei que no fundo está brava comigo. Fiz muita burrada e não pretendo fazer de novo. Eu não quero ser aquele San e quero ser exemplo pra eles.
Suzy: Eu não quero só ouvir isso San, eu quero ver na prática.
San: Eu sei. Vai ver.
San sorriu e assentiu com a cabeça e Suzy olhou para a frigideira.
Suzy: A carne.
Ele riu a soltando e se virou para o fogão, onde se concentrou no bife que fritava e pensando ainda sobre tudo. San queria acima de tudo ser um bom pai e um bom marido, estava cientes dos deus erros e das coisas que fazia, e faria de tudo para que eles tivessem uma família feliz.
No dia seguinte, ele e Suzy foram ao hospital buscar Juliano, Júlio já estava lá e novamente San viu Breno junto com o médico, mas que logo se aproximou e foi conversar com Júlio.
O médico disse que fariam alguns exames e logo daria alta para Juliano e saiu com Breno da sala de espera.
Essa foi a deixa que San queria.
San: Senhor Júlio, podemos conversar um minuto?
Júlio olhou para San com ar de curiosidade e assentiu e saiu com San para o corredor.
San: Por acaso esse Breno é quem eu tô pensando?
Júlio arregalou os olhos e olhou para os lados para ver se ninguém estava perto para ouvir aquela conversa.
Júlio: Porque essa pergunta agora?
San: Porque é óbvio não? O nome dele, estudante de medicina, parecia íntimo do senhor e ele é a cara do Juliano, não tem nada haver com o Thiago.
Júlio: É ele sim, mas você prometeu ficar quieto, eu estou cumprindo minha parte.
San: A sua parte ou a sua obrigação? Mas sim, eu vou manter a minha.
San saiu deixando Júlio totalmente agitado depois dessa conversa.
Após longos quarenta minutos, Juliano aparece na sala de espera com um sorriso no rosto, mas com a cara de quem não dormiu nada, suas olheiras não negavam.
Juliano: Finalmente vou para casa.
San: Fala como se tivesse aqui a um mês.
Juliano: Deus me livre. Vamos?
Júlio: Pensei que ia lá para casa filho, pedi para deixarem tudo arrumado.
Juliano: Não pai, quero a paz do meu apartamento.
San: Então vamos.
Júlio olhou para San que sorriu para ela como se o provocasse. San sabia que de certa forma tinha Júlio em suas mãos com aquele segredo, mas ele não tinha intenção nenhuma de usar isso, já havia usado essa informação a favor de Juliano e isso bastava, mas ver o olhar de medo de Júlio para ele era tão satisfatório.
San, Suzy e Juliano seguiram para o apartamento, eles deitaram juntos na cama, deixando Juliano no meio, na intensão de mima-lo de todas as formas possíveis. Suzy preparou uma deliciosa salada de frutas com iogurte e San fazia carinho em sua cabeça.
Juliano: Se eu soubesse que ia ser tratado assim, fingia que estava doente mais vezes.
Suzy: Nem ouse. Quando você melhorar a mimada da vez sou eu.
Eles riram e Suzy se deitou abraçando Juliano.
Suzy: Eu senti tanta falta de ver nós três juntos.
Juliano: Agora não vai sentir mais. Estamos os três aqui e sabe o que eu quero?
San: O que?
Juliano: Um beijo bem gostoso.
San riu e se ajeitou na cama olhando lara Juliano.
Juliano: Dos dois Suzy, vem cá.
Suzy se aproximou e os três se envolveram em um delicioso beijo triplo, matando a grande saudade que sentiam de estar os três juntos novamente.
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