...MELISSA...
Melissa está vendo seu pai espancar sua mãe bem na sua frente; ela é uma criança de 7 anos. Ela vai para cima do seu pai para tentar impedi-lo de machucar sua mãe, mas ele a empurra, fazendo-a bater a cabeça. Antes de apagar, ela escuta sua mãe chamar seu nome.
MÃE - MELISSSSSSAAAAAAAA.
Melissa acorda desesperada em um quarto de hospital. Ela olha ao redor e não se lembra de como foi parar ali. Olha para suas mãos e percebe que não é mais uma criança. Leva a mão ao rosto quando uma enfermeira entra no quarto.
ENFERMEIRA - Oh, menina, você acordou! Vou chamar o médico.
Melissa queria fazer perguntas a ela, mas a enfermeira saiu como um foguete. Ela tenta se lembrar de algo, mas não consegue recordar de nada.
MÉDICO - Bom dia, senhorita. Como está se sentindo?
MELISSA - Perdida, doutor. Onde eu estou?
MÉDICO - Estamos no Mato Grosso do Sul.
MELISSA - E como eu vim parar aqui?
MÉDICO - Não se lembra? Você sofreu um acidente de carro há uma semana.
MELISSA - Uma semana? Doutor, eu não me lembro de nada.
MÉDICO - Não se lembra de nada? Lembra do seu nome?
MELISSA - Acho que me chamo Melissa.
MÉDICO - Você estava com documentos na sua bolsa, e lá diz que se chama Isabela Broch.
MELISSA - Não, doutor, antes de acordar vi uma mulher me chamando de Melissa. Acho que era minha mãe.
MÉDICO - Vou pedir alguns exames para você, tudo bem?
O médico anota tudo na prancheta e passa para a enfermeira, para que ela leve Melissa com urgência para fazer os exames.
Ela passa por todos os tipos de exame: tomografia, raio-x, entre outros. Algumas horas depois, o médico recebe os resultados e volta para a sala de Melissa.
MÉDICO - Bom, vou te chamar de Isabela porque assim está no seu prontuário. Como você está com perda de memória, vou ficar com o nome que consta em seus documentos, ok?
MELISSA - Ok.
MÉDICO - Você levou uma pancada na cabeça no acidente e teve um traumatismo craniano. Estava com hemorragia na cabeça. Fizemos os procedimentos para retirar o excesso de sangue e deixamos para refazer os exames quando você acordasse. A parte do hemisfério esquerdo foi um pouco mais danificada, o que afetou sua memória. Ela é passageira. Logo, você se lembrará da sua vida. Pode ser que as lembranças venham de uma vez ou aos poucos, acompanhadas de uma dor leve ou forte de cabeça. Isso depende muito da situação.
MELISSA - Mas eu irei me lembrar, né?
MÉDICO - Sim.
MELISSA - Como vou sair daqui, doutor? Não conheço nada, nem ninguém. Como vou me virar quando sair daqui?
MÉDICO - Posso te indicar uma ONG. Eles vão cuidar de você e você não ficará na rua.
MELISSA - ONG?
MÉDICO - Sim, são pessoas que cuidam de outras que estão precisando. Cuidam também de famílias e animais. Se quiser, quando você tiver alta, eu posso te indicar.
MELISSA - Acho que vou aceitar para não ficar perdida, rsrs.
O médico fala mais algumas coisas para ela. A refeição de Melissa chega, ela come e, com a ajuda da enfermeira, toma um banho e se deita novamente para dormir.
O médico manteve Melissa mais 3 dias no hospital em observação, mas ela estava se recuperando bem e não havia mais motivos para continuar lá. Ele entregou os documentos dela e a ajudou com um dinheiro para que ela fosse de táxi até a ONG. Passou o endereço e disse a ela que todos já estavam esperando por ela.
Melissa ganhou um conjunto de roupas das enfermeiras. Todos ali eram muito bons com ela e ficaram comovidos por ela não se lembrar de nada. Então, todos a ajudaram, fizeram uma vaquinha e deram o valor arrecadado para ela.
Melissa agradeceu a todos, deu um abraço em cada um e se despediu. Ela caminhou um pouco pelas ruas da cidade para conhecê-la melhor. Viu uma placa em um restaurante que dizia precisar de uma garçonete. Ela entrou e conversou com a gerente, que se comoveu e deu o emprego para Melissa. Mas como ela não sabia exercer a função de garçonete, ficaria uns dias em treinamento.
Melissa aprendeu rápido e logo estava trabalhando como garçonete. Com o dinheiro que ganhou das enfermeiras, alugou uma quitinete próxima ao restaurante. Ela fez algumas amizades no restaurante. Todos gostavam dela. Ela se mostrava simpática e alegre, além de muito bonita, e acabou conquistando a todos ali.
Os meses se passaram e ela já estava bem estável, mas nada de sua memória voltar, absolutamente nada. Ela juntou um dinheiro para comprar um carro, já que entre suas coisas havia uma carteira de motorista.
Ela vai até a autoescola pegar algumas aulas de direção. Logo ela está dirigindo bem. Ao começar a dirigir, as lembranças de como se conduz um carro voltam à sua memória, então ela não precisa mais das aulas e compra um carro bem baratinho.
Como a vida de Melissa se resume a ir do restaurante para casa, de casa para o mercado, do mercado para casa e de casa para o restaurante, ela decidiu que, em sua folga, iria dar um passeio pela cidade. Gostou muito do que viu; aquela cidade é realmente muito linda.
Quando ela está voltando para sua casa, encontra uma mulher correndo com um vestido de noiva, parecendo desesperada. Melissa para o carro e pergunta se ela quer ajuda. A mulher nem pensa e já entra logo.
MULHER - Por favor, me tire daqui.
Melissa pisa no acelerador e vai embora, olha pelo retrovisor e, graças a Deus, não tem ninguém seguindo-a.
MELISSA - Para onde você quer ir?
MULHER - Eu não tenho para onde ir, pode me deixar em qualquer lugar, eu me viro.
MELISSA - Me chamo... Isabela, e você, como se chama?
MULHER - Morgana, mas pode me chamar de Meg. Posso te chamar de Isa?
...MORGANA (MEG)...
MELISSA - Claro que sim, você disse que não tem para onde ir, não vou deixar você na rua. Vamos para a minha casa, rs, é pequena em espaço, mas é enorme em acolhimento.
MEG - Obrigada, Isa, muito obrigada mesmo.
MELISSA - Você quer me contar por que você estava fugindo do casamento?
MEG - Eu conto para você, você parece ser muito legal, e sem falar que salvou minha vida duas vezes, rsrs.
MELISSA - Duas vezes?
MEG - Sim, a primeira vez me salvou de ser pega e levada para o altar, e a segunda me salvou de dormir na rua.
MELISSA - Vamos fazer assim, em casa a gente janta e conversa, tudo bem?
MEG - Tudo bem.
Melissa dirige até a sua casa, estaciona o carro em cima da calçada, já que a kitnet não tem garagem.
MELISSA - Seja bem-vinda, Meg, e sinta-se em casa, está bom. Se quiser, pode tomar um banho e escolher a roupa que quiser no meu armário.
Meg agradece e vai tomar banho e se trocar, enquanto Melissa prepara uma janta rápida para elas. Meg volta, e elas se sentam para comer.
MEG - Sou de uma família muito importante aqui no Mato Grosso do Sul. Meu pai me obrigou a me casar com um mafioso do México. Mas o cara não é um homem bom. Eu seria a sua quinta esposa; todas as esposas dele morreram com três meses de casadas. Quando a mulher não engravida, ele mata e procura outra. Ele quer um herdeiro a todo custo. Então, ele e meu pai fizeram um acordo, em troca de dinheiro, meu pai deu a minha mão para esse maluco. Hoje seria o meu casamento. Meu pai foi me buscar em casa para me levar para o altar. Eu tinha um sonífero no quarto, coloquei na taça de vinho e chamei ele para brindar comigo antes de irmos para o altar. Ele bebeu e logo capotou. Eu peguei minha bolsa com meus documentos e fugi pela janela para os seguranças não me verem e corri para o meio da rua, e você me salvou.
MELISSA - Nossa, Meg, credo. Você disse que seu pai é importante, se ele tem dinheiro, por que fazer esse acordo, então?
MEG - Meu pai é movido pelo dinheiro, Isa. Ele é do tipo que quanto mais tem, mais quer.
MELISSA - Que covarde.
Melissa sente uma dor de cabeça e coloca a mão para suportar a dor.
LEMBRANÇA ON
PAI - Melissa, você vai casar sim, nem que eu te arraste pelos cabelos até aquele altar.
MELISSA - Você não pode me obrigar, não sou sua subordinada que você manda e desmanda. Tenta encostar em mim como fez com a mamãe e eu arranco suas mãos imundas.
LEMBRANÇA OFF
Melissa volta e está ofegante, Meg está ao seu lado chamando seu nome sem parar.
MELISSA - Desculpe, Meg. Já que você se abriu comigo, vou me abrir com você também. Eu perdi minha memória em um acidente de carro. Nem lembro desse acidente; foi o médico que me disse, e não sei nada antes de acordar. Mas antes de acordar, eu estava sonhando com meu pai, acho que ele estava batendo na minha mãe, e eu, criança, fui lá para cima dele para parar. Ouvi minha mãe me chamar e acordei no hospital já adulta. Agora veio uma lembrança, e parece que somos duas fugitivas de casamento, rsrs.
MEG - Nossa, Isa, estou chocada com sua história.
MELISSA - Isso não é nada. Na minha bolsa estavam documentos que dizem que meu nome é Isabela Broch, mas tanto a lembrança da minha mãe quanto a lembrança agora do meu pai me chamam de Melissa.
MEG - Ué, que estranho, amiga.
MELISSA - Não é? Estou perdida, não sei como é meu nome de verdade.
MEG - Deixa eu ver seu RG.
Melissa mostra para ela todos os documentos.
MEG - Olha, eles são verdadeiros no papel, mas contêm informações falsas. Como você disse que fugiu de um casamento, você pode ter feito esses documentos para que ninguém venha atrás de você.
MELISSA - Será, Meg?
MEG - Você não se lembra do sobrenome de Melissa?
MELISSA - Não, só ouvi os dois me chamarem pelo primeiro nome mesmo.
MEG - Então não vou te chamar de Isa e sim de Mel. Aqui é seu mesmo?
MELISSA - Não, é alugado. Quando eu saí do hospital, ganhei ajuda do médico e das enfermeiras. Aluguei aqui e arrumei um emprego em um restaurante. Hoje é minha folga, e resolvi dar um passeio e te encontrei.
MEG - Muito obrigada, Mel. Juro que nunca vou esquecer disso.
MELISSA - Bom, você não vai poder sair de casa por um tempo. Eles já devem estar te procurando, então vamos fazer assim: você cuida da casa, e eu cuido do dinheiro para a gente. Vamos juntar dinheiro, e iremos para outro lugar onde eles não possam te achar.
MEG - Mas você vai mudar tudo assim da sua vida por mim?
MELISSA - Hoje você se tornou mais que uma amiga para mim. Seremos irmãs, tá bom? Quando perguntarem, diremos que somos irmãs e nada mais.
Meg abraça Melissa, e ela acaricia suas costas. Ali começa uma nova amizade. Elas dormem juntas na mesma cama, já que não têm outra na kitnet.
No outro dia, Melissa acorda e avisa a Meg que vai trabalhar. Elas se despedem, e Melissa vai para o trabalho.
Seus dias de solidão acabaram; Meg se tornou uma verdadeira irmã para Melissa. Elas se dão muito bem em tudo e decidem tudo juntas, desde comprar um pão até comprar um eletrônico para a casa.
Elas economizam o máximo de dinheiro que Melissa ganha. Ela recebe muitas gorjetas por ser simpática com os clientes e cativar a todos eles. Sempre que recebe uma gorjeta, ela a guarda no seu avental. Meg não tem vida própria, só vive trancada dentro de casa, e Melissa fica triste com isso.
Em certo dia, Melissa chega no restaurante para trabalhar. Seu turno começa e o movimento está intenso naquele dia. Quando Melissa olha pela janela, vê três homens de terno rondando o carro dela. Ela suspeita que possam ter algo a ver com Meg, então decide voltar para casa de táxi.
Chegando em casa, ela conversa com Meg sobre o que viu.
MEG - São eles, Mel. Devem ter puxado as câmeras de segurança quando entrei no seu carro. E agora, o que vamos fazer? Estou com medo, parecia bom demais para ser verdade.
MELISSA - Calma, irmãzinha. Eu não trouxe o carro para cá; o deixei abandonado. Mas precisamos sair daqui, eles vão verificar a placa e descobrir que moro aqui, e vão vir atrás de você.
MEG - E para onde vamos? Vou para onde você mandar.
MELISSA - Você tem passaporte?
MEG - Sim, tenho. Meu pai sempre viajava comigo para vários lugares.
MELISSA - Ótimo, então vamos para a Itália, o que acha?
MEG - Mas como vamos fazer? Não temos muito dinheiro.
MELISSA - Quando saí do hospital, tinha menos dinheiro do que temos agora, e consegui me virar muito bem.
MEG - Eu sei falar italiano fluentemente, e você?
MELISSA - Sei lá, kkkkk. Não tenho certeza.
MEG - Vamos fazer um teste. "Buongiorno, qual è il suo nome?"
MELISSA - Mi chiamo Melissa.
MEG - Você sabe falar, que bom. Mas acho que você deve usar o nome dos documentos, não é?
MELISSA - Verdade, vou me apresentar a todos como Isabela Broch, só você vai me chamar de Mel.
Melissa pega seu celular e compra duas passagens para a Itália. Elas arrumam suas roupas e algumas coisas pessoais, chamam um táxi e vão para o aeroporto rumo à Itália.
...THOMAS...
Thomas está andando de um lado para o outro, seu carregamento de armas foi roubado e ele está furioso. Seus soldados foram mortos em uma emboscada ao receber a carga.
Pior ainda, ele não sabe quem foi que roubou, já que não deixaram nenhuma testemunha. Ele estranhou a carga não ter chegado e enviou outros soldados para lá, encontrando um cenário parecido com um cemitério ao ar livre, todos mortos.
THOMAS — Eu pago pelo melhor treinamento para esses incompetentes e eles ainda morrem em emboscadas. Bando de covardes, não tenho em quem confiar.
...THEO...
THÉO - Calma, irmão. Não tinha como eles saberem que iriam enfrentar uma emboscada.
THOMAS - Eles são treinados para tudo, Théo. Que merda eles fazem no treinamento? Ficam fofocando igual velhinhas de bairro.
THÉO - Calma, vamos conseguir pegar quem fez isso.
THOMAS - Como vamos pegar? Aquela área não tem câmeras e a encomenda estava sem rastreador.
THÉO - Nada fica escondido para sempre, conseguiremos pegar, relaxa.
THOMAS - Só vou relaxar depois que segurar na mão a cabeça do infeliz que me roubou. Arrgh, vou picotar ele todinho.
Thomas está possesso com isso, ele não gosta de erros por parte de seus soldados, isso o irrita muito. Ele liga para Dona, ela é dona de um prostíbulo onde há várias mulheres bonitas. Thomas nunca repete a mesma mulher, ele sempre escolhe as novidades de Dona, e ele precisa extravasar sua raiva.
Dona manda uma de suas meninas que ainda não tinha ido para Thomas, uma loira peituda e torneada, do jeito que ele gosta. A mulher chega e Thomas a leva para um dos quartos.
LOIRA - Esse é seu quarto benzinho?
THOMAS - Não, no meu quarto não entra mulher nenhuma, aqui é meu abate, agora tira logo essa merda de roupa e me chupa, pois eu estou muito estressado e vou descontar na sua boca.
A loira adora um sexø selvagem, e faz logo o que ele manda. Ele a puxa pelos cabelos e arrebenta com a boca dela, depois a põe de quatro e lá ele desconta toda sua raiva.
A loira logo vê uma oportunidade de ganhar um extra com Thomas, ele paga um bom dinheiro pra ela e manda ela se vestir e sumir da sua casa.
LOIRA - Toma meu telefone benzinho, quando quiser extravasar, é só me ligar que venho correndo.
THOMAS - Não sou de repetir a mesma refeição, não quero seu número, quando eu quiser eu ligo para Dona e ela escolhe.
LOIRA - Não gostou do que fizemos aqui?
THOMAS - Para mim você foi igual a todas, bucet@ é tudo igual, só muda o jeito do rebolado e você fez igual a todas, então não, não gostei. Agora vaza.
A loira sai da casa de Thomas bufando de raiva e jurando que voltará para a cama dele, mas para ficar para sempre. Ele troca de roupa e decide ir para a sede da máfia. Lá, estão alguns homens que foram pegos traindo ele, então ele vai descarregar o resto da raiva neles.
Ele estaciona a moto de qualquer jeito e sobe direto para a sede. Todos abaixam a cabeça em sinal de respeito, mas ele nem olha para o pessoal, passa direto como se eles nem existissem. Mas eles já estavam acostumados com esse jeito arrogante dele. Ele chega à ala da tortura e começa a bater nos homens até que todos percam a consciência. Ele se sente mais leve e decide voltar para casa.
Ao chegar, Théo o chama para irem à boate deles, mas Thomas está cansado e recusa o pedido do irmão. Ele vai tomar um banho e se deitar para dormir. Só vai sossegar quando pegar o ladrão que roubou sua carga.
Mulher nenhuma nunca entrou no coração de Thomas, ele sempre foi homem de pegar uma e outra, assim não se apega e não se apaixona, porém as meninas já na primeira transa se encanta com ele, pois mesmo sendo bruto, ele sabia fazer uma mulher ir ao orgasmø varias vezes, isso deixava elas loucas.
Mas ele não via diferença entre elas, eram todas iguais. Algumas aguentavam mais do que outras, mas nada nelas o encantava. Eram todas bonitas, mas sem nenhum encanto.
Ele passa a noite toda pensando em quem poderia tê-lo roubado. Ele tem vários inimigos, mas não consegue pensar em alguém que seria tão atrevido. Foi tudo planejado, chegou perto de seus soldados e os matou sem deixar nenhum vivo para contar algo.
Algo ali não fazia sentido. Seus homens eram bem treinados, como poderiam ter sido pegos assim? A menos que quem o roubou não tenha sido um inimigo, mas sim um amigo ou aliado. Só assim alguém conseguiria se aproximar de seus homens e matá-los sem problemas.
THOMAS - Claro, não foi um inimigo, foi alguém aliado a mim que me roubou. Mas quem? Droga, não vou conseguir dormir essa noite, merda.
Os dias vão passando e eles não conseguem pegar o ladrão. Ele já fez várias reuniões com seus aliados para tentar encontrar uma brecha, mas nada. O ladrão era muito esperto.
A partir daquele roubo, Thomas trocou a transportadora que fazia seus carregamentos e optou por uma que tivesse rastreadores. Ele sempre mantinha seus soldados em alerta para qualquer possível emboscada. O líder sempre ia com uma escuta, assim que visse algo errado, falaria com Thomas imediatamente.
Ele era dono de todas as boates da Itália. Uma vez por mês, ele passava por elas para verificar o fluxo de caixa. Todas tinham uma sala especial para ele, e ele sempre escolhia uma das garçonetes aleatoriamente. Nenhuma nunca reclamou. Era só ele chamar que elas vinham correndo, se arrastando para ele.
Mais nenhuma fazia ele realmente se sentir satisfeito, ele nunca queria repetir o sexø, era sempre a mesma coisa, ele gøzava e mandava a mulher embora.
Depois de passar por todas as suas boates sem nenhuma alteração, ele volta para casa, toma banho em seu quarto e vai dormir.
No outro dia, ele acorda, faz sua higiene e desce para tomar café com Theo. As refeições eles sempre faziam juntos, eram irmãos inseparáveis. Theo era o vice-chefe da máfia e braço direito de Thomas, sempre estavam juntos em todas as missões e reuniões.
THÉO - Cara, se você estiver certo, não conseguiremos pegar o ladrão. Os caras são bons demais, não mostram um vacilo, não dão uma brecha.
THOMAS - Você mesmo disse que nada é para sempre. Tenho certeza de que um dia ele vai cair, e eu vou me divertir torturando o infeliz e toda a sua família.
THÉO - Vai colocar a família também sob tortura? Só fazemos isso em caso extremo, mano.
THOMAS - E me roubar não é um caso extremo? Qual foi o valor do carregamento, Theo? Eu vou acabar com a existência e com a descendência do infeliz até o último. Não sobrará nenhum para contar a história.
THÉO - Vai matar as mulheres também?
THOMAS - Não, as mulheres vão todas para as mãos da Dona. Ela cuidará de fazê-las pagarem pelo roubo cada centavo.
THÉO - E quando elas conseguirem chegar no valor, vai soltá-las?
THOMAS - Claro que não. A Dona vai colocar dívidas sempre para elas pagarem. Dona sabe muito bem o que fazer quando eu mando uma mulher para lá.
THEO - Você às vezes me dá medo, sabe? Ainda bem que sou seu irmão.
THOMAS - Mafioso frouxo, se eu morrer, é você que vai cuidar de tudo, Theo. E é desse jeito, sendo bonzinho, que você se fode logo.
THEO - Não sou bonzinho, só não tenho esse seu sangue ruim de não ver o lado bom em nada.
THOMAS - Pois não vejo mesmo, não vejo nada de bom. Parece que eu e você estamos em mundos diferentes, parece que você não vê o que eu vejo.
THEO - Claro que eu vejo, mas também vejo gente inocente, gente boa, gente que realmente vale a pena.
THOMAS - Pronto, agora vai virar marica, Theo. Bora trabalhar, você é o mafioso mais romântico que eu já vi.
THÉO - Sabe, maninho, um dia ainda vou ver você apaixonado, e nesse dia eu vou fazer uma festa enorme para comemorar sua primeira paixão.
Thomas solta uma gargalhada alta.
THOMAS - Nem queria rir, mas você com essa piada eu não aguento kkkkk.
THÉO - Pois vamos fazer uma aposta, irmãozinho.
THOMAS - Bora, o que você quer?
THEO - Hmmm... deixa eu pensar... Já sei, um mês de folga para quem ganhar.
THOMAS - Certo, tô realmente precisando de umas férias, mas isso vale por quanto tempo?
THEO - Sem tempo de começar e sem tempo de terminar. Assim que você se apaixonar, já vale. Pode ser hoje, semana que vem ou daqui a 10 anos, não importa. O importante é você se apaixonar.
THOMAS - Combinado. Agora bora trabalhar, porque ainda não estou apaixonado por ninguém.
Eles vão juntos para a sede da máfia.
Os dias vão passando e a rotina deles não muda. Eles pegam alguns caras e tentam arrancar informações, mas nada de descobrir o traidor.
THEO - Cara, a boate MI BELLA está bombando com uma nova cantora. Você viu?
THOMAS - Não, eu só vou lá uma vez no mês e já é o suficiente. O dinheiro caindo na conta não me interessa, não importa como eles fazem isso.
THEO - Pois eu vou lá hoje ver essa cantora. Ela está arrebatando o coração de todo mundo.
THOMAS - Pois eu não vou. Só irei lá no final do mês. Estou cheio de coisas para fazer.
THEO - Você que sabe. Eu vou lá e vou gravar um vídeo dela e te mando. Aí você me diz se ela é boa ou não, e já vejo se ela também conquista o meu coração.
THOMAS - Tá, tá. Você se apaixona por qualquer uma mesmo, então para mim nem será novidade.
A noite chega, Thomas liga para Dona e pede outra mulher para ele. Ela diz que a loira do passado quer ir de novo, mas ele recusa e quer outra. Então ela envia uma morena muito bonita também.
Ela chega e já se encanta com a mansão de Thomas. Ele a leva para o mesmo quarto que levou a Loira, e lá ela faz o seu trabalho. Ele termina e paga para ela. Ela vê que o dinheiro é maior do que o combinado e dá um beijo na boca dele em agradecimento.
THOMAS - Não beijo na boca de vadiä, quantos päu não já passou pela sua boca, e quer que eu te beije?
MORENA - Que isso lindo, lavou tá nova. Minha boca eu lavo muito bem, sua boca é uma tentação e eu só quis agradecer por me dar dinheiro a mais, vou consegui pagar meu aluguel.
THOMAS - Agradeça com palavras, não com beijo, já terminamos, pode ir embora que eu quero dormir.
A morena sai de lá fazendo bico de ofendida, mais depois abre um sorriso enorme pelo dinheiro ganho.
Theo chega na boate e o show da cantora já está rolando. Realmente, ela canta muito bem e é uma mulher linda, com um corpo perfeito. Ela realmente encanta qualquer um.
Ele chama uma garçonete para servi-lo e quando olha para a garçonete, seus olhos ficam hipnotizados por ela.
THEO - P*ta que pariu, de onde você veio, gata?
MEG - Da barriga da minha mãe, rsrs.
THEO - Faz o seguinte, traga uma bebida para mim e outra para você. Hoje você será minha acompanhante.
MEG - Desculpe, senhor, eu tenho que trabalhar. Se não, minha chefe me manda embora, rsrs.
THEO - Ah é? Chama sua gerente para mim, por favor.
MEG - Senhor, não precisa disso. Por favor, deixe eu continuar no meu trabalho. Preciso muito dele.
Theo dá uma risada para ela e ela fica encantada com aquele sorriso. Ele pega o celular e chama a gerente da boate.
GERENTE - Algum problema, senhor Theo?
THEO - Não, nenhum. Eu queria te pedir o dia de folga para essa bela dama. Quero que ela seja minha acompanhante nesta noite. Tem algum problema?
GERENTE - Claro que não, senhor. Meg, hoje você está de folga. Está bem, amanhã você retorna ao trabalho.
Meg fica sem jeito. A gerente chama outro garçom e entrega a bandeja que estava na mão de Meg. Ela tira o avental e se senta ao lado de Theo. Eles se apaixonam ali, logo de cara.
THEO - Então, seu nome é Meg?
MEG - Sim, Morgana, mas pode me chamar de Meg. A cantora é minha irmã.
THEO - Mentira, sério? Prazer, Meg. Meu nome é Theo. Você é muito linda.
MEG - Você também é, Theo. Muito lindo.
THEO - Posso experimentar essa boquinha linda?
Meg arregala os olhos e não sabe o que dizer. Ele se aproxima, acaricia seu rosto e sela um beijo em Meg. Ela se deixa levar e logo eles se separam.
THEO - Delicioso seu beijo. Viciei.
Meg fica vermelha de vergonha. Ele se inclina e dá outro beijo nela.
Ali começa um novo romance.
Mel e Meg chegam à Itália e vão até um hotel mais barato para passar a noite. Quando amanhece, elas tomam banho, se arrumam e saem em busca de uma casa para alugar. Após algumas caminhadas, encontram uma casinha de 3 cômodos. Não é grande, mas é aconchegante. Com o dinheiro que economizaram, conseguem pagar 2 meses de aluguel. A casa já está mobiliada, então elas só precisam fazer uma boa faxina.
Elas começam a faxina e Mel começa a cantar. Na mesma hora, Meg para de limpar e fica maravilhada ouvindo a voz de Mel.
MEG - Caramba, Mel, que voz linda você tem. Você era cantora?
MELISSA - Não sei, Meg, não me lembro de nada. Esqueci, rsrs.
MEG - Sério, sua voz é muito linda de verdade.
MELISSA - Não exagera.
MEG - Vamos fazer assim, vamos terminar a faxina, fazer as compras e ir a algum barzinho que tenha karaokê. Você vai ver se estou mentindo.
Elas riem e Mel continua cantando. Algumas vezes, Meg a acompanha e elas se divertem. Depois, vão ao mercado, fazem suas compras e voltam para casa.
A noite chega e elas se arrumam. Vão até um barzinho que tem karaokê. Mel está com vergonha de cantar, mas Meg não tem vergonha de nada, então ela começa a cantar primeiro.
Ela escolhe uma música brasileira na máquina, "Velha Infância" dos Tribalistas. Ela canta bonito, mas sua voz não é tão boa. Mesmo assim, recebe aplausos pela coragem e simpatia de cantar. Ela se aproxima da mesa e empurra Mel para cantar.
Mel procura uma música que ela costumava cantar em casa para não passar vergonha, mas erra a letra. Então, ela escolhe "Trem Bala" de Ana Vilela.
Ela começa a cantar e todos prestam atenção em sua voz, que voz linda. Muitas vezes ela fecha os olhos com vergonha, mas depois os abre e vê que todos estão sorrindo para ela. Ela termina a música e todos se levantam e aplaudem de pé. Ela fica ainda mais sem graça e agradece a todos envergonhada.
Ela volta para a mesa e uma mulher se aproxima delas, pedindo para sentar e querendo conversar com ela.
MULHER - Sou gerente de uma boate muito famosa aqui na Itália chamada MI BELLA. Estava procurando uma pessoa para cantar ao vivo lá e achei você. Por favor, não recuse minha proposta e venha trabalhar conosco.
MELISSA - Não sou profissional, só canto por lazer mesmo.
MULHER - Não tem problema, você pode não ser profissional, mas sua voz é incrível. Como você se chama?
MELISSA - Me chamo Isabela.
MULHER - Bom, Isabela, me chamo Giovanna. Vamos fazer assim: você apresenta um show, se você não gostar, não fechamos contrato. Mas se você e o público gostarem, fechamos. O que acha?
MELISSA - Posso pedir uma coisa em troca?
GIOVANNA - Pode sim, faço o que você quiser para trabalhar conosco.
MELISSA - Quero que arrume um emprego para minha irmã também. Ela não sabe cantar, mas sabe fazer muitas coisas.
GIOVANNA - Posso arrumar para ela como garçonete. Além do salário, as caixinhas são ótimas. E lá as caixinhas são individuais. O que me diz?
Meg - Aceito na hora, kkk.
Giovanna - Que maravilha! Então eu espero vocês amanhã na boate. Aqui está o endereço. Estejam lá às 17h. Vou apresentar vocês aos outros funcionários e também fazer um teste, tudo bem?
Melissa - Combinado. Até amanhã.
Giovanna sai e Meg dá um gritinho para Melissa.
Meg - Huuuuu, estamos empregadas! Que maravilha!
Melissa - Eu disse para você que a gente conseguiria.
Meg - Só consegui porque você pediu para ela me dar o emprego, mas eu não ligo. Você é minha salvadora mesmo, kkk.
Melissa - O bom é que começaremos amanhã mesmo. Estou muito nervosa. Vou ter que aprender muitas músicas para não passar vergonha, kkk.
Meg - Eu tenho certeza de que você era cantora. Vai arrasar em tudo.
Elas terminam suas bebidas e voltam para casa.
No outro dia, elas acordam e seguem suas rotinas. Preparam um almoço juntas. Quando está perto do horário, tomam banho, fazem uma maquiagem, pedem um táxi e vão para a boate. Melissa fica encantada com aquele lugar, as luzes, as paredes. Tudo a encanta. Meg também fica impressionada com tanto luxo.
Giovanna - Graças a Deus vocês vieram. Achei que você não viria, Isabela.
Melissa - Eu vim. Disse que viria para fazer o teste. Se eu passar, teria como eu não fechar contrato? Tipo, trabalhar por conta, sem vínculo nenhum?
Giovanna - Mas por quê?
Melissa - É um assunto pessoal.
Giovanna - Bom, posso te colocar como prestadora de serviço, mas sem um contrato, não posso te garantir que você vai trabalhar aqui. Se o patrão gostar de você, ele vai fazer de tudo para que você assine um contrato. Mas ele só vem aqui uma vez, então vamos aproveitar até lá.
Melissa - Que estilo de música eu irei cantar?
Giovanna - Sertanejo brasileiro. O povo daqui gosta muito desse tipo de música.
Meg - Ela vai se sair muito bem.
Giovanna leva Mel e Meg e apresenta a todos. Depois, ela as leva para conhecer a boate. Na sala do patrão, ela avisa que só entra quem ele chama. Em seguida, leva Meg para colocar um avental e leva Mel para o palco, para treinar com a banda.
Melissa está um pouco tímida com a banda, mas eles sorriem para ela e se apresentam. Melissa começa a se sentir em casa e começa a cantar sem microfone. Eles se encantam com a voz dela. Um deles entrega o microfone para ela e pede para ela cantar "A Maior Saudade" de Henrique e Juliano.
Melissa começa a cantar e os membros da banda a acompanham. Todos no salão ouvem a voz de Mel e se encantam. A gerente fica pulando de alegria, dizendo "Ela está se soltando".
A boate é aberta e logo os clientes começam a entrar. Todos olham para Mel e se encantam. Logo começam a pedir bebidas e a se sentar. Meg vai levando as bebidas devagar para não derrubar. Seu primeiro dia é um pouco complicado.
Já Mel, no palco, parece que nasceu para cantar. Ela se solta mais e faz com que os clientes a ajudem cantando junto. Eles se empolgam e alguns até se levantam para dançar. Todos tiram fotos e filmam ela cantando.
Meg se esquiva das câmeras, pois não quer aparecer em nenhuma. A noite acaba e Mel recebe muitos aplausos. Alguns pedem para tirar fotos com ela, outros pedem o número de telefone dela e a convidam para sair. Mas ela recusa as ofertas, pois não quer se envolver com ninguém.
A gerente chama-as para uma sala particular. Meg logo assina o contrato, pois não pode trabalhar lá sem ele. Já Mel continua relutante em assinar, mas promete voltar no outro dia junto com Meg.
A boate funciona de terça a domingo, mas só tem shows ao vivo às sextas, sábados e domingos. Como hoje é sábado, Melissa ainda iria se apresentar no domingo com o mesmo estilo de música.
Já é de manhã lá fora. Elas passaram a noite toda na boate, chamam um táxi e vão para casa.
Passam quase o dia todo dormindo e acordam às 15:00. Como só vão para a boate às 18:00, estão bem. Elas almoçam e conversam um pouco.
Meg - Por que você não quer assinar o contrato?
Melissa: Porque isso me prenderia ali. Se sua família nos encontrar aqui, eu teria que pagar uma multa por abandonar o trabalho.
Meg - Eita, não pensei nisso, Mel. Será que eu também vou ter que pagar?
Melissa - Não, são funções diferentes. É mais fácil encontrar garçonetes e garçons do que uma cantora. O contrato é mais rígido.
Meg - Como sabe de tudo isso? Você lembrou?
Melissa - Às vezes, quando entramos em um determinado assunto, meu cérebro se lembra das coisas, mas não lembro exatamente como aconteceu, entende?
Meg - Sinistro, kkkk. Eu gostei de trabalhar como garçonete. Olha, ganhei 50 dólares de caixinha, kkkk.
Melissa - Vai guardando, é muito bom sempre ter uma economia guardada. Eu fazia assim sempre na kitnet. Mesmo que apertasse um pouco, eu guardava minhas caixinhas para alguma emergência.
Meg - Verdade, e graças a elas você me deu minha liberdade. Pensei que minha vida seria só dentro de casa, é tão bom trabalhar, olhar para o dinheiro e saber que fui eu que ganhei trabalhando.
Melissa - Quando você receber o salário, vai ficar ainda mais animada, kkk.
Elas conversam e vão para a boate. Mel vai para o palco e Meg para o salão. Assim, o dia termina.
Elas voltam para casa.
Mel consegue um emprego de garçonete em uma cafeteria próxima à casa delas de segunda a sexta-feira, pela manhã. Meg fica na fila para entrar quando abrir mais uma vaga.
A semana passa voando, sexta-feira chega, Mel vai para casa e descansa um pouco. Logo elas se arrumam, se maquiam e vão para a boate.
Giovanna - Isabela, você está de parabéns. Semana passada fechamos o caixa com um valor quase igual a um mês. Sua voz fez o povo beber bastante, muitos me ligaram perguntando se você ia vir hoje de novo e muitos reservaram meses.
Melissa - Fico feliz que estejam gostando.
Giovanna - Gostando é pouco, eles estão apaixonados por você, menina. Parece que tem mel na sua voz.
Melissa - Exagerada, kkkk.
Meg - Não é não, Mel. Ela está certa. Por onde eu passava, via todos elogiando você.
Giovanna - Você chamou ela de Mel?
Meg - É um apelido carinhoso de irmã. Todos chamam ela de Isa, mas eu quis ser diferente e chamo ela de Mel, porque ela é doce igual mel de abelha.
Giovanna - Ah, entendi, rsrs. Apelido de irmã.
Mel vai para o palco e Meg vai para o salão ajudar a arrumar as mesas. Mel treina ali sua voz com a banda.
Logo a boate abre e Mel já começa a cantar. Meg está melhorando e já anda um pouco mais rápido de uma mesa para outra. Logo a boate está cheia. Um rapaz da banda avisa que um dos donos da boate acabou de chegar.
Mel fica um pouco apreensiva, mas continua cantando. Ele vai para uma mesa na parte VIP e encara Mel. Ela finge não vê-lo para não ficar nervosa e continua cantando.
Logo ela vê que Meg tira o avental e se senta ao lado dele. Ele acaricia o rosto dela e ela deixa ser beijada por ele. Mel continua cantando e não tira os olhos dos dois. Beijar todo mundo beija, mas ela não permitiria que ele a levasse para outro lugar.
Logo ela vê ele levantando o celular para ela. Parece que ele está tirando foto ou filmando ela. Ela olha para frente e continua a cantar.
Ela vê que Meg e o cara parecem apaixonados. Além do beijo que ele vive roubando dela, ele está respeitando. Mel olha para as mãos dele e vê que o único lugar que ele a toca é nas mãos e no rosto. Isso deixa Mel aliviada por ver que ele não está se aproveitando de Meg.
Logo a banda encerra, e eles colocam uma música na caixa de som. Todos os clientes fazem um sonoro "ahhhhhh", mas Mel anima eles dizendo que estará lá novamente no sábado e domingo, e todos ficam felizes.
Ela se despede de todos da banda e vai até a mesa onde Meg está com aquele homem.
Ela chega bem na hora do beijo e arranha a garganta, fazendo os dois se separarem. O rapaz olha para ela e sorri.
THEO - Prazer, senhorita. Me chamo Theo.
MELISSA - O prazer é meu. Me chamo Isabela. Por que está nesse agarra todo com minha irmã?
THEO - Calma, me apaixonei por ela.
MELISSA - Impossível, você a viu hoje e já se apaixonou por ela assim? Quais são as suas intenções?
THEO - Você está me dando mais medo do que meu irmão, sabia? Hahaha.
Mel cruza os braços, séria. Meg vai falar alguma coisa, mas Theo a interrompe.
THEO - Dizem que quando o amor vem, a gente não pode deixar escapar. Então não vou deixar. Como você é a irmã dela, quero pedir a mão dela em namoro. Você me permite?
MELISSA - Você não está dizendo isso só para levá-la para a cama, né?
THEO - Claro que não. Eu a respeitei o tempo todo aqui. Pode perguntar para ela.
MELISSA - Estou perguntando para você. Com ela eu falo depois.
THEO - Meu Deus, juro que tenho boas intenções.
MELISSA - Ela é minha irmã, então digo para você: se você fizer ela sofrer, vou arrancar cada pedacinho de você e dar para os cachorros da minha vizinha comerem.
THEO - Você não tem um irmão perdido, não? Chamado Thomas? Acho que você está na família errada, sabia? Hahaha.
MELISSA - Não, eu não tenho. Só tenho a Meg de irmã e faço tudo por ela.
THEO - Pois é, até suas ameaças se parecem com as ameaças do meu irmão, hahaha.
GERENTE - Bom, meninas, patrão, todos já se retiraram. Só falta vocês para fechar. Mais tarde tem mais, hahaha.
Eles riem e saem da boate. Mel pega o celular para chamar um táxi, mas Theo pede para deixá-las em casa, e elas aceitam.
Chegam lá, Meg pergunta se ele quer entrar, mas Mel diz para deixar para outro dia, já que elas precisam dormir e descansar para a noite.
Ele concorda e espera elas entrarem. Logo, parte e vai para casa feliz e apaixonado.
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