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SEM VOLTA ( REVISÃO)

| Crise

...SEJAM BEM VINDOS CAROS LEITORES!...

...Esse é um Romance erótico, contém linguagem imprópria, máfia, Hot explícito, BDSM, intriga e abuso, tortura, e eu já falei Hot? Não espere um conto de fadas....

...Então se não for o tipo de leitura que aprecie procure outro livro!...

...Não esqueça de apoiar... É muito importante para o autor que aqueles que estão lendo deem o feedback. Assim podemos saber se estamos no caminho certo! E também construir a história com vocês!...

...** Espero que gostem da história!...

** Apoeim! cada presente, voto,curtida e comentario são extremamente importantes.

...Outras considerações: cada autor tem um estilo de escrita. Quem já leu os meus outros livros sabe que não costumo usar linguagem neutra para expor a minha perspectiva. Gosto de criar histórias fortes e com linguagem forte. E nesse não será diferente. Se desejar continuar: Seja bem-vindo!...

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...Anne Schinaider (27)...

— E então? O que você vai fazer hoje Anne?

Diz Sophie, entrando na sala logo após bater. Ela havia se tornado bem mais que uma secretária para mim, havia se tornado uma amiga,uma confidente e uma irmã.

— Hoje é o nosso aniversário de casamento... Não sei nem se ele se lembrou.

Falo sem muita empolgação. Eu era Diretora Executiva da empresa da familia: Schinaider Company.

Desde cedo mesmo sendo de que familia rica trabalhava na empresa do meu pai. Quando ele pai decidiu se aposentar eu assumiu a diretoria. algum tempo depois meu pai faleceu de câncer. Foi uma das piores fases da minha vid, e após uma depressão profunda eu decidi me reerguer. Assumi novamente a presidência da empresa e trabalhei para consolidar ainda mais o nome da família, que se tornou referência no ramo das imobiliárias.

Eu me casei cedo, a primeira paixão platônica da faculdade: Robert Dunt.

Robert também vinha de uma família rica. Mas ao contrário de mim, ele nunca quis assumir os negócios da família, era aquele tipo de homem atlético,alto, de olhos azuis, cabelos loiros. Aonde ele passava chamava a atenção.

Quando nos conhecemos Robert ficou um bom tempo tentando se aproximar de mim, eu parecia viver um conto de fadas. Tudo ia bem... Tinha me casado com Robert, ele era o amor da minha vida, o homem que me satisfazia, que era gentil e amável... Era. Por que agora tudo era diferente.

— Acho que vocês estão passando por uma crise... Mas as crises passam.

Bem-queria. Nos últimos quatro anos eu era uma espécie de parede para Robert. Quem diria que aquele homem galante, que fazia me fazia ter borboleta no estômago, que me fazia sentir a mulher mais especial do mundo tivesse se tornado alguém tão frio.

Ja estavamos juntos a oito anos, somando namoro, noivado e casamento. Mas nos últimos quatro anos apesar de tudo que vivemos juntos ele se tornou um cretino, quando os negócios começaram a decolar e eu finalmente havia saido do estado de letargia que a depressão me manteve ele mudou, mal fala comigo, esta sempre trabalhando até tarde, e até o sexo, isso quando tem é uma droga.

Apesar de tudo eu o amo, ou penso que o amo, estou confusa e perdida. Enfrentei tantas coisas para ficar com ele...

— É... Bom hoje quando saímos ele havia dispensado os empregados... talvez ele se lembrou... e queira ficar um tempo a sós comigo.

Digo tentando ter esperanças.

— Com certeza! Que motivo ele teria para dispensar os funcionários justo no dia de hoje?

Ela fala tentando me animar.

— Quer saber? Eu acho que vou para casa mais cedo hoje Sophie... Posso preparar um jantar... luz de velas... uma lingerie nova...

— A noite vai ser quente!

Ela interrompe com entonação na voz enquanto esfregava as mãos.

— Espero que sim...

Se ele aguentar uma já está de bom tamanho, eu penso. A verdade é que nem na cama Robert me satisfazia mais. Até nisso ele havia se tornado egoísta. O que antes era prazeroso, havia se tornado mecânico. E embora eu me esforçasse para que ele me notasse, cada vez mais ele se afastava.

O que me dava mais raiva, era que as pessoas diziam: Ah... vocês são tão lindos juntos, vocês combinam, vocês se completam... vocês parecem felizes.

Eu não aguentava mais viver de aparências.

Eu não suportava mais as pessoas elogiando como éramos compatíveis, mas fora dos holofotes, havíamos nos tornado estranhos. Frios. Apáticos um com o outro.

Lembro da gargalhada que ele deu ao sugerir que a gente fizesse terapia." Pra quê? Esta tudo maravilhoso" Só se for para você Robert. eu dizia internamente.

— Mudando de assunto Sophie... Eu dei uma olhada nos novos empresariais. Marque uma reunião com a diretoria. Quero discutir alguns detalhes.

Pelo menos da vida profissional eu era respeitada. Consolidei o meu nome muito bem. E apesar da pouca idade vinte e sete anos para ser exata, eu ja era reconhecida como um prodígio de CEO. Todos me respeitavam, e elogiavam meu potencial.

— Posso marcar para sexta

Diz ela conferindo a agenda no tablet. Assenti que sim.

— Bom... eu vim pegar aqueles papeis. você assinou?

— Aqui estão Sô! Por hoje é só Sophie. Qualquer urgência você me liga.

— Tudo bem chefinha,boa sorte hoje!

Diz ela divertida.

— Obrigada Sophie.

Falo me levantando e pegando a minha bolsa. Desço pelo elevador e vou até a garagem.

| Decepção

Fui até o Shopping, entro numa loja de lingerie e escolho a vermelha mais sensual que havia ali, mesmo sabendo que provavelmente ele nem notaria.

Vou no mercado escolher alguns queijos e um bom vinho. Estava realmente tentando me animar. Todo esse problema com Robert também estava me fazendo perder a auto estima. Quando eu havia me tornado irrelevante para ele?

Depois de comprar tudo eu volto para casa. Vejo que o Carro do Robert ja esta ali. O meu coração acelera... e se enche de expectativa.

Ele lembrou?

Não abro a garagem para não fazer barulho.Desço do carro e entro em casa.

Tudo silencioso e deixado como quando eu saí. Vou até o escritório ver se Robert estava ali. Mas ele não estava.

Subo as escadas, e vejo algumas roupas no chão.

Ando na ponta dos pés.

Ouço gemidos frenéticos vindo do quarto. Um soco no estômago teria sido melhor. Muito melhor.

Me aproximo. A porta está entreaberta.

Robert estava deitado vendado e preso a cama enquanto uma mulher loira, com cabelos longos e curvas definidas estava montada em cima dele.

— Ah vai gostosa... Rebola para mim vai... Faz o que aquela frígida não faz... me leva a loucura.

Meu sangue ferve, uma raiva toma posse de mim. Eu bato a porta do quarto.

A loira pula de cima do pau do meu marido e tenta se cobrir.

Com o susto de ter sido pego vejo o seu membro brochar.

E dou uma gargalhada. Do fundo da alma, rindo amargamente. Sentindo ódio.

— Anne? Eu posso...

— Você é um grande desgraçado mesmo Robert! E você sua piranha siliconada, escute bem o que eu vou dizer: Aproveite enquanto ele esta te comendo com vontade. Por que depois se esse mastro ai conseguir levantar uma vez é para aplaudir.

A loira me encara com tanta naturalidade que me dava vontade de arrastar a cara dela no chão.

— Anne...

Ele estava numa situação ridicula, nu, brocha e levando um esculacho.

— Cale a boca seu idiota! Você é um escroto. No dia do nosso aniversário de casamento você traz uma mulher para nossa cama. E ainda tem a coragem de me chamar de frígida. Eu não consigo acreditar que eu fui cega a ponto de não ver o grande canalha que você é!

— Anne... me deixa explicar... Por favor!

— Robert me poupe... Acho que não tem explicação para algo desse tipo. Você sua siliconada, tem cinco minutos para dessamarrar esse desgraçado,colocar sua roupa e ir para o quinto dos infernos junto com ele.

Grito. Mas meu coração estava em pedaços. Eu poderia imaginar qualquer coisa. Menos isso.

— Anne... você esta exagerando.

— Serio Robert? Exagerando eu estaria se fizesse o que esta passando pela minha cabeça.

A loira agora começa a se vestir. Estava tão vermelha que parecia que iria explodir. Ela solta Robert que se senta na cama colocando um travesseiro em cima dele.

— Vamos conversar Anne.

— Não tem conversa nenhuma Robert. Você partiu meu coração. Foi um erro ter insistido nesse casamento. Foi um erro ter acreditado que você me amava. Agora saia da minha casa. AGORA!!!

Eu grito energicamente, tentando conter as lagrimas que se formavam nos meus olhos.

— Nossa casa.

Eu comecei a rir. Agora havia um nós? Isso estava doendo, doendo muito. Mas eu não iria me prestar ao papel de chorar.

— Se você não sair daqui agora Robert eu não respondo por mim. Some da minha frente. Some da minha vida. Eu simplesmente quero esquecer da sua existência insignificante.

Continuo firme a porta. Ele coloca as roupas e sai.

— Eu volto para conversar...

— Não se dê ao trabalho.

Fuzilo ele com os olhos quando ele passa por mim ao lado daquela mulher. Ele e a loira saem. Eu começo a vomitar de nojo e raiva de tudo aquilo.

— Era para isso que esse desgraçado precisava da casa vazia.

Eu jogo um vaso longe que se espatifa no chão em mil pedaços. E ainda assim estava mais inteiro que meu coração. Abro a Garrafa de vinho e começo a beber, ja estava com os olhos doendo e inchados de tanto chorar.

Peguei uma muda de roupa e fui para o quarto de hóspedes. Sentia nojo daquele quarto, daquela cama, e do que eu presenciei essa tarde. Sentia nojo do Robert.

Frígida?

Eu quero esmagar Robert. Quando ele rastejar aos meus pés será apenas para pisa-lo.

Disso eu tenho certeza.

| Não insista

Acordei no dia seguinte como se houvesse passado um trator em cima de mim, a garrafa vazia ao meu lado, a cabeça que latejava eram um lembrete do que havia acontecido. Mesmo sem querer eu precisava me levantar. Eu já estive no fundo do poço, não queria voltar para lá.

Levantei e fiz as minha higiene pessoal, desci para cozinha e para minha raiva Robert estava sentado à mesa como se nada tivesse acontecido. Cínico e dissimulado.

Rita estava servindo ele, pedi gentilmente para que ela se retirasse.

— Anne... eu vim conversar sobre o que você pensa ter visto ontem.

— Robert eu não quero olhar para essa sua cara de pau.

— Anne... Por favor. Eu errei eu sei disso.

Ele se levanta e para em minha frente.

— E vai dizer que esta arrependido?

Eu reviro os olhos.

— O nosso casamento...

— Vai dizer que estava em crise... que você estava desanimado e bla bla bla.

Dou um passo para trás.

— Nós nos afastamos tanto nos últimos tempos...

— E ai você vai dizer que sentiu as coisas esfriarem... e você se sentiu tentado.

— Droga Anne... Eu estou...

— Droga Robert! Eu que te digo! Eu estive aqui e você não viu. Eu te amei e você não valorizou. Eu te respeitei e você não. Trouxe uma vadia para a cama que era nossa, no dia do aniversario do nosso casamento!

— Anne...

— Agora você vai escutar! Se você não estava feliz você poderia ter pedido o divórcio. Quantas vezes eu tentei falar com você, e você me ignorava. Quantas vezes eu tentei chamar a sua atenção, e você não me viu. Não tem desculpa para o que você fez. Eu jamais faria isso com você. Você foi desleal, sujo e desonesto. Brincou com meus sentimentos e ainda teve coragem de me chamar de frígida!

Disse batendo no peito dele com raiva.

— Anne...

— Mas sabe o que é? Todas as vezes que eu te acariciava você não retribuia. Quando a gente transava você só se importava com o seu prazer. Como um perfeito egoísta. Saiba que nos últimos três anos eu não gozei nenhuma vez com você? E não foi é eu sou frigida. É por que você se tornou um merda na cama. E quer saber?! Estou cansada das tuas migalhas.

— Como você é baixa...

— Ah eu sou baixa? Devo estar a sua altura então. Baixa por estar falando a verdade?! Sério?! Olha Robert. Você ontem morreu para mim. Vá embora da minha casa.

— Nossa casa. Não vou embora Anne... Você esta de cabeça quente. Não podemos jogar tantos anos fora.

— Você jogou fora no exato momento que decidiu me trair.

— Mas não significou nada...

Anne: Nem o nosso casamento pelo visto. Se fosse eu Robert? Você jamais perdoaria. Agora me pede para relevar? Hipócrita.

— Anne... Me da mais uma chance.

— Você não vai sair?!

— Não vou... não posso te deixar.

— Não somos mais nada um do outro.

Subo as escadas, arrumo minhas coisas em algumas malas e coloco tudo no carro, não suportava ficar nem mais um segundo perto desse homem.

— Anne eu não posso te deixar ir...

— Não insista. Qualquer coisa agora entre nós será tratada por um advogado. Ele entrará em contato com você o mais rápido possível.

Saio sem olhar para trás. Sem pestanjear. Eu jamais aceitaria o que o Robert fez. A cara de pau dele me fez ter mais nojo dele ainda.

Eu só queria ve-lo um dia para eu o trate como o inseto que ele é.

Ligo para Sophie e peço para ela arranjar uma casa para mim.

Ela diz se pode me encontrar mais tarde. Eu digo que sim. Uma amiga nessas horas não é nada mal.

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