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O Silêncio Da Substituta.

01 capítulo.

Olá meu nome é Safira Martinez eu tenho 20 anos e moro com a minha mãe Luciene e a minha irmã Gêmea Samira, eu não vivo eu simplesmente só existo, por que tudo na minha vida é um verdadeiro martírio a minha mãe não me ama e não gosta nem um pouco de mim, o seu amor e dedicação são todos direcionados para a Samira, eu tenho um pequeno problema na fala, eu não consigo falar, eu não sou muda se é isso que estão pensando.

Quando criança eu tinha 6 anos sofri um trauma grande e des então eu não falo, vi uma coisa muito horrível e aquilo me desestabilizou de certa maneira que depois daquele dia onde o meu pai faleceu eu não consigo falar.

A minha mãe é uma pessoa muito difícil, e ficou pior depois que o papai se foi, ela pirou pelo menos comigo, quando criança me queimava com a ponta do cigarro que ela fumava aquilo doía tanto o meu coração e fez coisas ainda piores comigo, certa vez me colocou no mesmo quarto que ela e um homem aquilo era demais para mim eu uma criança vendo tudo que eles estavam fazendo e ainda por cima aquele homem asqueroso passou a mão em mim e me fez fazer coisas que não gosto nem de lembrar.

Daquele dia em diante eu tenho medo de homens, não consigo ser tocada pelo sexo masculino, nem um aperto de mão eu consigo, as minhas roupas são as mais cobertas possível sem mostrar nenhuma parte do meu corpo, sempre com blusas largas e calças folgadas, gosto de cobrir os meus braços para esconder as marcas da lâmina da gilete que a minha irmã me fez.

Elas são tão cruéis que um dia eu saturada disso tudo tentei o suicídio, cortei o meu pulso e só não morri devido a uma vizinha que veio aqui em casa e acabou me vendo jogada no chão e ligou para uma ambulância, a minha vida não vale nada, pelo menos terminei os estudos com muita dificuldade.

Ah 6 meses estou trabalhando na cozinha de uma lanchonete que graças a Deus só tem mulheres o único homem é o proprietário o senhor Augusto e ele só vem na lanchonete duas vezes por semana, eu só fico na cozinha e todo o meu salário a minha mãe e a minha irmã pegam me deixando sem nada, a minha mãe diz que é para cobrir as despesas da casa.

Kátia: O quê você tem hoje Safi tá tão distraída?

Balanço a cabeça que não é nada.

Kátia:Pode me contar sou sua amiga.

Pego o bloco de nota que eu sempre ando no bolso e escrevo para ela ler.

Safira: Não é nada só pensando na minha vida.

Kátia: Entendo já lhe falei se quiser sair da sua casa e vir morar comigo as portas estão abertas para você.

Pego o Bloco.

Safira: Obrigada, não há necessidade eu aguento mais um pouco.

Kátia: Não faça outra besteira.

Ela passa a mão na marca do meu pulso.

Balanço a cabeça que não, por que da próxima vez eu me atiro da ponte assim ninguém vai impedir-me e aqui em Madrid tem várias.

Do outro lado de Madrid.

Meu nome é Alejandro Torreto sou CEO das fábricas Torreto na Espanha atualmente moro com o meu pai na nossa casa aqui em Madrid, a nossa maior fábrica fica aqui, tenho 32 anos é a fama da família Torreto não é boa, somos homens de negócios e des que me conheço por gente o meu pai conduz as fábricas Torreto com mãos de ferro, nós somos muito respeitados aqui e por sermos pessoas difíceis de lidar surgiram alguns boatos sobre a nossa família de ser implacáveis e frios as vezes até cruel, mas esse é o nosso trabalho.

Pablo: Filho precisamos conversar!

Alejandro: Sente-se pai, o que aconteceu?

Pablo: Você precisa se casar.

Alejandro: Pai já conversamos sobre isso eu não quero me casar.

Pablo: Você não tem escolha e o prazo já acabou, e o contrato está acabando eu não vou perder essa chance de me vingar dela.

Alejandro: Você está me jogando para uma vingança que é sua me casando com uma qualquer.

Pablo: Eu vou tirar uma filha dela e ela vai se arrepender do que me fez, o contrato foi assinado pelo pai da garota, pois eles estavam atolados em dívida eu comprei a vida da filha deles e vou tomá-la.

Alejandro: Quer que me case ok eu caso, só no papel eu não quero saber dessa garota, não sei o que o senhor fará com ela não me interessa, só a deixe lá eu não quero ver a cara dela,me poupe por favor.

Pablo:Ok vou providenciar isso.

Ele se levanta e sai.

Essa vingança ainda vai me custar caro, não quero casar, não quero uma esposa vivo muito bem nas minhas farras não preciso de mulher enchendo o meu saco.

Não sei o que o meu pai tem na cabeça, não consegue esquecer aquela maldita mulher e quer torturar a garota, eu sinceramente tô fora.

Sei que para assumir toda a fortuna dos Torreto eu tenho que me casar, isso passa de pai para filho, foi assim com o meu avô, com meu pai e agora comigo.

Eu só não vou tolerar isso por muito tempo eu quero essa mulher fora da minha vida o mais rápido possível vai ser só 1 ano e depois tchau.

02 capítulo.

Safira.

Saio do trabalho e entro no ônibus, no começo o ônibus está vazio e a medida que vai parando nos pontos mais gente entra e um homem para ao meu lado, eu sei que é paranoia minha, mas não consigo ficar por mais tempo ali então desço no próximo ponto, sei que ainda estou longe de casa entretanto aquilo estava me sufocando, eu não consigo explicar o que eu sinto e uma fobia sem fim começo a tremer e suar frio então parece que o ar vai ficando cada vez mais escasso e eu tenho que fugir.

É final de tarde e a medida que vou andando respiro aliviada, demorou um pouco e eu cheguei em casa ouço a minha mãe falar com a Samira.

Luciene: E agora Samira o que vamos fazer?

Samira: Calma mãe a gente resolve isso.

Luciene:Você não entende, ele quer se vingar.

Chego na porta e ela para de falar ela olha para mim e diz.

Luciene: Vai ser você.

Eu digo na língua de sinais.

Safira: Eu.

Luciene: Você, você vai ficar no lugar da sua irmã.

Faço sinais.

Safira: Lugar da minha irmã para quê?

Luciene: Vai se casar, vai se casar com ele.

Faço sinais.

Safira: Casar? Eu não vou me casar com ninguém.

Ela chega perto de mim e bate no meu rosto.

Luciene: Vai sim.

Balanço a cabeça que não, eu não vou me casar com ninguém ela quer me ver morrer mesmo, antes disso eu me atiro de qualquer lugar casar não,ela me empurra e eu caio sentada no sofá tem uma tesoura na mesa do abajur então ela pega a tesoura e usa a ponta para me cortar.

Luciene: Você vai casar sim, vai ficar no lugar da sua irmã, vai ser Samira e não vai dizer nada ou eu mesmo corto a sua língua fora já que ela não presta para nada, ouviu vai ser a noiva substituta, vocês são Gêmea ele nem vai lembrar e aí de você escrever algo, eu mesmo te mato e não precisa que você o faça você mesma.

Nesse momento lágrimas rolam dos meus olhos além da dor que estou sentindo na palma da minha mão por ela ter a cortado o meu coração está dilacerado.

A campanhia toca.

Luciene: Estamos conversadas nenhuma palavra… ah esqueci você não fala.

Escondo a minha mão a apertando na minha blusa de frio para conter o sangue e ela vai abrir a porta.

Pablo:Boa noite.

Luciene:Boa noite senhor Torreto.

Pablo:Sem formalidades Luciene.

Luciene: Entre.

O senhor entra com mais dois homens grandes e fortes atrás dele e eu me arrepio inteira.

Pablo: Já faz tempo.

Luciene: Essas são as minhas filhas.

Ela aponta para mim.

Luciene: Samira e Safira.

Pablo: Vejo que a Samira cresceu.

Ele me olha.

Luciene: Por favor deixe a minha filha em paz.

A olho espantada.

Pablo: Nós temos um acordo, o seu marido deu a vida dela para mim.

Luciene: As minhas filhas são tudo para mim, não pode levá-la.

Ele dá um passo adiante e eu já saio da onde eu estava ficando em pé atrás do sofá.

Pablo: Você pensa que sou um homem que não cumpre a sua palavra, eu vou levá-la você querendo ou não.

Eu balanço a cabeça com lágrimas nos olhos, isso tudo é uma encenação ela não gosta de mim,me colocou como a Samira e está querendo o que com isso.

Luciene: Por favor não a machuque, eu imploro.

Enquanto isso a Samira assiste tudo sem dizer uma palavra.

Pablo: O quê eu farei com ela de agora para frente é problema meu, peguem ela.

Eles vem para me pegar e eu tento fugir o que é em vão,tento me soltar e mordo um dos homens.

Pablo: Não faça isso garota.

A minha mãe vêm e entra na frente do senhor.

Luciene: Não faça nada com ela.

Pablo: Tire as suas mãos sujas de mim.

Vejo a minha mãe com lágrimas nos olhos, o que ela pretende com tudo isso, o meu pânico começa a atacar estou suando frio, coração acelerado, dois homens me segurando um de cada lado,me debato tentando fazê-los me soltar.

Pablo: Apaguem ela.

Luciene: Não.

A minha respiração já está trancada dentro do peito, a minha mão sangra, os meus olhos estão marejados de lágrimas, como ela pode fazer isso comigo, me entregando a esse senhor como a Samira,porquê, sinto que eles colocam um pano na minha boca com o cheiro forte, já não tenho forças para lutar a vontade de gritar e tanta, mas não sai um som da minha boca vou ficando mole e a última coisa que eu vejo jogada nas costas desse homem é o sorriso de felicidade da minha mãe.

Pablo.

Aquela mulher ainda tenta me impedir de levar a sua preciosa filha, tive que apagar a garota confesso que ela é bem valente e lutou com bravura, só que não é pareio para mim, eles pegam uma mala que provavelmente deve ser as suas roupas, o meu advogado ligou e avisou que a gente vinha buscá-la.

Entramos dentro do carro e eles a colocam deitada no banco, percebo que a sua mão está sangrando com um corte, será que se machucou quando tentava escapar?

A vejo dormindo e retiro uma mecha que cobria o seu rosto, a diaba e bonita igual a mãe e que roupas são essas.

Saímos de lá direto para casa,os meus seguranças a carregam para o quarto de hóspedes e peço a uma empregada para cuidar da sua mão, não quero que isso infecione e assim a empregada faz, cuida da sua mão.

Eu peço para trancar o quarto e vou tomar um copo de bebida.

Alejandro: Pai.

Pablo:Oi filho beba uma bebida com o seu velho pai.

Lhe ofereço um copo de bebida.

Pablo: Ela já está aqui.

Alejandro: Quem?

Pablo: A sua esposa, está no quarto de hóspede.

Alejandro: Não quero vê-la de o contrato a ela e peça que ela assine eu não quero ver a cara dessa mulher.

Pablo: Tem certeza filho ela é uma mulher linda.

Alejandro: Não deve valer nada como a mãe então me poupe pai.

Pablo: Você que sabe.

E ficamos ali tomando aquele bebida em silêncio pai e filho.

03 capítulo.

Safira.

Acordo e sinto que estou numa cama macia, sento-me e levo a mão a cabeça ela está a explodir percebo que a minha mão tem um curativo a olho e quando olho para frente tem um senhor sentado na cadeira no canto,cubro-me e encosto-me no canto da cama assustada olhando ao meu redor procurando a porta.

Pablo: Até que enfim acordou Samira.

Ele chama-me pelo nome da minha irmã e eu o olho.

Pablo: Sabe por que está aqui?

Ele me faz uma pergunta e eu balanço a cabeça negando.

Pablo: Bem a um bom tempo atrás o seu pai estava atolado em dívidas e como eu era um conhecido dele pediu-me dinheiro emprestado, como ele não tinha garantias a dar-me, me deu a sua vida em troca da quantia, acertamos um contrato e ele me pagaria o dinheiro de volta e eu rasgaria o contrato.

O meu pai não teria essa coragem como pode fazer uma coisa assim.

Pablo: Mas não ocorreu como ele queria ele não conseguiu me pagar e infelizmente faleceu, então você deve está se perguntando o porquê de você estar nessa cama? Não se preocupe eu vou lhe dizer.

As minhas mãos já estão suadas, o meu coração acelerado e eu estou suando frio só de estar aqui trancada nesse quarto com esse homem, aquelas imagens de quando eu era criança começam a vir como fhases na minha cabeça.

Pablo: Você pertence a mim, a sua vida é minha, eu posso fazer o que eu quiser com você.

Ele se desencosta da cadeira, e eu entro em pânico total,ele vai fazer aquilo comigo como aquele homem me obrigou a fazer quando eu era criança.

Pablo.

Quando ele começa a sei lá querer tirar a gravata eu fico desesperada pulo por cima da cama e abro a porta batendo num homem no corredor e caindo de bunda no chão.

James: A senhorita está bem?

Ele estende a sua mão para mim, outro homem, são dois e ao fundo do corredor vejo outro vindo na minha direção.

Alejandro: Ei garota.

Não tenho dúvida de nada, me levanto caindo algumas vezes e começo a correr, o homem que gritou comigo fala.

Alejandro: Pare.

Olho para ele e quando vou olhar para onde estou indo é uma escada só sinto o impacto dos degraus no meu corpo e eu rolando escada a baixo.

Quando paro de rolar me sinto como se alguém estivesse martelado o meu corpo inteiro, o mesmo homem que mandou eu parar se abaixa ao meu lado a minha respiração começa a falhar.

Alejandro: Ei você está bem?

Eu não consigo respirar quero sair daqui, quero gritar, não quero que eles me toquem, uma lágrima rola dos meus olhos, Deus porque eu tenho que sofrer tanto acabe com isso de uma vez eu simplesmente não aguento mais.

A minha visão vai ficando escura, a minha cabeça dói, tudo dói então acabo perdendo o sentido e um buraco negro me consome.

Alejandro.

Já é manhã bem cedo,levanto e vou para meu banheiro tomar um banho,arrumo-me e saio no corredor dos quartos, o corredor aqui em casa dos quartos é grande por que possuem 5 quartos aqui no total, o meu, do meu pai,do meu irmão mais novo Bernardo que está estudando numa escola integral e só vem para casa na sexta, os outros são para hóspedes.

Ao sair no corredor vejo o James e a garota caída no chão então falo.

Alejandro: Ei garota.

Ela se assusta e tenta se levantar e correr em simultâneo, com dificuldade consegue e segue em disparada quando eu percebo que ela vai para a escada eu grito.

Alejandro: Pare.

Mas é tarde ela me olha e quando vira para frente só ouço o barulho do corpo se chocando com o chão meu pai já está fora do quarto junto com o James.

Alejandro: Ela rolou a escada.

Saio correndo e desço as escadas e a vejo jogada no chão com a sombracelha sangrando.

Alejandro: Ei você está bem?

Olho no seu rosto e vejo uma lágrima rolar nos seus olhos aquilo aperta-me o peito e ela desmaia.

O meu pai desce as escadas com James que já está no telefone pedindo ajuda.

Alejandro: Pai o que fez?

Pablo: Nada eu disse algumas palavras,só queria assusta-lá.

Alejandro: Olha no que deu pai independente de tudo ela é um ser humano e se ela morrer como ficamos?

James: Senhor já chamei o Dr Leonardo ele está há caminho, o que devemos fazer tirar ela daqui?

Alejandro: Não mexa nela, vai saber se quebrou algo, isso pode piorar deixe o Leonardo chegar.

James:Sim senhor.

O Leonardo entra pela porta da sala e avista ela no chão.

Leonardo: O quê aconteceu?

Alejandro: Ela caiu da escada.

Ele se abaixa perto dela e verifica se tem algum osso quebrado.

Leonardo: Vou pedir uma ambulância vamos ter que levá-la para o Hospital, se bateu a cabeça temos que verificar aparentemente ela não quebrou nada, vamos levar ela no hospital para exames.

O Leonardo levanta a manga da blusa dela para ver o pulso e vejo uma marca nele,ele nos olha sem entender.

Leonardo: Quem é ela?

Pablo: Esposa do Alejandro.

Eu olho para o meu pai.

Leonardo: Ela rolou a escada sem querer ou querendo?

Alejandro: Que pergunta é essa Leo?

Leonardo: Parece que você não conhece a sua esposa direito, Deus queira que eu esteja errado, mas essa marca é de alguém que já tentou o suicídio.

Alejandro:O quê?

Pablo:Não de ser!

Leonardo:Espero que não seja.

A ambulância chega e ela é levada ao hospital e nos vamos de carro.

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