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Hanafel (Versão Original)

Introdução

Olá, pessoal!

Bom, nesse meu perfil tem outra obra igual e com o mesmo nome, o problema foi que eu não consigo mais fazer alterações nessa outra obra, então estarei atualizando os capítulos por aqui agora.

Hanafel é um livro que já venho querendo escrever a muito tempo. Por ele ser um pouco complicado eu sempre adiava, mas agora criei um pouco de coragem e comecei a escreve-lo.

Hanafel é uma história sobre Reinos, Humanos e Criaturas Misteriosas.

Espero que vocês comentem bastante essa parte que vou postar agora.

Suas opiniões, sugestões e críticas é de suma importância para eu saber se estão gostando ou não da obra.

Me desculpem pelo erros de português, não sou profissional, sou apenas uma pessoa que gosta de escrever histórias imaginárias, mas caso alguém quiser corrigir os erros, pode ficar a vontade, eu não me importo e acaba sendo um aprendizado novo para minha pessoa.

Espero sinceramente que vocês gostem dessa história.

Um abraço e uma boa leitura.

Capítulo 1

Hanafel

A União dos Reinos.

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O Continente de Hanafel finalmente estava caminhando em direção a paz, depois de mais de trinta anos de guerras travadas por Reinos, muito sangue tinha sido derramado durante esse período, muitas pessoas inocentes morreram também.

Hanafel era uns dos mais antigos entre os continentes existentes do antigo mundo.

Um lugar de belas paisagens, cachoeiras e vastos vales rodeados por uma densa neblina, em um passado distante afirmavam serem lares de dragões.

As terras de Hanafel eram de grandes riquezas naturais, a maioria ficando na área leste do continente, conhecido como Vale de Sayfos. Fazendo assim haver constantes guerras nessa região.

Possuindo um povo de várias culturas, religiões e raças. Depois de trinta anos, acreditavam que os deuses tinham voltados a sorrir novamente para eles após os longos anos de guerras.

Após os sucessores dos Reis antigos assumirem, eles pegaram Reinos devastados e desolados pelas frequentes guerras que ocorriam no Vale de Sayfos, sendo as terras com as maiores reservas de diamante.

Os Reis atuais estavam cansados de tanta crueldade, dor, luto e sangramento causados por seus ancestrais em batalhas sem sentido, por míseros pedaços de terras e riquezas, que era extremamente abundante em Hanafel, mas a ganância é algo que o homem tende a cortejar por toda sua vida.

Eles resolveram então iniciar uma tentativa de paz em Hanafel.

Os Reinos de Arged, Caryad, Harpus, Gobaith e Awyd convocaram uma reunião no grande Palácio de Citorg, conhecido por ser o epicentro da diplomacia, construído a mais de um século atrás, ele era praticamente isolado das leis de seu Reino. Ficando localizado no centro do continente de Hanafel, pertencendo ao Reino de Harpus.

“A reunião da paz” como o povo chamava, aquele encontro entre os Reinos.

Nessa reunião os Cinco Reinos concordaram entre si em assinarem o tratado de paz, que duraria por dez anos, sendo possível prolongar caso os Reinos tivessem bons provendo dessa união.

Também criaram o “Livre Mercado”, aonde poderiam fazer trocas continuamente entre os Reinos, fazendo que produtos antes não ter valor algum, fossem negociados. Eles criaram também uma nova moeda, que chamaram de “Aran”, válida em todo o continente, sendo a mais valiosa entre as existentes.

Cada Rei teve o direito também, de escolher uma pessoa para um conselho geral em Hanafel, tendo o nome de “A Ordem”, os mais inteligentes e competentes foram escolhidos para representar suas Majestades.

“A Ordem”, seria responsável pela criação de novas leis, que abrangeriam todos os Cinco Reinos, e também iria ficar com a responsabilidade da criação de projetos para o desenvolvimento em Hanafel.

Muitos outros assuntos foram colocados a mesa naquele dia. O povo do lado de fora do Palácio aguardava ansiosamente o desfecho final daquela reunião.

A reunião que começou pela manhã, só viria acabar no raiar do sol de outro dia, quando os Cinco Reis saíram do grande Palácio de Citorg com as mãos dadas, demonstrando a união entre eles.

Naquele dia ouve festas e muita felicidade entre o povo de Hanafel.

“A Grande Ordem de Paz” como ficou conhecida por todos, se tornou o principal feriado em Hanafel.

Os Cinco Reinos iriam fazer uma grande festa durante os próximos dez anos naquela data para celebrar a conquista de um período tão aguardado de paz.

Começava então o “Tempo de Paz em Hanafel”.

Quase um ano após o acordo de paz, o continente de Hanafel nunca esteve tão próspero, havia comida e vida em abundância, os tempos de guerras era uma lembrança quase que esquecidas.

Muitos que duvidaram da união entre os Cinco Reinos, agora acreditavam ter sido um bem maior para todos.

O mundo via a aliança de Hanafel como algo extremamente positivo, muitos lugares que antes estavam em guerra seguiram seu exemplo, e fizeram um tratado de paz também. Vendo que ambos poderiam se beneficiar. “Por que continuar a comprar as batalhas de nossos ancestrais”, eles diziam uns para outros.

Faltando apenas três dias para o grande festival de comemoração de um ano de Paz em Hanafel, nos vilarejos e cidades só comentavam sobre a festa, e do quanto eles prosperaram naquele ano.

Praticamente estava tudo pronto, e novamente os Cinco Reis iriam se encontrar no Palácio de Citorg.

Capítulo 2

Reino de Arged

Vilarejo Dingos, faltando apenas dois dias para o festival.

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Naquela noite no Reino de Arged, em um vilarejo chamado Dingos, que ficava bem ao leste, beirando o Grande Mar, dois guardas de vigia em uma torre comentavam sobre como “A Grande Ordem de Paz” tinha trazido benefícios para eles.

Um deles dizia:

- Esse ano no Natal comprarei tudo do melhor para minha família, já que estamos sendo muito bem pagos para simplesmente olhar para o escuro – disse o guarda experiente rindo.

O outro guarda, esse mais jovem, também caiu em gargalhadas e falou:

- Já eu, passarei a noite com belas mulheres ao meu redor, estarei aproveitando minha juventude – comentou se vangloriando.

Alguns segundos após cessaram as risadas escutam um barulho vindo de uma moita escura a frente.

- Você ouviu? – perguntou um dele curioso.

- Deve ser apenas algum animal – respondeu o outro se acomodando, totalmente relaxado.

O barulho ficou mais alto, e veio um grito que arrepiou os dois. Eles resolverem então averiguar oque estava acontecendo...

Já uns metros distante da torre, segurando tochas, caminharam lentamente em direção a moita da qual os gritos vieram.

O guarda mais experiente puxou sua espada e apontou em direção a moita, ele sendo precavido, dava pequenos passos.

Com um pulo alto, salta um esquilo do arbusto em seu rosto...

- Droga! Me ajuda... – falava o soldado se debatendo com o esquilo em seu rosto.

O animal parecia estar descontrolado, prevendo talvez um possível caos.

O outro soldado se acabava em risadas, faltava ar para sair suas palavras.

Quando o guarda experiente, finalmente conseguiu se livrar do esquilo... comentou:

- Rara! Rara! Muito engraçado... – disse guardando sua espada com uma expressão de raiva – Mas que estranho... – continuou a falar.

- O que é estranho? – perguntou o guarda mais jovem.

- Aquele grito de arrepiar que sentimos tempos atrás, acredito não ser desse esquilo...

O guarda experiente, conhecendo bem aquela região tinha certeza de nunca ter ouvido tal grito, muitos menos seria de um esquilo.

Os dois soldados então, começaram a sentir calafrios, vindos de ventos, fortes e frios, que faziam seus dentes tremer e pernas tremerem. Pensaram estar doentes já que ainda o começo de outono, e aqueles ventos pareciam vim do frio extremo da estação gelada.

Em suas frentes começaram a aparecer pequenas bolhas brilhantes, tomando suas totais atenções. Essas bolhas começaram a se juntarem rapidamente formando um enorme portal negro.

O portal tinha cerca de dez metros de altura, e de largura aonde poderia facilmente sair um elefante, seu formato era todo irregular e ventos fortes saíam dele.

Os guardas não conseguiam se mexer, suas pernas pareciam ter sido completamente congeladas. Seus olhos ficaram fixados naquele enorme portal.

Um grito veio de dentro do portal. Um grito tão alto que ecoou a quilômetros de distância, acordando todo o vilarejo.

Os tímpanos dos dois guardas estouraram, eles gritavam de dor, mas nada podiam fazer, pois estavam em estado de choque e não conseguiam se mexer um centímetro sequer.

Uma criatura horripilante começou a sair daquele portal. Sua aparência jamais vista, parecia ser algum tipo de animal, sua pele parecia estar podre, possuindo uma coloração amarronzada, seus olhos estavam tampados por uma pele grossa que se abriram ao vê os guardas. No lugar do seu nariz apenas existiam dois buracos profundos, assim como suas orelhas, sua calda balançava de um lado para outro fazendo barulho de lâminas afiadas, dentes grandes, pontudos e afiados. A criatura tinha o corpo extremamente magro, não possuindo pelo algum. Seu tamanho e aparência eram comparadas a de um leopardo adulto.

A criatura começou a caminhar lentamente em direção aos dois.

Com a cabeça levantada parecia estar farejando alguma coisa.

Chegou então em frente ao guarda mais novo.

Sua língua era grande, de cor escura. A criatura então começou a lamber o sangue no pescoço que escoria do seu tímpano estourado, do guarda.

O guarda fazia uma expressão de pânico total, seus olhos se arregalaram, seu corpo começou a tremer e acabou se mijando nas calças.

O outro guarda que já havia voltado a recobrar sua consciência, vendo toda aquela terrível cena... Falou sussurrando:

- Não se mexe!

O guarda apavorado pela criatura em sua frente, virou seus olhos trêmulos em direção a seu colega de turno. Viu ele pegar sua espada e quando já estava pronto para aplicar um golpe na criatura, acabou parando, e gorfando sangue pela sua boca.

O guarda com os olhos ainda trêmulos viu seu colega ser rasgado na barriga com a calda de outra criatura, suas tripas saíram e se espalharam pelo chão.

O guarda mais novo ao vê seu colega sendo morto de forma brutal, deu um grito alto ódio e tentou pegar sua espada, mas logo foi impedido pela criatura que rasgou seu pescoço com uma mordida mortal, sugando seu sangue em seguida.

A criatura novamente deu um grito, como se estivesse mostrando superioridade aos humanos naquele momento.

Aos poucos centenas, milhares de criaturas começaram a sair daquele portal negro.

Os gritos de desesperos, pedidos de socorros dos vilarejos e cidades da costa leste ecoavam por toda parte.

Mulheres, homens, crianças, bebês e animais foram todos massacradas pelas criaturas.

Apenas restaram destruição e sangue por onde passavam.

Naquele noite outros três portais também se abriram em pontos separados na costa leste de Arged, levando a praticamente a destruição total do seu Reino, sobrando apenas duas cidades, Freud e Cred. A família Real conseguiu fugir para o Reino vizinho de Caryad.

“A noite mais sangrenta e triste da história da humanidade”, assim ficou conhecida por todo o continente de Hanafel.

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