Há 1000 anos formava-se o Reino de Antígena, um reino híbrido habitado por humanos e dragões.
Provavelmente os dragões tenham sido os primeiros mitos ou manifestações culturais criadas por seres humanos, porém os humanos puderam ver e comprovar que os dragões eram mais reais do que imaginavam, essa comprovação veio a cerca de 1000 anos atrás, quando um enorme tornado se formou no céu de um vale habitado por humanos de origem simples.
Dentro desse tornado havia uma horda de dragões liderados por um casal, os fundadores de Antígena, Drogum e Yanchi, dragões do ar, poderosos e ambiciosos. Juntos estabeleceram seu controle sobre os humanos e reinaram sobre sua terra, com muito poder.
Drogum e Yanchi eram da família real no Reino dos Dragões. Um Reino totalmente afastado da terra dos humanos. Nenhum humano nunca chegou perto do Reino dos Dragões.
O Reino dos Dragões fica nas nuvens, acima da terra dos humanos.
É um lugar cercado por força e magia. Apenas dragões de diversas classes, vivem neste reino, liderado por uma família de dragões do fogo e do ar, os elementos mais fortes. O fogo para o ataque e o ar para fuga, enquanto a água e o gelo servem mais para defesa.
O casal fugiu do reino, após serem perseguidos por seus irmãos que proibiam a sua união enquanto casal. A união de dois dragões do ar, era vista como perigosa pelos demais dragões. Visto que juntos poderiam dar origem a dragões poderosos que dominariam qualquer elemento da natureza, portanto deveriam se casar com dragões de outras classes para assim manter o equilíbrio do reino, e perpetuar a espécie de dragões do ar.
Mas os dois se amavam muito, e sua ambição desejava ver quais filhos teriam, e como isso os ajudaria a alcançar o poder que tanto almejavam possuir. Então em um ato de bravura, fugiram para a terra dos humanos.
Juntos conseguiram provocar um tornado trazendo consigo uma horda de dragões inferiores (sem nenhum poder). Esses dragões deveriam servi-los onde quer que fossem.
Ao caírem na terra dos humanos, seus corpos foram transformados e ganharam uma forma parecida com a forma humana. Não poderiam mais voar, pois sua nova forma não possuía asas, porém mantiveram os seus poderes de dragão.
A forma humana facilitou que conseguissem se misturar e serem de certa forma, bem recebidos pelos humanos. Porém ao revelar os seus poderes conseguiram facilmente derrotar e dominar os humanos, fazendo-os seus súditos temerosos e fiéis.
Em Antígena os dragões eram como deuses, servidos e obedecidos.
Para impedir que a sua temida fúria de dragão acabasse destruindo os humanos e a própria Antígena, o casal fundador decidiu criar um Código de conduta, cada dragão deveria ter o seu. Esse código norteava o momento em que o dragão atacaria e até mataria outro dragão ou humano, impedindo-os de atacarem aleatoriamente quebrando o equilíbrio do reino.
Drogum e Yanchi estabeleceram Antígena como o seu código, então o único motivo que os fazia lutar seria para proteger o reino que criaram e amaram. Obrigaram até mesmo os dragões inferiores criarem códigos de conduta, afinal apesar de serem indefesos contra o poder dos fundadores, os dragões inferiores eram mais fortes e resistentes que os humanos.
Apenas os humanos não poderiam ser obrigados a construírem esse código, porém, os humanos de Antígena, respeitavam as leis e nunca se rebelaram contra os dragões, nem lutavam uns contra os outros.
Após subjugar os humanos e construir Antígena, utilizando o seu poder de dragão. O casal deu a luz a seus seis filhos, formando assim a poderosa Família Drákøn.
Seus primeiros filhos foram Devon e Rainir, gêmeos dragões do fogo, os mais poderosos de todos os dragões, corpos praticamente imperfuráveis, e cuspiam o legítimo fogo de dragão, fogo este que nada poderia apagar, a não ser o ar produzido pelos dragões do ar. Eles teriam a missão de governar Antígena, visto que eram o casal mais forte de todos.
Em seguida nasceram os dragões da água, os gêmeos Rujin e Ácua, fortes, de corpos praticamente imperfuráveis, tinham domínio sobre as águas, controlando mares, oceanos, rios, córregos, enfim toda água do planeta estava sob o seu domínio. Eles deveriam zelar pelo bem estar da natureza, mantendo terra e água em equilíbrio.
E por fim, tiveram seu último casal de gêmeos, os dragões de gelo, Drogo e Crysta, também de corpos praticamente imperfuráveis, tinham o poder de produzir o gelo diante de qualquer coisa, tudo que tocavam poderia se transformar em gelo puro.
Para estabelecer o seu controle no reino Drogum e Yanchi obrigaram seus filhos a se casarem com seus gêmeos, a fim de construir uma família sólida e pura. Assim surgiram as casas de fogo, água e gelo. As três casas tinham a função de auxiliar no controle de Antígena, controlando os humanos e os dragões inferiores. Juntos os elementos se completaram, construindo assim um reino sólido e próspero.
Esse era o grande desejo do casal fundador. Porém perceberam que obrigar seus filhos a se casarem, foi um grande erro, visto que as três casas não eram unidas como deveria ser.
Fora que havia muitos problemas dentro de casamentos sem amor. O casal percebeu que estavam cometendo o mesmo erro de seus irmãos, ao obrigaram seus filhos a se casarem pelo dever e tentarem impedir que eles se casassem por quem estavam apaixonados.
Então decidiram que seus netos e demais membros da família se casariam com quem quisessem, desde que fossem com outros dragões inferiores ou da Familia Drákøn, mas jamais com humanos.
Devon e Rainir filhos mais velhos do casal fundador, foram obrigados por seus pais a se casarem a fim de dar a continuidade a família Drákøn, tendo filhos, dragões de fogo puros e fortes o suficiente para continuar dominando o reino híbrido de Antígena.
Após o casamento eles foram escolhidos por seus pais para serem os Reis de Antígena e seus irmãos deveriam usar seus poderes para proteger o reino e obedece-los sem pestanejar.
O grande problema, era que Devon e Rainir além de não sentirem amor um pelo outro, também não se gostavam nem como irmãos.
Devon era autoritário, implacável, vingativo e fazia qualquer coisa para alcançar os seus objetivos. Seu código de conduta se limitava a proteção de Antígena, assim como seus pais.
Já Rainir era mais amável, e dedicada a família, porém também sabia ser forte e implacável quando necessário. Seu código era proteger a casa de fogo, sua família, apesar de ser tão mal tratada por Devon ela o tinha como algo valioso em sua casa.
Após seus primeiros 50 anos de casados, Devon e Rainir não tiveram filhos. Seus pais já estavam impacientes com a demora nessa reprodução. O próprio Devon estava nervoso sem saber o que fazer para que Rainir finalmente pudesse gerar um dragão de fogo. Não importava o que fizessem esse ovo nunca vinha.
Devon tinha muitos amantes, ele procurava afundar as mágoas de seu casamento sem amor, no colo de dragões inferiores ou de humanos, não importava se eram machos ou fêmeas, desde parecessem delicados e indefesos, esse era o tipo que Devon mais apreciava ter em sua cama.
Com uma dessas amantes, Devon acabou tendo a surpresa. Um certo dia, soldados trouxeram uma dragoa inferior que estava tentando fugir de Antígena, era uma das amantes de Devon, e estava levando um ovo consigo. Devon não podia acreditar no que via, era um legítimo ovo de dragão de fogo, finalmente Devon teria o seu filho tão esperado.
Como punição Devon mandou torturar e matar a dragoa que tentou fugir levando seu filho para longe do pai, afinal isso era muito mais do que família, era a proteção de Antígena.
Um ovo de dragão de fogo deve se manter aquecido até que o momento do nascimento, Devon o aqueceu com seu fogo, para garantir que este nunca se apagaria e nada aconteceria com o seu primogênito.
Algumas semanas depois, nasceu o primeiro filho de Devon. Um macho a qual ele chamou de Aemon Drákøn. O futuro rei de Antígena.
Aemon era forte e valente, muito poderoso enquanto dragão de fogo. Ele tinha muita ambição e obedecia a seu pai cegamente. Rainir foi obrigada a aceitar Aemon como seu filho, porém ela o odiou desde o momento em que viu aquele ovo.
Mais 50 anos se passaram e Rainir continuava sem colocar nenhum ovo sequer. Devon também não conseguiu gerar mais nenhum ovo em suas amantes.
O casal fundador decidiu que era a hora de Aemon escolher uma esposa e assim tentar ter os seus filhos, porém Devon tinha outros planos para Aemon.
Devon convenceu Aemon a se deitar com Rainir e assim tentar que eles tivessem filhos, para que Devon pudesse cria-los como seus, essa era também uma tentativa de Devon de gerar filhos mais fortes com a genética de dois dragões do fogo.
Mesmo odiando Aemon, Rainir concordou com a cópula. Os dois tiveram relações sexuais algumas vezes, em todos os momentos Rainir se sentia suja e se odiava por isso. Mas o resultado finalmente veio. Rainir colocou um ovo. Fazendo com que Aemon assumisse seus filhos como seu código de conduta.
Semanas depois nascia sua primeira filha, Feyre Drákøn. Ela era uma dragoa, forte, a mais forte entre de todos, seu poder superava até mesmo o de Devon. Ela era a junção de dois dragões de fogo, era exatamente o que o casal fundador desejava para Antígena, uma família de dragões fortes e extremamente poderosos.
Apesar de tanto poder Feyre era de uma aparência simples e delicada, até parecia frágil aos olhos humanos. Tinha pequena estatura e um corpo magro. Ela exalava ternura, mas era cruel e astuta quando necessário, seu código de conduta era a proteção de sua família em especial a casa de fogo.
Sua delicadeza e ternura fez com que Feyre fosse muito amada por sua mãe e seu pai, Aemon, porém Devon a assumiu como filha legitima e sobre sua relação com ele, falaremos em breve.
Rainir e Aemon continuaram mantendo relações sexuais, até que ela colocou mais dois ovos.
Seus filhos gêmeos Daemon e Aegon. Eles eram fortes e determinados, extremamente poderosos assim como Feyre.
Daemon tinha uma personalidade difícil de decifrar, alguns até achavam que era um tipo de psicopata sem sentimentos, que se preocupava apenas consigo mesmo, afinal o seu código de conduta se limitava a não interferir em situações que não fossem do seu interesse.
Ele era uma pessoa muito calada e quase inexpressiva. Geralmente era frio e distante, o que dificultava o seu relacionamento com os pais, principalmente com Devon, o qual não reconhecia como pai legitimo. Daemon em sua aspereza era mais perigoso que o proprio Devon. Os únicos que recebiam afeição de Daemon eram seus irmãos e seu primo Raijin da casa da água.
Já Aegon era um apaixonado, alegre, romântico, nem parecia ser um dragão de fogo tão poderoso e destrutivo. Tinha seus irmãos e esposa como Código de conduta. Ele se casou com uma dragoa inferior chamada Tânira, sendo o único casado dentre os filhos da casa de fogo.
Após o nascimento de seus 3 filhos, Rainir pensou que não teria mais que se deitar com Aemon, porém a sede de poder de Devon a obrigou a continuar tendo relações com ele a fim de gerar mais e mais filhos.
Rainir se sentia suja, toda vez que era obrigada a deitar com Aemon, ela o odiava mais que tudo, foi então que num ataque de pânico e fúria, Rainir atacou Aemon com seu legítímo fogo de dragão. Ele não era tão forte quanto ela, visto que tinha a genética de um dragão inferior. Assim durante o ataque Aemon acabou morto e Feyre se tornou a nova primogênita, herdeira do trono de Antígena.
Devon sofreu amargamente a morte do seu primogênito. Rainir foi punida com a prisão no fosso dos Dragões, onde deveria definhar até a morte.
Porém para a surpresa de todos, na prisão Rainir, já beirando a morte, foi violentada por um dragão inferior e com ele teve um filha. Freydes Drákøn.
Freydes foi encontrada definhando ao lado da mãe, ela foi levada a Devon que a aceitou como filha. Rainir acabou morrendo no fosso.
Freydes era uma dragoa, forte e romântica, que vivia a sonhar com o dia em que encontraria seu grande amor e a ele dedicaria a sua vida. Seu código de conduta era sua família de fogo e o amor de sua vida, seu primo Ice da casa de gelo.
Assim estava composta a família da casa de fogo, a mais poderosa e temida de Antígena.
A casa da água foi formada pelos dragões gêmeos Rujin e Ácua. Ambos obrigados por seus pais a se casarem afim de dar origem a dragões fortes com o legitimo dom de dominar as águas. Diferente de seus irmãos da casa do fogo, o casamento de Rujin e Ácua tinha muito amor e união.
A casa da água não é tão poderosa quanto a de fogo, visto que o fogo de dragão não pode ser apagado por nenhuma água neste universo. Além disso os dragões da água não tem poder para produzir a água em si, eles apenas tem o controle sobre as águas já existentes na Terra.
Assim a casa da água, acaba servindo de apoio a casa de fogo na proteção e controle de Antígena, visto que com o poder sobre a água, eles possuem o controle sobre as chuvas, mares, oceanos, rios, e assim podem impedir enchentes, escassez de água ou inundações, além de servir de proteção contra povos ou dragões invasores.
As casas de água e fogo sempre foram unidas, dentre os seis irmãos, Devon, Rainir, Rujin e Ácua são os únicos que nunca tiveram problemas quanto a gestão de Antigena, formando assim uma fiel e próspera parceria nos negócios. Além de seres amigos íntimos. Diferente dos seus irmãos e sobrinhos da casa de gelo que sempre discordam e causam problemas para o reino.
Rujin é bastante enérgico e muito poderoso. Seu temperamento explosivo se assemelha ao de seu irmão Devon. Por ser um pouco impulsivo e por tanto perigoso, ele estabeleceu Antígena e a família Drákøn como seu código de conduta.
A ambição de Rujin se limitava a ver o reino criado por seus pais prosperar, para tanto se dedicou a ajudar Devon a reinar, sendo seu melhor amigo e seu braço direito em tudo, exceto nos problemas que Devon causava a sua família da casa de fogo, perseguindo Rainir e seus próprios filhos.
Seu casamento com Ácua era uma união forte, visto que se amavam como irmãos e como um casal. Tudo em sua casa da água era resolvido com conversas e todos se apoiavam sendo incentivados e seguindo o exemplo de seus pais.
Ácua era uma dragoa determinada, forte, e apaixonada pela natureza. Como dragoa da água, manter a natureza preservada e em equilíbrio era a sua maior função. Para isso ela se dedicava incansavelmente em impedir que os humanos e sua própria família prejudicasse esse equilíbrio.
Assim seu código de conduta era a natureza, cuja a qual, segundo ela, seria responsável pela manutenção de Antígena e seu povo híbrido.
Após seus 30 anos de casamento, Ácua finalmente colocou seus primeiros ovos, dando origem a seus dois filhos gêmeos, Valinor e Ácuarini. Os ovos de dragão da água precisam ficar submersos até o nascimento. Ácua colocou seus ovos em um aquário em seu quarto, assim pôde cuidar de seus filhos durante toda a incubação.
Valinor era um dragão muito poderoso, seu poder superava o de seu pai Rujin. Ele trabalhava diretamente com Devon, Rujin e Feyre, na administração de Antígena. Assim como o pai ele amava Antígena e era leal a casa de fogo. Seu código era Antígena, a proteção do reino que servia e amava.
Muito comprometido com os valores e a perpetuação da família, Valinor se casou com uma dragoa inferior chamada Alina, com o objetivo de ter filhos da água fortes o suficiente para proteger Antígena de quaisquer invasores. Alina era romântica e apaixonada por Valinor, juntos construíram um casamento sólido e feliz.
Ácuarini, a primeira fêmea do casal da água, foi criada como a princesinha da família, tinha uma aparência quase angelical, exalava ternura por onde passava. Mas a real personalidade de Ácuarini destoava de toda casa da água.
Diferente dos irmãos e dos pais, ela não prezava pela proteção e equilíbrio de Antígena, ela queria mais do que ser apenas a casa protetora e servidora. O desejo de Ácuarini era ser parte da casa que dominaria e reinaria sobre Antígena. Seu código de conduta era ela mesma. Ácuarini lutava apenas contra aquilo que ameaçava sua vida ou ia de encontro aos seus interesses.
Ela amava e estava prestes a casar com Cólin, o filho mais novo da casa de gelo. Juntos representavam uma grande ameaça a Antígena e principalmente a casa de fogo. Visto que juntos com o irmão mais velho da casa de gelo, estavam determinados a derrotar a casa de fogo e estabelecer o seu controle sobre Antígena e depois sobre todos os reinos dos humanos.
Anos depois do nascimento dos gêmeos da água, Ácua deu origem a um novo ovo, mais um legítimo dragão da água. Como os outros dois, Ácua zelou com muito carinho desse ovo e vigiou toda incubação de perto, através do aquário.
Em poucas semanas nasceu Raijin o terceiro e último filho do casal da água.
Raijin era pequeno e delicado em sua aparência, muitos diziam que em nada ele parecia com sua família de dragões, não era tão poderoso quanto seus irmãos, mas herdara o grande coração de sua mãe, assim como o seu amor pela natureza e sua força de vontade em manter tudo no mais perfeito equilíbrio.
Ele era leal a casa do fogo. Gentil com todos Raijin era o neto preferido do casal fundador, sendo tratado com muitos mimos. Toda essa preferência deixava Ácuarini com raiva do irmão caçula.
Raijin tinha a casa da água e do fogo como seu código de conduta, em especial o seu primo Daemon, que mesmo sendo tão misterioso, despertava um sentimento de carinho em Raijin. A amizade entre os dois é algo que falaremos em breve.
Assim estava composta a casa da água, não tão poderosa, porém importantíssima para o desenvolvimento de Antígena e sua relação com a natureza ao seu redor.
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