Lisa é uma jovem órfã, criada pelos seus tios, sua tia irmã de sua mãe, e uma mulher fria e ruim, sempre a tratou com indiferença, ela tem um casal de primos, Rai e Lúcia, ela sempre quis ser amiga deles. Inútil. No fim ela estava mais pra uma história de Cinderela.
Sempre ficou com os restos de Lúcia, apesar de ser um ano mais velha, era bem mais magra, acordava cedo, limpava a casa, lavava a roupa, e fazia tudo o que tinha pra fazer desde os 15 anos de idade. Quando sua tia retirou dela os poucos privilégios que ela tinha, como poder fazer as tarefas quando chegava da escola, agora só faz quando termina os afazeres. Janta na cozinha sozinha pois a mesa só tem 4 cadeiras, uma pro tio Gustavo, uma pra tia Marina, e as dos primos.
Dos pais só restou uma foto. Que as vezes ela pegava pra olhar e chorar.
Quando fez 25 anos seus primos foram pra faculdade, e ela não, seus tios não tinham dinheiro pra pagar três faculdades, então ela ficou na fazenda dos tios. Cultivavam cana, ela trabalhava o dia todo, como eles gostavam de dizer, pagava pra não viver de favor.
Já não suportava ser humilhada dentro de casa, então se mudou pra dispensa, era loucura, mais montou seu cantinho. lá do lado do palheiro. Ficava perto dos animais, ela os amavam, e a noite, ela conversava com eles enquanto olhava pro céu e escrevia no seu caderno, entitulado, meu melhor amigo.
Nunca imaginou que esse hábito, salvaria alguém um dia.
Mais uma noite olhando as estrelas até o sono chegar, não podia assistir, gastaria energia, então lia algum romance, sonhava com um amor impossível, até adormecer.
De manhã, acordava as 5 calçava a botina, e colocava seu chapéu, era mais um dia na lida, trabalhava com os outros peões.
Já havia sofrido assédio, mais não deixava por menos, enfrentava os que se aventuravam.
Seu tio mesmo havia tentado uma vez, e ela pegou a faca e o ameaçou, isso foi um dos motivos de ir dormir fora da casa, pois sua tia sabia que ele a desejava, e a culpava por isso, dizia que ela se insinuava, que era uma qualquer. Então passou a ficar menos perto deles, e juntar seu dinheiro, sonhando com o dia que fugiria de lá.
Marina
Lisandra é como a minha irmã, uma qualquer, não pode ver um homem que se atira. O pai de Lisandra era o amor da minha vida, eu o vi primeiro, mais ele escolheu ela, e eu me casei com esse traste do Gustavo, nunca vivemos bem, primeiro nos casamos pela gravidez do Rai, e depois continuamos pela Lúcia, mais hoje em dia, vejo como ele olha pra lisandra, Ela cobiça parece um cachorro. Não queria ficar com ela, mais só sobrou eu pra cuidar dela, nunca consegui dar pra ela amor, na verdade torço pelo dia que ela seguirá seu caminho.
Rai tem me dado trabalho, Gustavo não sabe, na verdade sempre me disse pra pagar a faculdade da Lisandra e deixar ele aqui, mais eu não faria isso com meu filho.
E agora ele a cada dia me aparece com uma nova divida.
Já vendi aliança, penhorei joias, gastei minhas economias.
E agora ele terá que se virar sozinho.
John
A máfia está em crise, meu pai está jogando leito de morte, e eu não sou aceito pelos outros, tenho dois conselheiros, e eles colocaram dois seguranças ao meu lado.
Meu pai está recebendo os seus aliados, disse que os incetivariam a me apoiar. Quando menos espero chega quem não era necessário, meu querido primo.
Fico olhando de longe a intimidade dele com todos, ele tem 50 anos e ele quer meu lugar.
Ora ora, se não é o meu querido primo Gérard, falo sarcasticamente.
Gérard
Oi priminho, como está, soube que meu tio está em seu leito de morte. Mais o engraçado é que você não me disse nada.
Ainda bem que temos amigos.
John
Sério? Sua presença não se fazia necessário, já que nunca veio em dias bons mesmo, nunca aguentou a Ascenção do meu pai não é mesmo.
Gérard
Você jamais conseguiria manter a "família" nos trilhos.
John
Quem é você pra dizer isso, seu babaca!
Gérard
Eu sou quem vai tirar você assim que meu velho tio morrer. E eu terei a maioria dos votos.
John
Sucessão, já ouviu falar?
Você só me tira daqui morto!
Gérard
Que seja então!
John
Isso é uma ameaça?
Gérard
Entenda como quiser!
John
Sai da minha casa agora! Guardas!
Gérard
Não precisa, eu sei o caminho.
Nos vemos logo logo.
John
Eu avanço nele, e dou uma porrada, e ele revida, me dá um soco no olho, eu revido e somos separados.
Gérard
O que é seu tá guardado. Você não perde por esperar.
John
Pode vir idiota, eu tô te esperando! tô esperando.
Gérard
Nao precisa sentar!
John
Ele fala e saí, e eu fico possesso de ódio. Desgraçado. Preciso ficar esperto com ele.
JOHN SEU PAI TA TE CHAMANDO.
Ouço o mordomo me chamar e entro no quarto.
Pai...
George
Filho, se aproxime.
John
Pai...
George
Você é meu sucessor, não permita que te manipulem, faça tudo que preparei você pra fazer, justiça pros irmãos, não seja egoísta, não seja um homem ruim, não se deixe levar pelos sentimentos em decisões difíceis. E filho, eu te amo mais que tudo nessa vida.
John
Pai, eu não sei se vou conseguir, eu não sou bom o bastante. Eu não sou você.
George
E isso te faz, especial, te faz um ser único. Você será ainda melhor do que seu velho pai! Sua mãe teria orgulho do homem que se tornou.
John
Pai, não vai, você ainda é novo!
George
Fala isso pro meu câncer, as bebidas, as noites em claro com meus charutos cubanos, isso cobrou um preço alto, mais eu vivi bem e feliz, eu parto em paz.
John
Me deitei ao lado do meu pai e ele ficou fazendo carinho nos meus cabelos, eu adormeci, e quando acordei seu corpo estava gélido. Ele havia partido. Nunca imaginei sentir tamanha dor novamente, pois perdi minha mãe com 20 anos. Morta em um ataque contra a gente. Essa vida nos cobra um preço alto. Preciso honrar a memória deles. Vá em paz papai, Eu vou ser um cara bom
Já faz um mês que seu pai morreu, ele não havia feito nada de errado como o seu querido primo gostaria, foi preparado pra estar ali e assumir os negócios.
Tinha seus conselheiros que não confiavam muito nele ainda, mais era só questão de tempo.
Estava analisando papéis quando Victorio chegou, ele era o encarregado da logística dos carregamentos.
Victorio
— Vitória na Guerra
John
— Vitória na guerra!
Victorio
—Precisamos ir ao Brasil.
John
—E isso por que?
Victorio
—O carregamento que vem de lá é misto, e precisamos conferir, são espertinhos.
John
—Nunca deu problema! ou deu?
Victorio
—Não dá pra confiar, eles não são tão confiáveis nesse quesito.
John
—Se não tem outro jeito. Então partimos amanhã. Qual cidade iremos?
Victorio
—Rio de Janeiro!
John
—Sairemos amanhã de manhã.
Victorio
—Vitória na guerra!
Ele se despediu e Depois que ele saiu John ligou pro seu tio, que é quem ele confiava de verdade.
Eduard
—Querido sobrinho, Vitória na guerra! Como andam as coisas? perguntou ele...
John
—Tio meu pai costumava conferir mercadorias vindas do Brasil?
Eduard
—Não sei, mais as coisas vão mudando!
porquê?
John
—Victorio, me disse que precisamos ir lá amanhã conferir pra garantir.
Seu tio ficou desconfiado....
Eduard
—Vou te dar um conselho, coloque um colete, embaixo das suas roupas. Não deixe que saibam, isso faria com que ficasse um clima ruim. E seja esperto, pense sempre o que aconteceria. Ao tomar suas decisões. E se quiser eu vou com você.
John
—Não precisa, nós ficaremos apenas um dia lá.
Eduard
—Se cuida, Brasil é lindo, mais é perigoso.
John
—Não se preocupe tio vai dar tudo certo, quem sabe eu até dou uma sambada. Agora preciso ir....
Vitória na Guerra tio, amanhã a gente se fala.
Eduard
—Se cuida bambino, Te amo.
John
—Também te amo tio.
Se despediu e Foi pra casa organizar uma mala de mão com pertences, e também uma pro dinheiro.
Uma sensação ruim o invade. pensou ser falta do seu pai....
Deitou na cama e ficou imaginando, como seria que iria prosseguir sem ele.
Acordou de manhã tomou banho fez higiene e vestiu sua roupa, estava entrando no carro quando lembrou do que seu tio disse.
Pediu que esperassem pq havia esquecido uma coisa.
Entrou abriu seu armário e pegou o colete, retirou a parte de cima da roupa e colocou o colete de forma que não ficasse visível, colocou seu terno e saiu...
victorio
—Não tinha esquecido algo?
John
—Acho que já havia guardado.
Victorio
—Ok Dom então podemos ir?
John não gostava dele! Sarcástico, tinha a impressão de que não o suportava, na volta iria ver o que faria, precisava confiar em quem está ao seu lado, e não era o caso.
Victorio não se importava com quem estava dando ordens, mais gostava de dinheiro, Quem pagasse mais teria sua lealdade.
Nesse caso lamentava pelo chefinho.
Voaram rumo ao Brasil, chegando lá John se deparou com um paraíso de mulheres lindas, passando pela praia, percebeu como o Brasil é abençoado.
—Vamos onde agora Victorio?
Victorio
—Bom eu preciso confirmar...
Pegou seu telefone e viu as mensagens, as cordenadas, como disse...
John
—Está tudo bem?
Victorio
—Sim Dom! Tudo certo. A troca vai ser numa cidade de interior, pra não levantar suspeitas.
John
—Você me parece nervoso.
Victorio
—Impressão sua!
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