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Desejo Sombrio

Prólogo

...⚠️ AVISO DE GATILHOS ⚠️...

...Este livro contém cenas fortes e MUITOS gatilhos. Não é indicado a ADULTO, menores de 18 anos ou público extremamente sensível. NÃO há romantização dos temas delicados. MUITOS abusos. Os gatilhos existem e permeiam TODA A OBRA. Caso você conheça alguém em depressão, ou que tenha passado por situações semelhantes às descritas aqui, de seu apoio e DENUNCIEI. Caso você esteja passando por isso. Sabemos que o combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes é um assunto difícil, mas também sabemos que é extremamente importante falar sobre ele. Se precisa denunciar qualquer tipo de abuso infantil, ligue 100. A autora encoraja seus leitores a procurarem apoio…

...A AUTORA NÃO ROMANTIZA NENHUM TIPO DE ABUSO DESCRITOS AQUI NO LIVRO. SE DEPOIS DE TODOS OS AVISOS, QUISER COMEÇAR A LER, VÁ ATÉ O FIM. ...

...✓ HÁ ESTRUPØS!...

...✓ DEPENDÊNCIA EMOCIONAL!...

...✓ AGRESSÃO FÍSICA E PSICÓLOGA!...

...✓ TENTATIVA DE SUICÍDIO! ...

...🔹🔹🔹...

Minha mãe me teve aos 13 anos. Não, não foi mediante um estrupø, ou abuso sexual. Ela começou a namorar aos onze, escondida dos meus pais e aos doze anos, teve sua primeira transa.

Não foi porque alguém a forçou, ela simplesmente achou que já estava pronta e nove meses e três semanas após completar 13 anos, ela me teve.

Meus avós quando descobriram, surtaram a mandando para um colégio interno no Canadá. Eles jamais admitiriam para seus amigos da alta classe que a sua filha rebelde de treze anos já era mãe.

A solução mais lógica para a minha avó, era se desfazer de mim, me mandando para adoção, assim que eu nascesse, e ninguém nunca saberia de nada. Mas meu avô foi contra, disse que iria me criar como filha dele, então minha avó fingiu uma gravidez por nove meses e eles me registraram como sendo filhas deles e minha mãe, se tornou minha irmã.

Uma loucura não?

...***...

...Hailey (minha mãe/ avó) 👇...

...Emma (minha irmã/ mãe) 👇...

...Makenna (minha melhor amiga)👇...

...Paul (pai/ avó)👇...

...Leah (essa sou eu)👇...

E o meu pai biológico?

DE.SA.PA.RE.CE.U.

Embora Paul — chamo eles pelos nomes desde pequena, depois que escutei a conversa deles na sala falando sobre eu não ser filha e sim neta deles — me ame, Hailey não me suporta e Emma não quer saber de mim. E quando a Hailey não quer mais alguma coisa ela joga fora, ou no meu caso me manda para longe, praticamente em um colégio interno; que mais se assemelha ao inferno.

— Senhorita Leah, tivemos que convocar seus pais a esta reunião pela quinta vez, mas parece que eles estão viajando em um cruzeiro no norte da Califórnia — reviro os olhos. Eles estão curtindo e eu aqui trancada nesse inferno — Então chamamos a sua irmã, Emma.

...A diretora👇:...

— Mãe! — murmuro.

— O que disse? — Diretora Sean, pergunta.

— Nada. E que horas minha irmã chega?  Já não era para ela estar aqui?

— Sim. Ela ligou e parece que houve um imprevisto…

— Então, o que continuo fazendo aqui? — a interrompi.

— Senhorita White, mas respeito por favor! Sua irmã não virá, mas seu cunhado sim… — é nesse momento que alguém bate na porta e pede licença, entrando na sala da diretora.

E puta que pariu, o cara é gostoso demais. Seus olhos encontraram os meus e me pegam secando-o de cima a baixo.

Eu deveria ter mais respeito, não? Aliás, ele é marido da minha irmã.

— Bom dia. Sou Liam Peacock, cunhado da senhorita White — ele diz parando atrás de mim e estendendo a mão para cumprimentar a diretora desse inferno aqui de Hayfield Boarding School em Nova York. Sim, bem longe dos meus pais. Como a Haily sempre quis.

— Prazer em te conhecer, senhor Peacock.  Queira se sentar, por favor — ele faz o que ela sugere, se sentando ao meu lado — Estamos aqui para falar sobre o comportamento da sua cunhada nesses últimos meses.

Acho que se eu revirar os olhos mais uma vez, eles vão pular para fora do meu rosto e fugir.

— E quais seriam exatamente? Ela é uma adolescente, qual deles não tem comportamento inadequado a nesta idade?

— Senhor Peacock, sua cunhada foi flagrada fumando e bebendo na escola e induzindo outras a seguir o mesmo comportamento.

— Isso se chama ser adolescente, diretora.

— Essas coisas são contra as regras, senhor Peacock. Como o fato dela também andar se encontrando com garotos da Cloverfield High School daqui a duas quadras e os levando para dentro de seu quarto, praticando sexo oral, se as outras coisas também não foram praticadas — O marido da minha irmã, fica sem saber o que dizer — Creio que o senhor diga que isso também faz parte da adolescência, não?

— Garotos para dentro do seu quarto? Garotos, no plural? Esse, sim, é um motivo eficiente para ter convocado uma reunião com seus responsáveis. Eu e minha esposa conversaremos sobre os maus comportamentos da minha cunhada, assim que chegarem as férias de final de ano e ela for para casa.

— O senhor não entendeu, convoquei essa reunião para dizer que a sua cunhada está sendo expulsa do meu internato. Há semanas venho tentando entrar em contato com alguém da família dela e o senhor foi o único que me atendeu e veio até aqui. Se a família da sua esposa, faz descaso com o mau comportamento da senhorita White, isso é problema de vocês, mas não aceitarei esse tipo de comportamento aqui no meu colégio.

— O quê?! Como assim, expulsa? — me levanto contrariada — Meus pais nem mesmo estão em casa. Onde eu ficarei?

— Esse problema, senhorita White, felizmente não é meu. Quem sabe na casa da sua irmã? Você tem uma hora para recolher as suas coisas.

Merda.

Mãe, acho que está na hora da senhora assumir a filha que tem.

...***...

...⚠️ AVISO DE GATILHOS ⚠️...

...Este livro contém cenas fortes e MUITOS gatilhos. Não é indicado a ADULTO, menores de 18 anos ou público extremamente sensível. NÃO há romantização dos temas delicados. MUITOS abusos. Os gatilhos existem e permeiam TODA A OBRA. Caso você conheça alguém em depressão, ou que tenha passado por situações semelhantes às descritas aqui, de seu apoio e DENUNCIEI. Caso você esteja passando por isso. Sabemos que o combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes é um assunto difícil, mas também sabemos que é extremamente importante falar sobre ele. Se precisa denunciar qualquer tipo de abuso infantil, ligue 100. A autora encoraja seus leitores a procurarem apoio…

A AUTORA NÃO ROMANTIZA NENHUM TIPO DE ABUSO DESCRITOS AQUI NO LIVRO. SE DEPOIS DE TODOS OS AVISOS, QUISER COMEÇAR A LER, VÁ ATÉ O FIM.

✓ HÁ ESTRUPØS!

✓ DEPENDÊNCIA EMOCIONAL!

✓ AGRESSÃO FÍSICA E PSICÓLOGA!

✓ TENTATIVA DE SUICÍDIO!

E SE VOCÊ NÃO AGUENTA LER, NÃO DENUNCIE A OBRA, EU SEI QUE MUITAS MULHERES JÁ SOFREM POR ABUSOS E AGRESSÕES E ATÉ FEMINICÍDIO E SÃO MUITAS, MAS ESSAS FORAM SITUAÇÕES QUE PESSOAS MUITO PRÓXIMAS DE MIM VIVENCIARAM E OUTRAS PASSARAM POR SITUAÇÕES PARECIDAS.

MÃES VIGIEM OS SEUS FILHOS E ACREDITEM NELES.

Cap 1 - Não sou você, mamãe.

Minha irmã vive bem. Sua casa é enorme de tão grande e linda.

Assim que chegamos a encontrar na cozinha, bebendo uma taça de vinho tinto, enquanto preparava algo para o jantar.

— Oi, querido… — seu sorriso se desfaz, assim que ela me vê ao lado do seu marido — O que ela está fazendo aqui?

Nossa… você passa anos longe e é assim que a sua mãe te recebe.

Eu ligo?

Estou pouco me fødendo. Ela nunca foi e nunca será a minha mãe, nem ela e nem a Haily.

— Eu só preciso de um lugar para ficar.

— O que foi que você aprontou dessa vez? Está grávida? — revirei os olhos.

Não sou você, mamãe.

Seu marido me olha espantado. Reviro os olhos mais uma vez.

— Não. Não estou grávida. Fui expulsa do internado, por drogas, bebidas e garotos.

— Drogas? Você é mesmo muito inconsequente, rebelde e totalmente perdida. Por que está aqui e não com os nossos pais?

É, a maçã nunca cai muito longe do pé, não é mesmo?

— Eles estão em um cruzeiro na Califórnia e não tem data para voltar. Não tenho como ir para casa sem eles. Não tenho as chaves.

— Isso é ridículo. Você não pode ficar aqui.

— Emma!

— Emma, o caralhø, Liam. Como você soube dela? E por que você foi até lá em Nova York?

Oi? Que ela não me ama, tudo bem, mas nunca mencionar para o marido sobre uma irmã? Será que devo contar a verdade a ele?

Ela não espera por isso, ninguém nunca soube que descobri a verdade. Acham que o fato de eu nunca ter chamado Paul e Haily de pais é apenas um ato de rebeldia.

Quão surpreso ele ficará?

— Ouvi uma das mensagens na caixa de correio daqui de casa, foram mais de 50 chamadas do Internato onde ela estava, então retornei a mensagem e fui convocado a ir lá ter uma reunião com a diretora Sean.

— Não era para você ter feito isso, ela não é nossa responsabilidade, é dos meus pais.

Dele não, sua sim! Quero gritar.

— Ela é sua irmã, Emma. Sua família, seu sangue. Pelo amor de Deus. Vai negar um teto à sua irmã?

— Não quero ela aqui.

— Por quê? Você nunca me contou nada sobre ela. Dizia ser filha única. Mentiu para mim, esse tempo todo. A odeia tanto assim?

— Sou filha única, não menti sobre isso. Meus pais a adotaram.

— Vai continuar mentindo para mim? Vocês duas são idênticas. É lógico que são irmãs!

— Eu não a quero aqui.

— Tudo bem, não vou ficar em lugar em que eu não seja bem-vinda. — Pego minhas coisas indo para a porta.

— Ela fica! — Liam segura o meu braço me impedindo de sair — Ou nosso casamento acaba aqui, Emma.

— O quê? Não seja ridículo!

— Ela fica, pørra! E não se fala mais nisso. Leah levarei suas coisas para o seu quarto.

Abro um sorriso debochado e passo por ela, sussurrando: “Obrigada, mamãe.” Seus olhos se arregalaram em choque.

Por essa você não esperava não é, Emma?

Deixo a mala da Leah e ela para se instalar no quarto um pouco mais a frente do meu e saio com um agradecimento dela, indo para o escritório no andar de baixo.

— Liam…

— Chega Emma! Por hoje já deu. Quero ficar sozinho — me tranco no escritório a deixando parada do lado de fora. Meu telefone toca. Lewis, o chefe do departamento da polícia daqui de Londres, delegado Louis Lewis Terry, meu melhor amigo e cúmplice.

📱 Lewis.

📱 Hey Peacock, ligando para saber como anda o seu plano. Achou a garota?

📱 Ela esta aqui.

📱O quê? Você levou a garota para a sua casa? E a sua esposa, cara?

📱 Emma é o de menos, eu sei lidar com ela.

📱 Cara vê lá o que você fará, a garota ainda é menor de idade.

📱 Cala a boca Lewis, você recebe muito dinheiro das minhas mãos para ficar na sua e não se meter no que faço ou deixo de fazer.

📱 Ok. Não está mais aqui quem falou. Mudando de assunto então; sobre o carregamento de drogas que está para chegar amanhã, tem alguns caras da minha equipe de olho no local do encontro. Fique ligado, tentarei atrasar ao máximo a emboscada. Avisa os outros para tomar cuidado.

📱Tudo bem. Obrigado pelo aviso. Notificarei o Zayn e sobre qualquer mudança de planos eu te mantenho informado.

📱Sua esposa deve ser muito estúpida mesmo para não desconfiar que você é o irmão de um dos maiores traficantes do país e não um ex famoso lutador de boxe que treina crianças e adolescentes agora. Professor de uma academia. — ele gargalha.

📱Trouxa também é a sua esposa que acredita que você gosta de bøceta e não se pau.

Ele desliga na minha cara e eu começo a rir. Ligo para o Zayn na mesma hora.

📱Oi — diz, ofegante. Se eu não soubesse que ele está na academia ensinando nossos alunos eu diria que ele acabou de terminar uma føda.

📱 Mudança de planos.

Cap 2 - Tic tac. Tic tac. Tic tac, Emma.

Estou saindo do banheiro do meu quarto, quando encontro Emma sentada na minha cama à minha espera. É a primeira vez que ela me olha ou fala comigo depois de três semanas.

— Desde quando você sabe?

— O quê? — Me faço de boba.

— A verdade. De que você é minha filha e não minha irmã.

— Ah, isso. Eu tinha oito anos quando ouvi uma conversa dos seus pais, os meus avós.

— Liam não sabe de nada e espero que enquanto você permaneça aqui, as coisas continuem assim.

— Por quê? Tem medo que ele descubra que você abandonou uma filha aos treze anos. Que a viu crescer do seu lado, como uma irmã e nunca se importou com ela?

— Eu era apenas uma criança!

— Sim, uma que já fazia crianças. Ou vai me dizer que sou fruto de um estuprø? — ela fica em silêncio — Não, não é. Sei de tudo. Ouvi tudo o que eles conversaram naquele dia.

— Saber disso não vai mudar nada entre nós duas, não vou te tratar como filha porque para mim você nunca existiu como tal. É apenas uma irmã irritante e problemática.

— E quer saber, eu não me importo nem um pouco. Só estou aqui ainda porque tenho um acordo com o Paul, assim que eu completar a maioridade e ter minha herança vou embora daqui para nunca mais voltar — Vou até o closet pegando e vestindo um conjunto de lingerie preto. Volto para o quarto — Não se preocupe, Emma, você para mim também não significa nada. Nem você, nem a Haily, a única pessoa que eu ainda me importo é o Paul. Agora se puder me dar licença, eu prefiro acabar de me arrumar para a escola sozinha. Ela sai me deixando em paz enquanto eu me arrumo.

… 🔸🔸🔸…

Quando chego na cozinha para o café da manhã, ela está sentada no colo do marido em um beijo pornográfico.

— Achei que o quarto fosse lá em cima — Digo me sentando do outro lado da mesa, de frente para os dois.

— Se você não estivesse aqui, não precisaríamos estar preocupados com isso — responde de volta.

— Emma… Bom dia, Leah — seu marido pelo menos é educado.

— Bom dia, Liam — começo a me servir. Liam a tira do seu colo a fazendo sentar ao seu lado que resmunga.

— Ela não é mais criança, querido. Aposto que já deve ter feito muito sexo, enquanto levava garotos, no plural, para dentro do quarto dela.

— Ao contrário de você que perdeu a virgindade aos doze Emma… — seu rosto fica branco — eu ainda sou virgem. Mesmo que isso não seja da sua conta.

Vejo a cor voltando ao seu rosto gradualmente.

— Doze? Achei que tinha me dito que foi aos dezessete anos — Liam questiona, deixando seu copo com café em cima da mesa, olhando para a esposa.

— Tem certeza? Me lembro muito bem de ter dito aos doze, querido — ela disfarça, tomando um gole do seu suco de laranja — Bem, eu já estou atrasada, preciso ir. Vai querer uma carona Leah? — me fuzila com os olhos.

Se olhar matasse eu estaria morta.

— Você não está atrasada? Pode deixar que posso levar a sua irmã para a escola, só vou à tarde para a academia — seu marido diz. Abro um sorriso, escondido atrás da caneca com o meu chocolate quente.

Ela assente para ele ainda olhando para mim, querendo que eu não fale mais nada sobre o nosso segredinho. Sorrio ainda mais.

— Tic tac. Tic tac. Tic tac, Emma — aponto para o relógio em meu pulso, um dos presentes que o Paul me deu de Natal.

Emma se despede do marido com um beijo de língua obscena, antes de ir embora. Reviro os olhos para o seu show desnecessário.

Acabo de tomar o meu café e me levanto. Levando a louça suja para a pia, pronta para lavar antes de ir.

— Deixa isso aí, Leah. Daqui a pouco a diarista chega. — Okay. Dou de ombros — Que inferno, eu jurava que essa saia era mais comprida — murmura ao passar por mim.

— O que disse? — sigo ele para fora de casa até o seu carro.

— Que é melhor irmos, antes que você também se atrase para o seu primeiro dia de aula na nova escola.

… 🔸🔸🔸…

Ao contrário do Internato na qual eu vivia, os alunos são mesclados. Vejo garotos aqui também ao invés de ter apenas meninas, circulando e conversando entre elas. O que era comum na maioria das outras escolas, e que era novidade para mim.

Todo mundo me olha, sou a garota nova que chegou quase no fim do ano letivo.

— Olá, você deve ser Leah White — uma garota loira e bastante bonita e sorridente gruda no meu braço direito — Sou Makenna Evans, sua tutora no seu primeiro dia e futura melhor amiga.

— Uau… futura melhor amiga? Acabamos de nos conhecer — rio.

— Baby, pode apostar que de todos aqui sou a sua melhor opção. Todo mundo aqui é um bando de abutres e carniceiros. Meninas mimadas querendo pódio e garotos arrogantes que vão querer levar para a cama a única garota que eles ainda não pegaram nessa escola.

— Se sou a única garota, quer dizer que você…

— Baby Leah, por que acha que todas elas me odeiam? Roubei os namorados de todas elas.

— Oi?! — ela apenas rir.

— Eu já adoro você bebê. Vou te mostrar onde fica o seu armário.

Deixo ela me levar, rindo quando três garotos passam pela gente e ficam babando por ela, querendo um pouquinho mais da sua atenção, que finge não notar.

Paramos em frente de um armário ao lado de um garoto fofo de cabelos lisos e olhos verdes.

— Olá, Haz. Essa aqui é a baby Leah. Minha nova melhor amiga — ele sorri para mim. Deve ser um ano mais velho do que nós duas.

— Baby… Leah? — ele sorri e eu vejo duas covinhas em sua bochecha. Ele é fofo — Makenna, aposto.

— Sim — rimos.

— Olha esse rosto de bebê. Até que vocês dois fazem um par perfeito — ela pisca para nós dois. — Espera… você é solteira, né?

— Sim.

— Perfeito, Harry!

— Bom… estou saindo com alguém.

— Quem? Como assim?! Não é nenhuma garota estúpida daqui né?

— Não. É um cara mais velho.

— Desde quando você tem interesse pelo sexo masculino, Harry? — ela o questiona chocada — Nada contra, mas… por que nunca me disse nada?

— É recente… foi naquele bar que fui sexta-feira retrasada. Um cara se aproximou e flertou comigo, conversamos, rimos, bebemos e teve uma hora que ele me beijou e eu acabei gostando.

— Uau… e depois?

— Depois trocamos números e estamos nos falando, saí com ele ontem.

— Você me disse que iria dormir mais cedo por estar com dor de cabeça, seu mentiroso! — ela bate no braço dele com um dos livros que estavam dentro do meu armário.

— Hey, esses livros são meus e eu nem os usei ainda — pego ele da mão dela, salvando o garoto à nossa frente. “Obrigado” ele sussurra.

— E qual é a idade e nome dele?

— Isso vou ficar te devendo por hora, estamos ainda nos conhecendo, não quero ter expectativas tão cedo — ele pega as suas coisas e começa a andar na nossa frente. Makenna me olha.

— Harry… Haz, o que você está nos escondendo? — corremos atrás dele.

O sinal toca quando o alcançamos e entramos na sala nos sentando atrás dele. Apesar dele ser um ano mais velho, parece que temos essa aula em comum.

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