Olá, eu me chamo Cynthia, eu tenho 23 anos. Sou filha de um Coreano e uma brasileira. A minha infância não foi nada fácil, porque eu perdi o meu pai logo assim que a minha mãe desapareceu. Éramos uma família feliz, até que um dia a minha mãe sumiu de maneira misteriosa, e ninguém sabia onde ela poderia estar, até que descobrimos que ela estava e essa angústia fez com que o meu pai acabasse terminando com a sua própria vida. Ele sempre gostou muito de jogar, com o tempo ele foi se viciando nisso, até após a morte dele, descobrimos que ele na verdade estava devendo muito para um homem muito perigoso, dono de muitos cassinos, que mexia com muitas coisas ilegais e ele acabou tomando a minha mãe como pagamento. Porém, esse homem sumiu do mapa e ninguém sabia onde ele poderia estar com ela. Depois disso, foi a minha vez de pagar pelas consequências dos atos do meu pai. Os meus avós paternos são coreanos, e os meus avós maternos são japoneses, porém a minha mãe foi nascida aqui no Brasil. Quando a minha mãe desapareceu, eu tinha apenas 8 anos e o meu pai se suicidou 3 meses depois, então, dos 8 até os 16 eu morei no Japão com os meus avós maternos. Quando eu pensei que nada daquilo poderia piorar, o amigo do meu avô me assediava todos os dias, se tocando na minha frente, tocando em mim, e eu sabia me defender, mas ele era mais forte que eu, e então eu sempre acabava perdendo, só que o meu avô acabava batendo muito em mim para que eu não contasse nada a ninguém e por respeito a ele eu nunca havia esboçado nenhuma reação, até que numa noite uma tragédia aconteceu. Eu vim embora para o Brasil aos 16 anos com uma amiga, ela já era maior de idade e a mãe dela também veio. Chegando aqui, eu comecei a trabalhar como ambulante, e aos 19 comecei a me relacionar com um homem, porém ele numa noite quando eu chegava em casa do trabalho, percebi uma movimentação estranha e ele estava com mais alguns amigos que começaram a me assediar sem que ele ao menos me defendesse, e foi aí que mais uma tragédia aconteceu. Fui embora de Pernambuco, e vim morar aqui no Rio de Janeiro. Eu morava no asfalto com uma amiga, até que um dia o pior aconteceu, me trazendo uma série de problemas, e então estou a um mês morando aqui na Rocinha.
Salve, rapaziada! Eu me chamo Léo Lisboa Lombardi. Conhecem esse sobrenome de peso? Pois então! Haha. Todo mundo aqui me conhece como Sombra. Já faz um ano desde que eu assumi o comando da Rocinha, e os meus pais resolveram viajar um pouco, até porque eles estavam bem abalados com a morte do meu irmão. Perder o Thomas foi barra para todos nós, e até hoje sentimos muita a falta dele. Eu estou me saindo bem nessa função, eu aprendi muito com os meus e filho de peixe, peixinho é! Em 26 anos eu posso dizer que já aprendi muito com a vida, e apesar de muita gente querer a minha cabeça numa bandeja de ouro, sigo aqui firme e forte. Eu não tenho muito para falar sobre a minha pessoa, mas é isso aí. A saga continua...
Salve, meu povão! Como cês tão? Eu me chamo Apollo, mas todo mundo me conhece como Aquiles. Sou irmão do sombra e gerente geral. Tenho 22 anos e sei que estão perguntando o motivo do meu vulgo, não é? Então... Sou bem rápido, para me alcançar dá um certo trabalho, e eu tomei um tiro no calcanhar, e aí surgiu esse apelido( viajaram? sim, mas ninguém nisso aqui é normal), então sejam bem-vindos á esse hospício, haha!
Oi, pessoinhas! Tudo bem com vocês? Eu me chamo Izzy, tenho 24 anos e sou a irmã desses loucos aí. Eu trabalho com os meus irmãos, sou responsável pela contabilidade e pelo armamento. E eu acho que é isso aí...
Obs: os próximos personagens serão apresentados conforme o decorrer da história...
Cynthia 🦋
Já se passaram um mês desde que eu cheguei aqui na Rocinha e é muito raro eu colocar o pé para fora de casa. A minha vida sempre foi uma loucura, repleta de confusões, mas ultimamente estou batendo o recorde! Eu não sou lá a pessoa mais social desse mundo. Se eu quiser ter alguma decepção, é só eu olhar o meu saldo bancário. Eu me levanto na força do ódio mesmo, faço a minha higiene matinal, tomo o meu café e me sento numa cadeira na garagem de casa e começo a ler o meu livro.
Sombra💰
Cá estou na Santa paz deitado, quando chamam no radinho...
📻: patrão? Tá rolando confusão aqui no beco 9.
📻: put* que pariu! Quem é arrumando confusão a essa hora?
📻: a dona Jasmin tá sentando o murro na Sol.
📻: tinha que ser. Marca 10 que tô chegando.
Tinha que ser a minha irmã. Por que sempre ela? Besta sou eu que ainda pergunto! Faço minha higiene rapidão, visto minha camisa, coloco minha correntes, minhas dedeiras, atravesso o fuzil nas costas, uma glock na cintura, me benzo (traficante sim, mas o pedido de proteção tá em dia), e vou direto lá ver o que tá pegando. Chego dando logo dois tiros para cima e minha irmã tá por cima da Sol.
Eu: Que porr@ é essa?! — pergunto já com cara de poucos amigos.
Sol: Foi ela que começou, sombra. — choraminga e minha irmã parte para cima dela de novo e Aquiles segura ela.
Jasmim: Agora sim, eu comecei! Sua falsa, fingida, mentirosa, escrota! Diz de jogo o que tu anda falando aí para todo mundo, porr@. — a maluca começa a tentar chutar a maluca.
Nesse momento a tia Atena chega
Atena: Que é que está acontecendo aqui?!
Sol: Foi essa selvagem que começou, mãe! — ela abraça a mãe com voz de choro.
Jasmim: Como você consegue ser tão mentirosa? Como pode ser tão baixa assim? Fingida do c4ralh0, tu tava espalhando por aí que pegou o meu irmão na cama com a Camilly, irmã do Dudu do chapadão.
Aquiles: Isso não é verdade! Não tem cabimento essa história. O meu irmão nunca lhe traiu, ele sempre foi fiel á você, mesmo tendo um monte de mina louca pra dar pra ele. Todo mundo conhecia bem o meu irmão, ele era até zoado por ser fiel á você, sua falsa. A tua sorte é tu ser mulher, porque se não eu já teria lhe enfiado a mão na fuça!
Noemi: Pode deixar que eu mesma faço isso!
A minha irmã brotou do chão e arrancou a Sol dos braços da tia Atena e derrubou ela no chão, e a tia ficou tentando separar, mas a minha irmã fazia Judô e o caralh0, então ela é boa de briga e parece que nunca mais vai soltar a Sol.
Noemi: Mentirosa! Você consegue ser mais falsa que esse teu cabelo, sua siliconada, idiot4, mal amada do c4ralh0, o meu irmão sempre te respeitou, pare de falar dele, porque ele não está mais aqui para poder se defender! Eu vou cortar a sua língua fora.
Nesse momento, os fogos anunciam a invasão e os vapores começam a correr e a Izzy aparece com um fuzil na mão...
Izzy: Agora é hora das madames deixarem a briga de lado e irem para casa. O BOPE tá tentando invadindo, p4rr@!
Aquiles: Vamos, eu dou cobertura á vocês até em casa e pelo amor de Deus, se mat4m mais tarde!
Eles saem e eu começo a atirar. O tiro come solto lá na entrada, o BOPE tá realmente disposto a entrar aqui em cima e eu sinceramente guardo um rancor do c4ralh0 deles, porque o meu pai sempre me contou o que eles fazem se entrarem aqui e se for preciso dou a minha vida, mas esses filhos da p4t@ não vão subir. Vou até a entrada do morro onde eles estão atirando. Quando eu estou correndo, vejo alguns dos meus vapores caindo e quando olho para cima, vejo o maldito helicóptero sobrevoando a favela. P4rr@! Corro o máximo que posso, e sinto o meu ombro arder, mas não posso parar. Eles não param de atirar, até que vejo o helicóptero rodando no ar e caindo no chão. Quando olho para trás, vejo o tio Francis e a Marina, os dois estão com uma ponto 30, e o tio somente acena para mim com a cabeça e sai em direção a barreira enquanto a Marina vem até mim...
Marina: Você tá ferido, Sombra. Precisa tomar cuidado, pelo amor de Deus! Vai para casa.
Antes que eu pudesse responder, ouço uma explosão e me chamam no radinho...
📻: Patrão, eles estouraram a entrada, meteram granada na entra e o caveirão tá subindo, não temos muito o que fazer!
📻: Merd4! Certo, vamos continuar, não podemos perder.
📻: Já é, patrão!
A Marina corre, e começa já a atirar e eu faço mesmo. Eu tomei um tiro de raspão, mas esses filhos da p4ta não vão tomar o meu morro. Ah, mas não vão mesmo! Continuamos lutando, até que vejo a Marina tomando um tiro na perna e caindo no chão, mas mesmo assim ela não para de atirar. O tio Francis derruba alguns, e eu continuo derrubando também, e o caveirão vai se aproximando e o caos é instalado. Muito dos meus homens já tombaram, e o reforço ainda não veio. Esse não pode ser o nosso fim...
Vejo o caveirão se aproximando, e com ele muito mais vermes á pé. O tiro continua comendo solto, e sinto alguém me passando uma rasteira por trás e caio no chão.
Policial: Perdeu! Mãos na cabeça, agora.
Eu fico cheião do ódio, mas obedeço quando sinto o corpo dele cair sobre mim. Olho para trás e vejo a Izzy. Ela continua a atirar e eu me levando, quando do nada ouço uma explosão o carro caveirão para. Quando eu olho, vejo uma mina baixinha, se ela tiver 1,60 é muito, branquinha, com um cabelo que bate bem abaixo da cintura. Metade estava feito um coque, e a outra metade estava solto,e ela tinha um corpo de boneca, porém bem escultural. Ela estava com uma blusa de manga preta e uma calça verde militar, e ela tinha se aproximado do caveirão e meteu a Granada fazendo com que ele paralisar. Rapidamente chegam reforços do Chapadão, e do Alemão, e em seguida, do Jacarezinho e da Penha. A menina que me ajudou tomou 2 tiros dos vermes e está caida no chão e continuamos por mais de meia hora até que os fogos anunciam o fim de invasão.
Dudu: Vencemos, eles recuaram!
Tio Sam: Esses vermes não estão de brincadeira. Olha o estrago que eles fizeram.
Aquiles: Então, porr@! É uma sacanagem do c4ralh0. Sobem e fazem uma palhaçada dessa…
Eu: Não quero nem saber — vejo os vapores renderem os vermes que estavam dentro do caveirão — eu quero cabeça de nego rolando, vou expor na entrada do morro.
Izzy: Alguém me ajuda aqui, pelo amor de Deus!
Quando olho, vejo a Izzy com o fuzil nas costas tentando estancar o sangue de menina que parou o caveirão. Ela está com um ferimento na costela, mas ainda está consciente e o tio Francis estava carregando a Marina nos braços.
Izzy: Cynthia, pelo amor de Deus! Fica acordada, não feche os olhos, tá bom? Logo nós vamos para o hospital, fica comigo...
Francis: Temos que levar as duas para o hospital agora mesmo! — o vapor para o carro e ele entra com a Marina e a Izzy coloca a outra menina no carro do Aquiles.
Izzy: Vai com ela, eu vou pegar os documentos dela. Corre, meu irmão! Tu tem que ver esse seu ombro, anda logo.
Eu: Manos, eu preciso desenrolar essa fita. Valeu mesmo pela força, poderiam ajudar na limpa aí?
Papa léguas : Vai na paz, irmão. Pode deixar que vamos fortalecer sim! Avisa quando tiver notícias.
Eu: Aviso sim, já é!
Entro no carro e saímos em disparada para o hospital. Eu vou tentando manter a moça acordada, vou conversando com ela, e noto como ela é linda. Os olhos parecem duas jaboticabas, o nariz desenhado perfeitamente para o seu rosto, a boca vermelha, o rosto, o corpo parecem que foram esculpidos, a beleza dessa mulher é surreal, ela sem dúvidas se destaca entre todas, mas de onde ela veio? Eu nunca a vi pelo morro.
Eu: Moça, não dorme. Fica com os olhos abertos, fica aqui comigo... Logo nós vamos chegar ao hospital, e você vai receber o tratamento adequado, só fica de olhinhos bem abertos, tá bom? Eu estou aqui com você, você vai ficar bem!
Ela me olha e sorri fraco, lutando para ficar acordada. Um misto de emoções acontecem aqui dentro de mim. Vê-lá assim tão vulnerável me faz querer abraça-lá bem forte e cuidar dela. Ela é tão linda, tão corajosa! Ela sem dúvidas salvou o meu morro, a vida de todos, ela de fato não é desse mundo. Vê-lá assim é de partir o coração e o meu peito queima de raiva, quem atirou nela vai morrer da pior forma! Mas, por que isso? Por que todo esse sentimento? Com toda certeza é somente gratidão. Nada além de gratidão...
Dudu, 30 anos. Atual dono do complexo do chapão.
Ulisses, vulgo papa-léguas. 24 anos, atual dono do Complexo do alemão.
Samuel, vulgo tio Sam. 23 anos, atual sub dono do Jacarezinho.
Gregory, vulgo Grego. 26 anos, atual dono do complexo da Penha.
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