Amanheceu e Verónica mau dormiu de tanta ansiedade, não podia acreditar o grande dia chegou, ela pensou eufórica.
"Eu vou casar-me." A felicidade não podia ser contida, desceu as escadas e foi a cozinha onde a sua mãe e a secretaria da família a aguardava.
"Dona Viviane, o que preparou para mim?" A mulher sorriu com a outra senhora a seu lado.
"Sónia fez um café da manhã, se apresse e coma."
Foi um dia corrido, e quando Verónica se deu conta já estava a chegava em frente a igreja.
Uma jovem linda, cheia de sonhos aos 24 anos se casaria com aquele que ela considera o amor da sua vida. De família bem sucedida, os seus pais comandava uma das maiores empresas jurídica do país. Edgar seu noivo era filho de um delegado aposentado que atuava na política, não o mesmo nível financeiro, porém, para o pai de Verónica, Alberto o importante era ver a filha feliz.
Quando pai e filha posicionaram-se na frente da igreja sua melhor amiga Angelina sorriu-lhe do altar, era uma das madrinhas. O casamento foi um sonho e a festa magnifica. Após horas de festa e se despedir dos convidados o casal viajou para a sonhada lua de mel.
A lua de mel foi curta ainda faltava um período para o casal se forma. Porém, Verónica sentia-se a mulher mais feliz e pronta para conquistar o mundo. O seu mundo se resume ao amor pela lei e a família. Após a formatura e passarem no exame da ordem, o jovem casal estava a todo o vapor Na empresa do pai de Verónica, Cortês e Castro associados. O casal de advogados veteranos eram conhecidos nos tribunais, Alberto Novais Cortês e Viviane Melo de Castro fundadores do grande escritório. A alegria parecia completa até seis meses após o casal estarem na empresa. Verónica foi surpreendida com a notícia do acidente automobilístico que tirou a vida dos seus pais. Tudo parecia surreal, no hospital amparada pelo marido Edgar, estava alheia a tudo a sua volta.
"Por quê? Por quê? Como isso aconteceu?" Ainda não havia fatos concretos e Verónica só pensava que não teria mais os pais com ela.
Após o Velório Verónica não tinha forças e nem estabilidade mental para o trabalho e deixou a empresa nas mãos do marido que ela amava profundamente. Com a medicação e um ano de terapia Verónica, tentava retomar a carreira e honrar os seus amados pais. Foi recebida pelos membros da empresa com muito afeto e concentrando-se num processo de cada vez, a vida seguia ela estava tão focada na sua rotina que não havia percebido as mudanças do marido.
Sempre contou com o apoio de Angelina que foi um suporte incrível no momento de crise. Angelina trabalhava no administrativo da empresa e sempre que levava documentos para Verónica assinar as duas conversavam.
"Angelina eu acredito que estou grávida." Angelina ficou surpresa não imaginava que a amiga pretendia ter um filho tão rápido.
"O Edgar já sabe?" Ainda não vou confirmar primeiramente.
"Eu não sabia que tentava ter um bebé?
"Não estávamos mais aconteceu e estou feliz. Já parei com as medicações contra indicada para grávidas e amanhã de manhã vou ao laboratório fazer o exame." Angelina abraçou a amiga muito contente.
"Se quiser posso a acompanhar, o que acha?"
"Poderia? Quero fazer uma surpresa ao Edgar."
"Sim, será uma honra está com você nesse momento especial, como sempre estive." Mais uma vez ela abraçou Verónica emocionada.
Na manhã seguinte as duas seguiram para o laboratório que Verónica conhecia, fez o exame na companhia da amiga e não satisfeita e já estando no hospital ela fez uma ultrassonografia a emoção de ouvir os batimentos cardíacos do bebê foi incrível embora esperando o resultado por e-mail. Duas horas depois ela recebeu o resultado e ligou para o ramal da amiga pedindo que fosse a sua sala, para ambas pudesse ver em simultâneo, o resultado. Verónica apenas confirmou o que já sabia quando observou o positivo, Angelina abriu um sorriso alegre e abraçou a amiga mais uma vez compartilhando a felicidade dela.
"Vou falar com Edgar." Angelina a segurou e deu uma ideia.
"Que tal espera até a noite encomenda um jantar que ele goste e dá, a notícia de forma especial. Imprimi o exame passa no “shopping” compra um sapatinho de bebê branco, embrulha para presente e entregue-lhe durante o jantar, vai ser emocionante." Verónica pensou que a ideia da amiga era perfeita.
"Você tem razão, hoje eu saio mais cedo e preparo tudo."
Verónica não cabia em si de emoção saiu mais cedo fez tudo que tinha para fazer, foi para terapia e assim que saiu e entrou no carro lembrou havia esquecido um documento importante para uma audiência logo cedo, então ela pensou.
"Há tempo para passar no escritório e pega a pasta, Edgar disse que tem uma reunião com um cliente importante fora da empresa, vou rápido e sigo para casa."
O relógio marcava sete horas da noite, antes de chegar a sua sala ela viu as luzes acesas e vozes numa discussão, era um homem e uma mulher e ela sabia de quem se trata.
Verónica entrou num estado de negação, em que ela não queria ter certeza, mais o seu corpo a levava cada vez mais próximo do escritório.
"Como deixou isso acontecer? Disse-me que mal tinha relações sexuais com ela e agora ela esta grávida." Edgar tentava a todo custo acalmar a mulher furiosa.
"Fale baixo, alguém pode-te ouvir, e todos os nossos planos falharam." Quando Verónica ouviu a palavra plano o seu corpo inrigeceu.
"Eu não passei esse tempo todo com aquela insuportável, para uma estérica colocar tudo a perder." A mente de Verónica insistia em não processar o que acontecia.
"Edgar vou deixar bem claro para entender, o seu pai queria essa empresa e eu dei-a vocês, depois que os pais dela faleceram, o combinado era você se separar e casar comigo, nos vamos ter um filho e agora ela também, é ele vai ter direito em tudo aqui." Antes que ela terminasse de falar Verónica abriu a porta pegando Edgar e Angelina em flagrante. Por um longo momento tudo pareceu silêncioso, até que a pergunta explodiu no ar.
"O que acontece aqui?" Verónica perguntou atónita com tudo que havia ouvido até agora. Edgar apenas respondeu com outra pergunta, com uma expressão no rosto que ela nunca viu antes. Simplesmente se transformou numa pessoa que ela não conhecia ou vira antes.
"Acredito que não precisa de muita explicação, com a sua inteligência você deve ter intendido tudo." Disse Angelina com um sorriso de escárnio no rosto.
Edgar saiu da sala e pegou Verónica pelo braço, arrastado-a pelo corredor, enquanto ela tentava se desenvencilhar-se dele.
"Larga-me." Ela se retorcia para tentar solta-se do aperto forte do homem que segurava-a pelo braço.
Angelina aguardou o casal sair, pegou as suas coisas e foi para casa.
Em casa, não houve discussão, Edgar tinha um temperamento violento que Verónica desconhecia. Assim que ela perguntou o que acontecia entre ele e Angelina, Edgar gritou com ela e a mandou calar a boca, quando ela continuou a falar, ele desferiu uma tapa no seu rosto a agarrou pelo pescoço e alertou.
"Quando eu mandar, você calar a boca, você cala ouviu." Edgar a largou quando já estava quase sem ar. Verónica caiu no chão aterrorizada, então ela rastejou até o telefone e antes que ela discasse para a polícia ele agarrou-a pelo cabelo a erguendo e tomando o celular na sua mão, que ele jogou contra a parede.
"Sempre foi assim Verónica, irritante. Como foi difícil todo esse tempo com você." Edgar a jogou contra a parede e assim que atingiu o chão, ele partiu para cima dela com furia. Verónica tinha 1,69 de altura pesava 58 kilos, cabelos castanhos claros com mechas douradas e Edgar tinha 1,85 de altura porte atlético, praticante de jiu-jitsu pesando 89 kilos, Verónica não tinha chance contra o homem que a agrediu impiedosamente até que ela perdesse a consciência.
REPUDIAMOS QUALQUER TIPO DE ABUSO CONTRA MULHER. SE VOCE E UMA VÍTIMA OU CONHECE UMA DENÚNCIE.
Dois dias depois Verónica acorda no hospital, não tinha ideia de onde estava ou o que havia acontecido, sentia o corpo dolorido. A mente ainda tentando se organizar, para ela poder intender o que acontecia. Não demorou muito para sua cabeça se encher de lembranças do momento em que ela tinha certeza que morreria, em seguida o policial na porta que a viu acordada chamou a enfermeira.
Com muita dificuldade ela perguntou como chegou ali.
"Você foi atacada na rua senhora, e uma ambulância a trouxe para cá." Ela sabia que aquilo tudo era uma manobra do pai de Edgar de livra-lo do seu crime, mas naquele momento a única coisa que ela queria era saber sobre o bebê no seu ventre. Se agarrando a um último fio de esperança de que ele ainda pudesse esta bem, ela fez a pergunta para qual não tinha certeza se queria resposta.
"O bebê como está?" Enquanto olhava com os seus olhos verdes para a enfermeira.
"Infelizmente senhora o bebê não resistiu." Verónica apenas virou e olhou para teto branco do quarto do hospital, o seu coração ardia e sangrava em simultâneo, ela continuou a olhar para um ponto invisível no teto sem falar uma letra se quer, apenas lágrimas abundantes escorria pelos seus olhos, meia hora depois Edgar entra no quarto do hospital.
"Querida, enfim acordou." O homem entrou com um sorriso alegre, como se nada tivesse acontecido e como se o autor daquela monstruosidade não fosse ele mesmo.
"Vou explicar como será daqui para frente, espero que seja uma boa menina e dessa vez fique quieta e faça tudo que eu mandar, se não!" Verónica sentiu um frio percorre a espinha, ela sabia que toda aquela armação não foi para nada. Ela olhou-lhe e não respondeu nada.
"Temos aqui um acordo de divórcio, onde você fica com a casa em que moramos e mais uma quantia em dinheiro e você me passa todas as ações da empresa, ficou claro querida." Naquelas condições e com a sua vida em jogo, ela não tinha muito o que fazer além de aceitar, a quantia que ele mencionou era quase uma piada. Se não fosse os bens que ela herdará aos quais ele não tinha direito. Verónica teria saído sem nada.
Após essa visita ela recebeu mais uma do ex-sogro, conhecido como delegado Guerra, era um político influente na cidade. Ele foi claro que naquele cidade ela não tinha espaço e se retaliasse contra o seu filho, ela desapareceria e que nada que houve com ela foi ligado a seu filho. O recado estava dado e era claro.
Dez dias após a entrada no hospital ela teve alta. O seu corpo ainda coberto de hematomas era visível. Ela foi na casa onde morava com o ex-marido pegou todas as suas coisas e foi para casa dos pais. Sónia ficou chocada quando viu Verónica.
"A minha querida, o que aconteceu com você?" Verónica não quis envolver Sónia no seu problema, então não lhe disse o que de fato havia acontecido, apenas repetiu o que estava no boletim de ocorrência.
"Sónia, vou preparar tudo e sairei da cidade. Lembra da tia Marisa irmã do papai, vou para casa dela." Sónia só conseguia presta atenção no estado lastimável da menina linda que viu crescer, e quando Verónica falou estar divorciada e iria sair da cidade deixando tudo que a sua família construiu, ela sabia que algo estava errado, mais não insistiu.
Um mês passou-se boa parte dos hematomas já havia desaparecido. Verónica notou um carro circulando com frequência atrás dela. Boa parte do património dos pais eram investimentos, eram poucos bem físicos, com exceção de uma fazenda que o pai amava e a casa onde foi criado, o resto foi colocado a vendo, após toda a burocracia resolvida Verónica despediu-se de Sónia e saiu da cidade onde nasceu para ir para a cidade onde o pai nasceu. O seu pai quando servidor público foi transferido para a cidade de médio porte onde ele conheceu a sua esposa Viviane com quem teve Verónica.
No avião a caminho de Campinas cidade do pai. Verónica não parava de pensar.
"Um dia, você pagará por tudo que me fez."
A única dor que Verónica sentia era a da perda do filho. Independente de tudo e do pouco tempo da suspeita, até a certeza ela já o amava e ele foi tirado dele da pior forma.
"Um dia Edgar, eu vou pegar tudo que é meu de volta."
As chamas da vingança na mulher eram alimentadas pela dor do filho morto pelo próprio pai, ainda dentro de seu ventre. Verónica não está apática e deprimida como na morte dos pais, ao contrário ela está motivada e preparada para ir até as últimas consequências para destruir a família Guerra.
Em pensar que Angelina a quem ela tratava como uma irmã, além da traição em alguns meses dará à luz a um filho. Verónica não parava de pensar
"Como eu fui tão ingénua com aqueles dois. Devem esta rindo muito de mim, usufruindo do que o meu pai construiu com muito trabalho. O tempo e o remédio para tudo e é o que preciso para minha vingança.
Após um longo tempo de voou. Verónica desembarcou em Campinas e era aguardada pela tia. Verónica foi categoria com a tia que não queria nem um dos primos no aeroporto com ela. Marisa estranhou mais atendeu a exigência da sobrinha. Mãe de três marmanjos, ter a sobrinha em casa seria bom. Valéria tem três primos o primeiro Marco com 39 anos, acabara de chegar a coronel do exército com uma carreira brilhante. O segundo Murilo com 36 anos, e delegado federal a algum tempo e o terceiro Mateus 32 anos, e investigador chefe da polícia federal do setor de informática. Mateus também era um hacker. Verónica não estava pronta para essa turma ainda, com o senso afiado logo notaria haver algo errado. Todos os três também eram formados em direito, mas seguiram caminhos diferentes. Como o seu pai sempre dizia a justiça estava no sangue da família.
Assim que chegou em casa com a tia Verónica deu de cara com Mateus e um amigo que não parecia policial, estava de terno bem-vestido e alinhado. Mateus deu um pulo da cadeira e disse.
"Verónica que bom vê-la. Vem aqui me da um abraço." Os dois abraçaram-se, Mateus não comentou mais notou algo diferente na prima. O faro de policial não deixava passa nada. Ela sempre se vestia bem, estava sempre arrumada como a mulher vaidosa que era, e agora está ali no meio da sala com um jeans escuro, moletom de capuz, sem maquiagem, um rabo de cavalo no cabelo. Ela até seria confundida facilmente com uma universitária de vinte anos.
Pedro a observou mesmo em roupas casuais e sem maquiagem, era uma mulher nos 25 anos, linda e atraente.
"Oi! Pedro, essa é minha sobrinha Verónica, ela está se mudando para cá e também e advogada."
"Muito prazer eu sou Pedro Albuquerque Villar." Verónica não falou muito apenas acenou com a cabeça e um meio sorriso e disse.
"E um prazer." Virou para tia e disse. "Estou cansada da viagem."
"Sim, querida, vou levar-la ao seu quarto." Mateus a cena, enquanto Pedro o observava também.
"Algum problema Mateus?"
"Não sei, mais acredito que sim." Pedro continuou a observar o amigo que seguia as duas mulheres subindo escada a cima.
"Por que pensa haver algum problema?"
" O meu tio era um advogado muito conhecido na região centronorte, ele morreu ressentimento e ela casou-se recentemente também. Mesmo se ela se separasse não largaria a empresa que herdou do pai, algo acontece e não sei o que é."
"E melhor deixar ela falar no tempo dela, se tiver algo errado ela vai falar com vocês." Mateus concordou e voltou a conversa com Pedro, que elogiou.
" Pena que já esteja casada, pois ela e muito bonita." Mateus olhou e revirou os olhos e pediu para o amigo focar no que eles tinham que fazer.
Curtam e apoiem, como autor e bom ter atenção dos leitores, que e quem ajuda a obra a crescer.
Mateus fez uma rápida pesquisa na Internet e ficou estarrecido com o que encontrou e pensou.
"Que merda está a haver. Eu não acredito no que vejo."
Mateus encontrou o registro do divórcio e da agressão sofrida pela prima. Estava claro que algo não estava certo.
Assim que a mãe apareceu, era visível que havia chorado.
"Mãe o que houve com Verónica?" Marisa foi pega de surpresa pela pergunta, não sabia o que dizer. Verónica acabou de conta a ela tudo que passou e pediu segredo.
"A senhora chorou?" A senhora negou categoricamente, mais sabia que não convencerá o filho. O conhecia e sabia que logo descobriram tudo, então ela disse.
"De um tempo a sua prima, assim que ela estiver pronta, contará pelo que passou." Mateus já sabia pelo que a prima passou, ele queria que ela confirmasse, que algo estava errado, porém, a mãe tinha razão seria melhor não obriga-la, caminhou até o escritório tirou o telefone do bolso e ligou para o irmão.
" Murilo, como está irmão?"
"Estou bem irmão, aconteceu algo em casa?"
"Não. Tem um tempo para conversarmos? Chama o Marco também." O delegado ficou intrigado, o que poderia ser dessa vez?
"No lugar de sempre?" Murilo perguntou.
"Vou falar com Marco e encontramo-nos lá."
"Sim, irmão, nos vemos mais tarde."
No quarto. Verónica largou as malas no chão do quarto e jogou-se na cama, estava exausta tanto mental, quanto fisicamente, o seu psicólogo estava em pedaços. Porém, o desejo de vingança dava-lhe forças para começar a pôr em prática o seu plano de vingança. No silêncio deitada na cama e com o olhar fixo no teto. Verónica lembrava repetidamente do momento, em meio a surra que levava, dores terríveis no seu ventre a fazia curva-se e contorce-se de dor. As palavras de misericórdia, as súplicas para que Edgar não a matasse pelo bebê no seu ventre, todo o sangue que escorria por suas pernas. Tudo que ela queria era poder ver o seu filho nascer, mas as palavras que Edgar lançou sobre ela ficou gravada na sua mente, coração e alma. Ela tinha pesadelo com aquele momento.
"Você não é digna de ter um filho meu, você foi apenas uma peça de xadrez para conseguimos o que queríamos e você e esse feto podem morrer, Talvez você até sobreviva mais essa gravidez acaba aqui e agora e se você sobreviver, mentalmente fraca como é, o provável é que termine num sanatório, quase foi para lá, teria sido tão mais fácil se você tivesse ficado louca, teria me livrado de você mais cedo, achei que quando os seus pais morreram ficaria louca, mais não ficou e a morte do seus pais foi providencial já que não sabia como enrola os seus velhos." Edgar era um monstro e Verónica recriminou-se diariamente por não perceber o par de cobras a sua volta.
"Como eu não percebi os dois. Mas dessa vez ele está enganado se pensa que vai ser fácil. Não vou quebrar e terei a minha vingança custe o que custa." Enquanto ela falava repetidamente que teria a sua vingança, as lágrimas rolavam.
Mateus passou o resto da tarde em casa e Verónica não desceu. Aquilo não era bom, por volta das sete da noite, Mateus pegou o carro e foi ao encontro dos irmãos, que eram conhecidos por fazer um trio magnifico todos com porte atlético e beleza. Por sorte Marco estava na cidade e os três poderão se ver. Quando chegou no local do encontro os dois já estavam lá.
"E aí irmãos como estão?" Marco que era o mais carrancudo disse.
"Bem, porque essa reunião fora de casa?" Mateus sentou-se e entregou a pasta para ele que examinou o conteúdo e passou para Murilo.
"Que merda e essa, o que aconteceu com ela? Como esse babaca ficou com tudo?" Murilo jogou a pasta na mesa.
"Tenho algo a dizer." Marco não mudou a sua expressão imparcial, porém Mateus ficou na defensiva.
"Quando o tio Alberto morreu, dei uma olhada no inquérito policial, estava cheio de lacunas, as coisas não batiam. Disseram que foi um acidente, porém a indícios de que o carro foi adulterado. Pedi para um amigo da federal transferido para lá, acompanhar o processo. Desde então nada foi feito, o caso foi encerado como acidente e recentemente o pai desse babaca apareceu numa investigação de corrupção que abrange vários estados. Nem preciso mencionar que tudo isso é confidencial." Os outros dois irmãos acenaram positivamente com a cabeça. E Marco perguntou?
"E como ela está?"
"Desde que chegou não saiu do quarto, mamãe pediu para não incomodar. Porém, não parece em nada a prima que conhecemos. Eu acredito que o canalha do Edgar tentou mata-la, essa agressão não foi aleatória." Os outros dois irmãos também compartilhava do mesmo pensamento. Os três irmãos queriam espancar aquele covarde. Murilo estava inconformado, Marco então disse.
"Murilo tente investigar o máximo sobre aquela família. Mateus use os seus contatos também. Daremos um tempo para Verónica descansar e depois falaremos com ela." Todos os três continuarão a conversar e bebendo.
Na manhã seguinte. Verónica foi verificar o site da faculdade, antes de vir havia se inscrito numa bolsa para uma especialização no exterior. Era o que ela precisava, uma mudança completa. E crescer profissionalmente fazia parte do seu plano, quanto mais alta a posição, mais poder ela teria para realizar a sua vingança. Ela passaria dois anos fora. Verónica observou o resultado e com as suas notas e currículo ela foi aprovada para uma especialização nos Estados Unidos em uma das faculdades mais prestigiadas na área do direito, porém ela tem trinta dias para embarcar, ela cuidou de toda a documentação. Pensara em alugar um apartamento para ela, porém, com á partida para o Estados Unidos não seriam necessário, uma semana depois da sua chegada ela avisou a tia que partiria para sua especialização. Marisa ficou triste, pensava que a sobrinha não deveria se afasta da família nesse momento, porém, não a impediria, talvez a viagem fizesse bem a ela.
O tempo parecia voar e logo chegou o dia da viagem, durante esse tempo os primos não tocaram no assunto da sua vida particular, queria que ela estivesse pronta para falar.
Na família de Pedro ele estava desgastado e cansado o seu pai sofrerá um AVC a seis meses e ele nunca foi um homem de negócios, desde jovem sempre falava do desejo de ser um homem da lei. Mais isso não significava que ele não intendia dos negócios da família, ele dividiu-se entre o seu trabalho como juiz e a presidência do Grupo Villar até o retorno do irmão dois anos mais jovem Carlos Eduardo Albuquerque Villar, como Pedro gostava de dizer, um boa vida responsável. kadu como os amigos chamavam, fazia o tipo ‘playboy’, solteiro convicto e com uma beleza inquestionável. Porém, nos negócios era considerado um empresário genial, isso era inquestionável. Pedro costumava brincar com o irmão que ele sofria de dupla personalidade, um homem de negócios sério e genial e o outro um, boa vida que colecionava mulheres. Por kadu ele já teria voltado e assumido a presidência do grupo Villar, uma empresa de construção civil que se espalhava por vários países, porém, Pedro achou melhor o irmão concluir o MBA que tanto queria fazer. Ambos os irmãos também contavam com o membro mais jovem da família Luísa com 26 anos, passava uma temporada em Neva York, acompanhado a equipe de planejamento da filial de Nova York. A nova geração dos Villar era o que se poderia dizer, como genética perfeita. Luísa tem uma beleza marcante, com traços delicado e expressões fortes, apesar da sua pouca idade não deixava ninguém intimida-la. Luísa tem 1,72 de altura, cabelos loiros e olhos azuis, era uma cópia da mãe que foi uma grande advogada. Enquanto os dois filhos mais novos herdarão o amor pela construção do pai, Pedro herdou da mãe o amor pelo direito. E formavam uma grande família feliz e amorosa.
O telefone tocou na mansão dos Villar, a governanta Janete.
"Alô jane, como estão as coisas em casa?"
"Alô menina Luísa, como você está?" Luísa sorriu, Janete estava na família a muitos anos pelos menos antes de Pedro nascer.
"Estou bem e você?"
" Estamos todos bem e o seu pai vem melhorando a cada dia." Luísa ficou aliviada em saber.
"Liguei para avisar que amanhã estarei em casa. Chegarei a uma da tarde, peça que o Afonso me aguarde no aeroporto, sim?"
"Sim menina fique tranquila." Após a troca de informações Luísa desligou e voltou a trabalhar. Estava ansiosa para passar essa semana em casa e ver como o pai está.
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