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Clichê

O Dia terrível

Clara

Quem nunca sonhou com o primeiro beijo? Ou com o primeiro namorado? Ter o príncipe de armadura brilhante no cavalo branco lhe salvando heroicamente de uma situação perigosa?? Não eu, meus pais acabaram de falecer em um acidente de avião, o jatinho deles teve uma pane no sistema e caiu, Clara ficou sozinha para cuidar de seu irmãozinho Nicolas…

Assim que seus pais foram enterrados, uma "chuva" de advogados apareceram em sua casa para que ela assinasse documentos que não entendia, ela logo os expulsou alegando que acabou de perder os pais e não teria cabeça para prestar atenção no que quer que fosse.

- Senhorita Clara você precisa assinar esses documentos\, são importantes para a empresa funcionar.

- O senhor tem que entender\, que eu não tenho cabeça para isso ainda\, eu acabei de perder meus pais\, meu irmão precisa de mim\, amanhã eu procuro os senhores para poder colocar as coisas em dia.

- Amanhã pode ser tarde demais menina.

- Mas eu não quero e não vou assinar nada sem ter condições de entender o que está escrito- gritou em plenos pulmões.

- Como se atreve a gritar assim com seus representantes legais - o olhar dele era de raiva\, parecia que a qualquer momento poderia levantar a mão para Clara\, mas neste momento Emmanuel entra na sala.

- Representantes legais? Que eu saiba\, o representante legal da senhorita Clara sou eu\, conforme a vontade de seu pai\, também sou seu tutor e de seu irmão.

Clara olha para ele com olhos arregalados com o susto, como assim meu representante legal e tutor? Eu nunca vi esse homem na minha vida. Ele tinha 1,90 mais ou menos cabelos loiros claros muito bem alinhados e os olhos acinzentados mais lindos que ela já viu, estava muito bem-vestido em um terno que parecia bem caro, sapatos impecáveis, estava com um relógio de grife, um homem impressionante de se olhar, parecia também que estava em forma. Ele se aproxima dela e se abaixa um pouco na altura de seu ouvido, fazendo ela sentir o cheiro de seu perfume e lhe diz.

- Agora que acabou de inspecionar\, será que eu sou do seu agrado?

Clara ficou vermelha como um pimentão, até então ela não percebeu estar o analisando tão abertamente.

- De… desculpe senhor...

- Emmanuel

- Certo\, me desculpe senhor Emmanuel\, eu não me lembro de você\, eu estava só tentando me lembrar se já tinha visto o seu rosto em algum lugar...

- Não ligue muito para isso senhorita… Na verdade\, não nos conhecemos pessoalmente\, falei com a senhorita uma fez ao telefone lhe informando que eu estava com o testamento dos seus pais.

- Agora me recordo… Foi tudo tão rápido\, obrigada por preparar tudo e tomar a frente do funeral e documentos necessários.

- É o meu trabalho\, senhorita...

- Vamos parar com isso de senhorita.

- se é assim que deseja...

- sim\, é assim que eu desejo!

Emmanuel

Hoje quando acordei sabia que meu dia seria difícil, chegando no trabalho estava resolvendo tudo que podia para dar conforto e segurança para as crianças, sim, pois uma menina de 17 anos para mim, é uma criança, mesmo eu tendo apenas 20, apesar de ser um herdeiro, quis abrir minha própria firma de advocacia com meu melhor amigo, mesmo sabendo que a maioria dos meus clientes devem ser devido ao nome de meu pai.

Fomos para casa das crianças para falarmos do testamento e quando a porta foi aberta para que pudéssemos entrar escuto Clara gritando para que alguém saísse da casa, apressei o passo preocupado com o que poderia ser, quando avistei Thomas, um senhor já com seus cinquenta e poucos anos, com ar cansado pelos seus anos de experiência, que parecia estar perdendo a paciência com Clara e estava perto de agredi la. E seus associados parados ali sem mover um músculo para remediar a situação.

- Como se atreve a gritar assim com seus representantes legais - o olhar dele parecia que ia atacar a menina.

- Representantes legais? Que eu saiba\, o representante legal da senhorita Clara sou eu\, conforme a vontade de seu pai\, também sou seu tutor e de seu irmão.- Falei em alto e bom som para que não restasse nenhuma dúvida. Me diverti um pouco em como a menina me olhava\, um misto de desconfiança e admiração. Não aguentei e tive que provocá-la

- Agora que acabou de inspecionar\, será que eu sou do seu agrado?

Achei engraçado o modo que ela ficou corada, estava me divertindo muito com o jeitinho daquela menina, ainda não tinha visto o menino, mais com tudo o que aconteceu ele deve estar descansando em seu quarto

- De… desculpe senhor...

- Emmanuel

- Certo\, me desculpe senhor Emanuel\, eu não me lembro de você\, eu estava só tentando me lembrar se já tinha visto o seu rosto em algum lugar...

- Não ligue muito para isso\, senhorita… Na verdade\, não nos conhecemos pessoalmente\, falei com a senhorita uma vez ao telefone lhe informando que eu estava com o testamento dos seus pais.

- Agora me recordo… Foi tudo tão rápido\, obrigada por preparar tudo e tomar a frente do funeral e documentos necessários.

- É o meu trabalho\, senhorita...

- Vamos parar com isso de senhorita.

- se é assim que deseja...

- sim\, é assim que eu desejo!!

Ela me encarou por alguns minutos ainda depois disso e parecia estar tão enfurecida com o que acabou de acontecer que tive de ajudá-la a por aqueles cavalheiros para fora.

— Senhores, não vamos dificultar as coisas para Clara, vamos deixá-la descansar, e também tenho de conversar com ela sobre o testamento de seus pais, e isso é confidencial.

Quando ela viu que os advogados saíram assim que terminei de falar, Clara me olha com um ar acusador, como se eu tivesse culpa de que aqueles senhores escutaram quando os pedi para sair, coisa que nem mesmo ela aos gritos conseguiu, o que ela não sabia era que eles respondiam ao meu pai…

— Hahahahah, homens, são todos assim idiotas? Não podem simplesmente respeitar uma mulher? Tem que ser homem para eles obedecerem?

— Não é bem assim, minha jovem! Eles são apenas senhores que viveram em um mundo onde mulheres não tinham valor…

— Por isso mesmo, machistas, isso que eles são, eles vieram aqui cheio de papéis no dia que enterrei as pessoas que mais amava na vida… Nem pensaram na dor do meu irmãozinho, não se importaram se eu poderia estar sentindo…

— Sinto muito por sua perda

— Não se importe em ser uma boa pessoa- Ela suspirou cansada- então me diz, oque devo a honra de sua visita senhor?

Depois disso, lhe entreguei a cópia do testamento de seus pais, e expliquei cada detalhe do documento, mas parecia que ela entendia muito bem do assunto, apontou detalhes que até eu não tinha percebido. Sai de lá com Jhonatan me olhando incrédulo pela inteligência de Clara.

— Irmão, como aquela menina entende de coisas que até eu fico procurando em livros?

Olho para cara de panaca de meu melhor amigo e sócio, abraço ele pelo pescoço e fico rindo da cara que ele fazia

— Meu querido Jonathan, ela sendo filha de quem é você não acha que ela seria inteligente desta forma?

— Irmão você vai ter trabalho com essa menina, viu como ela é linda?

— Pode tirando seus olhos dela John ela é só uma criança, não é pro seu bico não.

— Olha o papai já defendendo sua cria.

— Que papai o que Johnny, só estou te alertando, como advogado seria vergonha eu ter de ir te tirar da prisão por você crescer o olho em uma criança de 17 anos…

— Qual é meu amigo, eu vi você olhando admirado para ela, não conseguia não olhar para ela nem por um instante.

— Não fale besteiras, Jonathan.

— Vamos ver se é besteira mesmo, vamos só ver Hahahahah.

Percebi então que eu realmente não desviei nem por um momento os olhos daquela menina, será que eu estou ficando maluco? Não pode ser, foi só admiração pela inteligência dela, afinal ela era a filha de um dos sócios de meu pai, e era o Homem mais inteligente e astuto que já conheci.

Após o deixar em casa, vou direto para minha casa que não ficava assim tão longe. Morava em um condomínio de luxo próximo ao de Clara, assim como Jonathan, que era quase meu vizinho morando um quarteirão antes do meu. Minha casa era um absurdo de imensa, não tinha necessidade nenhuma disso, mas como foi presente de meus pais por abrir a firma não pude dizer não. Minha parte favorita dela era o jardim, do meu escritório dava para ver ele inteiro, minha mãe cultivou cada flor que nele tinha, o lugar me traz paz. Vou para meu quarto, tomei banho e sigo pro escritório terminar de revisar os documentos para amanhã, não vai ser fácil convencer um monte de senhores conservadores que eles terão de obedecer uma menina de 17 anos.

— Clara, Clara, o que você fez comigo que não paro de pensar em ti. Você é apenas uma criança, se não tivesse me analisando naquela hora…

Não consigo focar direito nos documentos em minhas mãos, até que desisti e fui direto para cama, e acabo sonhando com aquela pirralha de olhos verdes intensos, nariz arrebitado e boca carnuda, pequenina e gordinha de cabelos ruivos encaracolados longos que chegava a altura de seus quadris, e sua pele era branquinha com algumas sardas. Me lembrava de uma certa princesa da Disney…

Nova Rotina

Clara

No dia seguinte, tive que levantar, ir acordar Nicolas e o colocar para se aprontar para escola, agora eu sou responsável por ele, mais sei que nunca vou substituir nossos pais, volto para meu quarto sigo para o banheiro tomo um banho rápido, termino de me aprontar, e vou tomar café com o amor da minha vida, e sim diferente de todas as outras crianças conhecidas, o Nick sempre foi o amor da minha vida, eu pedi tanto pro meus pais me darem um irmãozinho que cheguei a ficar doente, quando minha mãe disse estar grávida, foi o dia mais feliz da minha vida, fui com ela em cada exame e consulta, perguntava tudo ao médico, não deixava ela comer porcarias, fazia ela tomar os remédios pré-natais que o médico passou, e no dia do nascimento foi que descobri ser um menino, meus pais não quiseram me contar para fazer uma surpresa, o quartinho e as roupinhas que compramos e decoramos as coisas dele foram tudo em cores neutras, quando eu o peguei no colo pela primeira vez… Meu coração se encheu de amor… ele é meu tudo…

— Vamos, meu amor, tomar café que eu vou te levar para escola.

— Ahn, eu não quero ir à escola hoje, eu estou triste.

— Eu sei meu príncipe, mas você tem que ir… seus amiguinhos e suas professoras vão ficar muito tristes se você faltar.

— Você pode ficar comigo? Só hoje? Amanhã eu prometo que vou.

— Eu preciso resolver algumas coisas meu príncipe, mais prometo que assim que eu resolver eu vou te buscar, combinado?

— Se for assim eu aceito!

Assim que terminamos esse diálogo, Nicolas tomou seu café da manhã sorridente, e eu, consegui tomar o meu mais tranquilamente, depois da escola ainda vou ter de ir à empresa resolver algumas coisas e se Nick não estudasse em escola integral seria difícil eu conseguir cumprir essa promessa. Mesmo que eu não termine hoje oque eu deveria, amanhã eu termino para que eu consiga cumprir o combinado com meu pequeno.

O levei para escola um pouco mais cedo para entregar a diretora um documento atualizado com nossa citação com nosso novo tutor, assim mostrando a ela que teremos um" adulto" responsável por nós, ela não queira que eu mude o Nick de escola como ela tinha sugerido no sepultamento de meus pais. Fiquei com muita raiva dela naquele momento, como se meu pai não tivesse doado milhões para aquela escola que tinha até uma área dedicada a família por sua contribuição, ela ainda sugere que crianças sem pais responsáveis por ela não deveria estudar em uma escola tão renomada. Eu seria muito capaz de cuidar de mim e de meu irmãozinho, mas ela sugerir que eu não era capaz de me deixou revoltada. Chegando na escola vou direto na sala da diretora.

— Senhora Novaz com licença.

— Entre Clara, em que posso ser útil?

— Vim aqui entregar alguns documentos em relação ao meu irmão, como você pode ver aqui, meu irmão e eu temos um tutor legal, com isso temos um adulto responsável por nós, o'que não impede de meu irmão estudar aqui não é verdade?

Ela me olha assustada com meu comentário, como se nunca tivesse me sugerido que tirasse meu irmão desta escola.

— Minha querida, claro que nada impediria que nosso Nicolas estudasse nesta escola! Ele é uma criança brilhante, nossa escola tem orgulho em tê-lo aqui.

— Agradeço se você puder ficar de olho nele hoje, e se puder liberar ele mais cedo quando eu vir buscá-lo, ele não acordou muito bem hoje.

— Certamente que ficarei de olho nele, avisarei a todos que tenha uma atenção especial nele. E sim, ele será liberado assim que você vier buscá-lo.

Saio de lá e levo Nick para sala dele, converso rapidamente com a professora dele, ele entra meio receoso na sala, mais logo os amiguinhos dele o cercam e um por um dá um abraço nele o confortando, isso me deixa com o coração "quentinho" e lágrimas nos olhos. Vou direto para escola para entregar documentos semelhantes para a direção, que não levou muito tempo. As horas parecem se arrastar e não prestei muita atenção na aula preocupada com oque iria encontrar na empresa. Emmanuel tinha marcado de me buscar na escola para irmos à empresa juntos, já que os advogados estariam lá para uma reunião e eu não poderia assinar nenhum documento sem a permissão dele, coisa que foi estipulado por meu pai no testamento.

Assim que as aulas terminaram fui direto para empresa, chegando lá os funcionários estavam enfileirados aguardando minha chegada me prestaram condolências pela minha perda e eu os agradeci e pedi que voltarem aos seus postos, veio em minha direção um homem mais lindo que eu já vi, ele se apresentou como Eduardo, pele negra olhos castanhos cabelos cacheados, maxilar quadrado firme e um sorriso encantador, pronto acho que me apaixonei.

— Então Eduardo, o que você faz aqui?- Olhei para ele sem disfarçar meu desejo olhando para aqueles lábios carnudos.

— Então senhorita, eu sou seu novo secretário, o senhor Jhonatan me contratou depois que a secretária de seu pai se aposentou, se estiver tudo bem para senhorita…- ele sorri encantor enquanto me explica cada palavra saindo mais sedutora naquela voz meio rouca.

— Claro, claro, achei uma excelente escolha, mas quem é Jonathan mesmo?

— Ele é sócio do seu tutor, e eles estão lhe aguardando na sala de reuniões principal com os outros advogados.

Assim que as portas se fecharam quando entramos, começaram os olhares entre nós, eu não conseguia parar de olhar aquela boca carnuda, não via a hora de ficar mais velha e poder fazer tudo o que eu quero. Eduardo também não parava de me olhar, principalmente para o botão aberto do meu uniforme escolar, que se diga de passagem era tão vergonhoso e ultrapassado, blusa de manguinha branca com botões e um bolsinho com o emblema da escola, saia até os joelhos de pregas, meias ¾  uma espécie de "gravata feminina" e sapatos pretos, um verdadeiro circo dos horrores, era praticamente o mesmo uniforme para os meninos a diferença que eles usavam calça.então o clima esquentou um pouco no elevador e assim que as portas se abriram damos de cara com Emmanuel que franze o rosto e levanta uma sobrancelha assim que olha de um para o outro, parecia que tinha pego crianças fazendo arte.

— Senhora Clara, posso saber o que deixou a senhorita tão ruborizada?

— Já não combinamos? Nada de senhorita Emmanuel! Só Clara.

— Tudo bem Clara, mas não se desvia da pergunta, aconteceu alguma coisa? Tem motivos para estar tão ruborizada?

— Não tem nada, não Emmanuel, por favor, só estava quente dentro do elevador… Vamos Edu.

Emmanuel fica enfurecido com a intimidade que eu mostro com Eduardo, que por sua vez, ficou surpreso com o modo que o chamei.chegando na sala de reuniões olho todos com atenção, eles ficam surpresos com eu ainda estar de uniforme o'que os deixa mais receosos sobre mim.

— Menina não tinha como ao menos se trocar antes da reunião? Parece que vamos dar aulas em vez de fazer uma reunião de negócios.- Todos riram com graça do que ele falou.

— Para mim, vai ser como uma aula senhor Thomas, essa vai ser a minha primeira a final. Fora que acabei de sair da escola para vir aqui nesta reunião e não queria os deixar esperando para que me trocasse.

— Desculpe senhorita, não quis ser rude, minha intenção foi a das melhores.

Olho para o lado e vejo Eduardo conversando com um moreno, olhos escuros, sorriso simpático, cabelos encaracolados, meio gordinho, parecia concentrado em alguns papéis mostrados pelo Edu. Me viro para Emmanuel que estava ao meu lado e pergunto quem é.

— Você ainda não foi apresentada a ele?- ele me diz sorrindo, mais me lembro vagamente de tê-lo visto em minha casa no dia que conheci o Emmanuel.- Então ele é o Jonathan, meu sócio e melhor amigo.

— Entendo, então vamos começar esta reunião?

— com certeza Clara. Senhores, peço a atenção de todos para começarmos a reunião.

Depois de mais de quatro horas intermináveis, a reunião acabou, e com ela toda a minha paciência, cada vez que Edu ou Jonathan se aproximavam da minha pessoa, parecia que Emmanuel ia partir um deles em dois, no começo achei graça, mas depois fiquei muito chateada. Me despedi de todos ali e levei alguns documentos mais urgentes na mochila para ler em casa, sai apressada para pegar meu irmão que a essa hora deveria estar em sua aula de artes marciais, prometi que ia pegá-lo e não podia faltar com a palavra.

Como abalar seu coração

Emmanuel

Ia buscar Clara na escola, mais com os acionistas e advogados indo para imprensa não tive como, Jonathan tinha selecionado Eduardo para ajudar Clara sendo seu secretário, fez faculdade de administração e se formou com honras, mais não me sinto à vontade com ele perto dela, quando me avisam que ela está chegando ir recepciona lá, mais quando chego ao elevador ele se abre e o que vejo me deixa aborrecido, Eduardo e Clara estavam nitidamente em situações comprometedoras, ela olha para mim corada e o chama para sair do elevador, aaahh mais isso não vai ficar assim.

Chegando na sala de reuniões já somos recepcionados pela primeira crítica, a menina.

— Menina não tinha como ao menos se trocar antes da reunião? Parece que vamos dar aulas em vez de fazer uma reunião de negócios.- Todos riram com graça do que ele falou.

Impressionante como algumas pessoas não sabem ter um pouco de respeito, mais Clara soube os pôr em seus lugares perfeitamente e assim a reunião se estendeu por quatro intermináveis horas, a menina sai correndo assim que pode dizendo que tem que pegar o irmãozinho na escola que tinham muito o que fazer.

Vou direto ao meu escritório resolver as coisas pendentes referentes a Clara e Nicolas, ela logo fará 18 anos e poderá ser responsável pelo irmão, porém para a empresa ela terá que terminar a faculdade de administração e só assim após formada que poderá tomar conta das empresas dos pais, lógico que ela vai precisar de toda ajuda possível para tomar conta de tudo aquilo.

Sigo para casa cansado depois de um dia exaustivo e Jonathan me convida para ir a nova boate de seu irmãozinho, menino esse esperto de uma casa de festas transformou em uma rede de boates muito bem frequentadas pela elite da alta sociedade, só os filhos das famílias mais nobres frequentava a que eu ia com Jonathan. Não precisamos enfrentar fila e seguimos direto para ala vip mais luxuosa do local, e lá encontramos Henrique,18 anos, totalmente o oposto de seu irmão mais velho, moreno alto, cabelos ondulados na altura dos olhos, tinha olhos amendoados, corpo atlético, pois praticava esportes(e era muito bom nisso). As meninas se jogavam aos seus pés e apesar de tudo não tirava proveito disso. Era um bom menino…

— Henrique, meu garoto

— Emmanuel irmão, como está? E seu amigo ainda não chegou?

— Claro que cheguei irmãozinho, acha que ia perder a festinha?- Jonathan abre um sorriso para o irmão

— Vem vou apresentar os figuras para as meninas, e pode deixar que a maioria é da idade de vocês dois - Henrique dá um meio sorriso travesso.

Chegando mais perto do sofá que tinha ali, Emmanuel não acreditava em seus olhos, Clara estava ali com um grupo de meninas conversando animadamente, Henrique se aproxima dela, senta ao seu lado a coloca no colo e ela sorri docemente para ele que fica com os olhos brilhando.

— Clara, quero que conheça meus irmãos mais velhos, o Jonathan e o seu melhor amigo e meu irmão Emmanuel.

— Oi meninos- Clara se vira para Henrique - eu já os conheço Rique, eles são meus advogados.

— Que mundo pequeno né, minha princesa?

— Verdade, quem ia imaginar que você é irmão dos meus advogados.

Clara se levanta, vai até eles e os cumprimenta com dois beijinhos no rosto de cada um, só então Emmanuel repara no vestido curto brilhoso que ela usava com um escarpam preto, os cabelos estavam soltos, maquiagem leve, estava muito bonita e parecia um pouco mais velha.

— Não imaginei que lhe encontraria aqui Clara.

— Ora, Emmanuel acho que eu posso sair e me divertir um pouco, você não acha?

— Claro que você pode, Clarinha não deixa ele te dizer o que fazer, o Manuel aqui pode ser muito chatinho quando quer.- Henrique pisca para ela que ri do comentário dele e volta a se sentar em seu colo deixando Emmanuel enciumado, o que faz Jonathan zoar muito ele a todo instante.

Como assim Clara conhece o galinha do Henrique? Tudo bem que ele é só um ano mais velho que ela e dono de metade das boates exclusivas da região, mas como essa menina que parecia recatada se transformou nessa mulher sedutora em menos de 24 horas? O Jonathan também não ajuda rindo de mim o tempo todo por bancar “o pai enciumado” como ele diz, mal sabe ele que não tenho nenhum pensamento paternal por aquela menina. Vejo ela se dirigir a pista de dança com o grupinho que estava no camarote, ela e Henrique começam a dançar bem agarradinhos e com isso fico cada vez mais incomodado e os olhares que ela recebe no caminho me deixa desnorteado, minha vontade é virar homem das cavernas, colocar ela no ombro e ir embora daqui.

— Jonathan preciso sair daqui o mais rápido possível, antes que eu faça uma burrada, diz para o Rique que fui tratar de uns assuntos e fica de olho naquela desmiolada.

— Fica tranquilo Emmanuel, a Clarinha é só uma menina, tem direito a se divertir também, vai me dizer que na idade dela você não se divertiu muito com seus amigos? Fica tranquilo que meu irmão de bobo não tem nada, sabe com quem está mexendo.

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