Máximo.
Logo depois de todos os resgates com as garotas do bordel, Henrique chama nos para comemorar o sucesso da operação.
Nati estava aqui na fazenda nos ajudando com as garotas, nos estávamos namorando, eu estou louco para pedir ela em casamento, mas não quero que seja um pedido simples, ela merece muito mais.
Eu me aproximo dela e dou um beijo em seu pescoço.
— Meu namorado é um mafioso, ele pode torturar apenas por você está respirando o mesmo ar que eu.
Eu viro o seu corpo de frente ao meu e fixo o nosso olhar.
— um mafioso de sorte ele. – Falo sorrindo.
— não sei, às vezes eu tenho dúvida do amor dele por mim.
Mas que diabos essa garota está falando, eu só doido por ela desde quando a vi pela primeira vez, ela com esse jeito doido me deixo louco.
— Pare de pensar besteira, eu te amo, o que preciso fazer para acreditar em mim?
Nati me olha e com um lindo sorriso em seus lábios ela dispara.
— Se casando comigo.
Heey calma, mulher as coisas não funcionam assim.
— É... Eu… - antes que eu possa falar algo, ela se afasta de mim e diz.
— Máximo tudo bem, se não quiser se casar, eu te entendo, só não vou ficar o resto da minha vida te esperando.
Logo que ela termina de falar ela se vira e vai para a sua casinha, merda, merda e merda não era assim que eu tinha planejado pedir ela em casamento.
Eu vou até ela, mas a porta está a trancada, eu fico ali batendo, mas nada dela abrir.
— Nati abre a porta por favor, vamos conversar.
— Não preciso de mais desculpa, Max, eu já entendi que não quer casar, então tudo bem, eu vou seguir minha vida e você a sua.
— Natália, por favor, eu te amo, vamos conversar.
— Mas que droga Máximo, toda a vez que conversamos sobre casamento você não fala nada, eu estou cansada, não vou passar uma vida atrás de alguém que não sabe o que quer da vida
— Droga, Nati, abre a porta e vamos conversar.
— Não, eu não vou, eu tenho que me arrumar para o jantar na casa da Martina, se eu ficar conversando com você eu vou perder minha carona.
Mas que porra de carona é essa? Se nós tínhamos combinado de ir juntos.
Eu olho para meu relógio e vejo que falta menos de duas horas para o jantar, eu aviso ela que em uma hora eu estaria aqui esperando ela.
Saio de lá, vou para a casa em que eu estava ficando, tomo um banho, passo o perfume preferido dela e vou até a sua casa.
Vejo um carro parado na porta de sua casa, eu entro sem avisar, eu não acredito no que eu estou vendo.
— Máximo não sabe bater na porta?
Ela fala e pelo tom de voz está irritada comigo.
— O que ele está fazendo aqui? — Falo me referindo ao meu pai.
— Eu pedi para sua irmã me mandar um motorista e olha que motorista gato que ela mandou.
— Mas Natália, eu avisei que iria te levar, não precisava fazer ele perder o tempo precioso dele em vir te buscar.
— Nati, não é perda de tempo vir até aqui te ver nunca, sabe que eu tenho um carinho muito grande por você.
Meu pai fala fazendo ela lançar um lindo sorriso em sua direção e se levanta e dá um abraço nele, que cena linda parece pai e filha. Anthony nunca me deu um abraço tão carinhoso como esse.
Eu havia apresentado ela a família em alguma festa não sei se no casamento de Nick. Nati e o meu pai se deram muito bem, eu diria bem até de mais pro meu gosto.
Eu bato palma com a linda cena, chamando a atenção para mim.
— vamos Nati, eu te levo no meu carro.
— Máximo eu te disse, mas cedo que não temos, mas nada, eu só vou nesse jantar, pois Martina me ameaçou, se não eu não iria estar no mesmo locar que você.
— Não era assim que eu queria te fazer o pedido.
Eu me ajoelho em sua frente e pega uma caixinha vermelha no bolso do meu casaco e pego em sua mão.
— Natália, em todos os momentos que eu estive com você eu me senti sendo realmente amado, e todas as nossas conversas eu me senti sendo compreendido, eu não queria te pedir em casamento assim, queria te fazer uma linda surpresa, mas você como sempre consegui de mim o que quer, eu prometo te proteger sempre com a minha própria vida, pois você é tudo o que eu sempre quis, Nati meu amor você aceita se casar comigo?
Os seus olhos estava cheio de lágrimas e algumas desse pelo seu rosto eu me levanto e com as pontas do dedo eu vou secando uma por uma, eu sussurro em seu ouvido.
— Você ainda não respondeu.
Ela gruda os nossos lábios em um beijo profundo, Nati teria tudo de mim assim como eu já tenho tudo dela, quando eu a conheci não sabia que ela seria o meu porto seguro, o jeito doido de ser é apenas para não mostrar o quanto essa mulher já sofreu.
Se eu pudesse eu teria te encontrado antes meu amor, eu evitaria muita coisa para nunca te ver sofrer.
Assim que o beijo termina, eu tinha certeza que essa mulher seria minha para sempre, assim como eu já sou dela.
— Eu te amo, e não saberia, mas viver sem você. — Nati disse ainda secando as lágrimas.
Meu pai dá um abraço na Nati, ele parecia feliz com tudo, ele vem até mim e me comprimento e diz no meu ouvido
— Espero que faça ela feliz.
— Meus amores vamos se não iremos nos atrasar. — Nati diz e fomos todos em direção ao carro do meu pai.
Nati.
2 meses atrás.
Martina me convidou para passar o dia com ela, Máximo e Henrique iria resolver algum assunto do cartel, eu fico com ela, mas, na verdade, Martina só queria ajuda com a Mia.
— Cadê o bebê da titia? — Eu falo pegando ela no colo.
— Eu te chamei aqui, pois preciso de ajuda, essa menina não me deixa tomar banho direito. – Ela fala chegando perto das escadas e quase me deixando sozinha com a bebê.
— Eu tô sentindo o fedor daqui mesmo. — Falo sorrindo e ela mostra a língua.
— Sua mãe sabe cuidar bem de você Mia? Fala para tia, se ela não cuidar antes de ir embora eu prometo que dou um jeito de te levar.
Eu falo e fico brincando com ela ali no sofá, vejo o senhor Anthony se aproximando de onde eu estava.
— Nati, seu nome né? — ele me pergunta.
Eu tinha visto ele poucas vezes, eu sabia que Máximo não tinha uma boa relação com o pai, mas não sabia o motivo, eu apenas concordo e fico ali brincando com a bebê.
— Onde o Máximo está? – ele pergunta, mas eu tenho certeza que ele sabe a resposta.
— Ele e Henrique, foram resolver algumas documentações. — Eu acho que está na hora de descobrir um pouco sobre os Fontana. — Senhor Anthony, posso saber o motivo de Máximo não ter herdado a sua máfia?
Ele me olha me analisando, será que eu perguntei algo de errado? Até começar a falar toda a história da família do seu irmão Marcos ter forjado a morte para viver tranquilo com a sua mulher até ele voltar para a máfia, e sobre o acordo com os Valente, e nada dele falar o que eu queria saber de verdade.
— Me responde, você se arrependeu em algum momento de ter o Máximo?
— Não, em momento algum eu me arrependo de ser pai dele, eu só não sei como consertar os anos afastados dele. Máximo é um homem muito fechado, ele não me dá espaço para um diálogo.
— Às vezes Sr. Anthony -ele me interrompe e pedi para chamar ele só de Anthony -Continuando, Anthony ele pode não saber como conversar com o você.
— Sabe, Nati, eu não sabia como contar para a Gabrielle, como você se sentiria se fosse casada e descobrisse que Máximo era pai de uma criança.
— Mas foi antes do casamento, eu sei que não seria fácil de entender, mas não dava para rejeitar o seu filho.
— Eu não rejeitei, eu mandava uma pequena fortuna todo mês para a mãe dele.
— Eu não estou falando de dinheiro, eu falo de amor, carinho, respeito, de uma relação de pai e filho, coisa que vocês não têm.
— Eu não sei como lidar com tudo isso, tenho medo que a Gabrielle pense que eu prefiro o Máximo, e Máximo não me dá espaço.
— Sabe o pouco que eu conversei com a Gabrielle, ela parece ter aceitado isso tudo, ela pode ter ficado chateada pelo motivo de ter sido enganada, mas eu percebo que vocês se amam muito.
Eu fico ali com Anthony e a Mia nos dois ficamos brincando com ela até Martina apareceu tomada banho e com os cabelos lavados.
— Agora sim uma nova mulher -eu grito fazendo seu pai sorrir.
O dia entre nós foi super agradável, a Gabrielle tinha saído para fazer compras, mas quando chegou se juntou a nós e ficamos falando sobre o casamento deles por horas, dava para sentir o amor entre eles.
— Gabrielle, como assim ele atirou no seu pai?
Antes que ela possa responder Máximo e Henrique entra pela sala eu sinto que o clima gelou na hora ele me olha com um olhar, eu não sabia o que eu tinha feito de errado.
— Nati, vamos embora agora. — Ele fala, mas o seu tom de voz era seco, bem diferente da forma que ele fala comigo.
— Eu pensei que vocês podiam dormir aqui hoje? — Martina fala, Máximo ignora tudo que ela falou.
— Agora Natália -ele diz, mas eu não sei o tom de voz dele era mais seco ou irritado agora.
— Máximo não é assim que se trata uma mulher, muito menos sua namorada. — Anthony diz, mas parece que Máximo ficou mais irritado ainda.
— Tudo bem, não vamos ter clima ruim apenas por besteira, eu queria agradecer por tudo e pela companhia de vocês.
Eu digo já de pé e dando um abraço na Martina e na Gabrielle. Oferecendo a mão para Anthony, mas ele me puxa para um abraço apertado.
Sinto os olhos de máximo queimando as minhas costas, nos vamos em direção ao carro.
— Natalia o que foi aquilo lá dentro? — ele me pergunta olhando para a estrada.
— Se você que fez aquela cena não sabe, imagina eu que só estava assistindo, sabe Máximo, eu estava tendo um dia agradável, mas não sei o que aconteceu com você para estar assim.
— Você e Anthony parecia amigos de infância. — Agora eu sei o motivo da revolta.
— Eu acho que você e seu pai tem que se entender, já chega disso. — eu falo, mas ele apenas balança a cabeça em negação, então eu continuo -Máximo você não pode viver assim o resto da sua vida, ele é seu pai, eu sinto que vocês se gostam, mas não estão se entendendo.
—Eu queria que você tivesse um pai como o meu, que abandonasse um filho apenas por ter se casado com outra, que tivesse vivido escondido de todos.
— Porra Máximo você tem um pai, ele está aqui os erros do passado, fica na porra do passado, você não me conhece, não sabe da minha história, sabe o que eu te conto, mas não sabe nem 10% do que eu vivi para estar falando assim. — Falo com eu olhos fechados, mas sei que ele está me olhando
— Você fica reclamando do seu pai, mas o que você fez para se aproximar dele nada fez, meu amor, se eu tivesse um pai ele podia ter feito o mesmo que o seu, mas eu ia sentar e tentar entender os motivos dele. — Eu falo deixando Máximo, mas irritado com isso.
— Agora eu tô bem, o poderoso Anthony te conquistou. — Máximo fala, a relação deles precisa mudar.
Ele foi o caminho inteiro em silêncio, quando nos chegamos na fazenda ele me deixou na minha casa e foi para a dele. Eu não sabia, mas o que era passar uma noite sem ele, mas se ele queria assim tudo bem.
Máximo.
Dias atuais.
A família inteira estava presente, eu não me lembro de alguma vez estar com todos presentes.
— Reunião de família e ninguém me avisou?
Nati diz entrando e cumprimentando todos com abraço e beijos, a primeira pessoa que ela mostra o anel de noivado foi para Martina, às duas tinha se tornado muito amiga desde quando começamos a namorar.
As mulheres ficaram de um lado conversando sobre o pedido e quando vai ser casamento, eu escuto Nati dizer que não irá demorar muito.
— Gabrielle, você e o Anthony se importa se eu casar na sua casa? — eu interrompi ela, não acho uma boa ideia me casar na casa deles.
— Nati não vai ser necessário, podemos fazer na minha casa, lá tem um belo jardim – Esse era o motivo pelo qual ela quer casar na casa de Anthony.
— Nati, se você quiser, a casa é sua, pode fazer lá, eu vou adorar ter vocês por lá. — Meu pai diz mas eu não me sinto a vontade naquela casa.
— Máximo, eu e Vicenzo precisamos conversar com você, Henrique pode nos emprestar o seu escritório? — Meu pai pergunta para Henrique que concorda, o que eles querem comigo certamente não deve ser nada bom.
Vamos nos três para o escritório, meu pai senta em uma poltrona, Vicenzo senta em um sofá grande que ficava de frente para o de meu pai estava eu sento ao lado do Vicenzo
Então meu pai começa a falar muitas coisas sobre a máfia, o que eu não estou entendendo era porque ele estava falando isso para mim, eu não tenho nada a ver com os assuntos deles.
— Pode ser mas direto Anthony, o que eu tenho a ver com toda essa história, pois Vicenzo é o chefe e eu, eu nem faço parte, lembra já fui até torturado por você. — Eu falo isso me lembrando da vez que eu tentei matar a minha irmã, me arrependo, a garota é incrível.
— O Vicenzo me convenceu que seria bom para os negócios você participar do nosso cartel. — Saber que eu nunca fui uma escolha para meu pai sobre estar na frente do cartel Fontana me deixa cada vez mais irritado com ele.
— Eu não acho uma boa ideia – eu só interrompido pelo Vicenzo .
— Sabe Máximo, eu preciso de alguém que pode me ajudar com tudo, agora com o meu filho eu não posso estar na frente de tudo, eu preciso de alguém de confiança e somos primos, eu acredito que você não iria trair a sua família.
— Eu já tentei matar a minha meia irmã, você não pode esquecer disso. — Eu falo, mas não me sinto orgulhoso daquela época.
— Você não é, mas o mesmo, se não Martina tinha te matado na primeira oportunidade se você fosse alguém ruim.
— Tudo bem, eu vou, mas não significa que vou permanecer, eu vou tentar, temos, mas algum assunto? — eu pergunto já querendo sair daquele escritório.
— Vicenzo , você pode nos deixar a sós? — meu pai pede para meu primo, que apenas levanta e nos deixa apenas na presença um do outro.
Eu olho para ele, sem entender o motivo dessa conversa, eu fico lê encarando esperando ele falar algo, mas ele não diz, então eu começo.
— O que eu fiz dessa vez? — sempre que ele quer falar comigo, é sobre algum erro que eu cometi, mas dessa vez eu não fiz nada.
— Eu só queria conversar com você, somos pai e filho, eu queria entender a sua relação com a Natália. — ele diz, mas eu não sei onde ele quer chegar com isso.
— Nos nunca teve essa conversa, não sei porque vai tentar ela agora, mas vou te responder à Nati é uma pessoa incrível e especial, você viu eu a pedi em casamento, então é isso vamos nos casar.
— Eu estou feliz por vocês. Máximo eu queria poder ter uma relação, mas saudável entre nós dois eu sou seu pai.
— Belo pai que você foi, me escondendo da família inteira, se eu não tivesse encontrado com a Martina até hoje eu estaria vivendo escondido, sabe Anthony não sei o que você e Natália fica conversando, mas eu não gosto dessa interação, eu te conheço e sei que tem algo por trás eu quero saber. — Eu falo pós meu pai não é o tipo de homem que tenha uma boa relação com alguém sem alguma intenção.
— Ela é sincera, fala o que vem na cabeça e eu gosto disso, sabe ela queria que nós sejamos, mas próxima e eu também queria isso. Máximo vamos tentar ser pai e filho. — Ele fala me olhando e eu não sei, tentei por anos ter a aprovação dele por tudo, não sei, ele tá fazendo por mim ou por ela.
Antes que eu posso falar algo, alguém bate na porta e abre era a Gabrielle, ela entra e senta ao meu lado.
— Máximo, eu queria que você entrasse de verdade para a família, seu pai errou muito em não me contar sobre você, mas não podemos viver até o fim da vida nessa guerra entre família.
— Desculpa, Gabrielle, mas eu nunca me senti dessa família, eu não sei nem o que dizer.
— Agora é a hora que nós se abraçamos e você diz que vai ser um verdadeiro Fontana.
Ela me puxa para um abraço, eu retribuo, mas somos interrompidos com a Nati na porta.
— Eu não queria atrapalhar vocês, mas estamos esperando para jantar.
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