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Sugadores De Mundos

Capítulo 1. Resgate

Meu nome é Serena e sou uma maga do Planeta Maginu e estou em uma empreitada para salvar meu povo que foi capturado por sugadores.

Percorri até o último ponto daquele planeta, correndo e contornando as montanhas áridas, com terra vermelha. As florestas eram poucas e restritas em espaços específicos, subi mais uma montanha por uma área de pedras e me postei no topo, olhando tudo à minha volta, vi os pontos onde pareciam habitados, pois havia um círculo estranho neles e por isso corri até o círculo mais próximo, a corrida era difícil, ocorriam explosões no chão como gaizers, só que jorravam chamas, enquanto eu passava. Precisava estar atenta para desviar dos buracos feitos por essas explosões, era um planeta muito instável e por isso ideal para fazer o que estavam fazendo, mantendo prisioneiros a fim de trabalhos forçados.

Cheguei ao círculo que havia visto do alto e era bem grande, indicando que ali havia pousado uma nave e devia haver uma mina subterrânea. Procurei onde poderia haver uma entrada e achei no único ponto do círculo que era apegado a montanha, ali estava a entrada de uma caverna, olhei a volta e não vi nenhuma sentinela ou câmera filmando, para a proteção do local. Os desgraçados estavam tão confiantes que não acreditavam que alguém poderia chegar até ali, para salvar os prisioneiros.

Entrei na caverna me arrastando pela parede utilizando a sombra que havia, fui me aprofundando, sons vieram ao meus ouvidos e identifiquei máquinas, gemidos e gritos, é um verdadeiro horror. Quando cheguei ao fim do piso da caverna onde eu estava, terminava em um barranco quase impossível de descer e lá embaixo pude ver o horror que todos aqueles que foram sequestrados estavam passando.

Em um lado no fundo da caverna, haviam muitas máquinas de extração. Aquela terra vermelha, era muito importante e rica em um material muito valioso, que vendiam no mercado negro e as pessoas estavam ali, maltrapilhas, muito magras e trabalhando forçadamente, sendo escravizadas por algozes que os agrediam o tempo todo com um chicote.

Do outro lado haviam gaiolas, onde outros prisioneiros estavam presos. Do outro lado daquela cratera, estava a pior de todas as cenas, pois aqueles algozes sequestradores, se alimentavam dos prisioneiros, que gritavam enquanto eram devorados ainda vivos. No centro da cratera, havia uma fogueira anormal, ela não era feita pela queima de troncos de árvores, mas era um buraco no chão, por onde saia aquele fogo que explodia também na superfície. Era um fogo estranho, provocado por elementos que, quando se chocavam, explodiam e que estavam presentes no interior daquele planeta.

Por este motivo, ninguém ousava pousar ali ou permanecer e morar naquele lugar, só esses gananciosos comerciantes exploradores, que fizeram do planeta a sua principal fonte de matéria-prima e abusavam de outras pessoas para fazer o serviço que deveriam fazer. Observei cada detalhe daquele buraco sórdido e planejei como faria o que tinha que ser feito, não daria para ser muito rápido, teria que ser cuidadoso e aos poucos, para que não houvesse desconfiança dos prisioneiros e nos pegassem antes que eu tivesse libertado todos.

Assim, esperei o momento certo, quando eles foram descansar. Percebi que descansavam por poucas horas e foi nesse momento que eu aproveitei, primeiro dei de beber água para todos os prisioneiros, que me olhavam achando estranho eu estar fazendo isso, não falei nada, apenas dei de beber a todos. No restante da água, coloquei uma essência pura e contaminei toda a água, que era com certeza, o que eles fariam primeiro quando acordasse, beber a água e mesmo que só tocassem nela seriam atingidos pela essência que coloquei e cairiam.

Fui até uma das celas menores e ali estava quem eu procurava, era um grande amigo, um homem poderoso, que agora estava reduzido a pele e osso, muito espancado, ferido, cortado e rasgado, mas vivo. Era ele que eu tiraria primeiro, abri a cela e ajudei-o a sair e como eu esperava, apesar de todos os ferimentos, ele se colocou de pé, pronto para lutar.

Abri as celas, uma a uma e mandei que os prisioneiros fossem subindo pelo caminho que eu tinha marcado, quando desci. Era um caminho árduo, difícil de subir, mas não impossível. Enquanto isso, eu e meu amigo Willow, fomos até a área de escavação e colocamos ali vários pontos de explosivos. Eu levei apenas uma barra de uma massa explosiva potente, bastavam apenas alguns pedaços espalhados e um som específico, para que tudo explodisse e como havia fogo perto não haveria necessidade de termos um detonador, pois o fogo se encarregaria de queimar tudo e explodir o restante que estava por ali. Por isso fiz um caminho para que o fogo seguisse até aquela caverna de produtos tóxicos.

Depois de prepararmos a explosão de toda a caverna, subimos atrás dos prisioneiros e os encontramos do lado de fora, esperando. Mostrei para eles o ponto onde deveríamos ir, à direita, subindo e contornando algumas montanhas, para chegarmos no local de onde sairiamos daquele planeta. Começamos a caminhada, até que eles conseguiram correr rápido, a estrutura física deles não necessitava de alimentos constantes e conseguiam aguentar bastante tempo sem comer e a água já havia revitalizado-os. Assim eles puderam andar bem rápido, quase correndo. Levamos algumas horas para chegar ao local de onde partiríamos, enquanto isso, ouvimos a explosão de todo aquele local, não deu tempo nem deles comunicarem aos outros o que estava acontecendo, devem ter morrido antes mesmo da explosão ocorrer.

Chegamos ao local e imediatamente acionei o dispositivo que abria o portal, entrei e comecei a ajudá-los a passar para o outro lado e quando faltavam só eu e Willow, estendi a mão para puxá-lo e algo aconteceu, vi uma nave chegando e começando a atirar e o portal começou a se fechar, tentei puxá-lo mas não consegui. O meu braço ficou metade para fora do portal e eu do lado de dentro. Chamei e gritei, pedi a ele que segurasse a minha mão, mas ele não podia me ouvir. Senti sua mão calejada segurando a minha, então puxei, mas não consegui que ele ultrapassasse a barreira, pois o portal estava fechado. Nem eu consegui sair e nem ele conseguiu entrar.

Foi nessa hora que uma das nossas parceiras de luta, chegou correndo e conseguiu abrir uma brecha no portal de onde eu consegui puxar ele e ver a abelha rainha daquele povo, parada em pé ao lado da nave que havia chegado, mas há uma distância que ela não conseguiria nos alcançar antes de conseguirmos fechar o portal. Ela me olhava com ódio, prepotência e loucura, e eu sabia que dali em diante teria uma grande adversária.

Ao passarmos pelo portal, vários dos resgatados já estavam sendo esperados pelas famílias, pois saímos bem próximo do centro do bairro militar. A jovem ruiva e impertinente, parou a minha frente e começou um ataque com palavras e xingamentos, mas a unica coisa que entendi, foi:

— Sua incompetente, onde está Wilou?

Willow sempre foi um macho robusto, cabeludo, forte e bonito, até entendi ela não o ter reconhecido, mas me ofender? Não havia necessidade. Fiz um gesto com a mão e calei sua voz. Ela veio para cima de mim, com as garras para fora, querendo me rasgar, coisa que não conseguiria, pois sei me defender muito bem. Só que não foi preciso, Willow se colocou à frente, se abaixou colocando a criatura nos ombros e marchou com ela para casa. Fiz um gesto e liberei seus gritos e sorri ao escutar o som das palmadas de seu companheiro em seu traseiro redondo.

Capítulo 2. Descanso

Serena

Nosso planeta não é grande, na verdade é um dos menores do nosso sistema, rodeamos uma estrela nova, porem que a cada dia está mais fraca, de forma que temos as noites mais longas que os dias, mas como somos seres noturnos, isso não é um problema. Temos um ciclo de trinta e seis horas, pela rotação do planeta, com seis horas diurnas. Chegamos quase ao amanhecer e o povo já se prepara para dormir.

O planeta é quase todo habitado, só as florestas e lagos não têm moradores. As cidades são constituídas de casas baixas, feitas com base de barro com pedras, dando um tom terroso a quase todo o planeta. Não temos o costume de pintar as casas, preferimos tudo que é natural, por isso, muitos moram em cavernas, nas encostas dos morros. 

Nosso povo é muito trabalhador e plantamos todo nosso alimento, além de criarmos animais para abate, sem prejuízo aos selvagens que vivem na floresta. Pescamos nos lagos, mas também reproduzimos os peixes em cativeiros e os repomos nos lagos, assim nunca falta o alimento. Nosso povo parece gafanhoto, que só anda em bando e se reproduz tanto, que foi preciso um controle de natalidade.

Somos de compleição magra, na maioria, com braços e pernas longos e fortes. As fêmeas têm mamas pequenas, cintura fina e quadril largo, com um bom sistema reprodutor, por isso tantos filhotes. Já os machos, são retos, com peitoral firme e musculatura rígida, são tão fortes que subjugam qualquer fêmea. Os raptores usam armas de contenção à distância e abduzem nossos homens, o que é uma grande covardia, já que não lhes dão a chance de defesa.

Moro no único castelo do planeta, fica no alto de um penhasco e na parte de trás, beira o precipício de pedras calcárias. Era de minha família, a mais antiga de nossa espécie, mas que foi quase toda dizimada pelos invasores, restando apenas eu e um tio, que mora do outro lado do planeta, com sua família, bem numerosa por sinal. O castelo está praticamente abandonado, pois só eu moro lá e não vejo razão para manter, todo ele, em funcionamento.

Subo a colina em meu flutuante (apenas um apoio para os pés, que flutua com magia) e chego sem esforço ao meu lar. Subo as escadas, passo pelas portas altas e atravesso o grande vestíbulo, ultrapassando o salão e chegando ao jardim interno, onde tem um olho d'água, que foi cercado com uma mureta, formando uma grande banheira, onde sempre tomo banho. A água escorre por um dos lados, passando por uma valeta e caindo nas pedras, formando uma cachoeira fina e longa, que quase não chega ao chão, pois as águas se dispersam no ar, sem forças para cair.

Toda vez que tomo banhos, o gel com que limpo o corpo, feito com ervas naturais, formam bolhas, ao caírem na cachoeira e inundam o ar, fazendo a alegria das crianças, que moram no entorno do castelo.  Essa é a melhor hora do meu dia, quando me despojo de tudo e relação, deixando a água me lavar de tudo. Estou contente com o resgate, ninguém se feriu durante o processo e embora os resgatados tenham sofrido muito naquele lugar, o resgate foi rápido o suficiente, para não estarem tão debilitados. Fora os que foram consumidos, é claro.

Os raptores fazem parte de uma espécie terrível de Glabro, mistura de humano com lobo, altos, muito fortes, cujos dentes afiados, devoram tudo e todos que julgam serem comestíveis. Eles habitam um planeta coberto por florestas, que apesar de ser ótimo para moradia, não tem muitos recursos minerais e nem alimento suficiente para todos. Suas casas são extravagantes, com muitas divisões, podendo abrigar famílias grandes e visitantes que chegarem. São bonitos, quando não estão com a forma de lobo na superfície e as fêmeas, são muito fortes e respeitadas.

Relaxei bem e fiquei limpa e cheirosa com o gel. Posso ouvir a alegria das crianças brincando com as bolhas. Saio da água e me seco com a toalha que sempre está ali, visto o roupão que fica pendurado em um gancho na parede, quando ouço a voz mais inoportuna do mundo, pelo menos para mim.

— Será que você não pode me dar sossego, nem depois de um resgate, Gordom?

— Calma, princesa. Sei que você não se feriu e correu tudo bem. Claro que eu não deixaria passar a oportunidade.

— Já vai clarear e quero descansar, por favor, vá embora, Gordom.

— Não vai demorar, prometo.

Claro, como sempre, ele nunca demora, mas o estrago é feito. Esse é o problema de nosso povo, ou melhor, de nossas fêmeas. Não somos respeitadas, não temos direito a dizer não, é a lei. Quando uma filhote entra em seu primeiro cio, o macho que a deflorar, fica com direito exclusivo sobre ela, pelo menos uma vez, a cada lua cheia, pode copular com ela, até que ela fique prenha, só então eles teem o direito de acasalar(como chamam a união permanente entre um casal).

Existe a lenda, não sei se é verdade, pois nunca vi acontecer, de que um macho pode reivindicar a fêmea, se reconhecê-la como sua destinada, algo a ver com a combinação hormonal entre eles, que produzirão filhotes fortes e saudáveis. Dizem que certas fêmeas destinadas, só reproduziram com seu macho, talvez seja esse o meu caso, já que esse idiota nunca conseguiu me emprenhar.

— Seria tão bom me livrar de você…

— Não seja assim comigo, princesa. Sempre te tratei bem, nunca fui violento e cuido de seu bem estar e segurança. — Que estúpido, sei me cuidar muito bem sozinha.

Mas não adianta, ele se aproxima, puxa meu roupão e me vira de frente para uma pilastra, fazendo eu apoiar as mãos e meu traseiro se impinar para ele. Pelo menos ele sabe fazer meu corpo ficar pronto, tocando meus mamilos e meu clitóris. Só quando verifica que estou úmida, me penetra com força, por inteiro. Seu membro é duro e suas estocadas fortes, preciso me segurar para não cair e o bom é que realmente termina logo.

Ele sai de mim e sua porra escorre por minhas pernas, ele olha desagradado e reclama:

— Porquê você não retém minha semente? Toda vez escorre pelas suas pernas. Vai ver é por isso que não vingam.

Fui em direção a banheira para me lavar novamente, mas ele não deixou.

— Fique assim, pode ter alguma que ficou dentro e vingar. Vou ter com o curandeiro e perguntar porque você é assim. — Saiu furioso depois de ajeitar as calças.

Nem tive dúvidas, me lavei, limpando todo o resquício daquele ato indesejado por mim. Sempre agradeço ao Deus criador, por não deixar vingar as semente dele, não suportaria tê-lo dentro de mim, todas as vezes que ele quisesse e não só na lua cheia.

Capítulo 3. Instrução

Eu, Gordom de Vitri, tenho a fêmea que sempre quis como companheira, desde filhote. Na verdade, ela ainda não é minha, só tenho o direito de ter sido o primeiro, mas ela nunca emprenhou, minha semente escorre e sai. Ela não retém e eu não sei o porquê. Estou indo a casa do curandeiro, na vila das herbáceas, para perguntar a ele, qual é o problema dela.

Bati na porta e uma filhote abriu e saiu correndo. Entrei e segui para a sala de consulta, onde ele sempre estava. Era um macho adulto, bem apessoado e acasalado, sua fêmea já lhe dera muitos filhotes, era um afortunado.

— O que o trás aqui dessa vez, Gordom? — Perguntou ele com um meio sorriso e os cabelos, começando a ficar grisalhos, caindo pelas laterais do rosto.

— O senhor sabe que tomei Serena como minha fêmea, mas durante todos esses anos, ela nunca emprenhou e por isso não podemos acasalar. Desconfio que o problema está no organismo dela, que não absorve minhas sementes.

— Como você sabe que ela não absorve suas sementes?

— Porquê sempre escorre para fora, assim que saio dela.

— Sente-se, preciso que me responda umas questões.

Sentei-me à frente de sua mesa e prestei atenção.

— Você prepara sua fêmea para a cópula?

— Sim, para que não sinta dor e não se machuque. — Claro que tomo esse cuidado.

— Ela sente prazer junto com você? — Que pergunta estranha é essa que ele fez.

— Como assim? Não entendo…

— Você sente prazer quando jorra sua semente dentro dela?

— Sim, é muito bom.

— Nunca sentiu se ela também sente o mesmo? — As feições do curandeiro refletiam aborrecimento.

— O senhor está bravo, curandeiro? Por quê?

— Você realmente não sabe, não é? Sinto pena de Serena, que te aguenta por todos esses anos. — Fiquei desconsertado com suas palavras.

— Por quê está dizendo isso? Sempre fui bom para ela. — Percebi quando o desgosto passou pelo seu rosto, com minhas palavras.

— Vou te explicar o que está errado em sua cópula. As fêmeas sentem, como nós. Para a cópula resultar em fecundação, é necessário que os dois estejam em sintonia, pois da mesma forma que o climax do prazer do macho, culmina no jorro de seu semem, o da fêmea culmina em um aperto muscular em sua vagina, que produz a sucção e retenção da semente em seu interior. Entendeu?

— Acho que sim. No caso de Serena, ela não consegue apertar os músculos, é isso? — Se fosse isso, talvez uns exercícios ou chá de ervas, ajudasse.

Mas o curandeiro me olhou com desgosto e levantando de sua cadeira, suspirou e foi até um quadro na parede, com o desenho do corpo de uma fêmea, por dentro. Ficou olhando para o desenho por um tempo, até se virar para mim e começar a explicar.

— Serena não tem problemas, já examinei-a várias vezes e posso garantir que ela é perfeita. O problema está em você. Você é quem não está dando prazer a sua fêmea, ao ponto dela ter um orgasmo. Pobre Serena, que aguenta você a usando sem ter prazer algum. Deve ser um tormento para ela, cada vez que você chega para exigir seu direito. Essa lei é uma desgraça para nossas fêmeas.

Não gostei do que ouvi. Serena, além de não sentir prazer, não se agrada de me receber? Não é possível! Eu fui seu primeiro, eu a introduzi na vida sexual, como assim, ela não sente prazer em estar comigo?

— Não consigo acreditar nisso, curandeiro. Durante todos esses anos estive com ela, cuidei dela, a protegi de outros machos e ela nunca gostou de mim?

— Talvez, ao invés de protegê-la, você tenha impedido ela de encontrar seu verdadeiro companheiro.

— Não, eu, somente eu, sou seu companheiro! — Levantei com raiva, quase derrubando a cadeira e andei até a porta para sair.

— Espere, Gordom. Você pode mudar essa situação. — Disse o bruxo.

— Como? — Perguntei, me virando, de novo, para ele.

— Aprenda como dar prazer a sua fêmea. Algumas fêmeas aceitam pagamentos para ensinar. Procure madame Vernon, na casa Amarela, ela poderá te ensinar como fazer.

Me virei e saí sem sequer me despedir. Aquilo tudo era um absurdo, eu sempre fui cuidadoso, amo a minha fêmea, mas nem poderei estar com ela, até a próxima lua. Droga de lei, terei que esperar, talvez seja uma boa ideia procurar a fêmea Vernon. 

Segui até a rua principal, onde os serviços pessoais eram oferecidos, procurei a casa amarela e bati a porta. Antes de abrirem, ouvi a voz daquela a quem prometi nunca procurar.

— Está claro, o expediente findou.

— Sou eu, Gordom.

A porta abriu rapidamente e a linda fêmea de longos cabelos vermelhos, surgiu, sorrindo.

— Mas ao que devo a honra de sua presença, querido Gordom.

— O curandeiro me mandou. Preciso aprender a fazer minha fêmea chegar ao orgasmo e reter minha semente. — Deixei bem claro que não estava ali por causa dela e sim por minha fêmea.

— A primeira lição darei de graça, nunca jogue na cara de uma fêmea, se quer sexo com ela, que prefere outra. — Disse ela.

— Não quero sexo, só aprender o que fazer. — Espero que ela tenha entendido.

— Estúpido, entre, vou te ensinar como tratar uma fêmea.

Entrei e percebi que o lugar está decorado com cores e peças que remetem a sensualidade e após passar por uma cortina de contas vermelhas, entramos em um cômodo, onde havia no centro, uma imensa cama redonda, coberta com lençol vermelho e espelhos por todo lado, até no teto. 

— Para que tantos espelhos? — Perguntei intrigado.

— Alguns clientes gostam de observar todos os ângulos. Vamos começar, sente-se na poltrona.

A poltrona, também vermelha, ficava de frente a cama e sentei-me nela, vendo a fêmea ficar de pé sobre a cama e tirar a roupa.

— Primeiro você precisa conhecer bem a anatomia de uma fêmea. Essa será sua segunda lição. Já acasalou nessa lua?

— Sim.

— Então teremos bastante tempo, para que você fique expert em dar prazer a uma fêmea. — Disse ela, como se eu quisesse outra que não fosse Serena.

— Só quero dar prazer a Serena, ela é minha fêmea.

— Tá bom,  macho alfa. Vamos começar. Apenas observe e preste atenção em tudo que vou mostrar. Preste atenção até na minha voz e não deixe sua libido te exaltar.

— Como assim? — Perguntei, franzindo as sobrancelhas. Será que ela acha que vou me excitar olhando para ela?

— Contenha-se e preste atenção na lição. Entendeu? Não ficarei repetindo. Olhe para mim, veja meus seios, mamilos, cintura, púbis, olhe bem para todos os pontos que toco com a minha mão.

Ela estava nua e se tocando e não sei porquê meu membro está se manifestando. Ela continuou e notei a reação de seu corpo ao próprio toque dela e continuei a ficar excitado. Pelo jeito, essas aulas serão bem difíceis.

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