Zayan Leblanc 30 anos, Um dos gangsters mais temidos de Roma, conhecido por sua crueldade e sangue frio, Zayan é temido e odiado por muitos, Líder de um facção conhecida como Ndranheta ,Chefia o mundo da prostituição em Roma.
Henry Leblanc 26 anos, Inconsequente e imprevisível e uma bomba armada prestes a explodir, chamado de "Diavolo" é quem cuida da parte suja dos negócios, treinado para matar é o juízo final de seus inimigos.
Alexandre Navarro Leblanc 35 anos, segundo no comando de Ndrangheta e filho mais velho dos três irmãos.
Emma Clark 19 anos, jovem simples de família humilde dada para adoção ainda criança, foi criada por família rica mais tratada como escrava por seus pais adotivos, Obsessão de seu irmão postiço, tenta a todo custo fugir das agarras do perverso Xavier Clark a quem tanto teme.
Lilyan Jansen 20 anos, Cresceu nas ruas de Roma, acostumada a fazer pequenos furtos se virar como pode para sobreviver.
Camilla Anchieta Medellín 18 anos, Linda e inteligente é forçada a se casar com um dos Leblanc, conhecerá o amor onde jamais acreditou que encontraria
Emma Clark
Emma Clark que ainda estava em sono profundo ouvia distante o esmurrar da porta, abriu os olhos com dificuldade e pensou estar sonhando, no relógio sobre a pequena mesinha de cabeceira marcava 5:00 da madrugada, se levantou da pequena cama de solteiro em que dormia no quarto de empregadas e caminhou até o cabideiro pegando o fino casaco de lã para cobrir seu corpo, era uma madrugada fria de inverno e cansada ela mal havia dormido quando bateram na porta.
— Algum problema senhora?
Ela perguntou baixo olhando para Jane Clark que a encarou com profundo desprezo.
— Tanto trabalho a ser feito e ainda está dormindo?
Perguntou furiosa.
— Já terminei todo trabalho madame, faxinei a casa e cuidei da louça, os preparativos para o café já estão adiantados, precisava descansar um pouco,estou de pé a 16 horas seguidas.
—Está reclamando?
Jane gritou furiosa, era autoritária e cruel.
— É isso que recebo de volta? demos a você uma boa casa, comida e roupas quentes, é justo que pague de alguma forma não acha?
Empurrou a porta com força, Emma que não esperava pelo gesto foi ao chão, com o impacto da força sentiu suas costas doerem.
— Não seja exagerada, se vitimizar desta forma é ridículo, foi apenas um pequeno tombo.
Emma sorriu temendo o que lhe aconteceria se a matriarca dos Clark se irritasse.
— Vou me arrumar e desço em Alguns minutos para tomar meu café, espero que já esteja pronto, sabe que odeio atrasos, tenho uma rotina que deve ser seguida a risca e erros não serão tolerados.
Resmungou dando as costas a Emma, a pequena mulher se levantou com dificuldade, além do cansaço agora estava possivelmente machucada e dolorida, Emma sofria nas mãos dos donos daquela casa, era ela quem fazia todo serviço pesado da enorme mansão sem nenhuma ajuda, apesar de carregar o sobrenome daquelas pessoas nem de longe era considerada alguém da família. Emma correu para cozinha, sobre a mesa variedade de bolos, sucos e frutas, café fresco e chás, quando terminou sorriu ao ver a mesa posta, seu estômago doía então se sentou no chão da luxuosa cozinha, era ali que fazia as refeições por ordem de Jane, pegou no armário um pequeno pote de biscoitos que já estavam no fim, mordeu com dificuldade já que pelo tempo em que estavam guardados eram duros e ásperos, o copo com água a ajudava a engoli-los.
— Menina porque está sentada aí? Por Deus ela já acordou?
Perguntou Nana ao olhar Emma, nas mãos trazia um pequeno embrulho com pães frescos, Nana praticamente a criou já que a mãe postiça de Emma não teria o trabalho de cuidar do ser a quem tanto desprezava , o único carinho e afeto que Emma conhecia vinham de Nana a esposa do jardineiro da casa que a muitos anos trabalhava ali, era ela a única que se importava com Emma.
— Sim Nana,provavelmente para fazer compras como sempre, não deveria estar aqui, sabe que ela vai brigar com a senhora se souber que tem me dado comida.
Choramingou.
— Não quero que se metam em problemas por minha causa.
— Sabe que eu não ligo, não vou deixar que passe fome, olhe pra você, tão magrinha e pequena.
Os olhos cansados da senhora varriam o corpo da mulher a sua frente.
— Agora coma, coma rápido antes que ela a impeça.
Abriu o embrulho que tinha as mãos dando visão aos pães que ela mesmo havia preparado. Faminta Emma os devorou com desespero, Nana a olhava com tristeza, tinha pena da garota que viu crescer, quando terminou Emma se levantou do chão,sacudiu as migalhas e esperou de pé ao lado da mesa Jane chegar, como ritual de todas as manhãs tinha que estar ali, enquanto todos comiam assistia sem dizer nenhuma palavra, Emma esperou por horas, quando jane finalmente retornou com seu marido para o café já eram quase 11:00 ,Na verdade atormentar a jovem moça era o seu divertimento diário e ela fazia isso com prazer, Depois de arrumar tudo Emma voltou para o quarto, se sentou na cama tirando as sandálias que dava visão aos pés machucados, lágrimas lavaram seu rosto ao pensar na triste vida que vivia, Aquela casa era na verdade seu cativeiro, mais o que não sabia é que o pior ainda estava por vir.
Um silêncio agoniante se fazia presente na mansão dos LeBlanc, nenhuma palavra era ouvida, ou choro derramado, Sobre o leito fúnebre o corpo de Lorenzo Leblanc, o patriarca da família, ao seu lado os empregados que o serviam por décadas, nenhum familiar, nenhum amigo ou alguém que o achasse merecedor de piedade e perdão.
— Onde eles estão?
O velho homem perguntou com agonia e necessidade.
— Eles já foram avisados senhor Leblanc, nem um deles chegou ainda.
O homem se desmanchou em lágrimas, estava fraco e debilitado as fortes emoções só o arrastavam ainda mais para o fim eminente, quando a porta se abriu Lorenzo viu diante dele o filho que a muito não via, Zayan olhava com olhos vazios para o paí, o homem do qual não guardava uma única lembrança boa, ao seu lado o pequeno filho Estevan que como o pai permaneceu em silêncio.
— Meu Filho, achei que não viesse.
Ele murmurou.
— Por favor venha,esse ao seu lado é quem imagino que seja?
Perguntou.
— Aproximasse minha criança, dê um abraço no seu velho avô.
O menino olhou para o pai como se pedisse por permissão, Zayan balançou a cabeça em negação, a criança que a pouco havia comemorado seus cinco anos não conhecia o velho homem diante dele, tão pouco tinha apreço e contato suficiente para chamá-lo de avô, Lorenzo era um completo estranho.
— Ele é tão bonito!
O homem fitava a criança com admiração e curiosidade.
— Se parece com você quando tinha essa idade. Zayan o olhou com desprezo.
— Como pode saber disso? nunca estava em casa e quando estava se encontrava bêbado demais para se importar.
Ele praticamente rosnou para o pai.
— Vamos Estevan é hora de ir.
Agarrou a mão da criança que se segurou firme a ele.
— Não vá, fique mais um pouco, onde está Henry? ele não virá?
Perguntou olhando para porta vazia atrás de Zayan o mesmo riu alto, não um riso comum, mais de uma perversidade e frieza cruel.
— Acha que tem o direito de exigir isso dele? mesmo depois de tudo que fez?
Ele gritou furioso.
— Não entendi não é? Não estou aqui para me despedir Lorenzo, vim para confirmar que estava realmente em seu leito de morte e quer saber? nada me deixa mais feliz do que vê-lo assim, velho e fraco a beira do seu fim, espero que morra logo e vá para o lugar de onde nunca deveria ter saído...o inferno!
Se pôs de costas para o homem que gritou seu nome até que a voz não saísse mais e sua alma não possuísse seu corpo , Estevan olhou para trás e foi repreendido por Zayan.
— Aquele não é um bom homem filho, é um mostro cruel e doentio, não guarde lembranças de quem não merece estar em seus pensamentos.
O menino assentiu, obedeceu o pai, o seguiu em silêncio entrando no carro em seguida.
— Está morto?
Henry perguntou enquanto acariciava os cabelos do sobrinho, Zayan olhou para ele.
— Sim! deveria ter entrado, garanto que nenhuma outra visão me trouxe tamanho êxtase e alegria
Henry se virou para frente sem esboçar nenhuma reação, era ainda mais frívolo que Zayan e a escuridão estampada em seu rosto era prova disso.
— Nos leve para casa William.
Disse seco ao motorista que prontamente obedeceu, no caminho para casa passava na cabeça dos irmãos o filme de sua infância, nas madrugadas frias acordados nus ajoelhados sobre milho, nas surras que os deixavam sem andar por dias e na morte da mãe, a única mulher a quem amaram e foi tirada deles por um capricho pervertido de Lorenzo, quando adentraram os portões da enorme propriedade que os pertencia Estevan correu pelo jardim, Os irmãos se dirigiram para dentro da mansão onde uma fila de funcionários aguardavam suas ordens, Ninguém tinha a coragem de olha-los nos olhos, sabiam que estavam diante do mal encarado e o poder que emavam era de linge o mais maligno e cruel que podia existir.
Lily Jansen
— Volte aqui sua maldita ratinha.
Um dos donos gritava da porta de um enorme restaurante no centro de Roma, pelos becos e ruas era possível ver voando aos ventos os cabelos loiros e desalinhados de Lily.
— Alguém tem que fazer algo quanto essa ladra desgraçada, me dê o telefone.
O velho ganancioso e avarento disse a um de seus funcionários.
— Alô Túlio? pode me dizer o porquê de eu estar te pagando para proteção dos meus comércios se não é capaz de dar fim em uma única morta de fome?
Ele gritou furioso.
— Não quero saber o que terá que fazer, Mais quero aquela infeliz longe do que me pertence, a venda a algum puteiro, pelo menos receberei pelo que ela me roubou .
Do outro lado da linha um dos milicianos corruptos que trabalhavam para os magnatas Multimilionários de Roma, um esquema antigo que envolvia líderes de facções criminosas e gangues dos bairros mais pobres da Itália.
— Cuide disso ainda hoje seu maldito imprestável.
Falou com frieza desligando em seguida.
Em um deposito abandonado não muito longe dali, Lily tinha estampado em seu rosto um enorme sorriso, em suas mãos um saco de linhagem repleto de frutas, croissant, petiscos e doces.
— Não vai acreditar no que eu consegui para gente?
Disse ao cãozinho que dormia próximo a fogueira acessa por ela, o animal se levantou, abanava o rabo enquanto pulava encima de Lily que gargalhava como criança, a muito tempo "Estopa" como o chamava era sua única companhia, dormia abraçada a ele que esquentava suas noites frias, dividiu com ele a comida que trouxe já que faziam dóis dias que não comiam nada, quando pegou no sono estopa zelou por seu corpo, já era quase noite quando um estrondo enorme ecoou pelo enorme galpão, Lily acordou assustada, o cão latia alto e antes que se desse conta estava cercada por homens que seguravam armas e cacetes em suas mãos.
— Hora, Hora, achamos nossa ratinha.
Um deles disse se inclinando até ela.
— Ou devo dizer gatinha? é uma linda maltrapilha não é mesmo rapazes?
Disse Túlio passando as mãos pelas pernas desnudas de Lily, o cão latia alto e rosnava para os homens.
— Dêem um jeito nesse vira latas pulguento.
Ele murmurou a um dos seus subordinados que apontou contra o cão e atirou, Lily gritava enquanto esmurrava a parede de musculos diante dela que sequer se moveu do lugar.
— Olhem só, ela é arisca.
Ele ria.
— Seria um prazer adestra-la coisa linda mais meus planos para você são outros.
Disse acariciando o rosto assustado de Lily com os nos dos dedos.
— Tragam ela.
Se pós de pé, Lily esperneava ao chão, lutava tentando se soltar dos brutamontes que a arrastavam como a um animal, os olhos da jovem observava com tristeza o amigo que lhe defendia ferido mortalmente no chão.
— Me soltem seus covardes, me deixem salva-lo.
Ela Gritava, Implorava pela vida de Estopa.
— O que vão fazer?
Socorro.
— Apaguem ela, essa maldita escandalosa irá acordar o bairro inteiro.
Túlio murmurou, um de seus comparsas a acertou com força no rosto, Lily desacordada foi levada ao carro, as mãos de Túlio acariciavam o corpo de Lily sobre a roupa velha e gasta, pelo retrovisor um dos homens sorria ao observar a cena.
— Uma pena nossas ordens serem outras não acham? poderíamos nos divertir muito com essa gracinha.
Os risos eram estridentes ,quando o carro parou diante de um lugar chamado "O Harém" um dos mais bem movimentados bordéis de Roma, Túlio Caminhou com Lily em seu colo até o interior do lugar, Um dos seguranças andou até ele.
— Quero falar com o dono!
Túlio disse, recebendo um aceno em retribuição.
— Me siga por favor, vou avisá-lo que esta aqui.
Caminhou sendo seguido pelo canalha que sem nenhum remorso levava Lily para o que acreditava ser um castigo justo por roubar um pouco de comida, Túlio se sentou com a moça em seu colo, quando pela porta entrou Zayan Leblanc ele tremeu diante dele, Zayan não tinha nenhuma expressão, olhou friamente para Lily e depois para Túlio.
— Por que está aqui?
Perguntou alto enquanto caminhava em direção a sua poltrona.
— Não fazermos caridades nesse lugar, isso é um bordel não um albergue para mendigos.
Acendia um charuto sem sequer olha-los.
— Olhe bem para ela senhor, é uma moça jovem e muito bonita, tem um corpo voluptuoso e atraente, pode lhe render muito dinheiro.
Falou como se estivesse oferecendo a Zayan um pedaço de carne.
— E por qual motivo deveria aceitar a mercadoria? sabe que esse é um dos poucos negócio lícitos que tenho em Roma, porque colocaria isso em risco por uma simples garota?
O confrontou.
—Não terá problemas, trabalho para polícia e posso garantir que ninguém vai procurar por ela.
Os olhos de Zayan encararam Lily por alguns segundos, com uma de suas mãos fez sinal para o segurança que aguardava suas ordens.
__ Leve a moça para um dos quartos, consiga roupas limpas e comida, verei o que farei com ela depois.
O homem caminhou até Túlio tomando Lily de seus braços, a jogou sobre os ombros e saiu da sala.
— E então quanto irão me pagar por ela?
Túlio perguntou receoso, o olhar de Zayan queimou sobre ele.
— Não vai receber nenhum centavo do meu dinheiro, queria deixar a moça, pois bem, aceitei sua oferta, mais considerarei como um presente.
Riu.
— Isso não seria justo não é mesmo?
Túlio se levantou aos gritos, Zayan fez o mesmo socando forte a mesa, fazendo que o covarde se encolhesse.
— Aqui nesse lugar eu e meu irmão somos reis, o alfa e omega de tudo, sobe nosso domínio nós decidimos o que é justo ou não, agora dê o fora antes que eu o tire daqui morto.
Riu como louco, Túlio saiu dali tropeçando nos próprios pés, sabia a fama que carregava os irmãos Leblanc e que provavelmente não sairia dali vivo se insistisse, quando chegou trêmulo ao carro um dos comparsas o olhou curioso.
— E então? conseguiu por ela o valor que o chefe queria?
Túlio o encarou com ódio.
— Aquele maldito cafetão não me deu nenhum centavo sequer, terei que pagar por ela do meu bolso.
Os homens ao redor dele riram.
— Riam desgraçados, pagarei por aquela desgraçada mais a pegarei de volta, não costumo gastar em algo que não vou apreciar.
Saiu dali jurando voltar para pagar de volta o que julgava agora ser propriedade dele.
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