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Cara Metade

Capítulo 1

Laila, uma jovem de 20 (vinte) anos lendo um livro no seu lugar preferido desde que tinha 8 (oito) anos. Laila tem os cabelos cor de mel e os seus olhos castanhos, uma boca rosa e um sorriso estonteante. Era o terceiro dia da semana que ela lia o seu livro desde que a sua mãe disse que não precisava de ajuda com nada em casa e nem no trabalho, e que ela poderia desfrutar do seu tempo livre para ler um pouco o seu romance do século XIV (catorze), tão perfeito e complicado, mas, ao mesmo tempo, romântico e cheio de surpresas. Mas infelizmente ela estava no século XXI (vinte e um) não tinha nada de romântico nas pessoas dessa época. A mãe dela se chama Fernanda e ela trabalha como costureira e Laila a ajuda com o trabalho quando é necessário e Laila nunca conheceu o seu pai e a sua mãe não falava muito dele para ela. Mas isso não era relevante já que a mãe de Laila era ótima para ela.

Laila amava ler livros e talvez ela fosse uma escritora algum dia num futuro distante, mas no momento ela só estava atrás de um emprego para ajudar a sua mãe. Porque mesmo ela sendo costureira as coisas não estavam fáceis em casa. Infelizmente Laila não tinha como pagar um curso ou fazer uma faculdade, a única solução era colocar currículo em todos os lugares e torcer para ser chamada em algum.

— Oi Laila — Fala a sua única e melhor amiga.

Sara era amiga de Laila desde o fundamental, desde então não se desgrudaram. Sara tem 19 (dezenove) anos, Laila é mais velha por 6 (seis) meses, Sara tem os cabelos mais claros e os olhos um pouco esverdeados. As duas dividem segredos e conversão sobre tudo.

— Oi Sara, tudo bem? O que está fazendo aqui? — Laila responde surpresa.

— Eu fui na sua casa, mas a sua mãe disse que estaria aqui, aliás é o seu "cantinho de paz" — Ela fala se sentando no banco ao lado de Laila.— O que está lendo hoje?

— Um romance no século XIV (catorze)

— Não é nenhuma surpresa, você só lê esses livros assim. — Ela falou a fazer uma careta.

— Não é verdade, eu já li Romeu e Julieta, e achei interessante. — Laila retruca a fechar o livro.

— Romeu e Julieta é romance. — Sara fala cruzando os braços.

— Em fim, esses são os meus tipos de livro e não discuta comigo.

As duas ficam rindo e olhando um pouco para os carros que passam na rodovia a frente até que alguns carros param na frente da praça e alguns homens com roupas sociais desces dos carros e começam a olhar e isolar o terreno.

— O que esses homens estão fazendo? — Pergunta Laila mas para si do que para alguém.

— Eu não sei, mas pelo, o que estou a ver não deve ser algo bom. — Sara responde um pouco apreensiva.

— Com licença, senhoritas mas está área agora está restrita. — Um homem gigante fala com Laila e Sara.

— O que está acontecendo aqui ? — Pergunta Sara afastando-se.

— Estamos isolando a área e não temos permissão para comentar sobre o porquê disso tudo, com licença. — O homem responde e vai embora.

— E agora? — Sara pergunta olhando para Laila.

— Eu não sei, mas eu tenho que achar o responsável por isso.

— Onde você vai Laila, tá ficando maluca? Eles devem ser do governo ou algo assim. — Sara fala seguindo Laila.

— Esse lugar é importante para mim e também é histórico e eu exijo saber o que estão fazendo. — Laila vai até um homem que pelo visto estava a dar ordens?!. — Com licença? O que estão fazendo aqui? — Laila pergunta a um homem de cabelo loiro e olhos azuis e usando uma camisa social azul clara, uma calça marrom e sapatos sociais.

— Como?

— Eu exijo saber o que estão fazendo! — Laila fala com um tom grosso.

— Estamos fazendo o nosso trabalho que eu saiba não diz respeito a você. Agora se me der licença eu preciso trabalhar agora.

— Laila por favor vamos deixar isso para lá, pelo, o visto eles estão aqui para fazer alguma reforma talvez. — Sara fala tentando acalmar Laila.

— Você pensa que é uma reforma? Com certeza eles estão aqui para demolir tudo.

— Reforma ou demolição não temos nada a haver com isso e muito menos possamos fazer algo. Venha e vamos embora, não tem nada aqui para nós.

— Belas palavras senhorita. Vejo que tem mais maturidade do que a sua amiga aqui do lado. Qual o seu nome? — O homem de antes se refere a Sara.

— O meu nome é Sara e não é porque sou mais madura do que a minha amiga, e sim, por este lugar ser importante para ela, pois é um lugar histórico e fez parte da nossa vida. — Sara responde com um tom de arrogância, mas gentil.

— Desculpe-me, eu não sabia e por fim não teria mesmo. Eu não conheço vocês, o meu nome é Guilherme. E não eu não sou o responsável por tudo isso, estou aqui apenas administrando o que me mandaram.

— Por isso eu queria saber o porque isolam a praça. — Laila pergunta olhando-lhe seriamente.

— Infelizmente não posso-lhes da nenhuma informação no momento, pois este projeto é confidencial. Mas se a senhorita quiser pode ir fala com o responsável bem alí. — Ele aponta para uma tenda que estava bem próximo aos carros com alguns homens lá.

— Está bem, eu vou lá saber o porquê de tudo isso. Fique aqui Sara, eu quero resolver isto sozinha. — Laila sai em direção a tenda.

— Ela parece um pouco irritada. São amigas há muito tempo?

— Sim, desde o fundamental. — Sara responde à olha-o e eles ficam ali conversando.

— Com licença. Eu gostaria de saber quem dos senhores é o responsável por tudo isso. — Laila fala entrando na tenda.

— E quem é você para entrar aqui desse jeito e fazer uma pergunta dessas? — Um homem forte e com um ar de arrogância responde Laila.

— Não interessa quem eu sou, eu só quero falar com o responsável agora!

— O que você quer. — Um homem no fundo da tenda fala, ele tem os cabelos castanho, porém claro e meio loiro e os olhos verdes e castanho ao mesmo tempo, tinha um físico modelado e usava uma camisa listrada social, uma calça preta e sapato preto social. E era lindo.

— Eu gostaria de saber porque estão isolando a praça.

— Porque eu comprei o terreno. E quando se compra um terreno pode demolir e construir o que quiser. — Ele fala em tom arrogante.

— Então você vai demolir o tudo? — Laila fala com um tom de preocupação.

— Talvez, mas como o meu amigo aqui disse, nada aqui te interessa agora se me der licença, eu preciso trabalhar.

— Isso não vai ficar assim. Eu não vou desistir deste lugar e mesmo tendo comprado eu não vou permitir que faça isto. — Ela fala ao bater o pé e saindo da sala.

Capítulo 2

No dia seguinte, Laila estava determinada a fazer alguma coisa a respeito de tudo aquilo. Então ela foi até a prefeitura da cidade conversar com alguém de lá, e ela esperava que tivesse sorte nesta tarefa. Porque ela queria mais do que tudo salvar aquela praça das garras daquele homem superficial e arrogante.

– Bom dia. – Ela fala com a secretária que fica na frente da entrada.

– Bom dia em que posso ajudá-la?

– Eu preciso falar com alguém a respeito da praça que fica na rua de baixo depois da ponte. É um assunto de estrema importância. – Ela fala seriamente.

– Desculpe senhorita, mas aquele terreno não é mas da nossa conta.

– Como assim não é, mas da conta de vocês? Aquela praça é histórica, não podem deixar um mauricinho demolir ela.

– Eu não sei a quem a senhorita está se referindo a “Mauricinho” mas alguém comprou aquele terreno. Agora se me dé licença eu tenho que trabalhar.

– Moça por favor, me ajuda com isso, eu não posso deixar que eles destruan aquele lugar. É muito importante para mim e para toda a cidade, não temos outra praça e nenhum outro lugar como aquele que podemos ficar sentados lendo algo ou até mesmo nos divertindo. – Laila fala com um tom desesperador.

– Acho que só tem um jeito de você conseguir fazer eles pararem.

– E o que seria? – Laila fala com tom de curiosidade.

– Talvez você possa comprar ou até mesmo convencer o dono do terreno de algum jeito. – A secretária fala olhando para Laila.

– Eu não tenho dinheiro para comprar um terreno. E pelo visto ele foi vendido por uma fortuna. E como eu poderia convencer o dono a n demolir o terreno? – Ela pergunta com um tom de dúvida.

– Como você acha? Usa seu corpo ao seu favor.

– O que? Eu nunca faria isso, como pode falar algo assim? E quem faria uma coisa dessas para conseguir o que quer? – Ela fala se afastando.

– Você mesma disse que aquele lugar é importante para você, então porque não fazer com que ele seja seu de uma maneira fácil.

– “Maneira fácil” ? O que você ta achando que eu sou? Eu nunca fiz isso na minha vida e sem contar que fazer isso é errado. – Laila fala querendo cortar o assunto.

– Bom, como você acha que eu cheguei até aqui? Com certeza não foi implorando a ninguém. – A secretária fala em tom de deboche. – Agora vá embora, como eu disse, tenho que trabalhar.

Laila vai embora dalí triste e decepcionada. Mas talvez, aquela conversa tenha dado a ela uma ideia, uma ideia maluca e... Maluca. Laila pega o celular e vê que tem dez mensagens de Sara, e quando ela desbloqueia o celular para responder Sara liga bem na hora.

– Oi Sara, bom dia. – Laila fala meio desanimada.

– Oi Laila, tudo bem? Você não da sinal de vida desde ontem quando nos despedimos e teve aquilo tudo... Fiquei preocupada.

– Estou bem, não precisava se preocupar comigo.

– Mas eu me preocupo, você parecia mal e bem triste e eu entendo que aquele lugar é especial para você mas..

– Deixa isso para lá, já passou e eu só quero esquecer. – Ela fala tentando convencer a amiga.

– Não, sei não. Não acho que você esteja bem mesmo.

– Mas eu estou, fica tranquila. Ta bem? Agora eu tô indo resolver umas coisas, depois falo com você.

– Que coisas você tem que resolver?

– Vou entregar alguns currículos por aí e talvez depois eu vá ler um pouco. Te vejo mais tarde?

– Ah.. Então, é que mais tarde não vai dá pra mim sabe. Eu vou ajudar minha mãe hoje e talvez não dê para nos vermos.

– Ata, ta certo então. Nos vemos amanhã então, tchau.

– Tchau, beijos.

– Beijo.

Laila achou aquilo um pouco estranho, e talvez a melhor amiga dela estivesse mentindo pra ela. E se esse for o caso a Laila também tinha mentido, mas ainda sim, porque a Sara teria mentido?! E talvez, fosse só coisa da cabeça de Laila. Mas uma coisa é certa, ela estava indo para a praça. Para enfrentar aquele mauricinho que agora é o dono do lugar que é tão especial para ela. Chegando lá ela vê uma garota parecida com Sara, mas não poderia ser já que Sara disse que iria ajudar a mãe dela em casa. Mas chegando mais perto acho que era a Sara mesmo.

– Sara? – Laila fala se aproximando.

– Laila, o que está fazendo aqui? – Ela fala se virando.

– Pensei que estava em casa ajudando sua mãe.

– É que ela me pediu pra comprar uma coisa no mercado, eu ja estava indo. – Ela fala meio vergonhosa. – Mas e você, disse que estava entregando currículo mas eu não estou vendo nenhum.

– Entreguei todos. Então aproveitei para vir aqui tentar conversar novamente com o dono mauricinho e pedir para que ele não acabe com essa praça. Pois ela é tudo o que todos que moram aqui tem. – Laila vai até a tenda.

– Bom dia senhores. Eu vim aqui conversar com seu patrão novamente.

– Infelizmente ele não se encontra no momento. Ainda não chegou. Quer deixar alguma mensagem ou recado? – Um homem de terno e bem arrumado responde gentilmente.

– Não, pois sei que ele não iria querer saber. Onde posso encontra-lo?

– No escritório dele, que fica na rua principal, o nome no prédio é ‘Santiago’. Você vai achar logo, é o maior prédio da rua. Eu vou te da o endereço certinho. – O homen senta e pega um papel e uma caneta.

– Muito obrigada senhor, é muito gentil da sua parte. – Laila agradece.

– Não foi nada. Agora tenho que ir, tenha um ótimo dia.

– O senhor também. – Laila fala se afastado e indo pegar um ônibus.

– O senhor tem certeza do que fez patrão? – Um dos homens perguntou em tom de dúvida

– Claro que sim. Eu não estava com vontade de conversar com ninguém no momento. E pelo visto isto é assunto dele.

Laila pega o ônibus e vai até o prédio que fora lhe enformado. Ela espera que ele ainda esteja lá, pois está disposta a lutar pelo seu lugar preferido de infância. Chegando perto o ônibus para e ela desce e logo vê o prédio que havian lhe falado. Ela atravessa a rua e observa mais de perto, e percebe que é maior do que qualquer outro prédio naquela rua.

– Bom dia, eu gostaria de falar com seu chefe por favor. – Laila fala com a recepcionista bem arrumada.

– Boa tarde. Você tem hora marcada?

– Laila olha para o relógio e percebe que já são meio dia e cinco. – Ah é, realmente já é tarde – Ela fala um pouco se graça. – Não eu não tenho hora marcada mas eu vim aqui para conversar um assunto importante.

– Infelizmente ele só atende pessoas com hora marcada e neste momento ele deve estar almoçando então se me der licença.

Laila vê o quão difícil vai ser para conversar com ele, até que ela olha para o lado e tem uma mulher levando uma bandeija. Com certeza era o almoço dele, e então ela teve uma ideia que só tinha visto em filmes e que talvez não desse certo.

– Com licença, oi. Eu posso levar esta bandeija para você, ordens do patrão.

– Eu não recebi nenhuma instrução de que uma garota iria levar o almoço do patrão. – A senhora bem vestida e com saltos altos a responde.

– É porque o almoço atrasou e ele esta com muita fome, então me pediu para buscar, agora pode deixar que eu levo. – Ela fala com um tom de voz doce.

– Bem, então boa sorte. Ele detesta quando o almoço atrasa. – A senhora fala entregando a bandeija para Laila.

Laila vai subindo até o último andar que vai para a sala do patrão mauricinho, como ela costuma chama-lo. O elevador para e ela se depara com outra recepção, então ela passa e vai até a porta da sala e bate.

– Quem é?

– Seu almoço senhor. – Laila responde um pouco apreensiva.

– Pode entrar.

Capítulo 3

– Bom d.. Boa tarde. Seu almoço patrão.

– Laila fala abrindo a porta e com um tom nervoso.

– Está atrasada. – Ele responde com um tom de desaprovação. – Estou com muita fome e eu te conheço?

– Talvez. Eu vim aqui para conversar sobre...

– Sobre o terreno da praça? – Ele fala interronpendo Laila. – Eu não tenho nada para conversar sobre isso e muito menos com você.

– Mas se você me deixar explicar e-

– Como eu ja havia dito. Eu não tenho nada para falar, e neste momento eu estou passando do meu horário de almoço e ainda tenho que tratar de negócios. – Ele fala arrogantemente.

– Eu vim aqui falar de negócios. – Laila fala ainda a insistir.

– Você tem um milhão em troca do terreno? Se sim eu assino os papeis e a propriedade é sua. – Ele responde colocando os pés em cima da mesa e cruzando os braços.

– Um.. um milhão.... – Ela responde gaguejando.

– Isso. Eu tenho que ganhar o que gastei e o meu lucro também você não acha?

– Bem, eu não tenho todo esse dinheiro, mas eu gostaria de propor um acordo.

– Você não faz o meu tipo. – Ele fala sendo sarcástico e seu lábio se contorce com um sorriso no canto da boca.

– O que? Não!!! Eu jamais faria isso, o que você pensa que eu sou? – Ela fala em tom de reprovação.

– Eu não sei, me diga você. Foi você que veio aqui e disse que queria fazer um acordo comigo. E como eu sei que muitas mulheres oferecem seu corpo para isso e principalmente para mim. Eu achei que você iria oferecer isto também. – Ele fala se levantando da cadeira e indo até onde Laila está.

– Mas eu não sou assim. – Laila responde com um tom de voz rude e fazendo careta.

– Com certeza não é. Quem viria fazer um acordo deste vestida assim? – Ele aponta para o que Laila está vestindo. – Essa blusa ja foi imendada? E que calça é esta que você está usando, e esses sapatos? Você não fica nada atraente com essas roupas. – Ele fala se aproximando e arrudiando ela ao abservar suas roupas. – E seu cabelo parece bonito, mas prezo desse jeito não fica bom. – Ele tira a piranha que estava prendendo o cabelo dela e o cabelo se solta. Ele volta a ficar na frente dela e se encosta na mesa. E por um instante, ele deve ter sentido alguma coisa, mas foi tão pouco que seria irrelevante tentar descobrir o que era. Aliás, ele não se importava muito com essas coisas de sentimentalismo. – Viu, fica melhor assim. Não atraente, mas melhor sim com certeza.

– Eu não preciso de você para me dizer o que vestir ou o que calçar e muito menos dizer como devo usar meu cabelo. Agora devolva minha piranha. – Ela tenta pegar a piranha de cabelo da mão dele mas sem sucesso pois ele levanta o braço. – Não use sua altura contra mim só porque é mais alto que eu. – Ela pula tentando pegar a piranha da mão dele e fracassa.

– Eu não estou usando nada, você que é pequena mesmo. Creio que você veio aqui para falar de negócios e não ficar atrás de uma piranha de cabelo e muito menos se encostando em mim. – Ele fala olhando pra ela com uma cara estranha.

– Com certeza. E com certeza não envolve o meu corpo. – Ela para de tentar pegar a piranha da mão dele e se recompõe.

– Claro que não é. Como eu havia dito você não se qualifica para isto. – Ele faz um sinal de silêncio quando ela tenta falar. – Agora me fale, que assunto de negócios você quer falar comigo? – Ele fala se sentando e pegando a bandeija com seu almoço.

– Bem. Como você comprou o terreno lá e ele é um lugar histórico, especial e único para o meu bairro, eu queria propor um acordo. Eu trabalharia para você em troca do terreno.

– Você ta brincando né? Sabe quanto eu paguei naquele terreno? Mais do que você possa pagar com dois anos de trabalho duro. – Ele fala tomando um pouco de suco e voltando a comer.

– Eu sei disso. E por isso eu estou disposta a trabalhar o tempo que for necessário para ter o terreno de volta. E eu também posso trabalhar de tudo o que dé, daí você não vai precisar pagar mais do que uma pessoa.

– Hum, você acha que da conta do que essas mulheres fazem aqui? Ser minha secretária, viajar comigo, fazer minha mala, trazer meu almoço, fazer meus gostos e até mesmo trazer minha toalha quando eu esquecer? – Ele pergunta e se apoia na mesa.

– Ah... é, eu estou disposta a ver sua cara feia todos os dias. – Ela fala revirando os olhos pra ele.

– Mais uma coisa, nunca mas revire os olhos para mim. Eu detesto isso e vamos mudar o seu figurino também. Meus empregados não trabalham assim. Tome, aí tem mil reais para você comprar roupas novas e boas, eu quero vestidos sociais, sapatos sociais. Ajeite o cabelo também, faça uma massagem, um tratamento de pele, compre alguns perfumes, você começa amanhã.

– Amanhã? Mas-

– Eu pensei que queria salvar aquele lugar. – Ele fala interrompendo ela.

– Eu quero, mas ainda não sei o que vou fazer aqui. – Ela fala um pouco confusa.

– Amanhã você descobre. Faça tudo o que eu lhe disse hoje, e chegue aqui de sete da manhã. – Ele pega alguns papéis e organiza. – E eu odeio atrasos e pior que os atrasos as desculpas.

– Claro. Antes de ir, você pode me devolver minha piranha? – Ela estende a mão para ele.

– Não. Eu não quero ver você com isto nunca mas, então é melhor ir se acostumando a ficar sem ela começando por agora.

– Você é um mauricinho muito baixo sabia?

– Eu sei. Mas as mulheres gostam de mim assim. Principalmente quando estamos entre quatro paredes. – Ele fala olhando pra ela com um sorriso convencido. – E agora você vai ser minha empregada, então deveria ter mais respeito comigo já que o terreno está em jogo.

– Ok. Me desculpe. Mas eu serei sua empregada amanhã ainda e não hoje, então por hoje você é um mauricinho. – Ela fala se aproximando da porta para sair.

– Então tá. Mas amanhã, eu espero encontrar outra pessoa em meu escritório. De preferência sem atrasos.

– Claro senhor mauricinho. Pode contar comigo. – Ela sai da sala.

Ela sai do prédio e vai para a parada esperar o ônibus, por sorte ele passa rapido e ela o pega. A caminho de casa ela fica presa em seus pensamentos e imaginando o que foi que ela acabou de fazer. Mas o importante é que ela conseguiu um emprego e talvez consiga salvar o lugar que tanto faz questão.

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