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A Curva Da Perdição.

Será que existe padrão de beleza?

Quem disse que o padrão de beleza é o que realmente vale? Não há nada mais bonito do que pessoas sendo elas mesmos.

Eu sou a Olívia, nasci na Califórnia, morei com duas mulheres incríveis, minha vó e minha mãe que são tudo para mim, o meu pai ou o cara que doou o esperma para minha mãe, pois assim que ela contou estar esperando um bebê ele sumiu, eu não tenho nada para falar sobre ele.

Minha infância sempre foi tranquila, antes de começar a estudar, claro, ‌eu sempre fui uma criança gordinha, mas na adolescência eu cheguei a pesar quase 80 kg para uma menina de 1,58, eu era muito gorda, o médico me diagnosticou com transtorno compulsivo alimentar, eu sofria muito na escola tinha vários apelidos balei, orca, fofão entre outros, minha auto estima era cada vez, mas baixa.

A minha relação com a comida era entre autos e baixos, até eu ter uma grande perda, o maior gatilho veio quando perdi minha vó, eu descontei toda a minha tristeza na comida e por isso sofri muito e sofro até hoje.

Minha vó Elizabeth era uma pessoa muito carinhosa, tinha uma mão de fada, eu amava cada prato de comida que ela fazia para mim, eu sentia todo o amor e carinho que ela colocava naquele alimento.

Minha mãe Adele sempre foi uma pessoa compreensiva, carinhosa, mas ela era muito rígida, eu sempre tinha que fazer as coisas certas, ter uma ótima educação, eu nunca senti falta de um pai, pois às duas sempre supriu a necessidade de um, mas ela nunca me escondeu a verdade que meu pai não me queria então eu também não quero saber dele.

‌Quando entro na faculdade as coisas eram, mas complicada, eu não tinha uma boa alimentação, eu vivia comendo festa food era o que dava para pagar com o dinheiro que eu ganhava no estágio.

Às vezes não sobrava muito, tinha que pagar a mensalidade, os livros e me alimentar, Katherine foi um anjo que surgiu na minha vida nesse meio tempo, nós tornamos amigas no primeiro ano de administração.

Kath tem uma personalidade forte, às vezes até difícil de lidar, mas com o tempo nos aprendemos a nós impor e temos um limite na nossa amizade. Ela é a responsável por elevar a minha alto estima.

‌Eric é meu namorado, a gente se conhece quando eu comecei a fazer estágio na empresa dos seus pais, a Empório cosmético, a número um do mercado nos últimos dez anos.

‌‌Sibele, mãe do Eric, não aceita o nosso namoro, para ela eu ser uma gorda é um grande problema. Eu tenho um grande defeito, ligar para o que os outros pensa de mim, eu ainda estou no processo de aceitação, tem dia que me sinto linda vestindo uma calça no tamanho 46 e em outros dias eu apenas queria ser igual aquelas modelos de passarela, pois sei que a sociedade imprime um padrão de beleza se não entra em uma calça 38 já está fora do padrão.

‌Eu estou a vários números fora do padrão isso cada vez, mas me deixa desanimada,  eu desconto tudo na comida, não consigo emagrecer, já tentei de tudo, todas essas dietas da internet eu já fiz, Dieta Detox, Dieta da sopa, tomei vários chás e até jejum eu fiquei quase 20 sem me alimentar, mas tudo isso só piorava, em algumas eu até conseguia emagrecer, mas não durava muito e eu recuperava tudo, mas uma vez me deixando mais abalada com a situação.

Hoje eu tenho um jantar na casa de Eric, é aniversário de casamento dos seus pais, ainda não sei como o Sr. André consegue aturar sua esposa, ele além de ser lindo ele tem uma simpatia que a sua querida esposa podia aprender um pouco.

Sibele é ex modelo, é uma senhora muito linda, tem um corpo de dar inveja em muitas jovens, sim, nos meus piores dias eu queria ter aquele corpo, Sibele é alta, deve ter 1,79 de altura, loira, olhos verde e com uma pele lisinha pela sua idade que não ultrapassa os 47 anos está em ótimo estado.

Escuto a campainha de casa tocar, devia ser Eric, pois pelo horário, assim que ele entra pela porta me comprimento com um beijo.

Eric: Oi, meu amor já está pronta para o jantar na casa dos meus pais?

Olivia: Eu preciso mesmo ir? Você sabe que sua mãe não gosta de mim.

Eric: Para Olivia, ela gosta de você, mas ela acredita que deveria emagrecer um pouco.

Olivia: É muito fácil falar, eu já tentei, mas não estou conseguindo.

Eric: Vamos se não iremos chegar atrasados.

Eu concordo e saímos indo em direção aquela mansão, o caminho até a casa dos pais dele foi tranquilo, mas assim que eu chego já me sinto mau, estar em um ambiente onde você não é desejada é horrível.

Vejo Sibele se aproximando de nós, o andar dela parecia estar em uma passarela, na verdade, ela não andava e sim desfilava lindamente com aquele salto 15 cm, o padrão dela era o seguinte se não entra no 38 tem que emagrecer, eu não entrava há muito tempo, ou melhor, eu nem sei se um dia eu já entrei em uma calda dessa.

Sibele: Olivia querida, está cada vez, mas fortinha né.

Olivia: Sabe senhora, estou em uma nova dieta, estou me sentindo até mais leve.

Sibele: Para você pode até parecer, mas para mim você ainda está enorme, vou na cozinha pedir para dobrar a quantidade de comida.

Assim que ela sai me sinto muito humilhada Eric não faz nada com as falar preconceituosa de sua mãe.

Às vezes eu coloco em dúvida o seu amor por mim, André pai de Eric nunca falou nada sobre o meu peso, ele me trata super bem, ele se aproxima de nós e eu dou um abraço nele e parabenizo pelo aniversário de casamento.

Andre: Olivia, eu espero que seja feliz com o meu filho assim como eu sou com a mãe dele. Que todas as dificuldades que vier aparecer vocês possa sentar e conversar.

Olívia: Eu desejo todo o amor do mundo para vocês, e quem sabe um dia eu e Eric possamos estar tão felizes quanto o senhor.

André me abraça, aquele abraço eu me sentia acolhida, ele nunca me desrespeitou ao contrário daquela bruxa da sua esposa.

Olivia.

Oi, estou com esse novo livro totalmente diferente do meu primeiro, se você não viu entra no perfil e lê. Mas eu queria pedir pra vocês curti, comentar, e der florzinha isso me incentiva a voltar e postar mas capítulos. 😘😘

Minha sogra é uma cobra.

Logo todos foram para mesa, eu me sento ao lado de Eric perto de seus pais, sinto olhares em minha direção, já escutei em alguns eventos da empresa ou até mesmo na empresa onde sou estagiária, que Eric deveria namorar alguém, mas magra.

Sério isso? Quer dizer que eu não estar em um corpo atraente, eu não devo ser amada ou respeitada.

Saio dos meus pensamentos com a voz enjoada de Sibele.

Sibele: Eu queria agradecer a todos pela presença, estar aqui com amigos, familiares para comemorar 22 anos de casado com a pessoa que eu escolhi passar o resto da minha vida e construir uma família linda, eu quero agradecer vocês com todo o coração. Eric, espero estar viva ainda para conseguir ver você com alguém que seja realmente bonita tanto por fora quanto por dentro.

As pessoas que estavam presente começa a cochichar, eu sinto meus olhos ardem como se estivesse preste a pegar fogo, eu olho para baixo, não consigo entender o motivo do ódio gratuito que Sibele tem por mim.

André fala algumas palavras também, mas um não estava prestando atenção, eu como sempre sendo motivo de piada para Sibele, logo escuto palmas e todos brindam em comemoração ao casal.

O jantar estava sendo servido, era algo muito chique, tinha até uma chefe de cozinha reconhecida, a Julie Miller.

Entre um prato e outro as conversas foram surgindo, André tinha uma empresa de cosméticos, eu fazia estágio na parte administrativa da empresa, Eric fazia parte jurídica da empresa, André era o CEO respeita e temido por todos, são dez anos na liderança do mercado.

O jantar estava uma delícia, sabe quando a comida te abraça, foi isso que eu senti com aqueles pratos, assim quando recebemos a sobremesa a chefe Julie vem nos cumprimentar.

Chefe Julie: Eu queria parabenizar ao casal, e dizer que a sobremesa foi inspirada no amor, espero que todos gostem.

Eu por um impulso penso alto, tão alto que todos escutam.

Olivia: Senti-me abraçada com esses pratos.

Sibele: Percebemos pelo tanto que você comeu.

Escuto sorrisos baixos, como sempre Sibele me faz sentir mal, Eric pega em minha mão por baixo da mesa e me olha com um olhar que não consegui decifrar.

Chefe Julie: Eu agradeço o seu comentário, pois minha comida não é apenas para matar a fome e sim para sentir sendo confortada.

Escutar essas palavras me fez lembrar de minha avó, ela sempre cozinhava para mim e me fazia se sentir confortável, amada.

Quando todos já tinha terminado de comer, Eric me chama para dar uma volta no jardim, e assim fomos haviam algumas pessoas por lá, quando passo por duas modelos filha de uma amiga de Sibele, escuto um comentário.

Moça1: O rosto dela é bonito.

Moça 2: Sim, se ela usa roupa preta, ficaria, mas magra.

Escutar esses comentários já fazia parte do meu dia a dia, Kety me fazia falta uma hora desse, com toda certeza ela teria ido lá e gritado com aquelas garotas dizendo que eu era linda por inteira, que não adiantava nada ser magrelas e não ter respeito pelos outros.

Sim, Kety diariamente me dizia que eu era bonita que eu apenas deveria acreditar, mas em mim.

Eric me puxa para sentar em um banco que tem ali no jardim.

Eric: Olivia desculpa pela minha mãe, mas você poderia tentar emagrecer um pouco, minha mãe fala muitas coisas para mim e eu estou ficando cansado de tudo isso.

Olivia: Sabe Eric, eu estou cansada também de não ser respeitada, eu sei que não sou linda como sua mãe, eu sei que você merecia alguém mais bonita, eu te amo e não é segredo para ninguém isso. Mais você tem que resolver com a sua mãe essa história, ela tem que aceitar e respeitar o nosso amor.

Eric: Olivia...

Olivia: Não, Eric não peça isso novamente. Você pode pedir para o motorista me levar embora?

Escondo as lágrimas que tenta aparecer.

Eric: Mas a festa está no meio ainda.

Olivia: E eu quero ir para casa, estou cansada. Amanhã nos vemos.

Eu me levanto e percebo que ele logo me segui, nos despedimos, eu entro no carro e vou para minha casa, o caminho foi uma tortura, sinto que novamente as lágrimas invadir os meus olhos, lembro de toda às vezes que fui humilhada por todos.

Mas ninguém conseguiria tirar o lugar de rainha de Sibele, ela com aquele nariz empinado dela ganha em primeiro lugar.

Sou humilhada por ela desde quando nos assumimos o romance, na época eu estava mas magra, mas quando eu comecei a conviver com Sibele eu tinha compulsão alimentar direto, eu me sentia triste, com raiva, ou qual quer outro sentimento eu descontava na comida, isso foi aumentando cada vez mais o meu peso.

Quando eu chego em casa, subo para meu quarto, me jogo na cama, eu precisava esquecer de tudo e todos.

Crio coragem e vou para o banheiro tomar um banho relaxante, deixo a água do chuveiro cair. Minhas costas eu relaxei.

Eu amo o Eric, mas não consigo, mas conviver com a mãe dele, Sibele é uma cobra daquelas pior espécie que existe. Não tinha percebido, mas já estava na cozinha com um pote de sorvete em uma mão e na outra colher. Eu abro aquele pote e começo a devorar para me sentir melhor com esse jantar horrível que eu tive.

Logo o sorvete já tinha terminado e eu ainda não me sentia bem, abro a geladeira e procuro por mais, havia um pote de brigadeiro pronto e outro litro de refrigerante, eu pego os dois e coloco em cima da mesa e ali eu começo a me senti melhor.

Volto para meu quarto, me deito e começo a me sinto mau por comer toda aquela comida.

Fico pensando em várias coisas, em muitas conversas com a Kety. Ela sempre me fazia sentir bem, amada, e os 5% de auto estima que eu tenho eu dou graças a deus por ter ela na minha vida.

Sibele(mãe de Eric)

Andre.(pai do Eric)

o que fazemos aqui?

Eu ainda estava dormindo quando Kety invade meu quarto aos gritos, e minha mãe entra logo atrás.

Kety: Bom dia, minha bela adormecida. Ela fala puxando o meu cobertor.

Adele: Filha desculpa, mas sabe que não é fácil segura o furacão Kety.

Olivia: Tudo bem, mamãe pode deixar que eu me entendo com ela.

Minha mãe sai do quarto e nos deixa sozinhas, eu volto a deitar e fecho os meus olhos.

Kety: Anda fala logo, tudo o que aconteceu naquela festa.

Eu continuo imóvel sem falar nada e com os meus olhos fechados, sinto o corpo de Kety se aproximando do meu, ela deita e me abraça, ficamos ali por um tempo sem trocar uma só palavra, mas para alguém que conhecia os meus altos e baixos já sabia que eu não estava me sentindo bem.

Kety: Chega desse silêncio, eu quero nomes, quem eu devo matar primeiro.

Eu solto um suspiro pesado e me sento na cama, fazendo ela exercer o mesmo logo em seguida.

Olivia: Sibele, como sempre ela sente prazer em me fazer mau, eu tô cansado. Eu gostaria que Eric me defendesse da cobra uma vez na vida.

Kety: Vem vamos sair.

Olivia: Não... eu não vou sair.

Kety: Vamos logo, não me faça te obrigar, coloca uma roupa de ginástica.

Eu saio da cama furiosa e vou em direção ao banheiro, quando já estava pronta nós saímos de casa e fomos até o carro de Kety.

Olivia: O que aconteceu com o seu carro?

Kety: Um otário bateu, mas eu fiz ele pagar.

Olivia: Amiga, não acha melhor nos pegar um táxi?

Kety: Fica quieta e entra. Ela fala sorrindo.

Eu faço o que ela me pediu, assim que entramos ela acelera o carro fazendo cantar pneu.

Olívia: Oow vai com calma que tenho muito para viver ainda. Falo entre sorriso. Aonde nós vamos?

Kety: Quando chegar lá você vai ver.

Kety sempre foi assim, ela é doida, brava, sem paciência, esse é o lado ruim dela, mas o que ninguém vê é a menina doce, sim, ela é um doce com quem ela conhece a bastante tempo, carinhosa, ela é aquela amiga que sempre tá ali para tudo.

Seguimos conversar e cantando o caminho toda, a presença dela me faz bem, ela para o carro e eu olho para ver onde estávamos.

Olivia: O que viemos fazer aqui?

Kety: Eu me matriculei em uma aula de dança, e você vai me acompanhar.

Olívia: mas eu não sei dançar.

Kety: Olha então você está no lugar certo, aqui você vai aprender.

Chegamos no estúdio de dança havia várias pessoas, de todos os corpos eu fico meio desconfortável no começo, mas quando a professora entrar e a aula começa, eu me sinto melhor, eu estava me divertindo com tudo aquilo.

A hora passou tão rápido, que me deixou com vontade de volta outro dia, e sem dúvidas eu irei voltar.

Kety: E aí pelo sorriso nesse rosto, acredito que tenha gostado.

Olívia: Eu amei, me diz que vamos voltar amanhã?

Kety: Desculpa gata, mas as aulas são apenas duas vezes na semana, não tenho dinheiro suficiente para fazer todos os dias.

Olivia: Tudo bem, com o dinheiro do estágio e a faculdade não tá sobrando muita coisa mesmo.

Kety: Falando nisso, vai aceitar a minha proposta?

Olivia: Não sei, como eu vou me mudar de cidade e minha mãe, Eric e a vida que eu tenho aqui?

Kety: Eu tenho certeza que a tia Adele vai ficar super feliz por você, e sobre o Eric sério que você vai ficar aqui por alguém que não luta pelos mesmos objetivos que você, e fora que você vai se livrar daquela cobra com pernas longas.

Olívia: Estou pensando ainda, mas o que você quer fazer em Nova York?

Kety: Encontro um boy super lindo e rico.

Olívia: Mas para isso eu não preciso estar junto, você não acha?

Kety: Para Olivia, eu preciso de você comigo, nos vamos para lá montar nossa empresa de cosméticos, já sabemos como tudo funciona, eu sei que não temos dinheiro, mas podemos dar um jeito e o melhor vai ganhar muito dinheiro.

Olívia: O que me admira em você é esse seu pensamento que tudo vai dar certo, o seu plano está maravilhoso na teoria.

Kety: Eu sei que, na prática, não vai ser fácil, mas nós temos uma, a outra e vamos fazer tudo isso dar certo, para de só pensar negativo, Olivia a vida já é muito complicada para nós ficarmos complicando mais ainda.

Ainda temos mais um semestre e tchau faculdade, vamos você precisa de uma vida nova.

Olivia: Eu não sei, eu não quero deixar a minha mãe.

Kety: Quando tudo já estiver tranquilo, nós levamos ela para morar conosco. Eric não te defende dos insultos que a mãe dele faz, sério que você quer sofrer com ela o resto da sua vida.

Quando abrimos a porta de casa o cheiro da comida da minha mãe nos prende, Kety sai correndo para ver o que minha mãe estava fazendo, quando eu chego na cozinha eu me deparo com a seguinte cena.

Kety implorando para minha mãe dar um pouco da comida que ela estava fazendo e minha mãe negando.

Kety: Tia para de ser ruim, me dá um pouco, eu preciso saber se o tempero está bom, se estiver falando sal.

Adele: Se você continua enchendo o meu saco, eu não vou deixar você almoçar aqui.

Kety: Sabe que eu te amo, você não teria coragem de fazer isso comigo né.

Olívia: Eu tenho certeza que ela teria.

Kety: Tudo bem, eu espero até o almoço já que você insiste muito em ter a minha companhia com vocês.

Adele: não te convidei muito menos insistir.

Kety: Tia, eu tenho sentimentos, se quiser, eu posso ir para minha casa e ver se tem macarrão instantâneo para mim comer.

Kety fazia uma voz e um olhar triste para minha mãe.

Adele: Vocês duas vão lavar a mão e arrumar a mesa para podermos almoçar.

Kety gruda os braços na minha mãe e dá, um abraço super apertado e logo começa a dar saltinhos comemorando.

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