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CHEFE, VOCÊ NÃO ERA GAY?

Eu vou ser demitida?

Meu nome é Eleonor, mais conhecida como Nora. Minha vida mudou quando entrei na (H) entretenimento. Com apenas dezoito anos, eu não esperava tantas reviravoltas, mas, se eu olhar para trás hoje, sinto que valeu a pena...

Um ano atrás:

Eu estava preocupada, não tinha certeza como a vida seria a vida sozinha. Claro, a sociedade vê os jovens de dezoito anos, como adultos, e em maioria, acabam sendo pressionados a sair de casa. Na minha situação, é diferente, eu morava com minha irmã, até ontem...

— Você ainda não saiu? Dayne vai chegar hoje a noite, eu não vou ficar esperando! — minha irmã mais velha, Elena, não queria me apresentar ao meu cunhado.

Nossa relação não era boa, isso porque de alguma forma, eu era a culpada da morte dos meus pais. Claro, eu não sabia detalhes, mas Elena não me via com bons olhos, mas também não me dizia diretamente que me culpava.

— Já consegui um apartamento com o dinheiro que me entregou. Estou terminando de arrumar minhas coisas. — talvez alguns pensem que ela é uma pessoa ruim, mas eu não vejo exatamente assim.

Ela poderia ter fugido da casa dos nossos tios sozinha, mas ela me levou comigo, ela ainda era adolescente na época. Elena se privou dos estudos por mim, e começou a trabalhar. Foram anos de sofrimento.

— Nora, olha... sinto muito. — ela era dura, mas no fundo, eu conhecia minha irmã, e entendia.

— Não precisa dizer nada, eu sei. — eu também sentia que estava atrasando a vida dela.

Eu precisava de uma mudança de qualquer forma, e também estava esperando uma resposta sobre o vaga de trabalho que me candidatei. Foi Elena que levou o meu currículo, na mesma empresa em que ela trabalhava.

— Vou sair agora, ok? Fique atenta ao seu celular, caso obtenha uma resposta, porém, acredito que entrem em contato comigo diretamente. — às vezes, eu achava que ela esquecia que já sou uma adulta, e que posso cuidar de mim mesma.

— Entendo, ficarei de olho. — ela saiu para trabalhar, e fui terminar de pegar as minhas coisas.

Não eram muitas coisas, afinal, eu não tinha móveis. Elena me doou algumas coisas, cama, um fogão e algumas outras coisas, mas eu iria buscar depois. Na verdade, ela comprou tudo isso sem ter certeza se eu teria um lugar para morar, é um pouco engraçado.

— Vamos, seja rápida, Nora! Provavelmente Dayne vai morar com ela logo. — me apressei, levando minhas coisas.

Chamei um táxi, e então levei minhas coisas para o meu apartamento. Estar sozinha não era tão estranho, afinal, como Elena sempre trabalhou muito, da minha adolescência para cá, eu e ela não passamos muito tempo juntas.

Eu ainda não tinha uma televisão, e queria manter a mente distraída, então peguei meu laptop, ele não é tão bom, travava várias vezes.

— Bela porcaria! — mas, eu deveria agradecer, afinal, minha irmã que comprou para mim.

O salário dela era bom, por ser gerente, porém tínhamos muitas dívidas na época que ela foi promovida, e eu estava precisando na escola, então acabou sendo esse mesmo.

— Ricos tem a vida tão fácil, queria que fosse assim para mim também. — mas eu só poderia imaginar.

Como uma jovem de dezoito anos, passei minha infância toda acreditando que quando fizesse dezoito anos, teria uma casa própria, um trabalho, e muito dinheiro. Foi uma boa ilusão, enquanto durou, já que a realidade é desesperadora.

Estava começando a pensar que não seria chamada para trabalhar, mas eu recebi a ligação, e foi justamente Elena que ligou contando. Minha entrevista já seria no dia seguinte, não entendi porque tão rápido, afinal, eu não estava pronta para isso.

— Calma, vai dar tudo certo! Eu tenho força de vontade, aprendo rápido... sou inexperiente e jovem, e se não gostarem de mim? — não dormi nada naquela noite.

Me revirei na cama, pensando em possíveis perguntas e respostas, estava quase ligando para Elena em plena madrugada para saber o que falar, mas ela sempre capotava quando chegava em casa.

Dia seguinte:

— Meu rosto está péssimo... — tentei colocar gelo, já que na internet dizia que era bom para tirar olheiras.

Vesti roupas formais, passei maquiagem, e fiz o possível para imaginar que nada ruim aconteceria.

— Senhorita Eleonor, por que quer entrar na empresa? — eu estava tremendo.

— E-Entrar eu já entrei, não é? Hahaha, eu só quero trabalhar, p-preciso de dinheiro... — eu sou uma idiota! — Quer dizer, eu realmente preciso desse trabalho!

Eu tive certeza que não seria contratada, minhas outras respostas também foram como a primeira. Quem em sã consciência me contrataria?

— Normalmente, avisamos depois de alguns dias de análise, mas você está contratada! — sim, foi esquisito, porém, o que eu preciso, é dinheiro, e então que se dane o resto!

Eu voltei para casa, o entrevistador me disse que eu poderia começar no dia seguinte.

— Hum, sinceramente, eu não sei muito sobre aquela empresa, mesmo que minha irmã trabalhe lá há tanto tempo. — pode-se dizer que eu sempre fui uma pessoa que não se importava com os detalhes.

Nunca gostei de me intrometer demais na vida da minha irmã, eu sempre fui daquelas adolescentes mais reclusas, inclusive, eu nunca desabafei com minha irmã.

— Uau, quanta coisa! — pesquisei, haviam tantas informações. Era realmente uma boa empresa, mas o que mais aparecia era sobre o CEO da empresa.

Dietrich Marines, vinte e quatro anos, assumiu a empresa há três anos. A empresa é bem sucedida, porém, graças ao CEO, é envolta de polêmicas.

— Trocas constantes de secretárias? — não era apenas isso, eram mais como rumores. — Gay? O CEO é Gay? — isso me fez lembrar de uma vez, Elena estava falando com Dayne no telefone, e mencionou algo sobre o CEO da empresa, e definitivamente disse que ele era gay.

Nas fotos, notei que ele era muito bonito.

No dia seguinte, eu fui trabalhar, cheguei trinta minutos adiantada, de tão nervosa. Claro, eu esperava muitas coisas para esse primeiro dia, estava repleta de expectativas.

— Você vai ficar no departamento de marketing, já designamos alguém para te orientar. Não se apoie demais nos seus colegas, é o melhor conselho que posso te oferecer! — Elena sorriu, e depois me levou até o departamento.

As outras pessoas ainda estavam chegando, até mesmo quem ia me guiar ainda não estava. Me sentei no meu local de trabalho, animada e ansiosa. Comecei ao menos pelo básico, colocando uma senha no meu computador. Então, fiquei esperando.

Um tempo depois, a pessoa que ia me guiar, chegou, me mostrou tudo que eu deveria fazer, mas foi um pouco rápido, e isso me deixou agoniada, porém tive certeza que daria conta.

— Uma novata! — duas garotas se aproximaram de mim. — Meu nome é Marisa, e o seu? — nessa empresa não usamos crachás.

— Eleonor. — eu abri um sorriso.

— Meu nome é Renata, espero que possamos ser boas amigas! — tirando elas, o resto apenas estava me encarando de longe.

Completamente desconfortável.

— O que está achando da empresa? — Renata perguntou.

— Considerando que tem mais ou menos umas cinco horas que estou aqui, acho que não vi tanto, mas estou gostando! — não tenho do que reclamar da empresa, ainda. Porém, das pessoas daqui, que são meio antipáticas, já é outra história.

As meninas sentaram nos seus lugares, eram longe do meu. As pessoas perto de mim, ficaram me observando atentamente, parecia até que queriam que eu cometesse um erro para criticarem.

O que tem de errado comigo para essas pessoas agirem assim?

Provavelmente são apenas pessoas amarguradas, eu acredito. Por mais duas horas, o trabalho estava seguindo normalmente, estava me adaptando bem ao ritmo da empresa. Claro, eu ouvi algumas piadinhas, e finalmente entendi porque não gostavam de mim.

— Tsk, é claro que ela não precisou esperar resposta, ela é irmã da gerente. — aquelas pessoas já sabiam que eu era a irmã de Elena.

Como descobriram? Tenho certeza que a empresa não divulga informações assim.

Fiz o meu máximo para respirar fundo, e não dizer algo que pudesse complicar a situação. Eu acabaria em uma briga no meu primeiro dia. Tentando manter a tranquilidade, eu continuei meu trabalho, ainda ouvindo piadinhas.

Pode-se dizer que quase tudo estava tranquilo, mas isso acabou em um segundo. Uma mulher foi jogada para fora da sala, nosso departamento ficava perto do escritório do chefe.

— Patrick, por favor, eu preciso desse emprego! — a mulher implorou.

— Deveria ter pensado antes de ter feito o que fez. — os seguranças a agarram, e ela foi arrastada para fora da empresa.

Eu estava em choque com a situação, mas tentei me manter tranquila.

— Mais uma? — Marisa vejo agachada para perto de mim.

— Ahn? — eu não estava entendendo a situação.

— O chefe é gay, ele odeia mulheres, mas tem secretárias para não perder o foco no trabalho. Todas elas acham que podem conquistar ele, e acaba nisso. Claro, ele também demite aquelas que cometem o menor dos erros. — ela sussurrou.

— Quanta polêmica, mas por que você está se escondendo? — Marisa entrou debaixo de outra mesa.

— Se eu fosse você, também se esconderia. — eu não a vi mais depois disso.

O que está acontecendo?

Claro que eu não entendi, e nem iria, mas muitos ali estavam tensos. Nesse meu pequeno momento de distração, eu escutei alguém dizer "novata". Olhei em direção, e quando percebi, o mesmo homem que expulsou a mulher, veio até mim.

— Garota nova, não é? Será você! — ele ofereceu a mão para mim.

— Eu o quê? — todos estavam me olhando.

— LEVA ELA DE UMA VEZ, PATRICK! — uma mulher me empurrou, era uma das que estavam falando mal de mim.

— E-Espera! — mas ela me empurrou até a porta, já que eu não queria sair do lugar.

— Você vai ser demitida, não eu! — a mulher sussurrou.

— Como é? — então, o homem chamado Patrick, abriu a porta.

— Ele está esperando sua nova secretária, entre. — nova secretária?

No que eu me envolvi?

Apenas um caso de uma noite?

Recapitulando, eu virei o novo "sacrifício", descobri assim que passei pela porta. Olhos ferozes, expressão fria, que senti que apenas um olhar, poderia fazer com que eu fizesse xixi nas calças de tão nervosa.

Caminhei com cautela, e ele me observou de forma estranha, como se eu estivesse fazendo algo muito estranho.

— Eu não mordo. — ele disse.

— Não é disso que estou com medo... — sussurrei.

Percebi que tinham muitos papéis espalhados, documentos inacabados, pastas ainda abertas no computador. A outra secretária foi demitida abruptamente, então é normal que esteja assim.

— Ela nem sequer teve tempo de conseguir terminar... — disse baixinho, esquecendo-me da presença dele.

— Não tolero incompetentes! — ele me olhou seriamente. — Pode começar, você tem uma hora para terminar esses documentos! — com uma ordem, ele começou a teclar em seu computador.

— O quê? Mas essa nem sequer é minha área de formação! Eu nem fiz faculdade ainda, apenas curso técnico, não tenho experiência para ser uma secretária, muito menos terminar isso em uma hora! — era um pedido completamente impossível.

— Senhorita Vinturinne, se quer mesmo manter o seu emprego aqui, precisa estar apta para se adaptar a qualquer situação que lhe for proposta! — ele fica focado em seu computador, sem me olhar. Fiquei impressionada que ele já sabia meu nome, mesmo sem saber que seria eu a nova secretária.

Com nervosismo, eu olho novamente para os documentos.

— Se achar algo que não consegue compreender bem, me pergunte. — dessa vez, ele me olhou.

Ele variava entre o educado frio, e o ignorante frio, mas por alguma razão, eu sentia que isso era uma máscara.

Respirei fundo, e fiz o melhor que pude. Algumas coisas não pareciam tão difíceis, por hora. Senti o olhar dele focado em mim em alguns momentos. Depois de uma hora, eu não consegui terminar no prazo, tive medo de que ele realmente me demitisse, mas acabou deixando passar, o que me aliviou.

— Você fez bem, mas tem muita para melhorar! — ele estava analisando atentamente.

— Eu entendo... — falei baixinho.

— Veja bem, há alguns erros de correção aqui, e nesse ponto também, provavelmente você não conhece bem o inglês, mas foi bem para a sua primeira vez. Sei que exigi demais de você. — seu tom estava mais pacífico.

Ele realmente me deu documentos para que traduzisse, apesar de saber inglês, ainda não sou fluente.

— Tenho certo que irá me orgulhar no futuro! — algo acendeu em mim quando ouvi isso.

— F-Futuro? Isso significa que eu não vou ser demitida? — afinal, não diziam que ele não suportava o menor dos erros?

Parecendo entender meus pensamentos, ele disse:

— Se todas aquelas garotas saíram, é porque nem mesmo tentaram traduzir algo simples. Eu não passei um trabalho impossível. — ele não parecia estar mentindo.

— Realmente foi apenas isso? — falei sem perceber.

— Várias delas tentaram me seduzir, e outras foram completamente inúteis, eu realmente odeio esse tipo de pessoa! — ele disse, irritado.

— Você odeia esse tipo de pessoa, ou odeia mulheres? — não sei porque acabei dizendo isso.

— Se eu odiasse mulheres, acha mesmo que eu teria contratado você? — quando percebo, ele já está perto de mim.

— E-Eu realmente não vou ser demitida? — perguntei, com nervosismo.

— Não, ainda não. — "ainda"?

Ele estava tão perto que se eu levantasse a minha mão, poderia tocar o seu rosto. Por um minuto, perdi completamente o foco, mas logo me recompus.

— Sinto muito pelo jeito que acabei falando. — Troquei de assunto rapidamente.

Ele voltou ao seu lugar, e me ignorou completamente durante o resto do dia, mas em alguns breves momentos, tive a sensação que ele estava me observando. O resto do trabalho me deu uma dor de cabeça, mas eu posso dizer que me sai bem, pois se há algo que posso me gabar, é sobre ser inteligente.

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Mais tarde, ainda naquele dia, eu realmente estava cansada. Quase precisei fazer hora extra, mas o chefe me deixou sair mais cedo. Não achei minhas novas amigas/colegas de trabalho, claro que não contava que estariam me esperando, afinal, eu as conheci hoje.

— Nora, como sobreviveu? — me assustei quando vi Renata, achei que não estaria me esperando. — Nos conte, como é o nosso CEO pessoalmente?

— Renata, se acalme! É melhor conversarmos no barzinho aqui perto, alguém pode acabar ouvindo! — Marisa também apareceu, apressada.

— Ah, tudo bem... — mas, antes que eu pudesse sair, notei que não estava com a minha bolsa. — Meninas, me esperem um pouco! — eu saí correndo em direção a sala, mas nesse momento...

Ouvi vozes, e parei abruptamente antes de entrar. Um homem estava conversando com o CEO.

Mas eu acabei de sair, como ele entrou sem que eu percebesse?

— Você sabe, querido! Eu estou te entregando de bandeja a melhor forma de fazer esse projeto ser um sucesso! — o homem disse.

— De bandeja? Como isso poderia ser assim? — ele disse, ironizando.

— Dietrich, ninguém melhor do que eu vai conseguir te satisfazer! Sabe o que todos dizem sobre você, não é? Tenho certeza que sou melhor do que qualquer pessoa que você já tenha ficado nessa vida! — minha curiosidade foi tão grande, que decidi olhar a cena.

Devagar, olhei a situação, vendo o homem se aproximando, como se fosse beijar o CEO. De repente, o CEO o prensou contra a parede, como naqueles filmes.

Então os rumores eram verdadeiros?

— Oh, vai aceitar passar a noite comigo? Você não vai se arrepender! — o homem puxou a gravata do CEO.

— P-Passar a noite juntos? — sem querer, eu disse em voz alta.

Os dois se viraram, e eu tentei correr, mas foi tão rápido, que apenas notei quando o CEO me puxou pela roupa.

— Onde pensa que vai, Senhorita Vinturinny? — seu olhar estava ainda mais feroz.

Eu vou ficar desempregada!

Sem pensar, eu chutei a canela dele, e sai correndo. As meninas que estavam me esperando, me acompanharam quando eu pedi que elas corressem. Chegamos ao bar ofegantes.

— Nora, o que você fez? — Renata perguntou.

— Vamos entrar, eu preciso muito tomar uma! — nos sentamos, e eu virei mais um copo de uma vez.

— Calma, Nora! — Marisa disse.

Eu enchi o copo novamente, mas Marisa tomou da minha mão.

— Eleonor, o que fez você ficar assim? — ela estava tensa.

Eu respiro fundo, pensando em como explicar o que aconteceu.

— Com toda certeza eu vou ser demitida! BUAAA! — chorei feito criança.

Não posso perder esse emprego, ainda mais agora que sai da casa de Elena.

Comecei a virar mais copos, as meninas pareciam preocupadas, e tentaram me impedir, mas eu disse que precisava beber, então elas pararam. Eu estava chorando tanto.

— Seu celular está tocando! — alguém me sacudiu.

— Ah... — um número desconhecido? — Alô?

— Venha aqui fora, AGORA, estou esperando você! — era a voz do CEO.

Eu não respondi, fiquei raciocinando, a bebida estava me afetando.

— Anda logo! — seu tom autoritário me causou calafrios.

Eu me levantei, cambaleando, as meninas não queriam me deixar ir, mas viram o CEO na frente do bar, então não tiveram escolha. Ele estava em frente ao seu carro, e então me puxou repentinamente, sem sequer dizer nada.

— SOCORRO, EU VOU MORRER HOJE! — eu gritei, já com o carro em movimento.

— Não estou te sequestrando, muito menos pretendo matar você! Não vale a pena gastar meu réu primário com você! — eu fiquei bicuda.

Ele parou em frente há um hotel.

"Corporação D.M", é aquele hotel famoso!

— Vamos! — ele abriu a porta do carro.

— Por que um hotel? — perguntei.

— Não pense nada errado! Não tenho interesse em alguém como você! Apenas quero evitar problemas!

— Em um hotel? — claro que não acreditei.

— Se você não sabe, esse lugar é protegido contra paparazzis, tem a melhor segurança do país!

Eu o segui, mesmo preocupada. Entramos em uma sala privada.

— Eleonor Vinturinne, dezoito anos, recém formada. Acabou de ser contratada para trabalhar na equipe de marketing, e ainda no primeiro dia foi promovida a minha secretária. — por que ele está dizendo tudo isso?

Eu engoli seco.

— Sabe muito bem que estava bisbilhotando. — A expressão dele estava aterrorizante. — Por mais que seja seu primeiro dia, você colocou seu ouvido onde não foi chamada, sabe que isso é o suficiente para a demissão? — ele jogou os papéis com minha voto, minha ficha.

Eu estava com medo de dizer alguma coisa, mas no final, a única coisa que saiu, foi:

— Posso... beber aquilo? — eu aponto para a prateleira de bebidas.

— Vinho? — eu balancei a cabeça, e mesmo me olhando estranho, ele trouxe uma taça, e colocou a garrafa na mesinha.

— Dando continuida-... você já está bêbada? Apenas com uma taça? — ele parecia chocado.

— Eu... bebi muito antes... — estava me sentindo zonza.

Ele me cutucou, depois bateu a mão na própria testa, decepcionado.

— V-Você deveria estar com... o cara de mais cedo! A noite é longe, ainda há tempo de... darem uns amassos... — ele bateu na mesa quando escutou isso, me assustando.

O que eu fiz de errado?

— Você acha que eu sou gay? — ele disse, como se não fizesse sentido.

— Sim? Todos dizem, a mídia também... as pessoas da... empresa... — fiquei um pouco receosa.

Desajeitada, eu enchi a taça, mas foi ele que pegou e bebeu. Várias vezes seguidas, ele foi bebendo, e então pegou mais e mais.

— Eh? — fiquei surpresa.

Logo, ele estava vermelho, bêbado também.

— Você é idiota! Eu não sou gay, eu gosto de mulheres! — ele ficou irritado.

— Pfft! — eu gargalhei.

— Por que está... rindo de mim? — não sabia quem estava mais bêbado, eu ou ele.

— É que... sabe, você é gato, é uma pena... tipo, eu super pegaria você... — eu dei risada de novo.

A vergonha me atingiu, então me levantei, mas ele me segurou pelo braço. Eu me virei para olhá-lo, mas acabei caindo no seu colo. Poderia até ficar tudo bem, porém meu extinto me fez tocar meu peitoral sobre o terno.

— Que baita corpo! — eu estava perdendo a cabeça.

— Vamos... resolver o mal entendido... — ele me beijou.

— M-Minha demissão... — eu sussurrei.

— Eu não confirmei que estava demitida. — ele sussurrou, com sua voz intensa, me causando arrepios.

Ele me jogou na cama da sala vip, era tão macia. Quando ele tirou a gravata, foi quando eu realmente tive noção do que já acontecer, mas, eu não me arrependi, não naquele momento.

Beijando o meu corpo, ele me perguntou:

— Ainda acha que eu sou gay? Ou preciso te provar ainda mais? — ele sorriu de forma travessa.

Nossos beijos estavam intensos, e os toques dele eram desajeitados, mas calorosos. Foi se tornando profundo, sua língua era quente e deliciosa, meu corpo também estava quente.

Ele desabotoou minha camisa, me deixando apenas com o sutiã, a vergonha desapareceu completamente quando vi seus olhos famintos. Ele beijou minha mão primeiro, como um cavalheiro, e depois, os meus seios. Quando ficamos totalmente expostos, eu observei o quão belo ele era, inteiramente.

Que pedaço de mal caminho, e eu estou caminhando diretamente para ele...

Seu membro entrou em mim, nos tornamos um, e aquela foi a primeira vez que fiz aquilo com meu chefe "gay", que poderia me demitir a qualquer momento. Pensei que acabaria logo, mas estava se alongando, ele não queria me deixar, e no fundo, eu também não queria soltá-lo.

Minha primeira vez, e também parecia ser a primeira vez dele, o que me fez estranhar.

Ele não é mesmo gay!

Depois daquela noite, eu fiquei envergonhada com o que aconteceu. Ele não tocou no assunto. Isso me deixou angustiada, e com medo das próximas ações dele. A cada segundo, eu evitava olhá-lo no trabalho, e isso foi estressante, tanto ao ponto de que eu voltasse novamente para o bar, onde tudo se iniciou.

Dessa vez, eu estava sozinha.

Eu peço todo tipo de bebida aleatória, no primeiro gole, já estava me sentindo tonta. Continuei bebendo, tanto que nem sabia que horas eram. De repente, meu celular tocou. Eu mal consegui identificar quem estava me ligando, já que minha visão estava confusa.

— Onde está? — a voz definitivamente era do CEO.

— Ahn?

— Senhorita Vinturinne?

É aquele chefe gay malvado… ah… nem tão gay né…

— Fala… — eu estava irritada com ele.

— Vou te levar para casa! — um convite repentino.

— Casa? Hum… você sabe onde eu…. moro? — sim, eu estava completamente perdida naquela hora.

— Não, eu vou te levar para a minha casa! — ele disse.

— Não… nem vem… já cansei de ouvir você… reclamar… comigo… — eu não queria mais.

Ele suspira, logo percebo alguém com o telefone na mão me encarando.

— Sério? Você bebeu apenas dois copos, mal tocou as outras bebidas que pediu.

— Você… já sabia onde eu estava?

— Sim, eu estava te observando desde que você chegou aqui.

— Seu stalker!

O vejo se aproximando de mim. Logo, ele me pega no colo e coloca dinheiro na mesa.

— Me solta!

— Não!

— Eu falei para me soltar!

Eu tento descer, mas ele é muito forte.

— Por que está… fazendo isso?

— Eu apenas cuido do que é meu! — ele sussurrou no meu ouvido.

— O que é seu?

— Adivinhe por si só!

Acabei tirando um breve cochilo ainda nos braços dele. Quando abro meus olhos novamente, estamos em frente a uma casa enorme.

— Ah… de quem…?

— É a minha casa.

Ele continua me carregando, Dietrich me colocou no sofá. Percebi uma prateleira cheia de bebida igual a do hotel, cambaleei até lá.

Antes que eu pudesse pegar alguma, ele segura minha mão.

— Me… deixa! — eu sacudo minha mão.

— Você já bebeu o suficiente por hoje, Senhorita Vinturinne!

— Não, eu quero mais!

— Por acaso se esqueceu o que aconteceu da última vez que você bebeu? Preciso te lembrar?

De repente, sinto um arrepio.

— Você não vai conseguir… me seduzir assim!

— Quem te disse que eu estava tentando?

Do nada, ele beija atrás do meu pescoço. Eu sinto meu corpo amolecer.

— Sai…

— Tem certeza de que é isso que você quer, Eleonor?

(Ele me chamou pelo meu nome?)

— S-Sim…

— É mesmo?

Dietrich me vira, fazendo com que eu olhe diretamente para os seus olhos. Ele encosta sua boca na minha, me fazendo ter um pequeno vislumbre do seu gosto.

Me senti tentada a beijá-lo, mas eu sabia que não poderia fazer isso. Ele me puxou, e eu me vi de cara com seu peitoral. Meu corpo estava ficando quente, mas ao mesmo tempo o pouco de consciência que eu tinha me dizia para não fazer nada.

Ele beijou meu pescoço mais uma vez, havia um espelho logo em frente, vi nosso reflexo. Meu rosto estava super vermelho, e logo, percebi um chupão em mim.

— Vê isso? É minha marca, para que todos vejam que você me pertence. — ele diz ao perceber onde eu estava olhando.

— Por que?

— O que foi?

— Por que fez isso? Você não deveria apenas fingir que nunca aconteceu… nada entre nós?

Ele ignora o que eu digo, e se aproxima mais uma vez de mim. Parecia que iria me beijar, mas eu não tive tempo de descobrir, já que eu acabei vomitando bem na roupa dele.

Ele suspirou.

Logo em seguida, eu só me lembro de me sentir muito cansada, e depois acabar apagando. O alarme do meu celular tocou na bolsa.

— Humm… mais cinco minutos.

Sinto algo quente tocar meus lábios. Isso foi o suficiente para me fazer abrir os olhos.

— Se quiser pode dormir mais um pouco! Não irei te demitir por chegar alguns minutos atrasada, hoje.

Hoje?

— A gente… fez aquilo de novo?

— Você não se lembra? Se quiser, nós podemos…

— Não! Precisamos trabalhar então…

Ele começou a rir de mim.

— Não aconteceu nada, dessa vez! Você vomitou em mim, então não tivemos tempo.

— Eu vomitei em você? — eu quase gritei.

— Sim, aliás, antes que pergunte, você tomou banho sozinha, e também escovou os dentes. Claro, quebrou várias coisas no meu banheiro, mas não vou te cobrar.

— O que? — fiquei em choque.

Ele me encara fixamente.

— Eleonor, você é realmente interessante.

O CEO se aproxima de mim.

— Eu queria que… a gente esquecesse o que aconteceu… — estava preocupada com essa situação.

O rosto dele muda para uma expressão que não consigo identificar.

— E se eu não quiser?

— Ah… mas…

— Eleonor, espero que saiba que você agora é a minha mulher!

— S-Sua mulher? Isso não…

— "Nora", é assim que suas amigas te chamam, certo? Você sabia que quando eu quero algo, eu consigo?

— E você me quer?

— Preciso responder? — ele olha para a minha boca.

De repente, ele lambe meus lábios.

— E-Ei… nós temos que ir trabalhar!

— Tudo bem chegar uma hora ou duas atrasado, afinal, eu sou o chefe.

Ele me beija.

Seu beijo é delicioso e embriagante o suficiente para me fazer esquecer meus pensamentos.

Eu acabo cedendo sem perceber.

— Viu? Eu te disse, você é minha mulher!

Ele passa a língua nos próprios lábios como se tivesse gostado.

— Tem algumas roupas para você bem ali, escolha a que quiser.

— Espera, mas nós não?

— Ah, você realmente queria? Não me importo de fazer isso virar realidade.

— Não! Esquece… mas, por que você tem roupas femininas em casa?

— Eu as comprei ontem para você.

— Ontem? Espera, por que comprou roupas para mim? E quando você saiu?

— Preciso repetir? Agora você é a minha mulher, então posso te agradar, certo? E eu mandei alguém comprar, na verdade…

Ele se levantou e foi em direção ao banheiro.

— Ah, quer tomar banho comigo? — ele sorriu e seu rosto demonstrava bem suas intenções.

— Não!

Eu joguei um travesseiro, mas ele pegou.

— Tudo bem, mas não se arrependa depois.

Ele entrou no banheiro, e eu dei uma olhada nas roupas.

— Mas todas são de marcas de luxo… ele quer comprar coisas para mim só para que eu fique em dívida e não consiga fugir?

— Sabe que isso não é uma má ideia? — ele apareceu na porta do banheiro.

— Você não deveria estar tomando banho?

— Esqueci algo.

Mentiroso.

O CEO tomou banho, e depois foi minha vez. Nós saímos logo em seguida. O obriguei a parar na esquina quando me disse que me levaria de carro. Chegamos no horário, mas claro, deixei que ele entrasse primeiro.

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