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Minha Frágil Flor

Primeiro dia de aula

Lívia, uma jovem de 17 anos, que mora com os seus pais e o seu irmão mais velho, Jonan, na cidade de Dragon; cursa o ensino médio e ela possui problemas com a sua família e escola, ela é a famosa nerd, sofre bullying desde os seus 10 anos, no ensino médio os ataques às suas características pioraram, tornando Lívia numa pessoa arredia, porém muito *frágil.

Hoje é seu primeiro dia de aula após as férias de verão, cuja ela passara dentro de um quarto enfornada, viajando em seus livros de romance, sendo a melhor aluna da sala, porém, nada popular, para ela era um inferno voltar as aulas, já que com elas viriam o seu sofrimento. São 6:00 AM, Lívia acorda, faz sua higiene e desce para tomar café, encontrando seu pai à mesa com seu irmão e a sua mãe à beira do fogão.

Lívia: Bom dia! (diz sentando-se à mesa)

Mãe/ Pai: Bom dia!

Irmão: Iai, nerdona, pronta pra mais 4 meses de aula?

Lívia: Já pedí pra não me chamar assim! Pai, Mãe!? Vocês não vão falar nada?

Pai/ Mãe: Foi só uma brincadeira! Deixa sua irmã em paz! (dizem sem ao menos olhar para ambos os filhos)

Lívia: Perdí a fome, vou tomar café na escola! ( Diz saindo e batendo a porta)

Lívia vai caminhando até a escola, chegando lá, ela lembra de tudo, e pensa que seria mais 4 meses de sofrimento e agressões; Lívia adentra a escola e vai direto para o refeitório, onde a cozinheira já estava com tudo pronto, esperando os alunos.

Lívia: Bom dia, Marta! Me vê um café com leite e dois mistos, por favor, obrigada!

Marta: Certo Lívia! Chegou cedo hoje!

Lívia: É rsrs...

Lívia volta a sua atenção para o livro que estava nas suas mãos, era um romance, seu gênero predileto de leitura; Marta traz o café de Lívia e ela come rapidamente, após estar saciada, ela volta ao livro, esperando o horário da aula chegar; imersa no seu livro, ela não percebe a aproximação de três alunas, Karen, Jennifer e Maria, as alunas mais populares e idiotas da escola, Karen num único movimento joga café no livro em que Lívia estava a ler.

Karen: Oi, nerd! Tá preparada pra o seu martírio? Se bem que com essa sua cara feia você já deve sofrer todo dia hahahaha!

Lívia: Por que você simplesmente não me deixa em paz? Eu não fiz nada pra você!

Jennifer: É porque adoramos ver você com essa cara de presa indefesa!

Lívia se levanta, joga seu livro na lixeira, já que agora estava banhado de café, e vai para a sala, sentando no fundo, na esperança de que não a notem até o fim da aula, o que é em vão, assim que toca o sinal as meninas entram na sala já com palavras ofensivas, fazendo todos da sala rir junto com elas; Lívia já estava acostumada, então não se pronunciou, enquanto ela estava imersa em seus pensamentos, ela vê na porta da sala um rapaz muito bonito, parecia descolado, era forte, alto, cabelos lisos e bem cortados , olhos azuis, parecia até uma miragem; qual a surpresa de Lívia quando ele se dirige até ela, sentando-se ao seu lado, fazendo-a corar instantâneamente; todos da sala o encarava, principalmente Karen.

Karen: Olá novato! Prazer, meu nome é Karen, sou a líder da classe, qualquer dúvida, é só falar comigo! (Diz com sensualidade)

Jef: Prazer, meu nome é Jeferson, mas pros íntimos é Jef!

Karen: Quer sentar com minha turma, acredito que não queira sentar ao lado dessa nerdona, Jef!

Jef: Jeferson pra você, acho que estou muito bem perto da minha mais nova amiga, não é mesmo...? (Diz insinuando perguntar seu nome)

Lívia: Lívia, meu nome é Lívia!

Jef: Minha amiga, Lívia!

Karen torce os lábios com descontentamento, e sai furiosa, com certeza não deixaria barato tamanha humilhação, descontaria na pobre Lívia.

Jef: Olá, meu nome é Jef! Deixe-me se apresentar formalmente rsrs!

Lívia: Prazer! Você deveria ter ído com ela, ela vai fazer de sua estadia aquí, um inferno, ela faz isso com todo mundo!

Jef: Então que bom que não sou todo mundo, senhorita Lívia! Não se preocupe comigo! Quer lanchar comigo no refeitório, no intervalo?

Lívia: Seria ótimo ter companhia, todos aquí me evitam as ordens de Karen!

A aula se passa, toca para o intervalo, Jef levanta-se da cadeira e estende a mão para Lívia, ajudando-a a se levantar, deixando Karen ainda mais irritada; quando Lívia e Jef passavam pelo corredor um rapaz passa correndo com uma bola, empurrando Lívia sob os armários, fazendo com que ela batesse a cabeça no mesmo, deixando Jef extremamente irritado com o rapaz, seu nome era Taylor, capitão do time de basquete, coincidentemente irmão de Karen.

Jef: Seu idiota! Não viu que tem gente andando pelos corredores?

Taylor: Que foi novato? Já quer chegar arrumando briga? Você já já aprende as regras desse lugar, a escola é minha! (Fala sussurando)

Jef: A escola é nossa! Não vai ficar impune!

Taylor sai rindo, o tumútuo no corredor se desfaz, Jef passa a mão delicadamente pelo rosto de Lívia, que estava vermelho por tentar segurar as lágrimas de dor e desprezo pela sua vida e com um pequeno corte na sobrancelha.

Jef: Tá doendo muito? Desculpa não poder ter feito nada, vamos na direção agora!

Lívia: Não adianta, nunca adiantou, essa escola é deles, quem sou eu?

Safira sai apressadamente em passos largos , deixando Jef confuso, no corredor; Lívia vai para a arquibancada da escola e deixa rolar sob seu rosto toda sua insatisfação, cansada de sí, da própria vida e das humilhações contínuas dentro e fora da escola; depois de algumas horas, ela entra na sala, pega suas coisas e vai embora, sem nem ao menos se explicar a ninguém*.

Mais um trauma

*Safira chega em sua casa, que estava vazia, enfim paz, pensava consigo mesmo; ela faz um lanche rápido e vai para seu quarto estudar. Já havia ficado de noite, quando uma mensagem repentina no seu celular chega.

Jef (Olá! Jef aquí; você está melhor? Eu lhe ví na arquibancada, mas não quis incomodar!)

Lívia (Olá, estou bem! estava lá só pra espairecer um pouco!)

Jef ( Desde quando você sofre bullying?)

Essa pergunta fez Lívia suspirar fundo, e pela primeira vez ela decide conversar com alguém sobre o assunto.

Lívia (Desde os meus 10 anos, mas no ensino médio tem ocorrido com muito mais frequência!)

Lágrimas escorrem sob seu rosto em quanto ela digita.

Jef (Por quê? Você é linda, inteligente, divertida...)

Lívia (Acho que você tá enganado sobre mim, se eu fosse tudo isso, eu teria só menos paz!)

Jef (Quem faz isso com você?)

Lívia (Todos, exceto você!)

A conversa se estende até as 12:00 AM, quando ela sente fome, e decide fazer um lanche de madrugada; ela despede-se e decide dormir um pouco.

O dia chega, ela estava exausta, havia dormido mal, ela faz sua higiene e decide tomar café mais cedo lá na escola; chegando lá ela encontra Jef sentado em uma das mesas, ela imediatamente abre um leve sorrindo.

Jef: Oi, Lí! (Fala se levantando)

Lívia: Oi Jef, o que faz aquí tão cedo? (diz sentando-se)

Jef: Um pássaro azul contou-me que você toma café aquí quase diariamente!

Lívia: É rsrs...

Jef: O que vai querer?

Lívia: O mesmo de sempre rsrs, Marta já sabe!

Jef vai até Marta e volta com suas refeições, roubando um sorriso de Lívia, que come satisfatoriamente; chega a hora da aula, ambos se dirigem até o fundo da sala; enquanto Lívia estava distraída com os seus estudos, uma bola atinge a sua cabeça, a fazendo deitar a sua cabeça na cadeira tamanha a força.

Keven: Foi mau nerdona!

Jef Não aguentando tamanho disparate levanta-se e agarra Keven pela gola da camisa.

Jef: Seu animal, olha aqui, se eu ver você encher o saco dela de novo eu vou te encher de porrada!

Lívia se levanta e segura nos braços de Jef, delicadamente!

Keven: Você comprou uma briga que não era sua, Jeferson!

Lívia: Por favor Keven, deixe-o em paz!

Jef se enfurece mais ainda ao ver medo nos olhos de Lívia, que pedia delicadamente pra que ele soltasse Keven, e voltasse a se sentar; não havia professor na sala, então eles podiam se estapear a vontade. Jef solta Keven e se senta, assim como Lívia havia pedido.

Lívia: Obrigada, d..desculpa! (diz com lágrimas nos olhos e já vermelha por se segurar novamente para não chorar)

Jef: Você deveria ter deixado eu quebrar a cara dele! (diz cruzando os braços)

Lívia: Licença!

Ela vai mais uma vez para seu refúgio, a arquibancada, chorar suas mágoas e dores.

Lívia: Até quando? (diz olhando pro céu)

Jef chega subitamente.

Jef: Até quando você deixar!

Lívia limpa rapidamente seu rosto inchado e tenta se recompor.

Lívia: Deveria estar na aula!

Jef: Você também, no entanto está aquí, sofrendo e chorando escondida do mundo!

Lívia: Não estou muito afim de conversar agora!

Jef: Posso dar-lhe ao menos um ombro pra chorar?

Lívia encosta a sua cabeça no ombro de Jef e mais uma vez desabafa a sua dor presa dentro de sí. Chega o fim das aulas, cujo eles perderam, eles decidem tomar sorvete juntos; chegando na sorveteria eles fazem seus pedidos, em quanto eles esperavam Lívia resolve ir ao banheiro, Jef espera sentado em uma mesa um pouco distante do banheiro, o que permite um homem estranho entrar no banheiro e trancar a porta com Lívia dentro.

Lívia: O que você quer? Saí daqui ou vou gritar!

Homem: Isolamento acústico bebê!

Lívia chora e ataca o homem, que faz de conta que não sente nada, Lívia é agarrada por trás e apalpada, o que deixava ela com medo e nojo, num súbito salto ela chuta a porta, chamando a atenção de todos, inclusive de Jef, o homem a joga no chão, fazendo com que ela caia na pia de mármore, que se quebra com o impacto; Jef corre até a porta do banheiro, percebendo a demora e o barulho, ele chama na porta, então Lívia grita, ele quebra a porta, dando de cara com o homem asqueroso, ele agride o homem até que o tirem de cima dele; Lívia chorava copiosamente e chamava por Jef a todo momento, ela fazia um movimento contínuo com uma das mãos, como se tivesse se limpando.

Jef: Li, o que aconteceu? Ele te machucou?

Lívia: O meu braço dói muito! (diz a chorar copiosamente)

Jef a pega nos braços e a coloca em um táxi, que vai direto para o hospital; chegando lá Lívia é sedada devido o estresse e seu braço engessado; Jef a espera acordar, avisa a todos da família e acaba adormecendo nos pés da cama*.

Adeus

Jef acorda 2 horas depois, Lívia ainda estava na mesma posição, ele percebe alguns hematomas nela, ele sente-se estranho, era como se tivessem machucado ele; os seus pensamentos são interrompidos pelo médico que adentra a sala com uma prancheta na mão.

Medico: Boa noite, você parente dela?

Jef: Amigo!

Médico:Ela é menor de idade? Se sim, você avisou aos responsáveis?

Jef: Sim, avisei, na verdade, faz aproximadamente 2 horas que eu liguei pros pais dela!

Médico: Você que entregou os documentos dela na recepção né?

Jef: Sim!

Médico: Como não apareceu ninguém responsável por ela, e aquí só tem você, darei a você os resultados dos testes e exames! Bom... Ela quebrou o braço em dois lugares, bateu com a cabeça e devido ao choque emocional está dopada, assim que o efeito dos remédios passarem ela vai acordar, é bom ter um rosto conhecido próximo a ela quando isso acontecer, tá bom? Os testes comprovam que o abusador não teve sucesso no ato, ela não tem nenhuma IST (infecções sexualmente transmissíveis), tirando o trauma e o braço, está tudo bem! Aquí o contato da psicóloga, aconselho que ela passe por uma avaliação psicológica! Boa noite!

Jef: Doutor, que horas são? O meu celular descarregou!

Médico: São exatamente 10:30 PM!

Jef: Obrigado!

Algumas horas se passam, Lívia acorda completamente atordoada, chorando e gritando por socorro, Jef imediatamente corre até ela, a segurando para ela não machucar ainda mais o seu braço; ela abre os olhos e vê Jef, ele parecia assustado.

Lívia: Jef? Onde é que eu estou? O que aconteceu?

Ela rapidamente recobra a memória.

Lívia: Cadê aquele homem? Me ajuda por favor!

Jef: Calma, shiiiii! Agora está tudo bem, a polícia já levou ele, você está no hospital, você quebrou o braço, precisa ficar quietinha!

Lívia: Que horas são? Os meus pais vão matar-me! Precisamos ir!

Jef: Shiiiii! Você não vai a lugar nenhum, precisa repousar, acabou de acordar, está cheia de machucados!

Lívia: Você não tá entendendo, os meus pais são muito rígidos!

Jef: Eu avisei-lhes assim que chegamos no hospital!

Lívia: Estamos aquí a quanto tempo?

Jef: cerca de 5 horas!

Livia: E ninguém chegou?

Jef: Sinto muito, mas, ninguém veio!

Lívia se aconchega na cama e olha pro teto, deixando escorrer lágrimas de tristeza no seu rosto.

Jef: Ei, eu estou aqui!

Lívia acente com a cabeça com um semblante triste e um sorriso forçado, deixando Jef triste por ela.

Lívia: Jef, eu sou uma má pessoa?

Jef: Que pergunta é essa? É óbvio que não!

Lívia: Então, porque eles não me amam? Tratam-me com indiferença? Sabe... os meus pais!

Jef: Por que não sabem a filha maravilhosa que eles têm! Posso? (Fala apontando para a cama em que Lívia estava deitada)

Lívia: Pode sim!

Jef deita-se ao lado dela na cama, a aconchega no seu peito, tentando passar segurança e o sentimento de carinho através de carícias na sua cabeça, fazendo com quem ela adormecesse no seu peito.

O dia chega, e Lívia é liberada do hospital, ela estava cansada, Jef havia chamado um táxi, eles vão até à casa de Lívia, e ela convida-o para entrar, ele aceita o convite e entra, avistando a mãe de Lívia na cozinha, o irmão e o pai de Lívia sentados à mesa, comendo e rindo.

Lívia: Bom dia, esse é meu amigo, Jeferson!

Pai: Bom dia, ele nos avisou do ocorrido, mas como ele já estava lá, decidimos não ir, já que você só quebrou o braço, não era nada tão sério!

Mãe/Irmão: É rsrs.

Lívia: É sério isso? Nada tão sério? Eu quase fui estuprada, e não foi nada tão sério?

Mãe: A filha, você sabe né, de certa forma, um dia ia acontecer né!

Lívia: Eu recuso-me a ouvir isso!

Irmão: E vai pra onde, nerd? Não tem onde cair morta!

Jef: Vocês são loucos? A filha de vocês acabou de chegar de um hospital, quase foi violentada e vocês agem naturalmente como se nada tivesse acontecido?

Lívia: Deixa pra lá, já estou acostumada com isso, vem Jef, vamos subir pro meu quarto!

Jef: Não, você não vai ficar aquí!

Lívia: Vem Jef!

Mãe: Vai Jeferson!

Eles sobem pro quarto, Lívia estava vermelha, com uma expressão de tristeza, Jef estava horrorizado, totalmente irado com o que acabara de ver.

Jef: É nesse inferno que você vive?

Lívia: É, basicamente!

Jef: Nós mal nos conhecemos, mas você já é muito importante para mim, por favor, vem morar comigo!

Lívia: Tá doido? A gente mal se conhece, os seus pais nunca viram a minha cara, eu não tenho emprego, não vai dar certo!

Jef: Eu não moro mais com os meus pais, eu tenho o meu próprio apartamento, dinheiro não é problema, qualquer coisa é melhor que isso!

Lívia pensa por um tempo, e decide aceitar a ajuda.

Lívia: Mas vou trabalhar!

Jef: Você faz o que quiser quando melhorar, agora só vamos arrumar as suas malas e ir!

Lívia arruma as malas com cuidado, havia poucas roupas, apesar de os seus pais terem dinheiro, ela era negligenciada, tinha apenas umas roupas velhas, e quase nenhum acessório, apenas um pente e um colar. Jef a olha com pena, mas ele sabia que não era pena que ele sentia por ela, ele tinha carinho por ela.

Lívia: Pronto!

Jef: Vamos!

Eles descem pra cozinha, Lívia com uma pequena mala na mão, seu irmão já tinha ido pra escola.

Lívia: Estou indo!

Pai: Tá, quando voltar lembra dos seus afazeres! (Fala sem olhar pra ela)

Lívia dá de ombros e sai com Jef, o táxi ainda o esperava, então eles entram e vão para o apartamento de Jef.

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