NovelToon NovelToon

Da Paixão Ao Amor

Cap 1 Carolina Ferraz

Sempre tive tudo o que queria, meu pai fazia todas as minhas vontades, mesmo se fosse algo difícil de conseguir, ele sempre dava um jeito. A pobre da minha mãe até tentava interferir, dizia que era necessário que eu aprendesse a ouvir uns 'Nãos' de vez em quando e soubesse das dificuldades da vida..., nunca soube o significado da palavra dificuldade... até esse momento…

Minha família tem uma multinacional de produtos no ramo de alimentos, com filiais fora do Brasil, ao me formar em administração de empresas e me especializar nesse ramo, me tornei uma grande executiva ao lado de meu pai. Dinheiro nunca foi problema, conheci muitos lugares do mundo e sempre frequentei as festas mais badaladas da alta sociedade.

Vaidade era meu sobrenome: salões de beleza, clínicas de estética, melhores academias, acompanhamento nutricional, tudo para manter minha beleza e uma alto-estima elevadíssima. Sempre fui a própria encarnação do orgulho: cruel e altiva.

Sou Carolina Albuquerque Ferraz, tenho 32 anos. Há um ano perdi praticamente tudo o que acabei de citar acima, principalmente meu orgulho, dignidade e o amor próprio.

Essa seria eu na minha "melhor fase".

Como disse, se me virem hoje, não irão me reconhecer, nem eu mesma me reconheço. Nem a pessoa que mais amo no mundo consegue lhe dar comigo, meu pai.

Vive a tentar uma nova internação, mas não vou deixar ele me trancar de novo naquele lugar de malucos..., não sou maluca, apenas uma mulher que amou doentiamente um homem acima de si própria e quase matei outra mulher sem medir as consequências, só queria me livrar daquela que em algum momento se tornou um empecilho para ter o homem que eu tanto desejava.

Desde a primeira vez que vi Henri Clifford, me apaixonei loucamente, fiquei obcecada, ficava sempre procurando está nos lugares que ele frequentava, fazer amizade com pessoas de seu ciclo de amigos. Enxerguei uma possibilidade de te-lo por perto quando ele procurou meu pai interessado em reaver um hotel de praia que era da família dele. Eu interferia sempre nas negociações, o fazia voltar a nossa empresa para uma nova conversa e aproveitava para assedia-lo.

A única vez que permite que meu pai vendesse o tal hotel, foi quando um maldito estupr4dor me ajudou..., no intuito de distrair a atenção de Henri para sequestrar a assistente, que hoje é esposa dele..., mas essa é uma história outra história, bem antes de como estou hoje..., o que posso afirmar é que foi aí que começou minha ruína...

Estou jogada em um quarto sujo, acordando depois de uma noite de muita bebida, dessa vez exagerei, experimentei umas drogas mais pesadas... Quando estou fazendo essas coisas, esqueço de tudo, mas quando fico sóbria, toda essa m3rd4 volta com mais intensidade em minha mente: a culpa, a vergonha, a decepção no olhar de meu pai e tantos outros sentimentos ruins que me fazem voltar a me embebedar novamente.

Fugi mais uma vez de casa, sempre saio sem rumo. De tanto que fiz isso, já conheço alguns lugares bem longe de onde moro e onde sei que ninguém irá me encontrar. Convivo com pessoas em estado deplorável, que antes se quer as enxergava..., agora, sou uma delas.

Homem:_ Ei barbie? acorda, já amanheceu...

Carol:_ Tanto faz..., me deixa...

Homem:_ Tem que ir embora, a boate vai fechar e você só pagou uma noite pelo quarto da prost3..., ela quer o quarto.

Carol:_ Ta... ta bom.. me deixa..., que droga...

Levanto com dificuldade..., sinto meu mal cheiro e sei que estou toda suja, acho que apaguei no chão imundo, úmido... Pego minha bolsa, ainda tenho algum trocado. Entro em meu carro, que agora é um modelo popular, antes era um Porshe vermelho..., o vendi pra manter os vícios. Apoio a cabeça no volante e respiro fundo, pensando para aonde ir...

Resolvo procurar um pequeno apartamento em um bairro simples, meu pai ainda me dá algum dinheiro quando chego alterada, mas cortou meus cartões de crédito. Chego em um conjunto de pequenos prédios populares de quatro andares, alugo um e entro para descansar da noite de vícios..., ainda não tem nada, apenas uma pia, me jogo no chão mesmo e lá adormeço...

_______ Aviso Autora_____

Olá, querid@s!!!

Essa história é paralela à primeira trama que me atrevi a criar rsrs, para entender melhor o que Carolina fez, leiam DO TRAUMA AO AMOR.

Desde já agradeço e desejo ótimas leituras nesta plataforma.

SU 😘💖

Cap 2 Sr Ferraz, Pai de Carol

Já fazem quase 20 dias que não sei de Carolina, minha filhinha..., precisei me ausentar, estive viajando visitando algumas filiais, cheguei e ela já estava sumida a uns 15 dias, minha esposa simplesmente não me comunicou do sumiço de nossa filha, alegando que eu precisava me concentrar no trabalho..., sei que elas brigaram, por isso minha filha foi embora.

Sempre fui um pai muito protetor e presente, fiz todas as vontades da minha Carol, e isso acaba sendo motivo de discussão entre mim e a mãe dela, depois que Carolina cresceu elas tinham dificuldade em se entenderem...

Minha esposa Carla teve problemas para engravidar, sofremos muito com isso, sempre quis ser pai. Quando finalmente conseguimos, foi nossa maior alegria. Desde que minha filha nasceu sou totalmente dedicado a mima-la e fazer suas vontades. Carla diz que estraguei nossa menina...

Carolina se tornou uma garota mimada, cheia de vontades, não aguentou ser rejeitada por um homem..., sempre falei para ela que poderia ter quem quisesse, me equivoquei..., e na primeira vez que se apaixonou por alguém, ficou determinada a conquista-lo, percebi que foi ficando doentio, mas ignorei. Quando ele deixou claro que não queria nada com ela, tudo piorou; é como se ela quisesse o desafiar e provar que poderia tê-lo a qualquer custo..., mas não foi como ela imaginou, a partir daí, ficou obcecada, interferindo até em meus negócios...

Fazia todas as vontades dela, porquê nunca conseguiria negar nada a minha filhinha..., mas só quando aconteceu toda aquela tragédia é que me dei conta de que minha princesa estava doente e eu, me tornado um pai sem limites, aceita tudo o que ela fazia...

Agora estou aqui, enlouquecido para encontra-la, acho que já se passou um ano de toda aquela confusão, minha filha chegou a ficar presa, depois fui obrigado a interna-la em uma clínica psiquiátrica..., uma noite ela chegou em casa paranóica, falava coisas sem nexo, não reagia ao ser chamada, me vi obrigado a fazer isso com ela porque recusava a terapia, não era mais a mesma.

Depois do tratamento, pensei que tivesse melhorado, a trouxe de volta pra casa, então ela começou a beber, passava a noite fora de casa, depois 2 ou 3 dias e agora já fazem 20 dias que não sabemos nada dela. A última vez que veio em casa, minha esposa diz que deu um valor significativo para ela e desde então sumiu. Não sei se ela fugiu, já mandei procurar em hospitais, delegacias e até IML..., sou um pai desesperado, estou a pelo menos 5 dias a procura de Carol...

Lembrei do Delegado que trabalhou no caso dela, ele foi muito gentil e é competente..., fez tudo para que ela ficasse bem no período em que ficou na delegacia que ele administra. Sei que foi ele quem efetuou a prisão dela, mas conversamos e entendi o lado dele..., não quero expor minha filha, já sofremos com isso, o delegado Soares é bem discreto...

Resolvi pedir ajuda a ele para encontrar minha Carol, sei que ele fará um bom trabalho, daria minha fortuna pra ter minha filhinha de volta e estou disposto a tudo para encontrá-la.

André Soares:_ Sr Ferraz, quanto tempo... A que devo a visita em minha delegacia?

Sr Ferraz:_ Delegado, infelizmente precisei vir até aqui em busca de ajuda.

André:_ Claro, se eu puder ajudar, farei o possível.

Sr Ferraz:_ Minha filha Carolina..., não consigo encontra-la, antes ela sumia, mas sempre voltava... Já estamos há 20 dias sem notícias..., estava viajando e minha esposa não me comunicou do sumiço..., só a poucos dias fiquei sabendo... preciso da sua ajuda para encontra-la...

André:_ Ok..., Sr Ferraz, só preciso que me passe mais algumas informações como possíveis lugares que ela esteja frequentando, onde foi vista pela última vez, o que usava..., qualquer detalhe..., ela tem carro ou está com alguém?

Sr Ferraz:_ Ela… Está com um carro popular, posso anotar a cor, modelo e a placa... Pelo que soube, ela... estava frequentando umas boates, bares em uma área vermelha da cidade, não sei dizer ao certo, mas tenho uns endereços da última vez que mandei segui-la...

André:_ Pode deixar senhor, irei pessoalmente conduzir esta investigação, qualquer novidade lhe informo...

Sr Ferraz:_ Obrigado Delegado..., estarei aguardando notícias...

Cap 3 Delegado André Soares

Com as informações que o Sr Ferraz me passou iniciei a procura por Carolina Ferraz, lembro dela, é uma mulher muito bonita, chama atenção por onde quer que passe, mesmo que não esteja em seu banho de loja de grife, ainda assim ela chama atenção. Tenho uma fotografia dela, se alguém a vir, não terá dificuldade em lembrar. Estou determinado, quero encontrar essa mulher.

Sou o delegado André Soares, tenho 38 anos, sou muito dedicado a minha carreira, por esse motivo não consegui constituir família, namorei algumas vezes, até morei junto, mas minha mulher passava mais noites sozinho do que comigo, então decidimos que cada um viveria a sua vida. Estou solteiro a quase dois anos.

Já são quase 3h da madrugada, estou a paisana, já fui em vários possíveis lugares que poderia encontra-la e até agora nada. Estou dirigindo para outra região mais barra pesada, conheço muitos lugares e tenho muitos informantes espalhados pela cidade. Há poucos minutos um deles me ligou, disse ter visto uma mulher igual da foto que lhe passei, também falou que ela está muito chapada, entrou em um clube, uma espécie de bar e strip, sei que rola muita droga e tem bandidos de todos os tipos, meu informante está me esperando em frente ao local, ele irá comigo, ninguém pode saber que sou PM, então preciso dele para entrar já que é muito conhecido na área.

Informante:_ E aí parceiro?

André:_ Beleza, onde a viu?

Informante:_ Entrou têm uns 15 minutos, acho que foi atrás de comprar..., ela é uma belezura...

André:_ Vai na frente...

Já olhamos em várias partes do club, sei que têm uns quartos que eles alugam para as mais variadas finalidades, desde usar droga, prostituição e até pra rupinar algum desavisado. Tô me dirigindo aos quartos, tento ouvir pela porta e olhar pela entrada da chave, disfarçadamente..., esse pessoal ta tão louco que acham que sou um pervertido querendo espionar algum casal transando...

Depois de muito procurar, ouço uns barulhos vindo de um dos quartos..., me chamou atenção, me aproximo pra ouvir melhor. Escuto uma voz de mulher dizendo: NÃO , QUE NÃO QUER, PRA PARAR.

Inclino-me para olhar pela tranca, tem um homem, ele ta tentando tirar a roupa da mulher e ela tentando impedir..., mas ele é mais forte, tento forçar a porta para abrir sem chamar atenção dele, mas não consigo, vou ter que dá um jeito. Opto pelo tradicional, começo a bater na porta com força pra chamar a atenção do cara, e nada..., pode não ser quem procuro, mas é alguém precisando de ajuda..., bato mais forte, se ele não abrir vou meter o pé. Até que escuto ele virar a chave e abrir a porta muito alterado:

Homem:_ QUEM É O IDIOTA QUE SE...

Acerto um soco em cheio na ponta do queixo e ele cai como uma árvore podre..., aproveito que ele apagou e corro em direção a mulher, tenho que agir rápido..., mas a imagem a minha frente me paralisa por alguns segundos. É ela..., é a Carolina...

Está com os seios expostos, a blusa rasgada e a calça já na metade das pernas, ela tem umas marcas de esganadura, manchas roxas e mordidas pelo pescoço, seios e barriga... Está acordada, mas muito bêbada..., e acho que drogada..., mal consegue se mexer, acho que cansou de lutar para impedir o homem de estupr4-la. Dou mais dois chutes na cabeça do desgraçado..., tiro minha jaqueta, a visto nela, ajeito sua calça, a pego no colo e saiu dali o mais rápido que consigo...

Deito ela com cuidado no banco traseiro do meu carro e dirijo a um hospital que tenho alguns conhecidos, já levei alguns presos para lá e até algumas vítimas..., preciso dos laudos para firmar a denuncia contra aquele desgraçado, já mandei uma viatura buscá-lo...

Peço que façam os primeiros socorros e registrem tudo como exame de Corpo de Delito, depois ela irá passar por uma desintoxicação. O médico que a esta atendendo é um amigo que também é médico pericial do IML, assim não preciso leva-la até lá.

Enquanto ela é atendida ligo para o pai comunicando que a encontrei e onde estamos. Algumas horas depois os pais de Carolina chegam no hospital.

Sr Soares:_ Como ela está delegado? Onde está minha filha?

André:_ Está em observação..., nesse momento está dormindo. Eu sinto muito informar, mas ela quase foi violentada..., cheguei a tempo de impedir o pior..., mas sofreu algumas agressões, o estado em que ela estava era deplorável...

Vejo a mãe de Carol pôr a mão na boca, tentando controlar o choro. O pai a abraça tentando consola-la.

Sr Ferraz:_ Essa é Carla, a mãe de Carol. Podemos vê-la?

André:_ Prazer conhece-la senhora Ferraz... Sim, venham comigo.

Levo eles até a enfermaria em que Carolina está, ela ainda dorme..., precisaram dar um banho nela e trocaram suas roupas por uma do hospital, ainda da pra ver as marcas no pescoço, o resto do corpo está coberto.

Sr Ferraz:_ :Vamos esperar ela acordar, quero falar com o médico que a atendeu, por favor.

Devo ter inalado muita fumaça naquele lugar e fiquei louco..., mas alguma coisa me leva a fazer um pedido inusitado e tomar para mim uma responsabilidade que não deveria..., não deveria me envolver...

André:_ Senhor, sei que não é comum, mas pelo que entendi, Carolina tem fugido de vocês..., gostaria que me desse um voto de confiança, para eu conversar com ela a sós quando acordar..., quero descobrir onde ela se esconde, com quem anda. Ela precisa confiar em alguém e se eu estiver errado corrija-me, mas acredito que se ver vocês, ela irá fugir novamente..., me deixe ajudá-los...

Eles se olham..., olham para Carolina, respiram fundo, tentando decidir o que fazer, dona Carla convence o marido..., e concordam em me deixar falar com ela antes deles.

Os levo para falar com o médico, ele os tranquiliza e eu garanti que não perderia Carol de vista..., assim que tivesse a confiança dela, a convenceria a procurar os pais. Eles a beijaram e vão pra casa apreensivos, mas depositando toda confiança em mim..., devo ter ficado louco ao revê-la...

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!