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Terminated Agreement

Capítulo 1 - Indiferente

Rafael Toscano

Observei o sol brilhante através da janela da cozinha.

Enchi minha jarra de água e com movimento ágil, fechei a torneira do garrafão de água mineral.

Coloquei a jarra sob a cafeteira. Peguei os grãos frescos de café, e o pûs no filtro.

Em seguida liguei o aparelho. Meus ovos e torradas estavam previamente prontos.

Coloquei em uma bandeja e fui até o terraço. Minutos depois voltei à cozinha para me sevir do café e pegar o jornal.

Permiti-me fazer o meu desjejum com calma, fiz questão de tornar isso um hábito!

A melhor parte do dia, pensei satisfeito ao vizualizar as manchetes.

Li o que mais me interessava: A seção de negócios, enquanto saboreava minhas torradas.

E em seguida as colunas sociais. Observei as fotos e, um segundo antes de virar, vi uma foto minha, no canto direito.

E a Laura? Estava deslumbrante! O perfil perfeito, o sorriso ideal; não poderia estar mais atraente.

Li a legenda da foto com atenção:

"Comemorando o recente sucesso das empresas Toscano's, Toscano, empresário multimilionário desfruta a noite no restaurante Milan com Laura Brunet"

Sorri. Sou um homem rico e bem sucedido. Moro numa bela casa, num dos bairros mais elegantes de Sydney.

Possuo um patrimônio invejável, espalhado por diversas cidades.

Para quem não me conhece acha que nasci em berço de ouro, ou que apenas dei sorte..

A grande verdade é que fui criado e educado em um ambiente pobre e insalubre, onde os fortes sobrevivem e os fracos são eliminados.

Desde muito novo desejei mais do que esas condições me proporcionariam.

Queria contar mais do centavos na vida!

Desde garoto quisera sair desse mundo sombrio onde sobreviver era a única ambição.

Saber me safar de situações difíceis na cidade grande era uma das minhas metas!

Estudar era outra. Lutei muito como pude: Ganhando bolsas de estudo, me formando com mérito.

Fazendo tudo por mim. Tive muito sucesso. Aos vinte e seis anos, estava exatamente onde planejei.

Podia ter qualquer mulher que eu desejase... e tinha!

Minha última companhia desejava um compromisso, mas eu não queria uma relação duradoura, apesar de gostar de dormir com ela.

Haveria uma só mulher para um homem? Era o que eu me perguntava.

Meu telefone tocou:

📱

_ Buenos dias, querido.

A voz era melosa e felina. Tencionava acelerar seu coração e deixar-me arrepiado, para que eu me lembrasse de que a dispensara na noite anterior.

_ Laura..

_ Estou te incomodando?

_ Não. Que tal jantarmos hoje à noite?

Admirava a avidez de uma mulher, mas preferia tomar a iniciativa.

_ Terei de estudar alguns papeis, Laura.

_ Outro dia, então?

Pelo visto ela se recupera rápido, pude perceber a necessidade da afirmação e preferi ignorar.

_ Quem sabe?

📱

Observei o gramado impecável, a água azul da piscina, a quadra de tênis e voltei a me concentrar no jornal.

Sei que parece um pouco ultrapassado... sou um grande fã dos clássicos.

Servi-me com mais uma xícara de café e consultei o relógio.

Passei geleia no último pedaço de torrada. Entrei na cozinha, enxaguei e coloquei os pratos na lava-louças, e subi para me vestir.

Escolhi um terno Armani e acrescentei um colete.

Vesti o meu paletó, peguei minha carteira, em seguida a pasta e o notebook.

Acionei o sistema de segurança. Fui para a garagem e entrei na minha Mercedez o último modelo e arranquei para a rua.

Meu escritório ficava em um andar alto em um dos edifícios envidraçados do centro.

Uma obra prima da arquitetura com uma vista espetacular do porto.

O trânsito era intenso. Abri o notebook, chequei a agenda e marquei duas ligações que minha secretária deveria fazer.

Quinze minutos depois, entrei no estacionamento e parei na minha vaga.

Desliguei o motor do carro, peguei o notebook e a pasta, saindo do carro logo em seguida.

Xx: Rafael Toscano?

Paralizei diante da voz feminina e virei-me devagar, o corpo em alerta, apesar da aparência tranquila... estava pronto para reagir a qualquer sinal de agressão.

Ela era pequena, esbelta, traços atraentes. Não parecia inimiga, mas isso não queria dizer nada.

Teria ela uma arma? A observei com cuidado, as mãos segurando a bolsa de couro.

Se houvesse uma faca ou um revólver ali, poderia desarmá-la antes que desse um passo.

Droga! Havia seguranças no prédio inteiro. Como a garota entrara?

Rafael: Sim?

Xx: Preciso falar com você!

Ergui uma sobrancelha e a encarei, estava esperando seu próximo movimento.

Rafael: Sou muito ocupado.

Puxei a manga do paletó e consultei o relógio.

Xx: Bastam cinco minutos.

Ela calculara o tempo, medira as palavras, poderia dizer tudo mais rápido se fosse preciso.

Rafael: Marque um horário com a minha secretária.

Xx: Eu tentei.

Balançou a cabeça.

Xx: Não adiantou.

A jovem forçou um sorriso.

Xx: Sua segurança é impenetrável.

Rafael: Mas você chegou até aqui!

Pura astúcia. Um pedido desespero e verdadeiro ao segurança.

Ela com certeza esperava que não custasse o emprego dele.

A mocinha tinha garra, isso eu precisava reconhecer.

Xx: Peço que me escute..

Rafael: E perder mais tempo?

Eu estava intrigado.

Rafael: Dois minutos.

Suspirei.

Rafael: Seu nome é?

Maya: Maya.

Sabia que o resto teria um efeito desastroso.

Maya: Filha de Ryan Torres.

Rafael: Não.

Com certeza era esse tipo de recepção que Maya esperava.

Maya: Você me deu dois minutos!

Rafael: Podia ter dado vinte, e a resposta seria a mesma.

Maya: Meu pai está morrendo.

Rafael: Quer minha compaixão?

Debochei.

Rafael: Você ousa pedir tolerância para um homem que desviou centenas de milhares de dólares de mim?

Vi que Maya tentava se controlar.. talvez estivesse planejando usar as palavras certas para me convencer.

Maya: Meu pai está hospitalizado, tem um tumor cerebral inoperável.

Fez uma pausa.

Maya: Se você denunciá-lo, ele passará suas últimas semanas de vida dentro de uma prisão.

Rafael: Não.

Apertei o alarme de carro, pûs as chaves no bolso e comecei a andar em direção ao elevador.

Maya: Eu faço qualquer coisa!

Parei onde eu estava, virei em sua direção e a observei.

Rafael: Você precisaria fazer mais...

Cocei o queixo, pensativo.

Maya: Por favor..

Percebi um leve tremor em sua voz e continuei andando.

A porta do elevadlr se abriu:

Rafael: Você tem um minuto para sair deste estacionamento, ou será presa por invasão.

Sinceramente, eu esperava que Maya expressasse sua raiva, fúria ou mesmo uma agressão.

Ou uma cena de choro. O que eu vi foi apenas orgulho no pequeno queixo empinado.

A boca tremia enquanto ela procurava manter o controle, mas os olhos ficaram úmidis de repente.

Uma lágrima rolou por sua face. Entrei no elevador e pressionei o botão.

Minha expressão era a mesma. A porta fechou-se e fui transportado para o conjunto de escritórios em um andar alto.

Acenei de leve para a morena na moderna mesa de recepção, cumprimentei a secretária e entrei na sala.

A magia da tecnologia foi o que me rendeu e rende até hoje uma fortuna.

Desenvolver a tecnologia da informática e a internet eram a minha especialidade.

Confirmei os compromissos com a secretária

Rafael Toscano, 26 anos

Laura Brunet, 26 anos

Maya Torres, 20 anos

Capítulo 2 - A Proposta

Rafael Toscano

Duas horas depois, gravei o arquivo em que estive trabalhando e puxei o de Torres.

Não para refrescar a memória. Tenho muita experiência para me incomodar com qualquer coisa!

O rosto daquela garota estava gravado em minha mente.

Ainda conseguia lembrar-me da lágrima solitária que escorria em seu rosto.

Eu queria esquecer mas não conseguia.

Ryan Torres, viúvo, uma filha, Maya, solteira, vinte e um anos, professora.

Havia um endereço e um telefone, a escola onde trabalhava. E os seus hobbies.

Levantei uma sobrancelha. Imprimi as informações, dobrou a folha e a guardou no bolso do paletó.

Decidi fazer uma ligação para saber o real estado de saúde de Ryan Torres.

Uma hora depois meu informante deu a resposta que eu precisava.

Descobri também que Ryan estava falido por dívidas de jogo.

As informações sobre sua condição médica coincidiam com o que a filha afirmara.

Imprimi a última folha com as informações e a reli.

Havia provas de que Ryan usara o dinheiro para bancar os cuidados médicos da esposa acidentada durante meses, na luta contra o coma que precedeu sua morte.

Cerca de seis meses. O sujeito quase escapara, mas um audiyor encontrara os depósitos irregulares, que eram uma tentativa de reparação.

E suas retiradas do jogo foram uma série de incidentes isolados no período de um mês.

Uma última tentativa para se redimir e pagar o que devia?

Recostei-me na cadeira, estalei os dedos e semicerrei os olhos.

A vista do porto de Dudneu era fantástica. E agora?

Madre de Dios, em que estava pensando? Torres era um ladrão. Por que me interessava em sua filha?

Estava intrigado, concluiu mais tarde. Lealdade à família: até que ponto iria a dela?

Recordei sua expressão de orgulho, comparou-a a emoção contida naquela lágrima e decidiu descobrir.

Chamei a secretária:

Rafael: Se Torres ligar, transfira.

Maya Torres

O meu encontro com Rafael Toscano foi um completo desastre. Mas eu não sou do tipo que desiste fácil.

No dia seguinte, entrei em contato com Rafael:

📱

_ Às sete e meia.

Escolheu um restaurante.

_ Te encontro lá, Maya.

Juro que estava me preparando para outra rejeição.

Fiquei muito dividida! Era Esperança X Desespero.

_ Não posso.

_ Por quê?

E agora? O que eu falaria pra ele?

_ Trabalho à noite.

_ Diga que está doente!

Para ele é fácil mentir e falar essas coisas. É o seu próprio chefe!

E eu só pensava que não podia perder esse emprego.

_ Eu saio às onze.

Retruquei com firmeza.

_ Obrigações da escola?

Suspirei fundo e respondi.

_ Sou garçonete.

Houve um momento de silêncio.

_ Onde?

_ Longe da região nobre onde você mora.

_ Onde?

Repetiu a pergunta. Por fim, lhe passei o endereço.

_ Estarei lá.

📱

Em seguida, Rafael desligou. Passei o resto do dia ansiosa para o meu encontro com Rafael.

\*\*\*

Rafael Toscano

Cheguei meia hora antes do combinado, entrei no bar e me sentei.

Decidi pedir um café expresso e observei o modo como Maya lidava com a clientela.

Com toda certeza o que eu mais queria era deixá-la nervosa.

Pelo visto consegui! Vi algo que acabou comigo!

Um cliente assanhado que pelo visto bebeu além da conta passou a mão no traseiro de Maya.

Não ouvi o que ela falou, mas não era preciso.

Suas pupilas faiscavam, e seu rosto estava vermelho.

De repente me peguei pensando se Maya ficava ressentida de ter de trabalhar em um segundo emprego, por seu pai tê-la deixado nessa situação?

Talvez não.Maya mostrava coragem e orgulho, qualidades que eu pessoalmente admiro.

Não era por isso que estava ali?

Maya Torres

Às onze horas, levei uma pilha de pratos para a cozinha e murmurei uma desculpa rápida sobre não poder ficar mais tempo.

Desamarrei e pendurei o avental, retoquei rapidamente a maquiagem e passei a mão pelos cabelos antes de entrar no restaurante de novo.

Rafael Toscano não era homem de se fazer esperar.

Ele estava ao pé da porta. Passei por eee parei na calçada.

Rafael apontou para o outro lado da rua. Levei algum tempo até que houvesse uma brecha no fluxo de carros para que pudéssemos atravessar.

Assim que atravessamos pude contemplar a beleza daquele automóvel.

O carro era bem grande e luxuoso, conseguia sentir a textura fina do couro.

Rafael deu a partida e pôs o veículo em movimento.

Fiquei em silêncio. Rafael decidiu que íamos parar em um café.

Em outra região da cidade, claro.

A quietude me colocava com os nervos à flor da pele.

Afinal, tinha conseguido uma chance e não podia perdê-la.

E não demorou muito para que saíssemos daquela parte insalubre de Sydney, onde a vida noturna não terminava antes do amanhecer.

Entramos na nobre Double Bay, onde as pessoas bonitas tomavam café expresso e discutiam eventos sociais passados, atuais e futuros.

Ou criticavam conhecidos e supostos amigos.

Lógico que havia uma vaga no exato local onde Rafael queria.

Senti a tensão aumentar enquanto Rafael estacionava com habilidade.

Será que iria demorar? Tinha de preparar alguns tópicos para a aula do dia seguinte.

Hoje sai direto da escola para o hospital e depois passei em casa para comer, me trocar e ir para o trabalho na lanchonete.

E, como se não bastasse, seus pés a estavam matando.

Os saltos altos eram parte do uniforme, assim como a saia curta e o top reduzido.

Odiava o traje quase tanto quanto o emprego, estava na calçada aguentando a dor e me forcei a andar com cuidado quando Rafael apontou um dos bares.

Escolheu uma mesa na calçada e logo um garçom veio tirar o pedido.

Pedi um descafeínado, ou não dormiria mais tarde.

Rafael pediu sanduíches.

Rafael: Coma.

Rafael ordenou minutos depois, quando a comida chegou.

Comemos em silêncio. Assim que terminamos, Rafael foi direto ao ponto:

Rafael: Sugiro que comece a falar.

Terminei meu descafeínado e respirei fundo.

Maya: Trabalho em dois empregos, um deles sete noites por semana. Não paro nem nos fins de semana. Subtraia o aluguel e a comida, e demoraria a vida inteira para eu pagar o que meu pai lhe deve.

Como eu poderia ser capaz de sugerir? Droga, não tinha escolha!

Maya: Só posso oferecer a mim mesma...

E essa era a pior coisa que eu teria de fazer, apressei-me em continuar:

Maya: Como amante. Se*ualmente, socialmente por um ano.

Capítulo 3 - Análise

Rafael Toscano

Nesse exato momento quis sacudi-la. Cheguei a duvidar do que acabei de ouvir.

Rafael: Então esse é o acordo?

Maya: Estou pronta para negociar.

Absorvi suas feições em um exame minuscioso.

Rafael: Em que sentido?

Maya: Assinarei um documento abrindo mão de qualquer bem seu durante nossa ligação, no final dela até o fim de meus dias. Em troca, você retira todas as acusações contra o meu pai.

Fiz uma pausa antes de responder.

Rafael: Tanta lealdade é admirável. Mas você está preparada para isso?

Maya Torres

Estava morta por dentro. Forcei-me a encará-lo. Rafsel era um homem grande, devia ter pelo menos um metro e oitenta.

Ossos do rosto marcantes, maçãs largas, maxilar firme.

Seus olhos era penetrantes e sua boca.. era muito sensual.

Algo em sua expressão me incomodava. Uma aspereza que pouco tinha a ver com a astúcia do homem de negócios.

Algo além disso. Por trás das roupas caras e da aparência de sucesso, percebi que Rafael já vira e experimentara muita coisa.

Isso com certeza o tornava complexo, perigoso!

Uma característica que não aparecia em sua biografia, nem nas fotos da mídia ou comentários das colunas sociais.

Rafael: Eu poderia ser uma companhia infernal.

Murmurou, de forma sutil. No mesmo instante senti um arrepio.

Maya: Ou péssimo na cama.

Ele sorriu com o meu comentário. Após iso refleti, apreensiva.

Rafael tinha a aparência e o ar de um rapaz seguro e satisfeito com seu desempenho sexual.

Como eu levaria aquilo adiante? A razão me incomodou.

As chances dele aceitar uma proposta absurda como essa eram quase nulas!

Entrei em desespero, e quase perdi o fôlego. Não havia mais o que fazer.

Tinha vendido o meu apartamento, fiquei somente com os móveis básicos, comprei um carro mais barato e esvaziei minha conta bancária.. tudo isso para ajudar o meu pai.

E mesmo assim não havja chegado nem perto de cobri o valor que ele devia.

Nem um terço do valor!

Rafael: Você estabeleceu um preço alto por seus serviços.

Ele não parava de me avaliar, e isso me incomodava.

Rafael Toscano

Percebi um leve incômodo que as minhas palavras fizeram à Maya.

Aceitar pagamentos dessa forma não era novidade.

Na sociedade atual, seria coerção. Mas a proposta partiu dela, o que modificava o acordo e abria a possibilidade de torná-lo legal.

Era intrigante! Sem falsos mal entendidos, nem interpretações errôneas.

Poderia ser até interessante. Satisfação masculina e gratificação.

Não era um motivo dos mais invejáveis, mas algo em mim queria dominá-la, até o limite da sanidade!

Até fazê-la clamar por liberdade! Química sexual, concluí com um pensamente indecente.

Maya fitava-me com ar curioso, pensando provavelmente no que eu estaria pensando.

Rafael: Quer mais um café?

Maya limpou a boca com o guardanapo.

Maya: Não, obrigada.

Aparentava estar cansada.

Maya Torres

"Por favor" implorei mentalmente, só desejava que Rafael me desse um resposta definitiva.

Meu coração pulava no peito, as batidas rápidas.

Rafael estaria considerando a proposta, ou apenas jogando, sem a menor piedade?

Será que ele se dava conta do que eu passara no último mês, ciente da situação do pai, à espera da queda da guilhotina?

Como vivia no extremo, dormindo pouco, perseguida pelo que estava por vir?

Rafael: Eu a levarei a sua casa.

Ouviu o que Rafael disse e fiquei desanimada.

Maya: Posso pegar um táxi até o meu carro.

Afirmei, seca, com a amarga consciência de que tinha o dinheiro justo para a viagem na bolsa.

Rafael: Nesse caso, levo você até ele. Para que gastar com táxis?

Sua firmeza indicava que contrariá-lo não seria nada bom.

Devia agradecer? Parecia inútil. Por isso, apenas inclinei a cabeça quando Rafael chamou o garçom e pagou a conta.

Permaneci calada no automóvel, incapaz de pronunciar uma única sílaba enquanto o veículo deslizava pelas ruas livres.

Rafael: Onde está seu carro?

Perguntou, quando chegamos ao café onde trabalho.

Maya: Na próxima rua, à esquerda, no meio da quadra.

A indicação precisa o levou até o meu carro velho e gasto, meu único meio de transporte.

Alcancei a maçaneta e virei-me para ele.

Maya: Acho que minha proposta não lhe interessou.

Rafael Toscano

Antes de qualquer coisa, precisava falar com meu advogado antes de tomar uma decisão.

Além disso, não faria mal fazê-la esperar.

Rafael: Entrareu em contato nos próximos dias.

Maya: Obrigada.

Observei Maya entrar em seu carro e partir. A segui até a avenida principal, onde tomaríamos direções opostas.

Três Dias Depois..

Apanhei a minuta do documento trazida pelo mensageiro: o contrato entre Maya e eu.

Muito bem escrito, suas cláusulas cobriam qualquer eventualidade, e ainda mais.

Meu olhar percorreu as páginas com atenção. QUINZE MESES. Por que capricho quisera aumentar o prazo?

Acho que realmente Maya me despertou algo diferente.

Se eu quisesse poderia terminar tudo muito antes. Havia até uma cláusula que lhe garantia esse direito.

Existia um documento separado que retirava todas as queixas contra Ryan Torres e ainda outro que versava sobre o acordo pessoal entre Maya e eu.

A questão era... eu aceitava minha parte? Era o suficiente?

Medi os prós e contras, e decidiu ser ousado. Como sempre fora.

Havia uma vantagem em ter uma amante. Os limites eram claros, quase como um negócio.

Brinquei com uma caneta, pensativo. Procurei uma ficha no arquivo, anotei um endereço, verifiquei as horas e resolvi sair.

Antes avisei a secretária que demoraria um pouco, e em caso de urgência, deveria ser contatado pelo celular.

Vesti meu casaco e peguei as chaves.

Maya Torres

Ouvi o sinal quecanunciava o fim da aula e do dia escolar, e suspirei de alívio.

Ensinar literatura inglesa para adolescentes de dezesseis anos, de culturas e origens diversas, era uma arte.

Conquistar e manter seu interesse ia mais além.

Em geral, ela fazia tudo com bom humor. Estava cansada, pois dormi muito pouco.

Sentia-me ansiosa pelo estado de saúde do meu pai e tensa por conta do que aconteceu cerca de três dias com Rafael.

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