Mais um ano começou, não sou muito de comemorações mais esse ano eu iria formar-me na universidade e ficar livre.
E aqui começa a minha história.
Prazer chamo-me Mia Lewis Rodrigues tenho 23 anos, sou filha de um dos principais empresários no ramo de advocacia dos Estados Unidos César Rodrigues, a minha família inteira é de advogados o meu pai e conhecido com a águia “talvez devesse ser por seus olhos” nunca lhe perguntei o motivo, mas também raramente ó via.
MIA
A minha mãe ela se chamava Laura Lewis era herdeira de um conglomerado faleceu quando eu tinha 6 anos num acidente de carro eu estava com ela e desde então nunca entro num carro quando chove, “aliás eu odeio dia de chuva” não tenho muitas lembranças dela.
Apesar de uma aparência medíocre, desde que me entendo por gente fui a aprender a levar o peso do nome da família nas costas, fui obrigada a não ter contacto nem um com a família Lewis “apesar de algumas vezes fugir para a casa do meu tio”, para me tornar apenas uma (Rodrigues).
O meu pai que já não era muito afetuoso “não que me lembre” logo casou-se com a sua “amiga” Regina Martins que, não gosta de mim, ela sempre arruma um jeito de dificultar a minha vida.
Eu cresci sem muito carinho do meu pai eu sabia que ele estava ocupado, a Celina que era governanta da casa ela sempre cuidou de mim eu tinha-a como a minha segunda mãe eu passava mais tempo com a Celina do que com a minha família “as vezes preferiria ser filha da Celina”
Mais isso não impedia de ter uma rotina rigorosa, desde do acidente eu não tenho muitas memórias da minha infância então tornei-me uma criança submissa e fazia tudo que me pediam como uma, Rodrigues eu não poderia envergonhar a família como sempre me diziam.
Muitos já achavam vergonha por eu ser órfão, então eu sempre quis agradar a todos e sempre buscava a aprovação do meu pai “embora não adiantasse muito”.
Então aprendi a falar seis idiomas, tocar piano, jogar golfe, ténis, hipismo, era uma aluna excelente nota A formei-me no ensino médio com honras “tudo isso não vale de nada”
Mas sempre que a Regina está em casa ou eu estou trancada no meu quarto, ou na cozinha com a Celina e graças a isso eu aprendi a cozinhar vários pratos deliciosos, no nível de chefe famosos tinha vezes que toda a refeição era preparada por mim.
Nessa manhã como sempre acordei sedo — esfrego os olhos com a luz que passa pela fresta da janela- o dia estava realmente lindo, levanto e arrumo-me para ir à faculdade sempre fui muito simples não me vestia de forma exagerada ou de forma provocante “aliás isso me traria problemas” então resolvi ir com um vestido azul que era abaixo do joelho que não era justo ao corpo e leve.
O meu pai odiava quando vestia algo justo ou curto sempre procurei respeitá-lo ao contrário eu levaria uma surra.
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Quando olho o meu reflexo até que está bom “quem diria que comprei esse vestido em um brechó” fiz uma maquiagem básica arrumei o cabelo e procurei uma sandália de um salto pequeno, peguei a minha bolsa e caminhei para a cozinha para tomar café com a Celina como sempre fazíamos.
Quando passei pela sala de jantar avistei a Regina as suas amigas tomando café e tentei passar sorrateiramente, mas não consegui.
-Mia querida – grita uma das amigas de Regina
E a Núbia e um amor de pessoa sempre muito sorridente, sempre me tratou muito bem.
Eu sabia que simplesmente não poderia fingir que não as vi senão o meu pai me subjugar, quando entrei na sala a Regina logo olhou-me com aquela cara que diz “você poderia sumir” então como diz o manual da família.
Rodrigues cumprimentei todas educadamente.
MIA: bom-dia, como as senhoras têm passado? – Nunca poderia esquecer de ser formal e respeitosa
Todas responderam que bem e elogiaram como estava bonita, parecia até uma piada receber tantos elogios agradeço a todas com cordialidade.
Tentei me dirigir para a cozinha, sabia que a minha presença ali só iria irritar a Regina.
Núbia: Está linda, Mia, uma verdadeira dama sentisse não vai tomar café?
REGINA: Ela não gosta de tomar café da manhã
A Regina logo responde então sei que essa e a minha hora de sair então dou um sorriso tentando disfarçar e despeço-me.
MIA: obrigado mas tenho que ir não posso me atrasar.
Saio dali o mais rápido possível, quando chega na faculdade, logo encontro a Audrey, minha única e melhor amiga.
Com o tempo, distanciei-me de muitas pessoas e tornei-me uma pessoa pouco sociável, não confiava em ninguém, mas a Audrey sempre esteve do meu lado e já me ajudou muito.
AUDREY: MIA!!! — Ela grita pulando em cima de mim e abraçando-me.
Audrey e quase da minha idade, tem um corpo de Barbie as curvas estão nos lugares certo, mais diferente de mim ela e cercada de amor e carinho paternal ela cursa jornalismo e segundo a personalidade dela ela gosta de viajar e falar muito e uma pessoa calorosa conhecemos-nos em um dos meus cursos e desde então somos amigas.
MIA: Oi, como você passou as férias?
AUDREY: Foram ótimas você deveria ter ido comigo, senti muito sua falta.
MIA: Você sabe que meu pai nunca deixaria eu ir com você e meu celular estava quebrado
AUDREY: Eu sei que o sr Rodrigues é muito rígido com você
MIA: Então me conta tudo como foi!? – Tento mudar o rumo da conversa
Então a Audrey me contou como foi divertido as suas férias, e eu mal me lembrava quando foi que sai para tirar férias em família quando a Regina viajava com meu pai eu sempre ficava em casa para não causar mais desavenças.
As poucas vezes que viajei com ele sempre foi a negócios e ele levou-me a dizer que era féria “e eu fingia acreditar” a Celina sempre ia junto para que eu não me sentisse sozinha, era sempre eu e a Celina no final de tudo num quarto de hotel por horas ou em festas de associados.
De repente me pego com o sinal tocando e saio correndo já estava atrasada para a aula.
Sou uma das melhores alunas da turma “como sempre” no primeiro horário estava a realizar o sonho do meu pai ser uma grande advogada.
Já no segundo o meu de ser uma grande arquiteta e sim o meu pai ficou uma fera quando soube que eu iria cursar arquitetura, como disse toda a minha família são advogados, então também deveria ser.
Logo quando saí do ensino médio, realmente comecei a cursar direito, meu pai nem quis saber a minha opinião, mas apesar de gostar de alguns assuntos da advocacia não e para mim, eu não queria defender criminosos e nem julgar ninguém.
Então escondido, tentei uma bolsa na universidade para Arquitetura, era o que realmente eu queria fazer, e como sempre fui boa aluna não foi difícil passar e então logo no período seguinte eu comecei a estudar.
E conciliei os dois cursos em borra não seja nada fácil, quando o meu pai soube que cursava (arquitetura) claro a Regina não deixaria essa passar “não sei como ela descobriu e contou tudo para meu pai primeiro” ele ficou uma fera disse que manchava o nome da família, naquele dia ele subjugou-me com tanta ira que pensei que ele realmente me mataria. “E por um instante eu desejei isso”
CESAR
Regina
Celina
Audrey
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No dia que ele descobriu, passei dois dias de castigo sem comer ou beber água, o meu pai veio falar comigo “do que adiantaria agora ele bate depois escuta sempre foi assim comigo”.
Depois que contei que eu não iria desistir do meu curso me apegando a coragem que tem dentro de mim os seus olhos ferveram de raiva sinto o ambiente escurecer com o seu ódio meu pai era um homem possessivo gostava de tudo do seu jeito, mas graças a Celina (eu não sei como ela o convenceu) eu consegui cursar arquitetura sob três condições.
1- Que ninguém soubesse que eu era uma Rodrigues, cursando arquitetura (por que segundo ele seria uma vergonha para a família).
2- Não poderia deixar o curso de direito e teria que ter boas notas.
3- Que eu não precisasse do dinheiro dele para pagar nada referente o curso de arquitetura.
Claro que concordei eu sabia que o meu pai nunca iria pagar outro curso que não fosse direito, por isso eu tentei ganhar uma bolsa e os custos adicionais seria pago por um emprego de meio período que consegui na biblioteca do ‘campus’, as pessoas na faculdade conheciam-me por Mia Lewis que era o sobrenome da minha mãe.
Saio das minhas lembranças quando escuto o toque do celular.
****Mensagem on****
CELINA: Mia por que saio sem café?
MIA: tive um imprevisto, não se preocupe, vou comer algo na cantina
CELINA: menina você tem que se alimentar bem, ela a provocou de novo?
Celina sabia que a Regina sempre fazia algo para me provocar mas eu não queria a preocupar com pequenas coisas
MIA: não, eu só estava atrasada "ela sabia que nunca me atraso”
CELINA: certo, lhe espero para jantar
MIA: ok te amo
***mensagem off***
A Celina era a coisa mais próxima que tenho de uma mãe o carinho que cuida sempre de mim e a única naquela casa que se preocupa se comi e por muitas vezes ela que parava a fúria do Sr. César.
Quando terminei a aula iria para o laboratório preparar minha maquete estou ansiosa para terminar esse projeto quem sabe não consigo um estágio que possa-me levar para bem longe dos Rodrigues.
Ando apresada “aliás sempre ando assim” quando o meu celular toca pensei ser a Celina de novo mais quando vejo quem e sinto calafrios em todo o meu corpo CÉSAR RODRIGUES.
Nesse momento fico tremula o meu corpo se enrijece, sabia que algo não está certo as poucas vezes que ele me ligou foram terríveis, ele nunca me liga e do nada logo pela manhã com a mão tremula atendo a ligação.
**Call on**
MIA: alo- falo com a voz tremula.
CÉSAR: MIA ONDE ESTA? — Ele já fala aos gritos, deixa-me mais assustada.
MIA: Na faculdade, senhor — já não o chamava pai há muito tempo
CESAR: MIA, MIA, VOCÊ SÓ ME CAUSA PROBLEMAS PRECISO FALAR COM VOCÊ NÃO SE ATRASE PARA O JANTAR – ele desliga
**Call off**
Ele desliga sem espera uma resposta nesse momento como todas as vezes que ele me liga fico sem ar a ponto de desmaiar (tenho crise de pânico quando ele me liga) tento caminhar, tento controlar a minha respiração, tento-me manter de pé mais não consigo e vejo tudo ficar escuro há não droga de novo não tudo a minha volta fica sem luz e perco a consciência.
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