O ano é 1995, estou terminando o ginásio, tenho 17 anos ,me chamo Helena . Estou nervosa vou tentar o vestibular, meu sonho fazer arquitetura.
Estou dando o meu melhor, focada em meu objetivo, nem durmo direito. Meus pais me dão todo apoio, porém moro no interior de Minas e terei que ir para outro estado se conseguir passar no exame de admissão. Vou deixar para me preocupar com isso depois.
Fiz a prova, acho que me sai bem, agora é, como vou deixar meus pais, sou filha única e eles são minha vida.
Chegou o dia do resultado, fiquei bem colocada, vou para uma faculdade no Rio de Janeiro, está tudo preparado, só falta eu me acostumar.
De malas prontas e uma vida me espera, meu destino pertence a Deus, coragem ele já me deu.
Deixo a simplicidade da fazenda, as amizades e os sonhos para uma nova realidade que é uma incógnita. Mas nada como um dia após o outro.
Está uma loucura, adaptação dos horários, procurar um emprego e me dedicar ao máximo aos estudos. Estou dividindo o apartamento com duas moças, Débora e Raquel. Cada uma tem seu quarto, as duas fazem arquitetura e urbanismo assim como eu. Estou amando...
A semana passou tão rápido que nem vi, ainda não consegui trabalho, estou colocando currículo, porém não tenho experiência em nada, nunca trabalhei, meus pais sempre me sustentaram, não acho justo agora ficar nas costas deles, apesar de ainda precisar.
As meninas me chamaram pra sair, vamos conhecer um bar, adoro música e amo dançar. Não demorou muito chegamos em um bar reservado com uma iluminação aconchegante, o ambiente bucólico com mesas e poltronas convidativas, em outra sala uma pista de dança para os casais apaixonados.
As músicas da era de ouro, tudo muito cativante.O som era nostálgico, dava vontade de dançar com a cabeça no ombro.
Sentamos em uma mesa e a nossa frente três rapazes da faculdade nos olhava, faltava coragem pra aproximação, dá parte deles,pois as meninas já estavam bem altas com as bebidas que estavam sendo servidas. Eu na minha timidez não bebi, queria só dançar e curtir a música.
Depois de horas eles criaram coragem e se aproximaram da nossa mesa. Logo se apresentaram:
Marco, 22 anos cursando terceiro ano de medicina, lindo!!!! cabelos pretos na altura do ombro, corpo atlético um verdadeiro deus grego. as meninas suspiravam só de ouvir ele falar o nome, fora que era super espontâneo, como se conhecesse todos a mesa.
Roberto 19 anos, carioca, moreno de praia. surfista cheio de marra, pensa em uma beleza máscula. Simpatia era seu segundo nome.
Pedro 19 anos, alto, louro,cabelos cacheados na altura dos ombros,um sorriso de bambear as pernas de qualquer uma, que diga as meninas, nessas alturas elas não conseguem definir qual beldade escolher.
Roberto e Pedro cursam segundo ano de arquitetura e urbanismo, e estão todos entusiasmados a nós ajudar com as matérias.
Não sei se só eu percebi que as intenções não eram só as matérias.
A noite foi longa, conversamos, nos conhecemos rimos muito e dançamos até amanhecer.
Era um tempo com menos maldades, a inocência pairava no ar, fazer amizades ouvindo uma música e sorrindo,o cheiro,a brisa tudo ficava na memória.
Nasci no Rio de janeiro, tenho 18 anos, moro com a Helena e a Raquel, gosto da minha independência por isso não moro com meus pais, eles não apoiam nas minhas decisões,por serem contrárias as deles. Gosto de sair, dançar e curtir a vida. Não me apego muito às coisas, sou liberal.
Esse final de semana saímos e foi muito bom, conheci aquele que eu quero pra viver o resto da vida ao meu lado. O problema é que ele não sabe,nem faz idéia.
Os rapazes ficaram na nossa mesa, conversamos e dançamos até o amanhecer, más percebi uma certa queda deles pela Helena, parecia que estavam disputando sua atenção, ela como mosca morta que é não percebeu e também não demostrou atração por nenhuma dos três.
Quanto mais ela agia naturalmente, sorrindo, brincando e dançando mais eles babavam.
Enquanto isso meu coração batia freneticamente com a voz rouca e macia do Marcos. Ele esbanjava sensualidade e testosterona. Não posso nem lembrar.
Fiz de tudo pra chamar a atenção dele, olhava nos olhos, um flerte intencional, olhava sua boca, mordia o canto dos lábios, passava a mão nos cabelos. Sabe o que aconteceu? Nada! Era como se eu não estivesse ali.
Com muito custo consegui dançar duas músicas românticas com ele. Seu perfume, o peso de suas mãos em minha cintura, seu hálito de menta ainda me deixa tonta só de lembrar.
Pra mim foi como estar nas nuvens, pra ele foi um desencargo de consciência já que todos estavam dançando e ficou só nós dois na mesa.
Quando voltamos pra mesa ele convidou a Helena pra próxima dança, era uma música tão melosa que a cabeça dela ficava apoiando no ombro dele, estava vendo a hora que ela dormia e ele não ia querer nunca mais acordar.
Me agarrou um ódio sem precedentes. Pode alguém sentir ciúmes de alguém que ainda não é nada seu? pois eu senti.
Pedro e Roberto perceberam a situação e fecharam os semblantes, eles estavam íntimos pela música e Marcos estava aproveitando.
Foi um suspiro profundo em conjunto quando acabou a música.
Eu não consegui dançar com mais ninguém, meus sentimentos e intenções estava voltado somente para meu príncipe de cabelos pretos. Enquanto Helena dançou todas as músicas, até mesmo sozinha. Esbanjava alegria, era contagiante seu sorriso,por mais que era ela o centro das atenções não conseguia ficar com raiva dela. Não tinha inveja da pessoa que era, gostava de estar perto dela, era impossível não se alegrar com o astral que emanava do seu jeito sincero e humilde.
Acho que o sentimento mais importante que tivemos nessa noite foi de uma amizade única e duradouro, o tempo vai nos dizer se foi de verdade essa amizade entre nós seis. Principalmente a minha amizade com Helena.
Sou muito temperamental más sei ser amiga, só não sei o que vou fazer com esse sentimento pelo Marcos. Se ele continuar babando na minha amiga, o que vou fazer?
preciso focar nos meus objetivos, formar, trabalhar e conquistar o Marcos.
Meus amigos me chamaram para uma noite no Bar, beber, dançar e distrairmos a a cabeça, meu curso está acabando com minha sanidade. Já havia um tempo que estávamos bebendo quando chegou três lindas moças e sentaram a mesa na nossa frente, meu Deus! Era a visão do paraíso, estavam alegres e festivas, o som ambiente ajudava para uma noite romântica, só precisava a pessoa certa, meu olhos se encheram quando mergulhou no olhar da loirinha a minha frente, era desejo com prazer, uma mistura de sentimentos. Não via a hora de me apresentar e chama-la para dançar, ela esbanjava uma alegria,seu sorriso de menina mulher, percebo que não encantou só a mim. Meus amigos estão babando nela.
As outras meninas eram lindas, ficariam lindos casais longe da minha baixinha.
Vi primeiro! Falo me levanto para me apresentar, os rapazes levantam rapidamente e me acompanham.
Nem vem! Exclama Pedro e Roberto, também estamos no páreo. vença o que for melhor.
Sentamos com elas , conversamos sobre tudo, família,escola, amigos,músicas, a noite foi pouca pra tanto assunto.
Volta e meia dançávamos, Helena era um foguete na pista de dança, não parava dançava até sozinha, Pedro estava adorando, ele ama dançar. durante toda noite ele ficou mais próximo dela, era como se já se conhecesse, os gostos, as ideias, até às músicas eram compatíveis.
Às vezes sentia aquela pitada de ciúmes, queria que fosse só nós dois naquele lugar. Tinha gente demais para um primeiro encontro.
Sua amiga Débora estava em tempo de me devorar com os olhos, confesso que me senti muito incomodado, não gosto de moças atiradas.
Toda oportunidade ela se insinuava, foi até que não consegui me esquivar, todos foram dançar e ficamos só nós dois na mesa, por educação convidei para a pista e por tragédia do destino as duas músicas seguidas foram lentas.
Olhava para o lado e via Pedro e Helena se desmanchando em sorrisos enquanto dançavam. Estavam tão felizes que parecia não ter mais ninguém no ambiente.
Quando terminou minha sessão de tortura convidei Helena para a próxima música.
Ao som melódico dos anos 80 ela debruçou sua cabeça em meu ombro , o cheiro do seu cabelo misturado ao perfume cítrico, sua pele macia e seu corpo perfeito me fez sentir um êxtase de emoções,
A atração eminente do meu coração a pessoa iluminada que era ela me fez apertar minhas mãos a sua cintura, prende-la ao meu corpo era tudo que eu queria.
Minha respiração parou, era um desejo nunca sentido, dentro da minha mente só vinha a idéia fixa que ela seria minha. não sei o nome desse sentimento, mas com certeza já estou apaixonado pelo seu sorriso, seu cheiro e suas curvas. O mistério que é esse carisma, todos a sua volta ficam apaixonados, eu quero desvendar seus segredos, eu preciso dela como o ar. Só aí me dei conta que música havia acabado, todos na mesa nos olhavam, ciúmes, inveja, nada me afetava, havia alcançado meu primeiro objetivo da noite, ela nos meus braços em um transe de sentimentos. Sua inocência não permitia ver quão sedento eu estava por ela.
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