Na jornada da minha vida, eu nunca fui muito namoradeira e nem segui a ordem certa de um relacionamento.
Não me interessava muito em me envolver, talvez por medo da decepção ou por não encontrar alguém que me fizesse suspirar.
Na minha adolescência, se beijei uns 10 garotos foram muitos, até eu conhecer um que eu menos esperava, um que menos combinava comigo ou que seria o início da minha jornada amorosa falida.
O conheci nos meus 20 anos e começamos a namorar, fui apaixonada nos dois primeiros anos até o relacionamento estagnar e eu engravidar. Fomos morar juntos e dois anos depois uma segunda gravidez. Vivíamos como um casal normal com altos e baixos, até perceber que foram mais de 15 anos num casamento monótono e precisei de um par de chifres para dar fim nessa história.
Dois meses separada e com dois filhos no auge dos meus 35 anos, sem uma carreira, sem ânimo ou motivação um simples emprego transformou a minha vida numa aventura amorosa que nunca vivi antes.
...***...
Alarme do celular toca às 07:20am e Elise levanta ascendendo a luz do quarto, ela se encara diante do espelho.
ELISE: “ É moça precisa acordar! Acordar pra vida! Tenho que dar um rumo a ela, estou sozinha e preciso arcar com as despesas da casa agora e veja essas marcas da idade dando sinal, a idade chegou e eu estagnei. Preciso ser forte, preciso recomeçar!”
Embora, sempre pareceu ser mais jovem do que é, por ser magrinha e rosto de menina a idade chegou, trazendo traços dos seus 35 anos batendo na porta e avisando que precisava ter tido mais ambição, ter sua estabilidade financeira e não ter parado de trabalhar em prol da família, independente das circunstâncias, viveu por ela e hoje o alicerce financeiro dela se foi e junto levou as suas conquistas, só não soube reconhecer que aquela que ficava em casa fez parte dela. E agora, ela se vê sozinha, despreparada, porém liberta de uma união acomodada.
...Elise...
ELISE: Daniel, acorda!
ELISE: Anda Daniel! Você mal me deixou dormir à noite com dor nesse dente. Levanta logo! vamos no dentista.
DANIEL: Ahnnnn tô indo!
Daniel toma seu banho, se arruma, eles tomam um rápido café. Elise acorda seu outro filho Henrique, para avisar que voltava logo.
Elise chama um carro de aplicativo e eles saem, descem no centro do bairro que fica uns 20 minutos da casa de Elise.
ELISE: Daniel, olha essa clínica é nova, (MEDINAS’ODONTO)vamos fazer um orçamento ali.
ELISE: Bom dia! Aqui atende crianças? Gostaria de fazer um orçamento para esse rapaz aqui.
MULHER: Bom dia! Atendemos sim! Pode por gentileza aguardar uns instantes, estou aqui me entendendo com esse computador e já faço a sua ficha. Rs
Uma senhora na recepção de uns 60 anos aparentemente, atende Elise com um sorriso amigável e completamente perdida com o mouse do pc, ficou lá quase batendo no computador, por uns 5 minutos até que Elise se levantou e foi novamente até ela.
Elise: Com licença, se for problema com o mouse de lá deu para ver que ele está desconectado, tenta encaixar para ver se funciona.
MULHER: Desconectado?
ELISE: Aqui! Deixa que encaixo...
MULHER: Aí Meu Deus! como sou desatenta! logo se vê que não é essa minha função!
ELISE: Vê agora?
MULHER: Agora sim! Obrigada menina! Estava toda enrolada aqui. Na verdade, sou só a esposa do Dentista tentando ajudar.
MULHER: Inauguramos na segunda-feira e a recepcionista contratada só veio no primeiro dia e sumiu, sem nos dar satisfação. Aí, ontem e hoje vim para poder dar essa mãozinha para o meu esposo. Rs
ELISE: Bem, que reparei que a clínica é nova e resolvi fazer um orçamento aqui para ele.
MULHER: Veio ao lugar certo! Estamos com excelentes preços de inauguração. Deixe eu me apresentar para a mãe do nosso primeiro cliente mirim e a gentil pessoa que ajudou essa velha atrapalhada.
MULHER: Me chamo Marta!
ELISE: Prazer, Elise. Eu também não sou nenhuma sabida no assunto mais ao sentar deu para ver o fio solto.
MARTA: E qual o nome e idade desse rapazinho?
ELISE: Daniel Tavares Lima, tem 9 anos.
ELISE: Mal me deixou dormir à noite se queixando de dor de dente. Rs
MARTA: Tá comendo muito doces é ? (Risos)
Enquanto, Marta fazia a ficha de Daniel, saí de uma sala um senhor de jaleco branco, grisalho, alto e aparentemente da mesma idade de Marta, acompanhando uma senhora até a recepção e se despedindo dela.
MARTA: Querido esse é Daniel, seu mais jovem paciente de inauguração.
SENHOR: Bom dia! Em que posso ajudar?
ELISE: Bom dia! Ele se queixa de muitas dores.
SENHOR: Me acompanhe! Vamos dar uma olhada.
SENHOR: Me chamo Roberto e você é o Daniel.
Os três entraram na sala do doutor Roberto e lá Elise explicou que há 3 anos atrás, Daniel teve uma cárie, mas não podia arrancar esse molar e fez todo o tratamento de remoção da cárie e há dois dias ele começou a reclamar de dor no mesmo local e por isso estava ali para fazer uma avaliação.
Roberto era um senhor bem educado e conversador, explicou a Elise que a obturação feita tinha quebrado deixando um buraco causando as dores de Daniel. Fez um orçamento e ali mesmo Elise efetuou o pagamento na recepção e foi feita a extração dos restos de dente desse molar.
Saindo do consultório, o doutor Roberto os acompanhou até a recepção pedindo para marcar uma volta para a limpeza.
MARTA: Querido como foi a coragem desse rapazinho?
ROBERTO: Um verdadeiro corajoso!
ELISE: Se tremeu todo, mas disfarçou bem!
DANIEL: Mãe! Ui...Aí...
#Todos riram!
ROBERTO: Você ainda está sobre efeito de anestesia Daniel, logo essa dormência passará. Até a volta!
ELISE: Obrigada doutor!
Remarcando a volta para próxima semana. Elise se despede da gentil Marta e ao sair da clínica, ela dá um sobressalto e volta num impulso até a recepção.
ELISE: Dona Marta! Me desculpe mais vocês estão contratando? Precisa ter experiência? Eu estou precisando de emprego! Na verdade, eu nunca mais trabalhei depois de ter meus filhos e estou recém separada e quando a senhora falou que a recepcionista contratada sumiu eu pensei que...
MARTA: Calma menina! Respira! Risos
MARTA: Entendi que está precisando de um emprego, e sim! Pedimos experiência, mas nessa afobação você me assusta!
ELISE: Desculpe! Foi realmente na afobação, fiquei nervosa com minha própria iniciativa. Até mais! E desculpe-me.
MARTA: Ei, Elise volte aqui! ainda não a respondi.
ELISE: Oi! Ah, eu que pensei que...
MARTA: Chegue aqui amanhã às 7 horas que conversaremos.
ELISE: Está falando sério?
Elise saiu dali incrédula do que acabou de acontecer, por um impulso havia conseguido uma entrevista de emprego.
Chegou em casa, contando para seu outro filho que conseguiu uma entrevista na clínica dentária que tratou Daniel, ficou em casa planejando como seria a vida deles, caso ela conseguisse a vaga e orientou-lhes como passariam o dia já que estariam sozinhos pela manhã.
No dia seguinte, Elise vestiu sua melhor calça jeans, deu um jeito nos seus cabelos cacheados e rebeldes e usou uma sapatilha confortável. Chegou na clínica por volta das 06:40 am e aguardou uns quinze minutos até que viu se aproximando de mãos dadas o casal Sr.Roberto e Dona Marta.
MARTA: Elise, chegou há muito tempo? Bom dia!
ROBERTO: Bom dia! Então, você que é a menina que Marta falou.
ELISE: Bom dia! dona Marta. Bom dia! Dr.Roberto. Acabei de chegar.
( Entraram na clínica por uma entrada lateral)
ROBERTO: Vamos até a sala de conforto da clínica e conversaremos.
MARTA: Haha, você insiste com esse nome sala de conforto!
Ao entrarem na clínica, tinha uma sala nos fundos aconchegante com sofás, armários e um cantinho de café. Era realmente uma sala bonita e confortável! Roberto se sentou em uma poltrona, oferecendo Elise a se sentar no sofá, enquanto Marta preparava um café.
ROBERTO: Elisa...
Bom! Minha peculiar senhora, se encantou muito com você a ponto de me ameaçar a te dar uma oportunidade para conversar comigo. Você está interessada no cargo de recepcionista aqui, que como bem soube foi literalmente abandonada pela senhora Lourdes.
ELISE: Sim. E eu, agradeço a atenção!
Sr. Roberto fez algumas perguntas, Conversaram sobre a disponibilidade de Elise etc...
ROBERTO: Minha querida esposa, se sensibilizou com você ontem, porque a fez lembrar de nós quando jovens.
MARTA: Verdade, quando conheci Roberto eu trabalhava como professora em uma escola Municipal e ele havia se mudado para cá a poucos meses, nos casamos em menos de um ano e optei sair do meu emprego para acompanhar Roberto no seu sonho e melhor criar nossos filhos.
ROBERTO: Embora fui criado com uma boa situação financeira, eu havia rompido relações com meu pai e vim de outro estado morar aqui e foi nessa época que conheci Marta. Então, foi tudo uma luta em que juntos batalhamos.
ROBERTO: Tudo que eu conquistei foi graças a ela.
MARTA: Oooh querido!
ROBERTO: Enfim, Elisa. Eu tenho duas clínicas prósperas associado com um grande amigo que é como o meu irmão mais novo, mas ele nunca se deu com o meu filho. Eu tinha um sonho de ter os meus filhos trabalhando do meu lado um dia. Porém, a minha filha resolveu fazer direito, exerceu pouco a sua profissão, casou-se e foi morar em outro estado. O meu filho mais novo nunca teve muito juízo, demorou a fazer uma faculdade, quando se decidiu fez odontologia como eu, entretanto para minha infelicidade foi morar fora do país.
MARTA: Como pais corujas, queríamos eles próximos.rs
ROBERTO: Com esse problema com o meu sócio, ele jamais quis voltar e trabalhar comigo. Então, esse ano, resolvi abrir a minha própria clínica, sem a parceria de ninguém. Vai que o meu filho mude de ideia e resolve voltar e trabalhar aqui.
ELISE: Entendo!
ROBERTO: Aqui, estamos no começo e tenho que agir tudo sozinho. Eu estou te contando tudo isso, para você saber que somos muito família. E por isso, mesmo sem você ter a experiência necessária, vou te dar uma oportunidade para que você possa cuidar da sua família.
ELISE: Sr. Roberto fico muito agradecida e garanto que vou me esforçar ao máximo para fazer o meu melhor.
ROBERTO: Bom Elisa, no momento estou de férias das outras clínicas e atendendo aqui todos os dias, junto com a doutora Helena, uma amiga de longa data, ela me ajuda aqui e deixarei que ela cuide do seu treinamento, sobre atendimento, fichas e tudo mais que você precisa saber e peço que você faça um curso futuramente de auxiliar bucal que será de grande ajuda para você me auxiliar nos atendimentos cirúrgicos futuros.
ELISE: OK! Tenho certeza que vou gostar.
ROBERTO: No momento seu horário será de 8 às 18 horas e aos sábados de 8:00 às 13:00h. Seu salário será este. (mostra anotando em um papel)
Será apenas este mês, devido a demanda e com o fim das minhas férias, irei me organizar melhor, assim que tudo entrar nos eixos contratarei mais pessoal para clinicar e outra recepcionista para revisar com você.
Você está de acordo?
ELISE: CLARO! E quando começo?
ROBERTO: Se não for inconveniente para você, poderia ficar por aqui até a hora do almoço, assim ajuda um pouco a Marta e vê o movimento. A doutora Helena estará disponível aqui amanhã e explicará todo o resto.
MARTA: Ah! O uniforme de recepcionista ficará pronto até o fim do mês ainda. Então, poderá usar suas roupas mesmo, como veio hoje está ótima!
ELISE: Pode deixar! Rs
ROBERTO: Já que estamos conversados, vou abrir a clínica que já passou da hora!
Elise mora com seus dois filhos, Henrique de 11 anos e Daniel de 9 anos ao lado da antiga casa dos seus pais.
Seu pai (Júlio), se aposentou 3 anos atrás e foi morar com sua mãe Elaine, numa casinha perto da praia numa distância de mais ou menos 3 horas dali.
Na antiga casa de seus pais, foi morar a sua irmã mais velha Heloísa.
Heloísa casou-se nova e morava com a sogra, teve um casal de gêmeos que hoje tem 16 anos. Assim que seus pais mudaram ofereceram a ela a casa deles, Elise já tinha o canto dela, onde morava com seu marido.
Elise sempre foi apegada aos seus pais e sentiu muito quando eles se mudaram, apesar de gostar de ter a sua irmã morando perto de novo, ela sentia falta da sua melhor amiga que era a sua mãe. Mais teve que aceitar o sonho do casal de ter um lar sossegado longe da agitação da cidade.
...***...
...( Conhecendo seu passado...)...
Quando tinha 13 anos, Elise foi em um casamento do primo de seu pai(Sérgio). Não conhecia ninguém da família da noiva, mas toda a parentada paterna dela estava lá. No salão da festa, Elise estava com seus dois primos no corredor da entrada do salão, conversando e brincando, até que um deles se estranhou com um outro convidado e começaram uma briga. Elise tentando apartar aquela discussão boba entre os meninos, foi pedir ajuda para um senhor que estava distante, porém mais próximo a eles, quando um jovem passou por ela correndo e separou a briga dizendo:
“-Não estrague o casamento de nossa tia com sua infantilidade! Vamos irmão! Você precisa de um suco de maracujá! Oh menino pra gostar de briga!”
Ele agarrou o menino da briga pelo pulso, deu um belo sorriso para Elise e saiu arrastando seu irmão dali. Elise, ficou confusa do porquê de um jovem aparentemente mais velho e gatíssimo, sorriu para ela, uma menina magricela e sem graça. Ela se encantou com aquele sorriso e nunca esqueceu aquele momento.
Passados três anos, Elise foi fazer seu ensino médio numa escola normal de formações de professores no qual era de quatro anos na época.
Nessas instituições, 90% eram meninas e 10% eram de meninos.
Havia 3 meninos mais lindos e super-populares da escola: o artilheiro do time escolar (negro dos olhos esverdeados), o repetente e pegador (loiro, sarado e alto) e o presidente do grêmio estudantil(moreno e charmoso) esse, chamava-se Breno e sem ela saber de início o porquê, ele sempre a incomodou.
Elise fez amizade com suas 4 amigas: Késsia (a doidinha), Lina (a que gostava de coroas), Bruna (a iludida) e Marina (a namoradeira), todas eram a diversão de Elise, se auto denominavam: o “Quinteto das loucas”! Se tornaram grandes amigas assim que se conheceram, eram muito doidinhas e zoeiras entre elas, quando se juntavam para fazer trabalhos escolares eram só diversão e palhaçada.
Elise era a única solteira e virgem do grupo, as meninas sempre pegavam no pé dela, a envergonhando e tentando apresentar qualquer desconhecido de fora da escola para Elise paquerar.
Elise sempre se gabava por ser a mais sensata e por nunca sofrer por homem algum.
Por ser tímida, conhecia suas paqueras por bate-papo de telefone na época. Conversava por horas e fazia amizades, mas nunca os conheciam pessoalmente.
No mesmo ano, Elise saiu com seus pais para visitar o primeiro filho do primo Sérgio, 3 anos depois do casamento. Ao chegarem, Elise e sua irmã ficaram brincando com o bebê, enquanto seus pais conversavam... Uma senhora, sogra do primo de seu pai, se aproximou falando da vida do neto mais velho que morava com ela, que estava no segundo ano do curso normal da escola tal e que era um lindo rapaz, que sempre tinha meninas chamando por ele em casa.
A mãe da Elise logo se manifestou dizendo que ela estava no primeiro ano da mesma escola e que talvez ela o conhecesse.
SENHORA: Você deve conhecer meu neto, ele se chama Breno.
ELISE: Tem dois Brenos lá senhora, mas não sou amiga de nenhum dos dois.
SENHORA: Que pena! Você iria adorar meu neto e concordar comigo que ele é um lindo rapaz.
MÃE DE ELISE: Mais que vó coruja!
Todos riem e continuam a conversa, deixando Elise encabulada.
Depois desse dia, Elise passou a observar cada vez mais os Brenos da escola. Um era o popular e metido presidente do grêmio e o outro era o extravagante “Breno Pop”. Pop, como era conhecido na escola, vivia rodeado de meninas, mas era assumidamente homossexual e talvez sua avó não soubesse disso.
Digamos que Elise passou a observar cada vez mais os Brenos da escola, na curiosidade de saber quem era o neto daquela senhora. Mas jamais, teria a coragem de se aproximar e perguntar.
Logo na primeira semana, ela ouviu o Breno Pop gritando aos quatro ventos no pátio que finalmente seus pais viajariam de férias e ele logo daria uma super festa. Logo se concluiu que o verdadeiro Breno era o representante, o que morava com a avó.
Elise passou tanto tempo a prestar a atenção em Breno que logo se viu obcecada por ele, até descobrir que ele a incomodava porque aquele sorriso ela conhecia antes da escola. Era o sorriso do rapaz que apartou a briga no casamento.
Tudo era suposições que Elise só teria certeza num próximo evento que talvez ambos fossem e que de fato aconteceu no ano seguinte, o aniversário do bebê, onde ela o viu brevemente na festa e confirmou todas as suas suspeitas. Ele esteve por pouco tempo na festa, tempo suficiente para ela ver, mas não tempo suficiente para ele notar a sua presença.
Suas amigas nunca desconfiaram do interesse de Elise em Breno, ela criou um amor platônico e secreto por ele. No terceiro ano, nessas brincadeiras de zoarem que elas tinham, Lina agarrou nos braços de Elise e Marina no outro e arrastaram Elise até o pátio dizendo que tinha um garoto que queria conhece-la e que era naquele dia que Elise desencalhava, resistindo e com o coração a mil Elise temia que fosse descoberta e que ali estava Breno à sua espera. Ao chegar, não tinha ninguém e as meninas riam muito do nervosismo de Elise, afinal não passou de uma das suas zoeiras.
Com medo de um dia aquela brincadeira se tornar real, Elise decidiu que deixaria de pensar em Breno e que arrumaria um namorado.
Foi quando Elise decidiu conhecer pessoalmente um de seus amigos de bate papo no qual tornou-se seu primeiro namorado.
Elise conheceu Jonas, e como já se falavam por bastante tempo, logo se entenderam pessoalmente. Jonas não era nenhum galã de filmes encantados, mas era uma pessoa bem bacana e logo se tornou um namorado super apaixonado.
Encarou os pais de Elise, pedindo-a em namoro, comemoravam meses de namoro com presentes e passeios, como ele morava em uma cidade distante se viam sempre nos finais de semana.
No oitavo mês de namoro, Jonas chega aos prantos para conversar com Elise, pedindo perdão, pois influenciado pelo irmão mais velho, ele foi a um p*** (prostíbulo)no intuito de perder a sua virgindade. Havia confessado a Elise da sua traição e arrependimento.
JONAS: Fala alguma coisa “LISE”. POR FAVOR!
ELISE: Foi bom para você?
JONAS: Não significou nada para mim, eu juro! eu me deixei levar pela experiência. Mas, depois pesou na minha consciência, eu a amo! E me arrependi em dar ouvidos ao meu irmão.
JONAS: Fala alguma coisa! Me bate, me xinga se quiser, mas não fique calada.
ELISE: Jonas, eu já te perdoei só por ter me contado. Você que mora tão distante de mim eu não saberia nunca e agradeço por ter me contado.
Depois disso, o relacionamento só durou mais dois meses até Elise terminar tudo. E no fundo ela se perguntava se a sua decisão de terminar foi pela falta de confiança ou por não ter se importado tanto com a traição.
...***...
No seu último ano escolar, Elise ainda via Breno pela escola mesmo ele ter terminado no ano passado seu curso. Eles nunca se falaram e na cabeça dela ele nem sabia da sua existência. Elise seguiu sua vida e conhecia outros meninos do bate papo, alguns ela ficou por umas semanas ou um dia apenas, mas não quis saber de levar a diante num relacionamento sério.
Elise pouco exerceu a profissão no magistério assim que se formou, dava aulas para crianças em uma escola privada junto com sua melhor amiga Késsia, que já era casada desde o terceiro ano escolar e atualmente tinha um filho de dois aninhos.
Elise e a sua amiga Késsia foram fazer uma entrevista de emprego na cidade vizinha, pois pretendiam sair da escola que estavam. Elise aproveitou e marcou um encontro com seu último pretendente de bate papo.
Elise saiu desanimada e com dor de cabeça da entrevista e foi ao encontro marcado, de longe ela já viu que o menino mentiu nas suas característica e ao ver de perto ele era do tipo bobão que ela repudiava. Foi educada, e logo deu uma desculpa para ir embora. Késsia que estava com ela, ria tanto e disse que Elise estava perdendo o jeito de conhecer os carinhas legais e a chamou para ir para sua casa, pois seu esposo faria um churrasco naquele dia.
ELISE: Cansei mesmo! Ultimamente só conheço babacas... Agora já deu!
KÉSSIA: Então, vamos lá pra casa? Rs
ELISE: Amiga, estou explodindo de dor de cabeça, eu vou é para minha casa.
KÉSSIA: Não! Já avisei ao meu marido que você vai comigo, vou fazer um bolo bem gostoso. Vamos!
Elise estranhou a insistência da amiga, mas foi mesmo assim. Chegando lá, o marido dela estava agitando o churrasco junto com um cara. Fizeram as apresentações e logo Elise entrou para brincar com o filho da amiga. Késsia se junta a eles e ri.
ELISE: Amiga, nem tente! Nada a ver comigo!
KÉSSIA: Eu não disse nada! Nem sabia que ele estaria aqui! Rs
ELISE: Sei! Ahanmmm....
KÉSSIA: Amiga, toma esse comprimido, deita ali no sofá que logo sua dor passará e você vai tirar essas desconfianças da cabeça.
Quando eu estava deitada no sofá, o rapaz se aproxima e diz:
Rapaz: Senta e tome! (Entrega uma taça de vinho)
Rapaz: Seu nome é qual mesmo?
ELISE: Elise! Obrigada! (pega a taça, agradecendo o vinho)
Rapaz: Eu sou Dário!
ELISE: Eu sei! Ao contrário de você, não esqueci seu nome ao sermos apresentados (fala sorrindo)
DÁRIO: Você tem quantos anos? Curte balada?
ELISE: 20! E Não curto muito baladas.
DÁRIO: Mora aqui por perto?
ELISE: Uns 15 minutos daqui caminhando.
De repente, o Dário deu uma única golada no seu vinho e tascou-lhe um beijão na Elise. E Elise acabou correspondendo, logo ele se levantou com ar vitorioso e saiu avisando que iria pegar churrasco para ela. Elise ao olhar em direção a janela da sala, viu Késsia e seu esposo, rindo e comemorando o ato de Dário.
Passou um mês e eles estavam se conhecendo melhor e foram ficando e sempre saíam juntos.
Num sábado, Elise estava na casa de Késsia novamente, os meninos saíram para comprar bebidas e elas ficaram na cozinha agitando um almoço, quando o celular de Elise toca.
ELISE: Oi!
SÉRGIO: Elise querida como vai? É o primo Sérgio! Estou ligando para sua casa mas, só da ocupado. Por acaso, você está do lado do seu pai? queria falar com ele!
ELISE: Oi primo! Não estou em casa no momento!
SÉRGIO: OK! Nesse caso, tem alguém aqui que quer falar com você.
VOZ DE HOMEM: Oi! Quem tá falando é o Breno. Tudo bem?
ELISE: Que Breno?
BRENO: O Breno da escola!
ELISE: Do grêmio?
BRENO: Sim! Lembra de mim? E Você, está trabalhando na área?
ELISE: Até estava, mas pedi demissão e estou trabalhando em comércio. Por que a pergunta?
BRENO: Nada não! Curiosidade... Mudando de assunto, tem um amigo meu que está interessado numa amiga sua.
ELISE: Amiga minha, quem?
BRENO: É... Não sei o nome dela.
ELISE: Tenho 4 amigas! Késsia : morena, baixinha de cabelo liso e a mais linda porém CASADA! É essa?
BRENO: Não é uma outra...
ELISE: A Lina! Alta, cabelão ondulado... essa é solteira! Rs
BRENO: Também não!
ELISE: Só restam: Marina e Bruna, mas não as vejo pessoalmente desde a escola.
Tem certeza, que é amiga minha?
BRENO: Eu estou na dúvida! Mas, posso passar seu contato pro meu amigo e assim, ele fala com você melhor?
ELISE: Claro! Até eu fiquei curiosa agora. Rs
BRENO: Então tá! Tchau tchau!
Elise narrou todo o papo para Késsia, que também não entendeu nada. Mas, na cabeça de Elise, ele só pediu para falar com ela para poder se gabar com o primo Sérgio e dizer que ela daria mole para ele, já que era o garanhão da escola.
Elise jamais permitiria que um homem percebesse que ela estava interessada nele, por mais que estivesse ou não. Por isso se fez de desentendida com a ligação de Breno. Mas, naquele momento ela não queria pensar mais em Breno e tentou esquecer o acontecido.
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