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Destino Amaldiçoado

O julgamento e o recomeço

— Por pecado tão abonável com suas famílias, clãs e reinos. O júri aqui reunido sentenciou ambos totalmente culpados dos seus crimes. Sem qualquer direito de defesa ou recorrer da pena futuramente. Decidimos assim que ambos não merecendo seguir com suas coroas ou permanecer em seus reinos. Você serão enviados para viver na terra. Com seus poderes celestiais selados. E ainda, por tamanho pecado, serão amaldiçoados, para aprenderem durante os séculos, morte após morte, por diversas vezes, com a repetição o erro que abominável que cometeram. Começando agora!   —Foi dito em tom grave e som alto. Era uma voz rouca, mas apenas uma sobra podia ser vista.

— NÃÃO! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COM ELA — uma voz feminina gritou nas sombras

— É o fim, dela, Freya. Se quiser, desça e procure por ela também. — Ele falou e gargalhou.

Houve um grande estrondo no céu. Um grande tremor no inferno. As ondas do mar ficaram instáveis. Os animais fugiam e se abrigavam em desespero. Parecia o sinal da natureza para o inicio de uma grande catástrofe. Nesse dia, vários seres celestes desceram a terra, como do inferno subiram. O céu e o inferno estavam sob reis interinos, mas que não era aceitos por seus súditos, que constantemente causavam problemas por se rebelar contra a monarquia e o poder.  Esse foi o inicio de uma grande revolução dos seres sobrenaturais. Com impactos não apenas para eles, mas para todos os seres viventes,

DIAS ATUAIS

Alice acorda com o celular berrando em seu ouvido. Hoje era o dia da sua entrevista. Ela passou toda a semana ansiosa por esse dia. Trabalhou muito tempo como estagiária na mesma empresa há algum tempo, agora abriu uma vaga como assistente do CEO. Alice tinha se formado a pouco tempo em administração, para ela a vaga parecia perfeita, parecia até o destino conspirando ao seu favor.

Ela levanta da cama, com dificuldade, a cama estava puxando ela de volta. Quem nunca teve uma discussão com a cama para levantar dela!? Tomou um banho, vestiu um terninho verde musgo sem graça e fez um coque no cabelo. Alice Queiroz tinha seus 22 anos, era ruiva, olhos verdes, alta e tinha um corpo que não tinha o que reclamar. Olhou no espelho e gostou do que viu. Estava bem camuflada naquele terno horrível e sem graça. Ela odiava chamar atenção no trabalho. Gostava de ser admirada por seu trabalho, não por sua beleza. Pelo menos, no local de trabalho.

Desceu para tomar café, a mesa já estava pronta. Ela morava com sua mãe adotiva, a Amália Queiroz, enfermeira, de 54 anos. Antes as duas moravam com seu pai adotivo, Jackson Queiroz, marido de Amália e o irmão, Pedro (filho de ambos), mas devido a atritos familiares que Alice nunca conseguiu compreender muito bem, seus pais decidiram se separar e ela perdeu o contato frequente com os dois, até tentou manter contato com o irmão, mas não conseguiu por muito tempo

— Bom dia, meu amor - Falou Amália, sua mãe

— Bom dia, mamãe. Está cheiroso. - Alice falou sentando na mesa

 —Então coma, que hoje será um dia cheio de novidades. - A mãe falou passando para ela a torrada quentinha para ela.

— Viu no meu horóscopo de hoje? O que dizia ehn?— falou zombando, sua mãe acreditava em todo tipo de esoterismo possível e existente, enquanto ela achava graça da fé cega de sua mãe.

— Sim, hoje você encontrará alguém que vai mudar a sua vida da noite para o dia — a mãe falou sorrindo para o deboche da filha

— Se for verdade, deve ser o emprego. Meus boletos agradecem de coração — Ela disse animada, gostava na sensação de confiança que sua mãe sempre passou para ela.

— Você pode tudo. Nunca conheci alguém tão poderosa como você —  sua mãe disse sorrindo

— O CEO embora tenha uma fama de cafajeste, falam que ele é muito exigente sobre seus funcionários. Foi que soube.  Sobre ele, tudo é um total mistério Eu não sei, mãe. Farei o meu melhor. Pelos boletos. — Ela estava rindo, mas era de nervoso. Precisava do emprego.

— Coma! E só saia de lá com seu emprego. AH! E traga pizza para comemorar. — falou sua mãe rindo

— Você parece muito confiante. Me passa metade disso. Eu preciso. — Ela falou abraçando a mãe

— Acredito no potencial da minha filha. Ela também deveria acreditar nele — Ela falou apontando o dedo para ela, como se tivesse dando bronca.

— Então vou indo. O potencial da sua filha não pode atrasar hoje. De jeito nenhum. — falou Alice se  levantando da mesa

— Até mais tarde, amor. Vou chamar a Bruna e para comemorar mais tarde. Que os deuses te guardem e guiem seu caminho.

—  Obrigada, mamãe. — se despediu com um abraço, depois saiu.

Ela decidiu ir de táxi, a ideia de chegar com cheiro de metrô ou ônibus, não agradava nenhum pouco. Não demorou muito já estava na empresa. O prédio era tão imponente, que só chegar lá, já tirou alguns pontos de coragem que a mãe tinha repassado, mas ela não ia deixar um prédio grande, rico e cheio de frescura desanimar ela. Sua motivação era muito maior que o prédio: os boletos que esperavam por ela na penteadeira, clamando por pagamento.

Ela aproximou da recepção, se apresentou, explicou sobre a entrevista, a recepcionista orientou onde ela deveria ir. Subindo o elevador, passou todos os andares, era o último. "Zero surpresa", pensou ela. Um corredor imenso surgiu quando a porta se abriu. No final, ela podia notar algumas mulheres vestidas como modelos, uma mais arrumada que a outra. Elas entravam e saiam da sala, através do chamado de uma voz rouca que vinha da sala.

— Alice Queiroz —  A voz rouca chamou através da porta

Ela se levantou,  andou em direção da porta que a voz estava saindo, a moça loira que saia da sala olhou para ela de cabeça aos pés e deu uma risada de deboche. A vontade de Alice era colocar o pé para ela cair de cima daquele salto imenso, mas se pensar bem, só de usar esse salto, ela já se castiga. Ela riu com seu próprio pensamento. Ela entrou naquela sala.

— Bom dia! Licença! Sou Alice Queiroz! - Ela disse olhando para ele, que a olhou rapidamente para ela e desviou o o olhar, voltando para alguns documentos que estavam na sua mesa.

—  Você não se adequa aos padrões que a função exige. Obrigada pela aplicação do currículo e pela preferência em nossa empresa. —  Ele falou sem ao menos olhar para ela, como se fosse uma gravação de voz automática.

—  Você só pode está brincando com minha cara. Você nem perguntou nada ou pediu meu currículo. —  Ela falou tentando se acalmar e não voar no pescoço daquele idiota que estava na sua frente.

— Na verdade, eu tenho seu currículo aqui, apenas não me dei o trabalho de fingir olhar ele, não valia a pena e nem meu tempo. O que não se encaixa, são seus padrões estéticos. Eu não vou querer uma assistente que se veste assim pra olhar o dia todo. Pode se retirar — falou ele com nenhuma emoção em sua voz

— Falou o cara bonitão e rei da porr@ toda! HEY! Sou a melhor assistente  que você poderia sonhar em ter. Me perder será seu maior erro. Vim aqui achando que tinha aqui um dos melhores CEO do país na minha frente e queria aprender com ele, mas se ele não sabe o potencial que tá perdendo não me contratando, ele é apenas um mediano e olhe lá . Eu que estava errada sobre seu potencial. Você deve ser apenas mais um herdeiro mimado, sentado em uma cadeira bonita fazendo os outros trabalharem para você enquanto  leva o crédito por tudo — Ela falou se virando para sair — Se me der licença. Vou procurar um CEO de verdade.

— Depois de todo esse discurso? Agora quero ver. Se é tudo isso que diz mesmo ou é só uma sem graça que ficou com o ego machucado com a minha sinceridade. Pode começar agora mesmo. Te darei duas semanas para me mostrar o quão maravilhosa você pode ser capaz. E você não tem ideia como sou bem pior do que falam por ai — Ele disse pela primeira vez olhando para ela de verdade

— Começar fazer o quê? Eu posso fazer o que me pedir. E farei ainda bem melhor do que você pensa. Você nem sequer sabe o que é qualidade — ela disse irritada

— Bem, bem. Então quero que reorganize os projetos dos últimos meses e o orçamento base, quero no final do dia na minha mesa. O resto das suas atividades a Laura, minha antiga assistente, vai repassar tudo. Pode sair.

Ela acenou retirando se depois. Foi em direção da Laura como o CEO tinha dito. Amaldiçoando ele em pensamento.. Ela pegou todas as atividades e informações importantes dele com a assistente, percebeu que era de verdade que tinha muitas funções. Decidiu focar no que ele tinha passado para aquele dia, a noite estudaria as informações que pegou com a Laura.

Algumas horas depois, Alice bate na porta do CEO, com um monte de papéis em sua mão.

— Entre! -—o CEO respondeu

— Aqui está tudo que me pediu - Ela respondeu.

—  Oh! Verdadeiramente rápida. Os dados estão realmente bons. Estou surpreso. — Ele estava admirando os dados — Quem diria que você realmente tinha potencial de verdade ai. Não tem como mesmo ajeitar esse visual? Tem que ser vestir assim mesmo?

— Esse é o problema de julgar o livro pela capa. Você nunca saberá o conteúdo dentro dele.  Eu continuarei como me sinto à vontade e você se sinta livre para me demitir quando achar necessário.

— Sem provar que você não é tudo isso que pensa? Jamais. Você tem um ego grande demais para eu deixar sair daqui sem uma boa lição. Vou destruir você antes. Aliás, meu nome é Pierre Martins. Nem acredito que vou ter que ver uma assistente  tão desajeitada assim alguns dias. — Ele disse coçando a cabeça

—  Vai ter que lidar comigo todos os dias. E olhe que hoje me arrumei muito - falou Alice rindo do incômodo fútil dele.

— Diga que é brincadeira — Olhou surpreso para ela

— Boa noite, chefinho. —  Falou rindo e saindo da sala

Alice passou na sua mesa, pegou sua bolsa e pediu um táxi. Ela queria chegar logo em casa e dar a notícia para sua mãe. Nem acreditava que o dia tinha terminado perfeitamente bem, mesmo que o chefe fosse um pouco (muito) babaca, mas podemos lidar com isso, ela pensou. Nem tudo é perfeito.

Um chefe misterioso — e babaca

Quando Alice chegou em casa estava com vários arquivos em suas mãos. Faltavam muitos dados para analisar ainda. Ela iria precisar gastar um pouco da noite com isso. Precisava compreende como funcionava a rotina do seu novo chefe, a antiga assistente deu alguns livros de anotações antigos e passou alguns informações por arquivos digitais também para auxiliar ela nessa empreitada.

— Filha, deixa eu te ajudar com esse livros. — ofereceu sua mãe vendo ela entrar com dificuldade dentro de casa e quase derrubando o que tudo aquilo que carregava.

— Obrigada, mãe. — Alice agradeceu dividindo o que levava com sua mãe

— Bruna já chegou e já pedimos pizza, achei que você não iria lembrar de trazer. Suba para tomar um banho e desça para nos contar tudo. Estamos ansiosas. — A mãe falou colocando tudo que carregava em cima de um móvel na sala.

— Farei isso. Desço em instantes. Ah! E eu realmente tinha esquecido totalmente que me pediu para trazer uma pizza.  — Alice falou antes de subir as escadas.

Bruna Diniz era sua amiga de infância, se conheceram no orfanato, elas estavam sempre juntas e confiavam muito uma na outra. Ela era baixinha, tinha cabelo loiro e com grandes cachos. Andava parecendo uma hippie dos anos 90. Seus olhos eram cor de mel. Seu estilo chamava muito atenção dos garotos. Um deles foi o irmão de Alice, Heloísa e ele tiveram um curto relacionamento que acabou com a mudança do irmão para morar com o pai.

Não memorou muito, Alice desce vai direto para sala de jantar. Estavam conversando sobre o chefe da empresa que ela foi contratada, Bruna comentava com a Amália que tinham vários boatos que ele é lindo e muito popular entre as garotas. Que é um dos solteiros mais cobiçados da cidade. Só que era bastante misterioso. Nada se sabia sobre ele.

— Ele não é tudo isso — falou Alice sentando na mesa com cara amarrada

— Não? Então conta. — falou Bruna se organizando na cadeira para ouvir toda a fofoca sobre o chefe misterioso.

— É um egocêntrico. — Ela falou pegando um pedaço de pizza

— Quero saber se ele é bonito, não se ele presta. Não estou pensando em casar com ele. Minha intenção vai bem longe disso. —  Bruna falou com sorriso malicioso

— Ah! Safada. Ele é pegável. Parece um deus grego. Mas só até abrir a boca. Quando abre tudo estraga.  Mostra que aparências enganam. — Alice diz rindo

— Perfeito. Só preciso manter a boca dele bem ocupada. Posso fazer isso fácil — Bruna falou rindo

— Mas você parece que não gostou muito dele — sua mãe falou preocupada

— Ele é a pessoa mais soberba que já conheci na minha vida. Tudo em mim parece rejeitar aquele ser, Não sei como conseguiu crescer tanto pensando de forma tão pequena e quadrada. É um babaca— falou fazendo cara de nojo

— E porque você vai trabalhar para ele?  — Bruna perguntou confusa com a reação  da amiga

— Para provar que ele estava errado em julgar as pessoas pela capa, quando tiver bem dependente de mim, mostro meu dedo do meio para ele e vou embora. Ainda grito: VÁ SE FUDER —  explicou  e viu as outras duas outras rindo dela

— E o que ele fez para você odiar ele? — Bruna sempre fazendo seu papel como uma boa investigadora

— Não queria me contratar porque disse que eu era "desarrumada".Vê se pode. Que babaca — Falou fazendo bico

Todas gargalharam alto olhando para Alice, sempre pegaram no pé dela sobre sua mania de não querer de forma alguma se arrumar ou se destacar no trabalho pelo viés estético. Era esperado um dia algo assim acontecer.

— Um dia ele vai se surpreender. Vai ficar chocado. E esteticamente, como ele é? Tem poucas fotos dele na internet, na maioria das vezes é de cabeça baixa, de costas ou se escondendo — Bruna falou me mostrando como ele era reservado.— E só tem foto dele a noite. Tão misterioso.

— Bem.. Ele é bem alto. Parece bem forte, mas pode ser só muita roupa. Não tem  como saber, já que está de terno. Seu cabelo é castanho escuro e seus olhos um castanho parecido com seu cabelo. Ele é bem normal. Só seus traços parecem perfeitos. Deve ser aquela cirurgia que está na moda dos riquinhos — Alice falou pegando outra fatia de pizza

— Harmonização fácil? — Bruna perguntou

— Sim! Essa mesmo. Quase certo que ele fez. Ele tem a personalidade muito podre para ser tão bonito.

— Pode ser. Ninguém mais é naturalmente lindo. Alice, vamos para balada sexta? — Perguntou Bruna, a Alice que quase engasgou de susto

— Sinto que já estou cansada para sexta — Alice falou fingindo bocejar

— Vamos! Quero comemorar seu novo emprego com gelo e limão — Bruna disse já dançando estava animada, ela sempre gostou de uma festa.

— Podemos fazer isso aqui, a mamãe não ficaria sozinha. Será até melhor — Já Alice era muito certinha

— Eu tenho turno na sexta, estarei trabalhando de qualquer forma. Você precisando aproveitar essa idade — Sua mãe falou fingindo brigar com ela.

— Diz a ela, tia. Manda ela pegar geral na balada. Eu embebedo ela. – Alice estava empolgada revelando seus planos diabólicos.

— Ela tem planos malignos para minha pessoa, mãe.  Me protege.  Não deixa ela me levar — Alice iplorava socorro, se escondendo atrás da mãe

— Bruna, coloque minha filha no pior caminho possível. Eu agradeço — Amélia falou rindo

— Isso lá é pedido de uma mãe? — Alice fingia indignação

Todas riram. Conversa vai, conversa vem. Às horas passaram. Bruna decide dormir por lá mesmo por conta da hora e Alice sobe para seu quarto, tem que estudar ainda os hábitos e rotina do seu chefe arrogante.

No geral, ela percebeu que não tem apenas o dever que cuidar do que está relacionado às atividades dele ligada a empresa, mas também sua vida pessoal. Ela deve controlar toda sua agenda. Até dar conta dos presentes das suas diversas amantes. Que loucura. Ele é um canalha, com toda certeza. Tem encontro quase todos os dias e demora para encontrar as mesmas mulheres, são diferentes todos os dias. Ela por curiosidade decidiu fazer uma busca sobre ele na internet, não encontrou nenhum escândalo, assim como Bruna disse no jantar. Não sabia de onde era retirado o boato dele ser mulherengo, não havia fotos na Internet nem absolutamente nada.  Na empresa, todos sabiam devido ao fluxo de mulher no seu escritório. Alice começa a ficar confusa sobre o chefe e decide continuar estudando os arquivos de Laura.

Ela percebeu uma grande atenção, no destaque para um aviso sobre ele ter algum problema com o sol. Talvez alguma doença. Tem que ter alguns cuidados para não ser atingido de forma significativa e por tempo demasiado. Ele também parece ser ateu ou algo do tipo, tinha que se evitar lugares religiosos ou figuras sagradas. Deve deixar ele desconfortável, "que extremista, deveria aprender a respeitar o coleguinha", ela pensou. Fora isso, ele parece odiar comer fora e prefere que reuniões de negócios envolvam bebidas, no lugar da bebida. (ou apenas seja um alcoólatra).

Algumas outras informações foram acrescentadas, mas essas foram as mais absurdas. Ele era realmente excêntrico, soberbo e bem babaca. "Não sei como alguém como ele pode ser tão valorizado no meio econômico, mas irei descobrir. Vou mostrar também a ele, que beleza não é nada mais que um toque especial. O importante não é a cereja em um bolo e sim o recheio", ela pensou

Mais uma vez a relação de amor e ódio com o alarme desperta Alice da cama. Como odiar tanto algo e também amar tanto a sua utilidade para o funcionamento da rotina. Ela sabia, mas só queria jogar aquele barulho irritante na parede. Ela levanta com a certeza que gostaria de mais dez minutos na cama curtindo a preguiça, mas a vida adulta não deixa, que injustiça.

Depois de arrumada com o terno mais feio que achou de propósito, se ela não estava de bom humor, vamos pelo menos irritar o chefe, pensou ela. Colocou um óculos falso enorme e totalmente desproporcional em seu rosto só de sacanagem, fez um coque no cabelo. E estava nem parecendo ela mesmo no espelho. Ela desceu orgulhosa da sua obra.

— wow! O que é isso? — Perguntou Bruna curiosa com o cosplay de secretaria brega

— Acordei com um péssimo humor, decidi irritar ainda mais o Sr. Soberbo. — falou rindo enquanto pegava uma torrada na mesa

— Bom dia, minhas me... — A mãe de Alice parou — A gente precisa chamar um médico? É caso de internação?

— Só pirraça mesmo. Alice deve ter se apaixonado por ele. Ele deve ser gato. Não tem explicação para tanto odio por tão pouco— Bruna fala e morde a sua torrada com geleia

— Vou infernizar a vida dele de tal forma, que até o próprio diabo pediria dicas de tortura —  Falou rindo vitoriosa

— Só porque disse que você era feia? — falou Amélia surpresa com as reações da filha

— Motivo suficiente para não ter mais um minuto de paz na vida. Ninguém mexe comigo e vive em paz — falou se levantando.

Bruna acabou acelerando seu café, para sair junto com Alice. No carro foram cantando errado todos as músicas que passavam na rádio, o caminho foi preenchido com risadas e piadinhas. Quando Alice estava saindo do carro, o sorriso de Heloísa se desfez, dando espaço para um rosto tenso e ela segurou o braço da amiga com força

— Você se sente segura com seu chefe? — ela perguntou parecendo muito preocupada do nada

— Ele que deveria ter medo de mim, ele é só um soberbo. Eu posso ser muito perigosa quando contrariada – Alice falou sorrindo maliciosamente

— Siga sempre seu sexto sentido, amiga. Fuja sempre que achar algo perigoso. E nunca, em hipótese nenhuma, por nada e ninguém. Tire o colar que eu te dei. Certo? — Bruna falou sem humor

— Acho que você está andando muito com sua ex-sogra — Alice estava rindo e acariciando o cabelo da amiga que estava bastante preocupada.

— A Ciência mostra que é real, às vezes detectamos informações em nosso cérebro muito mais rápido que podemos explicar a nós mesmos ou notar. Está guardada em algum lugar do nosso subconsciente, apenas mandamos o aviso. É bom ouvir nossos próprios avisos. — Bruna explica como se tivesse pensando longe e murmurou algo bem baixo

— Não entendi o que disse no final — Alice franzi a testa confusa

— Que meu chefe é um budão. Tenho que ir. Até amanhã. Te pego as 20h — disse empurrando ela para fora do carro.

— Sim, senhora. Não precisa expulsar. Estou indo.— Alice falou saindo do carro

Algo parece errado

Por volta das 8h, Pierre chega no escritório de bom humor, nada como uma refeição matinal para ele se sentir energizado, não era tão fácil conseguir uma pela, muita burocracia. Para aumentar ainda mais seu bom humor não encontra a Alice sentada em sua cadeira. E um sorriso satisfatório surge em seu rosto.

— Primeiro dia, já atrasada. Hoje mesmo mando a sem graça para o olho da rua. Falou demais e nem pontual era— falou entrando na sala.

Quando olha na sua mesa, há três pilhas de papéis com um pequeno papel em cima de cada uma delas. Ele estava examinando o que era, mas logo alguém bate na porta.

— Pode entrar — Ele falou prestando atenção na pilha

— Bom dia, Sr Martins. Aqui está o seu café. Preto e sem açúcar. Já separei os documentos de hoje, li todos e fiz um pequeno resumo sobre o que se trata cada um. A cor dos papéis mostra a prioridade de cada assunto. O senhor tem uma reunião daqui a 20 minutos. Precisa de algo mais? — Ela disse enquanto ele só olhava para seu o óculos que era horrivel.

— Como pode ser tão desequilibrado. O trabalho de assistente é impecável, mas nem sei o que estou vendo na minha frente. Que diabos de óculos é esse? — Ele não  desviava o olhar dos óculos. Estava hipnotizado.

— Vejo que além da minha estética não tem mais nenhuma pergunta. Vou para minha mesa. Se precisar de algo, estarei lá. — Disse se retirando da sala irritada. Ele continuava a esnobar ela.

— Além de sem graça, ainda fica batendo de frente com o chefe. Com zero medo de ser demitida. Eu devo está louco de deixar essa mulher aqui. Pior que ela acabou de reduzir metade do meu dia de trabalho. Ahhhhhh! Que ódio! Pior que não entendo o motivo, mas quero muito provar que ela está errada. Destruir ela completamente. — ele falou despedaçando a xícara sem perceber.

Alguns minutos depois, ele sai já com outra roupa para a reunião, que aconteceria dentro da empresa mesmo.

— Estou indo. Direcionei todas as minhas ligações para seu telefone — Ele falou e saiu.

Alice aproveitou que ele havia saído para pegar alguns papéis e recolher a xícara. Achou os papéis, mas a xícara tinha desaparecido completamente. Ela se perguntou onde ele guardou ela.  Só achou um pano que parece ter limpando o café que derramou. Desistindo da caça a xicara desaparecida, voltou para sua mesa.

Quando percebe uma linda moça de cabelo preto, saltos altos e perfume tão doce que um diabético teria problemas se entrasse agora naquele ambiente. Quando a senhora percebe que ela estava saindo da sala do CEO, olhou de cima a baixo. Como se tivesse avaliando algo. Ela se aproxima de sua mesa.

— Bom dia. Sou Alice, assistente do Sr. Martins. Posso ajudar? — Alice tinha zero paciência para gente egocêntrica e o olhar daquela mulher fala muito mais do que qualquer coisa que ela poderia perguntar sobre ela.

— Onde ele está? — Ela perguntou ríspida para Alice, o que comprovava sua teoria.

— Como posso chamar a senhora? — Que respirou fundo para não mandar ela para.. aquele canto mesmo

— Eu sou Valéria Santiago. Onde está o meu Pierre? — A inimiga dos diabéticos falou

— Vejo que você não tem hora marcada. No momento ele está ocupado. Avisarei a ele que a senhora esteve procurando por ele. — Respira, não pira, Alice repetia para ela mesmo. Como um mantra. Ela não podia arrancar o aplica daquela mulher, por mais que fosse sua vontade

— Você está louca? Eu sou a filha do prefeito. A namorada dele. Ele vai me atender agora mesmo. Você não me entende? É tão burra assim? — Ela disse derrubando tudo que estava na mesa e jogando no chão.

A vida do pobre que trabalha com atendimento ao publico é resumida em uma música modinha do instagram: " Não me empurra que eu já estou na beira, tentando não fazer doideira" . Alice só conseguiu rir em resposta a isso tudo que estava acontecendo . Até pensou em gritar com ela, mas lembrou do boleto que chegou hoje. Os boletos chegam e minha coragem se vai, pensou ela rindo e ignorando total a mulher surtada na sua frente.

Então tínhamos o seguinte cenário, uma mulher possessa gritando e quebrando tudo que estava na sua frente e outra tendo uma crise de riso vendo aquela cena, sem ao menos entender como tudo chegou naquele ponto tão rápido. Que nem ao menos podia  responder a altura, porque aparecia um boleto dançando macarena na frente da surtada. Ela só conseguia ri de toda a situação. Era o melhor que podia fazer nessa situação.

— O que está acontecendo aqui? —  Henry falou surpreendendo as duas e silenciado todo lugar.

– Meu amor! Essa funcionária se recusou a te chamar ou ligar.  Quando exigi que ela fizesse, ela não parou de rir. Acho melhor você trocar de secretária,  ela não parece bater bem da cabeça ou ter o mínimo de educação —  correu explicando tudo. Sem dar chance para Alice falar nada.

—  Alice, o que tem na minha agenda? — perguntou sério encarando Alice

—  Você tem uma reunião em 40 minutos — respondeu sem entender muito o que ele queria dizer com aquilo.

–  Certo. Até a reunião, não quero ser incomodado. Vou resolver um problema aqui— falou sorrindo e passando a mão na cintura da moça surtada, que sorriu vitoriosa olhando para Alice que balançou a cabeça negando algo.

Agora Alice  tinha certeza de onde vinha sua fama. E ela era real. Ele não fazia a mínima questão de esconder o que fazia. Pela cara, tinha até orgulho.  Soberbo! Egocêntrico! Safado! Alice pensava enquanto cortava papel já que não podia fazer isso com a cara de ninguém hoje. Alguns minutos depois, o motorista do Pierre entra na sala e o casal, com o "tal problema" resolvido. A tal moça que entro toda posuda e abusada, ela nem conseguia ficar de pé, estava pálida, completamente aérea e rindo para o vento. Que merda que aconteceu ali dentro? Alice se perguntava confusa e apavorada com aquela cena. Algo estava errado. E muito errado.

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