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O Professor( Atualizando)

Volta às Aulas

...Capítulo 01 ...

O alarme despertou e eu acordei ansiosa para ir a escola e ver os meus amigos, principalmente Carla e Maria Clara, Estamos mais de um mês longe devido as férias da escola, a tanta coisa para conversar, tanto assunto para colocar em dia, tomei um banho e coloquei uma roupa básica que a minha mãe tinha comprado no começo do ano no dia do meu aniversário.

- Bom dia querida. Entrou no meu quarto a minha avó com um copo de achocolatado.

- Vó vou tomar o café da manhã com vocês , eu não estou  atrasada. Sorrio terminando de me arrumar.

- Tudo bem, mas não demora, pois vai esfriar. Ela sai encostando a porta.

Ao chegar à mesa meu avô e minha mãe já estavam finalizando o café, dou um beijo na bochecha do meu avô e abraço a minha mãe pelas costas ainda sentada na cadeira.

- Querida, preciso que você ajude a sua avó no mercado quando chegar da escola, eu vou me atrasar hoje pois tenho reunião, você não se importar ? 

- Claro mamãe, não tenho nenhum compromisso hoje, inclusive o curso de natação só retorna semana que vem.

- Que bom querida você deve estar com saudades. Sorrio para ela e confirmo com a cabeça, apesar de saber que esse séria o meu último semestre.

Realmente o curso de natação é o meu hobby, e foi lá que conheci Tônio e o Gabriel, são os meus melhores amigos homens, e fora que com eles eu solto as melhores risada, acredito que amizade com homem e muito mais interessante que com mulheres, elas sempre estão falando sobre relacionamento, maquiagem e cabelo, coisa que eu não me importo muito, ou seja não sou vaidosa, exceto é claro com as minhas duas melhores amigas Carla e Maria.

Terminando de Tomar o café peguei as Minhas coisa e fui para o ponto de ônibus, e lá estava ele Lucca santos, 17 anos, moreno dos olhos claro, ele com certeza é o rapaz mais bonito da minha escola.

- Oi Diana, tudo bem ?

- Oi Lucca, estou bem e você ?

- Estou bem, é bom ver alguém no ponto de ônibus. Ele fala com um sorriso no rosto 

- Na verdade, no primeiro dia quase ninguém vai. Acrescento

Em seguida Gabriel Santos chega no ponto e cumprimenta o seu primo, mais nem olha na minha cara, ele é um pouco soberbo, se acha melhor que os outros e por estar entre uns dos mais galã da escola se sente, por dentro do um sorriso irônico, " e o mais gato é tão gentil", sinto meu coração acelerar, "respira Diana, que fogo é esse" , o ônibus chega e ao entrar já vejo de longe a minha amiga Carla Davis, ela está guardando lugar para mim, como sempre.

- Ai amiga, que saudades. Ela me abraça sem disfarçar a felicidade em me ver.

- Eu também estava com muita saudade, como você está ?

- Ótima, melhor agora com a nossa rotina recuperada.

- Como alguém pode gostar tanto de escola assim. Acrescento e rimos juntas

- xiuuuu , estou tentando dormir. Diz no fundo Diogo, o irmão da Carla , sempre nos irritando como sempre.

- Ele veio no primeiro dia de aula ?. Sussurrei

- Eu também não sei que milagre foi esse.  A gente ri novamente, e os xiu aumentam. - Estou com uma música boa no celular, vamos ouvir ? . Confirmo com a cabeça e Carla me dá um dos seus fones e vamos escutando as nossas músicas preferidas até a escola.

O nosso primeiro dia de aula foi bem calmo, quase não teve lições, os professores se uniram e levaram comes e bebes para gente ter um entretenimento uns com os outros, a maioria da sala permanecia a mesma, apenas duas meninas nova que eu não conhecia Marcelina e Juliana, elas pareciam bem na dela e quase não falava com ninguém, e por destino eu e Carla estava junta na mesma classe, Maria Clara infelizmente não teve a mesma sorte, ela foi parar no 1 ano B, e naquele dia por algum motivo ela não foi a escola, digo pois não é da sua vibe faltar.

- Você reparou como o Lucca tá muito bonito, e você sabe que esse é o último ano dele né ?.

- Sim, ele é tão educado. Com a Carla dava para ter esse tipo de conversa, na verdade de todos os meus amigos ela é quem eu mais confio.

- Você precisa pedir o número dele, ele pega ônibus com você, mora no mesmo bairro que você , estuda na mesma escola que você, quando você vai criar coragem?

- Carla !!! Fala baixo. A gente estava no fundo da sala comendo alguns salgados, enquanto o restante da turma conversavam e comiam na nossa frente, Gostamos desse lugar devido a visão ampla. - Eu não vou pedir o número dele, seria o fim do meu caráter. Falei com um tom de drama.

- Se quiser eu peço, não me importo de ser atirada. Ela sorri e logo coloca dois salgados na boca. 

- Coma mesmo, e vê se pára de falar merda. Ela sorri com os olhos.

O primeiro dia não teve tanta emoção apenas nos reencontramos, colocamos o papo em dia e ao meio dia eu já estava ansiosa para ir embora, ao entrar no ônibus vi que estava lotado e ao lado de Carla que saiu correndo na minha frente estava seu irmão Diogo.

- Ei, você sabe que aqui é o meu lugar . Falo um pouco grosseira.

- Então gata, eu não vou sentar do lado do príncipe, e nem da bruxa, então agora você se vire para escolher ou vai em pé. Ele responde em um tom sarcástico, ao olhar em volta estava Susane, a bruxa que o Diogo a julgou, só pelo fato dela ser um pouco desarrumada e o Lucca com um fone de ouvido olhando para os alunos saindo da escola.

- Você é um babaca Diogo e por que você não guardou o meu lugar Carla?. Pergunto a minha amiga 

- Ele jogou a bolsa em mim, esse miserável... ela da vários tapas nele, que a encara sorrindo, e fazendo bico... - amiga senta com alguém e amanhã eu prometo que não saio correndo para guardar o nosso lugar. Nisso uma pessoa passou por mim, tão rápido que chegou a me empurrar para frente e sentou ao lado de Lucca, enfim só me restou Susane, parei do seu lado antes que eu tivesse que ir em pé.

- Com licença Susane, você está guardando lugar para alguém?. Ela negou com a cabeça, então sentei e em seguida coloquei o fone de ouvido.

Ao chegar em casa naquela tarde alguns minutos depois eu fui para o supermercado com a minha avó, ela sempre gostou de ter alguém do seu lado, passando por uma prateleira peguei algumas barra de chocolate e coloquei no carrinho, e ao me levantar vi Estefani, a irmã do Lucca que me olhou porém não comprimento. De todas as meninas na terra encrenca com Estefani era a pior delas, por ser muito conhecida e ser muito defendida pela seu irmão, se eu quisesse algum romance com o irmão dela no futuro tinha que me dar bem com ela, e por azar Maria Clara vai estudar com essa peste esse ano, enfim fui até a minha avó que terminava de pegar a última coisa da lista.

( No outro dia ) já no final da aula, entrou um professor diferente, colocou sobre a mesa o seu caderno, ele aparentava ter uns 40 anos , muito alto e usava uma roupa de educação física.

- Bom dia galerinha. Sua voz e grossa, porém soa alegre.

- Bom dia !! . Todos da sala responde em seguida.

- Sou o novo professor de educação física de vocês , meu nome é Marcelo, e também vou auxiliar vocês nas aulas de natação, para quem não sabe a escola conseguiu um contrato com a escola de natação particular e agora através desse  benefício todos vocês vão ter direito a aulas de natação gratuita. Aquilo soou como música para os meus ouvidos, o meu contrato estava finalizando e eu não teria condições de renovar, pois meu avô estava cada vez mais enfermo e isso levava a muitos gastos, como eu havia comentando com Carla, ela já estava olhando para mim sorrindo de orelha a orelha.

- Você ouviu o que eu ouvi?. Ela sussurrou baixinho.

- Sim !! . Respondi sem condições de expressar a minha felicidade.

- As garotas aí do fundo gostariam de nos contar o assunto?. O professor olhou para nós com os braços cruzado.

- Não professor, nos desculpe. Carla falou em um tom sério, eu abaixei a cabeça e segurei o sorriso, então ele continuou falando sobre o acordo e as condições.

- Quarta-feira teremos uma aula base, quero ver como vocês estão na natação, alguém aqui  pratica ou praticou?. Ergui a mão e mais duas pessoas da sala... - Muito bom, então vocês fiquem até o final da aula pois preciso conversar com vocês.

- Hum!! amiga você já vai ter uma conversa particular com o professor gato.

- Credo Carla, que nojo. Acrescentei e rimos baixo...

Aulas de natação.

...Capítulo 02...

Após o sinal bater ficou apenas eu, Thiago e Ágata, na sala e o professor que está finalizando algumas coisas em seu caderno e pediu para que a gente esperasse.

– Professor preciso pegar o ônibus, ele não espera. Disse em tom suave, pois dependia.

– Aonde você mora ?

–  Bairro das esmeraldas.

– Eu moro próximo, não se preocupe, eu deixo vocês em casa. Olhei para os dois alunos que estavam sorrindo com um ar de " não vou precisar ir a pé ".

O meu celular vibrou e ao pegar vejo que recebi uma mensagem de Carla

"- Eu acho que a Maria não está bem, acredito que seria bom ir visitá-la (12:05pm)"

"- Porque você acha isso?  (12:06pm)"

"- Segundo dia de falta, ela não está me mandando mensagem a uns dias, não custa a gente ir lá investigar. (12:08 pm)" - " você não vem o ônibus está indo ? (12:09pm)."

"- Não, o professor está finalizando o que estava fazendo, vou dar atenção aqui, bjs amiga (12:09pm)".

"- Beijos se cuide (12:09pm)". vejo sua mensagem e em seguida guardo o celular.

– Primeiro quero agradecer ao desempenho de vocês, e dizer que fico muito contente em saber que tenho três alunos dedicados... ele se levanta e vem na nossa direção... - vou precisar de vocês como auxiliares nas aulas de natação, Como a sala tem muitos alunos a gente dividiu em dois, e claro que sozinho não consigo dar conta, a tarefa é simples, leve esse papel para casa e leiam com seus pais com calma ... ele entrega um papel para cada e ao ler vejo que as tarefas são simples ... - se vocês tiverem interesse em me ajudar nessas tarefas vou bonificar vocês com pontos, tragam assinados até sexta-feira, a questão é que vocês vão ter que ir após as aulas, o bom de ser três e que a gente consegue dividir... ele sorri

– E a outra metade dos alunos ?. Perguntou ágata.

– A sua sala ficou com a Quarta e Quinta, todos vão, essa é a intenção...

– Como você vai dar esse ponto a nós? . ( Thiago )

– Se você faltar, pelo seu auxílio não colocarei no seu boletim, porém tem que pegar as matérias com algum colega de classe e toda nota vermelha, consigo arredondar para a mínima que é cinco, ou seja você não terá um boletim vermelho. Senti o professor me encarar, eu estava lendo as informações que continha. – Você tem alguma dúvida ?. Neguei com a cabeça.  – pois então vamos, caso não tenha interesse é só não trazer assinado, não existe um bicho de sete cabeça em não querer… Esse professor é muito grosso e direto ao mesmo tempo, sorri com a resposta ignorante dele pois as vezes eu sou assim, quando observo ele está me encarando...

A reunião durou vinte e cinco minutos e quando entramos no carro do professor que é muito bonito e está cheiroso, eu e Ágata sentamos no banco de trás e Thiago foi na frente com o professor, reparei bem no carro e vi que o vidro é muito escuro, o banco confortável e aconchegante

Ágata foi a primeira a ficar na sua casa, em seguida eu...

- Obrigada professor.. agradeço e abro a porta ...

- Imagina Diana, obrigado você, até mais ...

- Até... Cheguei em casa e a minha avó já estava na porta.

– Quem é essa pessoa que te trouxe até aqui querida ?

– Meu professor, não se preocupe, precisei ficar para uma reunião e junto com a diretoria e com a confirmação dos pais ele pode nos trazer até em casa hoje.

– não aceite carona de estranho. Ela abre os braços para eu me aconchegar neles. – te amo querida.

– eu também te amo vovó. Solto dos braços da minha avó e ao passar pela sala vejo o meu avô assistindo uma novela em um canal conhecido na cidade.

– ei vô que tal eu fazer uma pipoca pra nós?. Ele dá um sorriso, o meu avô se chama João Sales tem 67 anos e devido ao trabalho difícil na sua época adoeceu e anda de cadeira de roda, a minha mãe e minha avó D. Joana Sales que cuida dele, eu sinto um amor tão grande pela minha família, principalmente pelo esforço de cada. A gente é uma família simples, e por vários motivos essa família sofreu, e o exemplo disso é que quando minha mãe Srta Catarina sales descobriu que estava grávida de mim, foi abandonada pelo meu pai Pedro Martins, e isso levou ela a ser mais madura, e do seu suor uma boa parte da conta da casa é paga. Fiz a pipoca e em seguida a minha avó também participou, rimos e conversamos bastante sobre a novela, algumas horas depois a minha mãe chegou, meus avós já estavam adormecidos no sofá e eu fuçava as redes sociais.

"- Oi amiga (05:10 pm)" 

"- Oi Maria, porque você está sumida ?(17:16)"

"- Eu não estou sumida, mudei de escola, na verdade, venham em casa no final de semana ( 17:20)" – ao ler a mensagem me assustei, não sabia que ela iria mudar de escola. um filme de toda a história do trio se desfaz em minha mente.

"- Não acreditoooo, você vai nos abandonar!! ( 17:21)"  

"- Quanto drama Diana kkkk, eu estou com muita saudade de vocês, mais tarde eu te mando mensagem vou sair com uma galera que conheci na turma hoje bjs gatinha ( 17:23)"

"- Bjs … juízo (17:27)".

– Com quem você está conversando, que está com esse sorriso no rosto ?

– an!? . Minha mãe me pega de surpresa. – assim!! é a Maria, ela acabou de anunciar que mudou de escola.

– Que bom filha, fico feliz por ela, sempre bom mudar um pouco. Ela responde colocando alguns papéis em cima da mesa.

– eu tenho um papel para assinar com você, é para ser auxiliar nas aulas de natação, quarta e quinta.

– você me disse que as aulas começariam semana que vem!? Não foi isso ?.

Expliquei para a minha mãe o ocorrido na escola, ela ficou muito feliz pela oportunidade, e aliviada que não ia precisar pagar mais a minha particular.

– estou contente que vamos economizar. Ela me envolveu em seus braços e beijou a minha testa.

– você é a melhor filha do mundo. Eu sorrio e envolvi os meus braços em suas costas apertando para perto.

– Eu te amo. Nunca faltou amor entre a gente, e isso me fazia a menina mais feliz do mundo e todo esse amor me levava a ser sempre uma pessoa melhor.

( Mais tarde ) assinei os documentos que precisava para ser auxiliar de natação, e naquele mesmo dia a minha mãe já ligou na escola fazendo o meu cancelamento, tomei um banho quente e após os meus higiene pessoal me deitei e logo peguei no sono. A Semana passou rápido, e quando me dei por fé já tinha chegado a tão esperada quarta-feira o nosso primeiro dia de natação, acordei cedo e arrumei a minha bolsa para levar tudo que precisava, ia chegar mais tarde em casa, porém estaria em um dos meus lugares preferidos, Carla tinha ficado decepcionada com a notícia de Maria, ela gostava muito do trio, e falamos sobre o assunto a semana inteira, Maria quase não mandava mensagem e nem dizia o que fazia, mais em seu Illegram a gente via as fotos...

– Bom dia Diana. A professora Karen me cumprimenta no corredor.

– Bom dia professora. Ela sempre me tratava bem, e eu acredito que o motivo é porque eu sou a aluna mais dedicada a sua matéria, entrei na sala de aula e me sentei... O dia passou rápido e já no horário de saída a diretora Mônica entra na sala.

– Boa Tarde alunos, vim aqui dizer que estou muito contente em saber que vocês serão a primeira classe a ter um dia nas aula de natação, quero que vocês aproveitem o dia, as aulas e se divirtam, e obedeçam o professor Marcelo e sua equipe. Ela olha no papel e diz – Thiago, Diana e Ágata, a lista dos primeiros alunos está com o professor, quem for com ele após ver o seu nome na lista aguarde na sala. Ela vai até o professor Marcelo que escuta atentamente, em seguida ele vai para o meio da sala.

– Hoje os meus auxiliares são, Diana e Ágata, Thiago amanhã você e Ágata ficam, ok ?

– sim professor. Diz Thiago e Ágata confirma com a cabeça.

– podem fazer uma fila aqui, olhem a lista, se encontrar o seu nome retorne ao seu lugar e aguarde. A galera assim faz, vejo Carla olhando a lista e acenando com a mão, com o sinal de que ela não estava na lista, " Que droga "pensei em seguida, queria a minha melhor amiga no primeiro dia para apresentar aos meus amigos, me conformo e logo todos que iriam na primeira aula sentaram e o professor permanecia na mesa...

– Bom , vamos lá ?... Diz ele levantando rápido e já indo em direção a porta. Na frente da escola tem uma van essa que nos levará até a escola, o professor nos guiou até a entrada e o privilégio de ser auxiliar e que posso ir na frente.

– Não sabia que você fazia natação!?.( Ágata)

– desde de menina!!. Respondi com um tom surpresa, não esperava a sua pergunta.

– Estou a três anos, mas por diversão, meus pais não querem que eu fique sedentária. A van começa a se locomover.

– Compreendo. Tento encerrar o assunto.

Ao chegar na frente da escola, vejo Tônio entrando, dou um passo para ver se alcanço.

– ei mocinha aonde você vai ?. Escuto a voz do professor e retorno.

– Banheiro.

– em alguns segundos todos estarão lá dentro, aí você vai ao banheiro, só vou falar as regras novamente para ninguém ser expulso. E ele começou a ler toda as informações que continha no papel que a gente levou para assinar, 1- não brincar de afogar, 2- não pular em cima de ninguém, 3- escutar os auxiliar… e por aí foi, quando ele finalizou e todos entraram, fui até o banheiro e coloquei o meu maiô, ao me olhar no espelho vi que o meu quadril estava um pouco maior e os meus seios estão desconfortável, como se tivesse crescido, coloquei a touca no cabelo e fui até o professor, que me encarou por alguns minutos, e aquele olhar me deixou constrangida, avistei os meu amigos e ao caminhar em direção a eles o professor me segurou pelo braço.

– Não pode conversar com outros alunos.

– são os meus amigos, eu fazia natação aqui.

– Eu entendo, mas você vai ficar com a sua turma. Fiz uma careta aos meus amigos e observei que eles riram. – sua equipe vai ficar na sala C... Tônio e Gabriel fazem a natação na sala A, essa era a nossa sala antes, senti uma decepção me tomar e fui para a sala C sem dizer nada ao professor, sentido o peso das coisas grátis...

– pensa pelo lado positivo, você está com os seus colegas de classe. Ele acrescentou com um tom de sarcasmo.

A Galera da minha sala, mas achou que estava em uma festa de piscina do que em uma aula de natação, e a minha obrigação é só observar se ninguém estava se afogando ou tentando matar alguém, fui para o canto da piscina e a Ágata se aproximou.

– Você não parece contente!?.

– Estou bem. Em seguida o professor dá um pulo na piscina, fazendo os muleque se endoidar.

– Que babaca. Quando escuto ela dizer isso eu dou um sorriso , e ela também.

– Acabei de pensar isso. E rimos novamente.

– Vamos apostar quem chega primeiro do outro lado?.

– por que não!!!?. respondo, Então nos posicionamos como duas profissionais e fomos. Eu senti uma adrenalina me tomar e quando vi já estava do outro lado da piscina.

– Huru . Comemorei ao perceber que cheguei primeiro, todos os alunos nos observavam.

– Eu deixei você ganhar. Ágata fala Chegando dois segundos depois. O professor se aproxima com a cara fechada, respiro fundo sentindo a canseira...

– Parabéns meninas, e esse é o nosso objetivo aqui hoje. Ele fala olhando para os alunos. – agora quero que todos vocês vão até a linha de início e façam isso. Todos os alunos resmungava, pois a intenção deles era curtir o dia na piscina. – desculpa estragar a felicidade de vocês duas, mas vocês não podem praticar a aula de vocês hoje, pois vão cansar, amanhã Diana você vai poder fazer isso, e Ágata na próxima quarta, por enquanto vocês são as auxiliares se acontecer alguma coisa, como vou pedir ajuda a duas auxiliares cansada?. Reflito no que o professor diz e compreendo então abaixou a cabeça. – Ágata fica do outro lado e Diana fica naquele canto, vou ficar no meio da piscina, caso algum aluno venha ter cãibra vocês ajudem. Ágata se afasta e o professor passa por trás de mim, me sinto incomodada com o seu jeito e então mergulho para ir até o meu ponto.

( Algumas semanas depois) Havia anunciado no jornal que uma forte chuva vinha para aquela região, e naquele mesmo dia, a diretora da escola tinha deixado certo que eu, Ágata e Thiago podíamos ter o dia só nosso na aula de natação, Ao acordar naquela manhã a chuva tinha chegado e uma forte ventania.

– Está chovendo muito, acho melhor você ficar em casa hoje. Disse a minha avó, ao perceber que eu estava olhando pela janela.

– Hoje eu teria o dia na escola de natação com a minha equipe. Falei pensativa

– marque para outro dia, a sua mãe já foi trabalhar, não tem como você ir até o ponto nessa chuva. Peguei o meu celular e mandei mensagem para Ágata...

"- Bom dia, você vai na aula de natação (06:30)"

"- Bom dia Diana, vou sim porque ? (06:32)"

"- Precisava de uma carona até a escola, está chovendo muito e a minha mãe já foi para o trabalho ela entrou mais cedo hoje ( 06:33 )"

"- Fique pronta eu passo te pegar na sua casa, me passa o seu endereço (06:34)"

Mandei a minha localização para ela logo em seguida recebi outra mensagem.

"- Amiga Não vou na escola hoje, olha essa chuva (06:36)" ... é Carla

"- Eu vou, por que finalmente não vou ter o dia como babá (06:38)"

"- Você é besta kkk ( 06:40)" logo em seguida " se cuida, do professor tarado( 06:41)". Eu havia contado para ela da primeira aula, e também percebi que ele me encarava muito quando estava de maiô, mais que o normal e aquilo me assustava muito, não cheguei a contar para ninguém exceto Carla, que disse que por ela, ela daria uns pega no professor, ele não é feio, apesar de ter o cabelo grisalho ele chamava atenção, após buscar bastante informação descobri que ele é casado com uma mulher muito linda dez anos mais nova e tem dois filhos de um outro casamento, era como se fosse o meu pai e só de imaginar o meu estômago embrulhava.

Chegando na escola de natação, não tinha quase ninguém devido a chuva eu acredito, e ao passar pela sala A vi Gabriel acabando de sair do seu mergulho.

– garota, que saudade. Pulei na piscina e dei um abraço nele, ele é um rapaz alto, tem vinte e três anos, cabelo encaracolado moreno.

– que saudade de fazer aula com você. Ele sorri.

– você sumiu, Tô estava falando de você ontem. Tônio já é um moreno charmoso dois anos mais velho que Gabriel, porém bem magro ...

– e cadê ele? . Perguntei me afastando.

– A gente brigou e acredito que ele esteja bravo. Bom eu não havia dito, Tônio e Gabriel é um casal eu espero, mais esse romance só veio a surgir depois que a gente se conheceu, eu não sabia que eles eram gay no início, até Tônio me obrigar a fazer uma pergunta, Que revelou o lado romântico deles, logo eles começaram a sair, em oito mês namorar e eu virei a filha adotiva.

– tenho certeza que logo vocês se acertam, não esqueçam que vocês vão ser os meus padrinhos de casamento, então façam as pazes. Gabriel ri do meu comentário...

– Diana ... Escuto a voz do professor no fundo, faço uma cara de me ferrei e Gabriel abre um sorriso.

– Sim professor?. Olhei para ele com cara de "Não me mata!"

– Eu precisei dela senhor, não a culpe.

– Vamos Diana, Ágata e Thiago nos espera.

– Tchau. Sinalizei com a mão e saí da piscina. Cheguei na sala C e não havia ninguém, enxuguei a minha mão e fui ver o meu celular havia uma mensagem de Ágata dizendo que teve um imprevisto e precisou sair. 

– Professor, cadê Thiago?

– ele acabou de sair, disse que já retorna. Houve um silêncio, então entrei na piscina e pratiquei, não gostava de estar com esse professor sozinha, e para ajudar nem perto do meu amigo eu podia ficar "AFF" resmunguei em pensamento. As duas horas de treino passou muito rápido, Thiago não havia retornado, e por sorte o professor não chegou a entrar na piscina, a chuva estava ficando cada vez mais forte e quando saí do banheiro o professor estava em uma mesa com sua mochila e a chave do carro na mão, ele fez um sinal me chamando.

– Acredito que não tem como você ir até a sua casa ?. Perguntou

– Eu vou de metrô, não fica tão longe daqui.

– posso te deixar na frente ou até mesmo em sua casa, moro a umas quadra dali. Ouvi o barulho da chuva aumentar.

– Eu não sei se devo. Disse com cautela.

– o centro de natação já vai fechar. Fala um funcionário apressado para ir embora.

– eu vou de metrô não se preocupe. Peguei as minhas coisas e fui, não iria entrar no carro de alguém que me olha de um jeito estranho, ao sair pelo portão, senti a chuva me molhar em questões de segundos, comecei a correr, já a algumas quadras parei embaixo de uma laje e o carro do professor encostou

– entre garota teimosa!!. Ele fala abrindo o vidro. Não pensei duas vezes e entrei no carro, ele fechou os vidros em seguida e ligou o ar quente, se virou e pegou do banco de trás uma toalha para me secar. 

– obrigada. Agradeci envergonhada, e pensei se deveria perguntar por que ele me encarava tanto.

Ele começou a dirigir e não disse uma palavra durante o trajeto, quando estávamos chegando perto do meu bairro ele prosseguiu com o carro.

– ei, você errou o caminho. Olhei em sua face que estava sério e frio. – Você me ouviu?. As ruas estavam vazias e então do nada ele acelerou. – ei você está me assustando. E não se ouvia uma palavra de sua boca, ao chegar a uma entrada de terra e árvores ele desacelera.

– Qual é a sua, deixa eu sair. Pego o meu celular para ligar para a minha mãe e ele está todo molhado e desligado, que droga devo ter estragado. Procuro em seu carro o seu celular mas não encontro, então tentei abrir a porta e essa estava travada. Ele parou o carro no meio da trilha na floresta e tirou o sinto, se virou para o meu lado e segurou em meu rosto, a sua mão é pesada e grande, e em seguida sinto sua boca encostar na minha me beijando sem permissão, um grande desespero me toma, então mordo seus lábios com tanta força que ele me solta.

– desgraçada você me machucou. Solto o sinto e percebo que o carro destravou, não penso duas vezes em sair correndo pela mata. Olho para trás e ele está correndo atrás de mim.

– Espera Diana. As lágrimas começa a sair do meu rosto e quando percebo  ele me empurra, acabei me desequilibrando e caindo na terra e folhas que havia pelo caminho, a chuva está muito forte, porém as árvores minimiza a força , senti o seu corpo em cima do meu 

– por favor, não faz nada comigo. imploro em ato de desespero 

– Calma, não quero te machucar, eu sei que você me deseja. 

– não, por favor. Eu começo a chorar e percebo que não consigo locomover os braços, Em seguida sinto a minha roupa ser tirada, ele abre as minhas pernas com tanta força que chega a doer, sua ereção toca a minha...

- Por favor, professor, eu não te desejo... mesmo implorando e chorando, ele não me ouvia, o peso do seu corpo faz eu ficar instável e então sinto ele entrar, rompendo o lacre da minha dignidade e violado o meu corpo, ao senti-lo dentro toda a minha força se vai embora, e ali eu percebo que eu não podia fazer mais nada, as lágrimas saíam dos meus olhos que logo se mistura com a chuva, e ele continua como se fosse a melhor coisa em que ele estava fazendo na vida , alguns minutos depois ele saiu de cima de mim e me olhou friamente.

– eu sei que você amou vadia, para de chorar você não me mostrava essa bunda atoa, acabei com o seu fogo. Ouvindo essas palavras a dor e angústia da ocasião não fazia eu entender o motivo do acontecido, um filme passou pela minha cabeça, aquele olhar, sempre me observando, em que momento eu dei esse sinal?. Deitada naquela sujeira toda machucada eu abri os olhos e olhei para cima, e a única sensação que me vinha e que eu não podia carregar essa dor, ouvi o barulho do seu carro e em seguida indo embora, aquele covarde acaba de me matar, sem tirar a minha vida.

Desgraça

...Capítulo 03...

Sentada no chão, sentindo a chuva me molhar, olhei ao redor e sabia que ninguém tinha visto o acontecido, as lágrimas rolam no meu rosto, e como um filme de terror todo aquele ocorrido passa na minha cabeça, não sabia o que pensar, não sabia como reagir, me levantei e ainda com a parte de baixa nua, eu coloquei a minha calcinha e a minha calça jeans que está toda suja de terra e molhada, dei alguns passo para trás e peguei as minhas coisa que aquele nojento tinha jogado antes de sair com o carro, e com toda a tristeza do mundo carregado em meu peito, caminhei até a via, e dali comecei ir em direção a minha casa que ficava a uns 25km de distância, na minha mente uma voz diferente surgiu e ela dizia que eu não deveria retornar e sim me matar, será que devo obedecer ? Me pergunto, como contarei a minha mãe? Ou para a minha avó? Que sempre me dizia " não entre em carro  de estranho querida ", mas ele é o meu professor, como ele conseguiu fazer isso comigo ?Porque ele fez isso comigo ? E junto de todas essas perguntas as lágrimas e a dor são a minha companheira nesse momento, um carro passa por mim, e torço para que não pare, e para o meu azar ele para e da ré.

– Diana?. Fala uma mulher surpresa em me ver, em meia a dor não a reconheci pela voz, mais ao olhar dentro do carro vejo a Professora Karen. – Entre no carro, preciso levar você a sua casa agora, o que aconteceu? Aonde você estava ? Porque está tão suja? … As perguntas dela me fazem chorar ainda mais, ela desce do carro e me empurra levemente pelos braço até a porta da frente do outro lado. – entre querida está chovendo. Sem questionar eu a obedeço, qual seria o mal que ela poderia fazer ? Pior do que esse, então não imaginava ser maltratada mais do que eu já havia sido. Ela coloca o cinto e começa a dirigir... – vou levar você na minha casa, como estou morando sozinha, você não precisa se preocupar, lá você toma um banho e a gente conversa, se você quiser. Sinto que o ar quente do carro faz com que eu comece a tremer de frio, então percebo, ela estava certa, não poderia chegar assim em casa, com o meu avô enfermo isso poderia trazer muitos questionamentos e não sei se queria dizer sobre o ocorrido, chegando na casa da professora sem conversar muito ela me direciona até o banheiro, a casa dela é grande e muito bem arrumada, entro em um dos quartos e vejo ela abrir o guarda roupa retirando um roupão.

– tem uma banheira nesse banheiro, tome um banho relaxado, eu vou fazer um achocolatado e depois você me conta o que aconteceu. Eu não tinha palavras, e não sabia como agradecer a ela, por todo esse cuidado, abracei ela sujando-a, no entanto ela não se importou, devolveu o meu abraço e passou a mão em meus cabelos que estavam molhados e duros de terra. – vá tomar o seu banho, eu te aguardo lá na cozinha. Confirmo com a cabeça e entro no banheiro obediente.

Depois de vestir as peças de roupas que estava em cima da cama, abri a porta do quarto e fui até a cozinha, ela estava sentada usando óculos e lendo no computador alguma coisa.

– Sente-se, coma alguma coisa. Ela me indicou o lugar.

– eu não estou com fome, só quero ir embora.

– o que você estava fazendo no meio da pista ? E molhada, suja ?.

– Eu não sei se quero falar sobre isso. E toda aquela cena voltava e minhas lágrimas saí sem eu conseguir controlar.

– Diana, você precisa confiar em mim. Ela levanta e senta do meu lado.

– Eu… já soluçando de tanto chorar, as palavras não sai. – Eu fui abusada, professora. Sua expressão facial muda, ela retira os óculos.

– Por quem Diana? Você precisa confiar em mim! 

– Como vou saber se a senhora vai acreditar?.

– eu estou aqui não estou ? Trouxe você para a minha casa, porque sinto que não está bem, e sei da situação da sua família.

– Pelo Mar. As lágrimas me tomam e já não consigo dizer nada com nada, e então começo a gaguejar.

– É algum moleque ? Ou amigo seu.

– Não. Falo gaguejando... – professor Marcelo. Consigo respirar e a voz sai. A professora se levanta, coloca a mão na cabeça e respira fundo.

– Eu acredito em você, mas como isso foi possível, o que você estava fazendo com ele ?.

– Eu estava na chuva e ele ofereceu carona, aceitei devido estar longe de casa. E contei para ela em lágrimas.

– Que maldito, Diana você não pode contar isso para a sua mãe. Ao ouvir isso a encarei sem entender ...

– Por que?. Pergunto limpando os meus olhos com a manga da blusa que eu estou usando, que com certeza é dela.

– Querida, isso é uma acusação muito séria, e sua família é simples, não terá condições de pagar um advogado. Ela fala sentando do meu lado e colocando o meu cabelo atrás da orelha. – Sei que está assustada, o que eu digo e que já imaginou tudo que você vai ter que enfrentar dentro de um julgamento?. então lembro que a minha família realmente não teria condições de bancar. – você vai ter que conviver com os olhares de julgamento, e também sujaria o seu nome nas escolas e universidade, eu sei que você tem sonhos no futuro, e imagine tudo isso ser desmanchando diante dos seus olhos, o Professor Marcelo é muito amado e querido pelas pessoas, ninguém acreditaria em você. 

– O que devo fazer ?. Pergunto confusa em meus pensamentos.

– Mude de cidade, ou melhor de escola, converse com a sua mãe e fale alguma coisa, sem precisar entrar no assunto, tenho certeza que você é o orgulho dela. Ela sorri me encarando – estou aqui com você, e vou te ajudar, eu conheço uma amiga que acabou de se formar em psicologia, quero que você passe com ela. Ela anda até a geladeira e trás um contato.

– eu não tenho condições.

– não se preocupe, para provar que estou com você, eu pagarei as suas seções.

A professora meu deu muitos conselhos, e pelo ponto de vista dela, ninguém acreditaria nas minhas informações, e o próprio professor poderia achar outras justificativa, falar que não estava comigo, e dizer que após a aula de natação na frente do funcionário que viu eu sair da escola sem ser com ele, as chances são pequenas, e por esse motivo ouvi a professora e me conformei, precisava esquecer aquele dia, e tentar seguir em frente.

Chegando em casa, a minha mãe estava com o telefone na mão, com os olhos vermelhos

– a onde você estava garota olha a hora ?. Sua voz é de muita preocupação e não a culpo, eu nunca havia chegado tão tarde em casa, e ao olhar para o relógio já passava das 19 hrs.

– Senhora, ela estava comigo, encontrei ela na chuva e resolvi levar para casa pois estava muito molhada, como a chuva estava forte convidei ela para tomar café comigo, não se preocupe ela está bem. A professora não me deu tempo de dizer qualquer coisa.

– entre!! Vá para o seu quarto AGORA!!. Minha mãe fala brava, eu nunca tinha visto ela tão nervosa. – obrigada professora, eu estou irritada, porque ela sempre me diz onde está.

– eu entendo a sua preocupação, peço desculpas por não ter te informando, eu não tenho o seu contato e o telefone dela molhou. Olho para trás e vejo a professora entregando o meu celular, para a minha mãe, ela deve ter pegado o meu celular para secar enquanto eu tomava banho assim imaginei.

– obrigada professora Karen, fico mais aliviada de vê-la em boas mãos. encosto a porta do meu quarto e não escuto mais nada.

Deitei na minha cama e ainda com a Virilha dolorida eu consegui descansar.

(Sonho)-- Me solta, nãoooo.. por favor nãooo, eu faço o'que você quiser. acordo assustada, o meu quarto está escuro e sinto as lágrimas escorrer.

– filha ? Você está bem? . A minha avó perguntou entrando no quarto e acendendo a luz.

– Sim eu tive um pesadelo, não se preocupe. Olhei para o relógio e é 00:34. – o que a senhora faz acordada?. Ela abaixa a cabeça.

– seu avô teve um ataque cardíaco essa noite. Levantei no pulo e passo por ela indo em direção ao quarto deles.

– por que você não me acordou ?

– Eu percebi que você estava muito cansada, ele está bem, a ambulância já está vindo. Entro no quarto e vejo o meu avô pálido, e diante de toda aquela situação eu começo a chorar.

– Ele vai ficar bem, não precisa chorar. A minha mãe fala entrando no quarto.

– vovô, você está me ouvindo ?. Ele confirma com a cabeça. – eu te amo muito, o senhor vai sair dessa. Ele abre um sorriso para mim e as lágrimas não cessam.

– Venha comigo Diana, vamos tomar um chá. Minha mãe me guia pelos ombros até a cozinha. – calma, ele vai ficar bem. Houve um minuto de silêncio. – me desculpa filha, por gritar com você, eu não quis… ela começa a chorar. – eu só me preocupei, tenho tanto medo de você passar pelo que passei. Mal ela imaginava o que eu tinha enfrentado naquele dia, e foi ali que eu vi que ela não podia saber, ela iria se sentir uma mãe horrível, sendo que a culpa não foi dela, ela sempre fez de tudo por mim, me aproximei e abracei ela.

– me desculpa mãe, eu deveria ter ouvido a senhora. E as lágrimas rolam, tanto do meu rosto, como do dela.

– está tudo bem agora. Tomamos o chá, e logo em seguida a equipe médica chegou, vejo a movimentação e meu avô sendo levado por eles.

– eu vou ficar com o Papai no hospital, filha cuida da sua avó ela está abalada, tendo qualquer novidade eu vou ligar para o celular da mamãe ok.

– Sim mãe, cuida bem dele. Dou um beijo nele já dentro da ambulância e outro na minha mãe. – eu amo vocês. logo em seguida a ambulância vai, e ao olhar para a minha avó ela está chorando muito, e não demorou vi ela indo ao quarto orar, e aquela ocasião o meu coração já machucado acaba de se ferir mais e vejo todo o meu emocional abalado, após a minha vó orar, deitei na cama com ela e conversamos bastante e então ela me contou como conheceu o meu avô, foi em um dia de festa da escola, onde os alunos iam participar de uma competição e o meu avô era o goleiro do time inimigo.

– sabe Diana, eu era muito bonita como você naquela época, os rapazes sempre estavam correndo atrás de meu pai me pedindo em casamento. Rimos

– você ainda é muito linda vó. Beijo a sua testa. – continue. Falei ansiosa pela história

– ele era alto, e muito bonito e já naquela idade era um homem muito trabalhador, ajudava a sua família que vivam passando necessidade, e quando eu o vi, percebi que ele era o amor da minha vida, o meu coração acelerou senti um arrepio, e nunca imaginei que aquele sentimento nos levaria a se conhecer, ele era amigo do meu irmão mais velho o Tio Chico... Que já era falecido. – e naquele mesmo dia no campeonato depois de perder para o meu irmão, Chico convidou ele para almoçar em casa e ele aceitou, e quando chegou em casa disse que se apaixonou por mim, conversamos e todo o domingo ele saia da sua cidade para ir a nossa, e passava o dia brincando pelo quintal com o meu irmão, logo o meu pai foi percebendo o interesse dele e chamou a gente para conversar se queríamos nos casar, e ele disse que seria uma honra, e mesmo naquela época a mulher sem direito nenhum de escolha o meu pai me perguntou se eu gostava dele, eu confirmei com a cabeça, pois meu pai não entregava as suas filhas a nenhum homem que não fosse da nossa vontade.

– Que história linda vó.

– nos casamos, engravidei depois de 2 anos casada , mas o meu útero era muito pequeno e não segurei o bebê. Quando a minha avó fala eu fico de boca aberta, não sabia que ela já tinha perdido um filho.

– Sério vó? E por que você nunca me contou isso antes ?.

– você é uma criança querida, não tem que saber tudo ainda. Ela fala limpando as lágrimas ao relembrar do passado. – seu avô foi incrível, um homem bom, e presente embaixo de tanta dor ele sempre segurava a minha mão e dizia que a gente ia ter um bebê e que esse seria o nosso orgulho, e ele estava certo, olha a sua mãe ela é a nossa alegria, vive por nós e ainda nos deu o maior presente que um pai e uma mãe deseja, que é você querida. Eu sorrio com esse comentário fofo dela. – Eu peço tanto a Deus para por um homem bom na vida da sua mãe e também na sua. Eu relembro do ocorrido do dia e fico sem reação. – Vocês ainda vão ser muito felizes, eu sei disso.

Não demorou muito para a gente adormecer e despertei com o celular da vovó tocando às 08:40 da manhã.

– alô?.

– filha… escuto uma voz chorosa

– mamãe? O que foi ?

– aí querida… houve um silêncio e muito choro, então percebo… – ele se foi filha. O que eu mais temia tinha acabado de acontecer, e começo a chorar abalada, a minha avó acorda e ao me ver chorar já entende o ocorrido.

– Meu João, cuida Dele Deus. Ela fala em voz alta e chorando desesperadamente. Abraço ela e ficamos um tempo ali.

– vó estou aqui com você.

( Alguns dias depois) após a perda do meu avô, fiquei duas semanas em casa e não tinha vontade alguma de voltar para a escola, Carla, Maria, Gabriel e tônio já haviam me ligado para dizer o quanto sentiam pela minha perda, e Carla não cessava em me dizer que estava com muita saudade de estar comigo na escola e nas aulas de natação, a professora Karen tinha ido naquela mesma semana conversar comigo e me levar alguns remédios para evitar qualquer gravidez indesejada e para a minha sorte a minha menstruação já havia descido, conversei com a minha mãe e consegui me mudar para a escola de Maria Clara, e ela ficou muito feliz com a novidade, mais as novas amizades dela não deixou a gente muito próxima, Carla não entendeu a mudança repentina e a minha explicação é que a minha antiga escola fazia eu me lembrar sempre do meu avô.

– Filha a sua escola nova ligou e me disse que entende a sua dor, mas você precisa retornar às aulas. Fala a minha mãe entrando no quarto e eu estava mexendo no celular novo que ganhei da minha tia avó, irmã do falecido vô João.

– prometo que segunda eu vou. Era quinta feira não iria um dia

– ok, ok segunda então sem falta... ela se aproxima e beija a minha testa. – preciso ir te amo, se cuida.

– também te amo.

Comecei as minhas terapias com a psicóloga Renata Fiore, ela é muito gentil e contei a ela toda a minha história e de psicóloga ela virou uma grande amiga, a professora Karen sempre me visitava e me ligava, nunca imaginei que teria uma professora tão boa assim do meu lado.

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