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O Tempo Trás O Que O Vento Leva

Capítulo 1

Adeus!

Alice chega correndo do colégio

" Mãe! Mamãe! Onde a senhora está!

"Aqui! No banheiro"

Ela corre até o banheiro, parando estática ao ver sua mãe caída próximo ao vaso sanitário e em sua volta poças de sangue!

"Mamãe! O que está acontecendo? O que a senhora tem?"

A sua mãe não tinha mais forças para falar, estende a mão mas não sustenta deixando -a cair ao longo do corpo! Alice sai chorando, desesperada até a vizinha para pedir ajuda!

"Dona Maria, Dona Maria!"

A vizinha chega na janela

"Que foi Alice! Que desespero é esse menina!"

É minha mãe! Encontrei caída no banheiro! Tem muito sangue lá! Por favor me ajude!"

A vizinha grita pelo marido

"Manuel ohh Manoel! Vou à casa da Cida, a Alice disse que ela está passando mal! Vai correndo na serraria e pede pro António descer com o carro para levar ela ao hospital!"

-- Ela já diz saindo rápido--

"Vem minha filha! Vamos lá ver como ela está!"

Ao chegarem a vizinha entra no banheiro

" Meu Deus! Cida, porque não me chamou?"

Cida tenta falar mas as palavras morrem em sua boca, sente um torpor, tenta levantar-se mas seu corpo pesa uma tonelada, passa a ouvir um barulho estridente, seus olhos não piscam mais!

"Cida, fala comigo Cida! Seja forte! O Manoel foi chamar o Antonio, agora mesmo você vai para o hospital!"

Mas, a moça já não tem mais controle do seu corpo, fica lá estática sem conseguir entender o que estava acontecendo com ela! Ouvia sua vizinha longe lhe chamando e o choro desesperado da sua amada filha! Mas não conseguia reagir!

Antonio chega, Manoel ajuda-o carregando a moça até a caminhonete, Alice senta-se na carroceria e apoia a cabeça da mãe em suas pernas!

"Mãe, estamos indo para o hospital!"

A cidade é pequena, logo o rapaz estaciona no pátio do hospital, Maria desce rápido pedindo uma maca, dois enfermeiros ajudam a colocá-la e correm com a moça para o interior do hospital! Alice faz a ficha da mãe, Inconsolável abraça a vizinha chorando muito!

"Calma, Alice, sua mãe é forte, vai ficar bem, você vai ver!"

"Dona Maria, o que será que ela tem! Vomitou muito sangue! Ela está branca igual cera, ela nunca reclamou de nada no estômago!"

"É nunca reclamou comigo que sentia alguma coisa! Mas e seu pai? Tem dias que não o vejo!"

"Estranho ele não estava em casa! Chegou ontem a noite, já estava deitada! Sai cedo pro colégio, minha mãe estava na cozinha fazendo café! Não o vi!

"Ele estava viajando a trabalho?"

" Acho que sim!"

Ficaram silêncio esperando notícias!

"Estão demorando! Meu Deus! Estou muito angustiada!

"Minha filha, vamos rezar e pedir a Deus pra ajudar a sua mãe!"

"Vamos sim!"

Algum tempo depois uma enfermeira chama as duas para conversarem!

"Por favor me acompanhem !"

As duas seguem a moça até uma sala onde o médico as aguardavam!

"Sou o médico de plantão, vocês são parentes da Senhora Aparecida?"

"Sou filha!"

"Sou vizinha!"

"Tem outra pessoa da família?" -pergunta o médico.

"Não! Somos apenas nos duas e meu pai, mas ele não está em casa!"

"Infelizmente não tenho boas notícias! A senhora Aparecida já deu entrada no hospital em choque hipovolemico, ela estava com uma hemorragia digestiva alta e com um sangramento intenso, tentamos reanimá-lá, mas não conseguimos! Provavelmente esse sangramento começou mais cedo!"

"Encontrei-a no chão do banheiro na sua volta tinha muito sangue!"

"Sim, foi uma hemorragia!"

Maria pergunta

"Então conseguiu parar essa hemorragia doutor?"

"Não, não conseguimos e infelizmente a senhora Aparecida não resistiu, veio a óbito assim que deu entrada na unidade de emergência!"

Alice ficou a olhar para o médico, parecia que não entendia o que ele falava, via-o movimentando a boca, mas não conseguia entender o que dizia

"Meu Deus do céu!" Maria vira-se para Alice abracando-a.

"O quê? Não estou entendendo! O que o médico disse?"

"Ah, menina! Sua mãe se foi!"

" Não, isso não pode ser verdade! Minha mãe está viva! Viva!"

"Xxxiiiu, fica calma, vou-te ajudar a cuidar de tudo!

"Cuidar de quê? Ela vai ficar boa, vão dar um remédio pra ela, vai ficar boa! A minha mãe é forte, sei que vai melhorar!"

"Filha, não vai não, sua mãe morreu! Não adianta nada não aceitar! Agora precisamos tomar algumas decisões!"

A menina chora no ombro da vizinha!

"Meu Deus! Como vai ser a minha vida! A minha mãe é tudo para mim!"

"Você tem o seu pai! Ele vai cuidar de você!"

"A senhora não entende! Ele não liga pra mim! Nem gosto quando ele está em casa!"

"Vamos nos preocupar com isso depois! Agora precisamos providenciar o velório! Precisamos avisar o seu pai!"

"Não dou conta de fazer isso!"

"Tem um número de telefone para avisarmos?"

"Não tenho! Ele não gosta que liguemos quando está trabalhando! Diz que incomoda!"

"Até hoje não sei o que ele faz!"

"Ele fiz que trabalha com vendas!"

"Hummm! Mas minha filha precisamos ser práticas! Sei que está sendo difícil pra você, mas precisamos cuidar do velório!"

"Não vou conseguir! Meu Deus porque isso está acontecendo! Ontem ela estava boa! Não reclamava dor! Como pode isso?"

" Talvez ela sentia mas não reclamava pra não preocupar-lhe!

" Saí de manhã, ela estava tão bem!" -nos chorando

"Você quer ir lá pra casa? Pode ficar lá a Deise já deve ter chegado do trabalho, enquanto isso vou providenciar tudo!"

"Posso ficar lá! Não vou incomodar?"

"Claro que pode! Não precisa se preocupar com nada! Damos um jeito! Quer ver o corpo?"

"Pode?"

:Vou perguntar!

A senhora vai até o posto de enfermagem --

"Será que podemos ver o corpo da Aparecida?"

O técnico de enfermagem vem até ela

"O corpo não está mais no pronto Socorro, já foi levado para o necrotério! Somente a Funerária é que vai abrir para preparar o corpo para o sepultamento! Vocês já providenciaram?"

"Vou deixar a filha dela em casa e já irei até a Funerária."

" É muito triste, imagino como a filha está! Tão jovem e já está sem a mãe!" - comenta o rapaz

"Muito triste mesmo, as duas são muito unidas! Mas só Deus sabe o que aconteceu! Mas agora vou resolver tudo! Até mais."

"Até mais!" - despede o rapaz

A senhora vai até

"Alice não vai dar pra ver, já desceram com o corpo dela para o necrotério! Vamos, te deixo lá em casa!"

Elas se abraçam e vão para casa!

Capítulo 2

A descoberta

Dona Maria ajudou Alice, preparou o velório, a menina não tinha como pagar, não conseguiu fazer contato com o pai, então os vizinhos fizeram uma vaquinha e apesar de tudo ter sido simples, o calor humano daqueles pessoas simples aquecia o coração da filha da dona Aparecida!.Dois dias passaram-se, Alice estava ficando na casa da vizinha, que não quis deixá-la sozinha em casa! Ela e outra vizinha foram até lá e limparam o banheiro que estava sujo dos vômitos com sangue!

"Dona Maria, a senhora tem cuidado de mim como uma mãe, não sei como agradecê-la!"

"Que é isso filha! Não precisa agradecer, vi você nascer! Quando os seus pais vieram morar aqui a sua mãe estava de pouco tempo! Vi a barriga dela crescendo, a minha menina estava com um ano, passei as roupinhas dela tudo para você, também tinha ganhado tudo da minha patroa! Depois vi você crescer! Lembra quando você e a Deise brincavam de casinha? Há vocês duas é igual irmã!"

"Agente pegava arroz escondido para fazer comidinha! Era tão bom aquela época!"

"É, mas agente precisa crescer! Hoje ela trabalha! Nem tem tempo para ficar em casa! Mas não estou reclamando, Graças a Deus ela não precisa ser empregada doméstica que nem eu! Conseguiu emprego em loja!"

"É, vou procurar trabalho também, a minha mãe não queria que começasse a trabalhar antes de terminar o segundo grau, mas agora tudo mudou! Nem sei se o meu pai vai ficar por aqui, até porque ele é mais uma visita do que um morador!"

"É esquisito vocês não ter o contato dele! Hoje todo o mundo tem celular! Agente nem conseguiu a avisar -lo!"

"Também não entendo! Mas a Mamãe sempre disse ser para não incomodá-lo! Que ela preferia assim!"

" Você disse que ele chegou na noite anterior?"

"Sim, já estava deitada! Ouvi ele conversando com a minha mãe!"

"Ele não foi até o quarto para vê-la?"

"Não, mas é que não somos muito ligados! Penso que por ele não parar em casa!"

"Mas quando eles vieram para cá ele não viajava assim! A sua mãe até trabalhava muito! Parecia que ele não tinha emprego! Depois de um tempo ele apareceu com um carro e passou a ficar fora por meses até!"

"lembro-me! Raramente ele vinha em casa! Teve dias que a minha mãe só tinha um pão para nós duas comer! A senhora já matou muito a minha fome!"

" É, filha, a vida da sua mãe não foi fácil!"

"E morrer desse jeito! Do nada, de repente começou a vomitar sangue! Meu Deus! Agora não sei como será a minha vida!"

Maria faz um carinho na sua mão

"Não se preocupe, qualquer coisa você muda-se aqui para casa! Não temos muito, mas o pouco que tiver nós dividimos!"

Alice abraça a senhora

"Obrigada, muito obrigada por cuidar de mim!"

☆☆☆☆☆▪▪▪☆☆☆☆☆▪▪▪☆☆☆☆

Alguns dias depois, a menina foi até a sua casa para separar umas roupas, pegar os seus objetos escolares, resolveu mexer no guarda roupas da sua mãe!

"Ela tinha poucas roupas, vou separar e ver com a Dona Maria o que fazemos com essas roupas!"

Viu que tinha uma pequena caixinha no fundo, meio que escondida, curiosa pega a caixa, encontrou duas fotos antigas da mãe abraçada com um rapaz que não era o seu pai!

"Nossa, minha mãe era tão bonita! Quem será esse rapaz! Também muito bonito! Deve que era seu namorado! Deixa ver o que tem mais nessa caixinha, será porque que ela mantinha escondida? Deve ser pro meu pai não ver, para não fazer ciúme nele! Hummm mais uma foto, agora ela está sozinha! --

Ao retirar a foto da caixinha ele vê um maço de dinheiro enrolado e amarrado por uma fita

"Meu Deus! Que dinheiro é esse? -- Ela solta a fita e começa a contar -- a nossa! Tem dois mil reais! Será porque que ela nunca me disse que guardava aqui esse valor? E se eu soubesse teria usado esse dinheiro para pagar o velório dela! Coitado dos vizinhos fizeram vaquinha para isso e o dinheiro aqui! Já sei vou levar e pedir para dona Maria devolver para eles o que gastaram! Essas fotos também vou ficar com elas na minha carteira!"

Ela termina de juntar tudo, já é tarde, pega as suas roupas põe na mochila, os seus cadernos e volta para a casa da vizinha!

Deise já estava em casa

"Alice, saí mais cedo do trabalho hoje, se quiser lavar o seu cabelo faço uma escova, ele está muito embaraçado aí em baixo desse rabo de

cavalo! Tá sem ânimo de lavar né?"

"Não estou nem um pouco animada!"

"Há, mas hoje vou cuidar de você! Considere como um carinho!"

"Você não existe mesmo! Vou lá então tomar um banho e lavar os meus cabelos!"

"Vai lá, dê-me a sua mochila levo para o quarto! Quer que separe uma roupa para você!"

"Não, não precisa! Tomo um banho rapidinho!

" Então tá! Enquanto isso vou comer algo!"

"Beleza!"

Logo ela sai do banho com os cabelos enrolados na toalha!

"Já? Demoro muito quando tenho que lavar os meus cabelos!"

" Humm, não quero abusar, energia e água estão muito caros!"

"Então vamos lá! A nossa esta muito embaraçado! Nunca descuide dos seus cabelos! Dizem ser a moldura do nosso rosto, apesar de que o seu é lindo!"

"Você pensa que me pareço com quem? Mais com a minha mãe? Ou com o meu pai!"

"Você é a sua mãe esculpida e escarrada! Como dizem a cara de uma focinho da outra! A sua mãe era uma mulher muito bonita! Mesmo com as dificuldades que enfrentou manteve-se linda! O dia que você encontrar um namorado mostra uma foto dela, assim vai se animar mais, verá que mesmo sendo madura continuará linda como a Dona Aparecida!"

"Não quero pensar nisso tão cedo na minha vida! E você mais o Juliano?"

"Deu em nada não! Descobri que ele é meio galinha! Já deu em cima da metade dessa cidade! Também não quero me envolver com ninguém! O meu sonho é sair dessa cidade medonha! Assim que for maior de idade vou embora!"

" Você não tem medo de viver sozinha numa cidade grande?"

" Não, nem um pouco! Mas preciso de uma profissão! Quero fazer um curso técnico só não sei em que área!"

"Tem que ser numa área que tenha muito de trabalho!"

"Pois é menina! E que o salário seja razoável para poder manter-me!"

" É, talvez quem sabe Também faço um curso!"

Sente um puxão no cabelo --

"Aii Deise, tá puxando muito"

"Isso não vai ter jeito, tem um ninho de passarinho aqui embaixo!"

Dá risada--

"Ou estou sempre desembaraçando esse seu cabelo, mas dessa vez conseguiu fazer uma obra de arte!"

"É e toda a vez prometo que não vou deixar ficar nesse estado! Mas tá doendo tanto que dessa vez eu lhe prometo amiga!"

As duas dão uma risada!

Capítulo 3

A verdade assustadora!

Logo depois que Deise arrumou o cabelo, Alice foi deitar um pouco, as dezoito horas Dona Maria estava na cozinha preparando o jantar, ouviu baterem na porta!

"Quem será uma hora dessas!

Vai até à porta abrindo-a, se depara com o pai de Alice!

"Boa noite dona Maria, cheguei agora e não tem ninguém lá em casa! A senhora sabe onde elas foram e se vão demorar? Estou sem a chave da casa!"

"Ohh que bom que o senhor voltou! Infelizmente não tenho boas notícias para lhe dar! Semana passada na terça-feira, penso que não deu tempo, porque o senhor saiu cedo! Mas a Cida passou muito mal! Ela começou a vomitar sangue vivo, não conseguiu pedir ajuda! Quando a Alice chegou da escola encontrou a coitada quase morta, no meio de muito sangue que vomitou! Chegamos a levar ela para Santa Casa, mas o médico disse que já estava sem vida!"

"Meu Deus! O que a senhora está me dizendo? Porque não me avisaram?"

"Como? Sua filha não tinha o número do seu celular! Nem no da Cida encontramos!"

"E como fizeram com o velório? Ela não tinha dinheiro em casa!"

"Morto não fica em cima da terra não! Nós juntamos e fizemos uma vaquinha! Foi simples, mas foi digno!"

"E onde está a menina!"

"Aqui, comigo!"

"Então a senhora chama ela pra mim por favor?"

"Espera, vou lá dentro para chamar."

Ela encosta a porta e vai para o interior da casa. Abre a porta devagar, sua filha estava sentada na cama lendo um livro, ela vê Alice dormindo no colchão que estava usando no chão!

"Ela está dormindo? --

Pergunta baixinho para filha, Deise faz sinal pra não fazer barulho e afirma que sim.

" O pai dela chegou!"

"Quando ela acordar eu aviso! Ela não tem dormido bem esses dias! Chora muito de noite! Deixa ela descansar!"

" Você está certa, vou avisar ele! Se ela acordar fala pra ela ir lá para conversarem."

" Pode deixar, falo sim."

Dona Maria volta pra porta da frente com a chave da casa que ela pegou na escrivaninha.

"Trouxe a chave da casa, a menina está dormindo! Não tem sido fácil para ela esses dias! Assim que ela acordar aviso que chegou e peço para ir lá!"

" Nossa que notícia a senhora me deu! Estou estarrecido! Pior que veio comigo um amigo do trabalho! Meu Deus! isso não passava pela minha cabeça, e agora? Como vai ser?"

"Essas coisas pegam agente de surpresa mesmo! Está difícil de entender! Ela nunca queixou nada!"

"Nem pra mim ela queixou, senão tinha levado ao médico! Mas então a senhora me faz esse favor? Quando ela acordar pede para ir lá pra casa!Quero abraçar a minha filha!" Disse a virando se para sair

Dona Maria ficou observando-o se afastar

"Hum, até parece que liga pra elas, não sei não mas penso que o senhor não passa de um vaso ruim!"

Na casa de Alice.

Cida ouve alguém abrindo a porta, ela não conseguia sair daquela casa, a filha veio mais cedo, ela viu-a pegar algumas roupas, quando encontrou a sua pequena economia, as fotos do seu grande amor! Ela pediu tanto para ela não mexer, mas a menina parecia não ouvi-la! Logo ela saiu! -- Gente onde essa menina está ficando? Não dorme mais aqui! -- A porta se abre novamente e ela vê o seu companheiro e um homem que ela não conhecia entrarem! Respira aliviada indo cumprimentá-lo!

"Ai que bom que chegou! Não sei o que está acontecendo! Estou trancada aqui! A Alice não fica mais em casa!"

Eles não percebem a sua presença! Ela presta atenção no que falam.

"Viu, não lhe falei! Seria a última vez que voltaria aqui! Tirei a Cida do nosso caminho! Agora a Alice é nossa! Chegou a hora!

"Como conseguiu tirar a Cida do caminho?

"Fui dando o veneno gradualmente, até que semana passada precisava agir rápido, o chefe já está pressionando! Então cheguei a noite para não levantar suspeitas, dormimos e quando ela estava tomando café saí do quarto pedindo uma camisa, enquanto foi buscar misturei o veneno com uma dose bem alta! Depois fui embora! Ninguém sabia que cheguei a noite! Esperei a sonsa da Alice ir dormir para entrar!"

"Cara, você é um génio! Preciso usar o banheiro! Posso?"

"Pode! Fica ali no corredor!:

Cida horrorizada com o que ouve passa a lembrar-se da dor forte que sentiu no estômago, logo depois os vômitos e muito sangue, ela encolhe-se com a dor, chorando desesperada

"Meu Deus! Porque ele fez isso comigo!"

Sempre cuidei tão bem dele, das coisas dele! Ela sentou -se no chão encolhida sentindo muita dor, os vômitos se iniciaram e de novo volta a vomitar muito sangue!

"Preciso melhorar! Não sei porque esse desgraçado fez isso comigo! Tenho que descobrir! Ele disse que precisava me tirar do caminho! Mas, porquê? Será que ele arrumou outra mulher nessas andanças? Mas ele disse que agora a minha Alice é toda deles? O que isso significa?"

Na casa da Dona Maria estão jantando quando Alice chega na cozinha

"A nossa, já está de noite! Acabei dormindo!

"Preferi não lhe acordar!"

"O seu pai chegou Alice! Peguei as chaves e entreguei para ele e disse que quando acordasse ia lá para vê-lo!"

" Ele já sabe o que aconteceu com a minha mãe?"

"Sim, contei!"

"Acho que vou lá, para vê-lo!"

" Janta primeiro!"

"Não, obrigada, não estou com fome! Capaz que vou ter que fazer janta para ele!"

" Ah minha filha, ele trouxe uma visita, parece ser o rapaz que trabalha com ele!"

" Aí é que vou para cozinha mesmo! Devem estar com fome! Como eles estão lá devo dormir hoje por lá mesmo! Vou levar a minha mochila!"

"Mas se Precisar, pode voltar viu!"

"Está bem, qualquer coisa volto pra cá!"

Ela despede-se vai até o quarto, calça o tênis, pega a mochila e vai rumo a sua casa! Chegando lá decide ficar do lado de fora, a porta estava meio aberta, não dava para vê-la e ela passou a escutar o que diziam.

Na sala

O rapaz volta do banheiro

"Mas vai ter coragem de vender a sua filha mesmo"

"É quem disse ser minha filha? - dá uma rizada - A tonta da Cida pensa que me enganou! Um mês que agente transou ela veio dizendo" Eu estou esperando um filho seu!" Na hora fingi de bobo, mas não posso ter filhos! Tive caxumba quando era criança, desceu pras minhas bolas! Nunca fui pai dessa menina! Mas no início era cômodo pra mim! Estava numa magrela danada, nisso a cida era boa! Trabalhava até, não precisava me preocupar! Me servia muito bem na cama! Aí fui ficando, fingindo que a menina era minha....

Cida não se aguenta, reune todas as suas forças e em um acesso de raiva parte para cima dele

" Desgraçado! Você enganou-me esse tempo todo! Que ódio! Eu suportei o seu toque por causa da minha filha! Desgraçado, vou-te matar!"

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