...ATENÇÃO...

...aviso importante!!...

***este livro aborda alguns temas delicados, e contém gatilhos a respeito de rejeição amorosa e distúrbios alimentares, então se você ese encontra em uma fase sensível de sua vida a respeito desses temas, indico que busque ajuda o mais rápido possível e também que evite alguns capítulos dessa leitura, para que de alguma maneira não lhe afete...

BOA LEITURA!

ass: Eliza lima***

***Meu nome é kilian Torres desde cedo trabalho no pesado para que meus sonhos se concretizem, e não foi em vão todo meu suor, hoje a empresa de perfumaria que pertenece a minha família é uma das maiores do país, herdei a empresa do meu pai quando ele faleceu nós deixando na miséria, para não ver minha mãe que sempre habituada aos luxos da sociedade passar por necessidade, assumi para mim mesmo a responsabilidade de levantar o negócio com apenas 19 anos, claro agora como sou multimilionário eu não preciso mais me preocupar com nada...

hoje tenho tudo que quero, porque posso pagar né...

não pense que foi fácil construir fortuna sendo preto, talvez seja por isso que meu pai não tenha conseguido antes de ter tudo o que tenho as pessoas da alta sociedade me olhavam e meneavam a cabeça em negativa, como se perguntando o porquê que eu estava alí, e hoje as mesmas imploram pela minha presença.. irônico não?

sabe.... mais sinto que estou rodeado de futilidades, duvido que essas pessoas me trataria assim se eu não fosse quem sou agora... isso me irrita, me agonia saber que ninguém é de verdade, e que o amor para pessoas como eu não são possíveis...

como saber se a pessoa amada te ama também ou só quer seu dinheiro e status? como saber se a pessoa realmente te admira ou está em busca de te agradar com fins lucrativos?...

estava sentado refletindo sobre todas essas coisas em um banco numa praça aproveitando que nem um paparazzi apareceu para tirar minha paciência e paz , sabe é muito irritante essa parte, quanto mais famoso menos privacidade!

resolvi entrar em uma cafeteria classe média, que parece ser bem movimentada... espero não ter ninguém que me reconheça para me amolar, penso enquanto entro...

ao entrar num pequeno descuido de minha parte esbarrei em uma mulher muito bonita que no automático já me xingou...

- você só poder cego! haaa que droga...

( ela fala, bem irritada comigo e eu que não estou habituado com pessoas com esse comportamento comigo , não consigo evitar de esboçar um sorriso )

- desculpe, não foi minha intenção!

- tá ok, só pelo menos me ajuda antes que aquele maldito velho me manda embora pelo prejuízo das xícaras, que devem ser de maior valor que o meu salário!

não hesitei em ajuda-la, afinal foi eu mesmo quem provou a quele pequeno acidente.... mais infelizmente o tal velho apareceu já a humilhando se importar está na frente dos clientes, isso mexeu comigo mais do que deveria...

não se tratava apenas de um incomodo qualquer, era como se ele estivesse não maltratando aquela mulher mais, sim a mim mesmo***!

sou Catarina Lopes, preta e simples e disso eu nuca esqueço, porque a última vez que pisei me esquecer disso, passei pelo pior momento de minha vida... sabe a quela típica história em que a suburbana se apaixonou perdidamente pelo moço rico, pois bem essa história também se repetiu comigo a diferença é que nos contos eles acabam juntos, já no meu caso minha história acabou com uma moça que antes era pura e sonhadora agora como uma mulher frustrada, traída e abandonada grávida....

mesmo sendo tendo formação em contábilidade eu estava sem opções por ser recém formada e o meu filho não ia ter fome depois... ele precisava agora, então tive de abrir mão de todo um sonho para ir em busca do sustento do meu filho sozinha, eu sei que não sou a primeira e muito pior que serei a última mulher feita de trouxa, que precisa ir a labuta para criar um filho sozinha...

faço o que for por ele, mais não quero nunca mais me relacionar com ninguém, e muito pior com esses riquinhos de merda...

até sábado passado eu estava trabalhando como vendedora de seguros.. mais sou tão lascada que a empresa decretou falência demitido todos os funcionários e nós deixando na lama, sem ao menos o direito de ter um seguro... como tenho duas parcelas de aluguel atrasado não pensei duas vezes em me candidatar a primeira vaga que vi, em uma cafeteria de classe média... o salário é o mínimo, mais antes este do que nem um, o problema é que para me manter aqui tenho me desdobrado em quase um trabalho escravo e o pior, meu patrão é um velho italiano que parece mesmo um algoz, só lhe falta o capuz e a chibata... porque de resto ja esta ok! tudo é razão para ameaçar me demitir e qualquer gota de água que eu usar a mais ele desconta do meu "salário"... eu só suporto porque não tenho no momento outra coisa para recorrer, e preciso tirar de algum lugar o sustento!

.

.

.

.

hoje dia 15/03/2001 as 16:20h

em uma cafeteria modelo Italiana

mais um dia comum, marcado por muito trabalho e estresse... hoje o velho tirou o dia para me importunar, as vezes eu tenho a impressão que ele tem essa atitude porque o desprezo.

Desde que passei a trabalhar aqui percebi que ele tem uma atitude assediadora com suas funcionárias e que por incrível coincidência são só mulheres de no máximo até 30 anos... esse velho é um verdadeiro canalha, isso sim!

eu estava indo entregar os pedidos de uma mesas, estava com uma bandeja cheia xícaras com cafés, chás e torradas

- você só poder cego! haaa que droga...

( falo super irritada, nem olhando no rosto da criatura que derrubou minha bandeja )

- desculpe, não foi minha intenção!

( o homem justifica, e eu finalmente lhe olho no rosto ) era um homen moreno muito interessante...

- tá ok, só pelo menos me ajuda antes que aquele maldito velho me manda embora pelo prejuízo das xícaras, que devem ser de maior valor que o meu salário....

o velho já queria alguma oportunidade para me humilhar, como encontrou prontamente ele começou, sem me deixar explicar que foi o cliente que por acidente foi que esbarrou em mim, e não o contrário...

- ragazza maledita, como lucrar se uma imprestável como você só trás prejuízo... estas xícaras sairão do seu salário, aliás da sua recisão, sua preta imunda!

- você não tem direito de falar assim com ela!

( disse o homem conseguindo ser mais autoritário ainda do que o velho )

- não se meta seu maledito, que é você?

- kilian Torres, e quanto as xícaras eu que quebrei eu que as pago... poderia até comprar esse muquifo se quisesse mais o que eu faria com ele depois? agora sobre seu chilique.. pode procurar um bom advogado para responder por injuria racial, racismo e segregação, mais eu duvido que encontre um advogado melhor que os meus...

pela primeira vez vi aquele velho nojento, ficar pálido como papel... imagino só, ele encontrou um cachorro que late mais alto que alto que ele... eu pensei!

Em outro tempo da minha vida eu teria ficado pasma e toda derretida por ele, já que parece sem um pessoa importante é muito atraente e me defendeu de maneira nobre, pois eu bem sei que mesmo a capa sendo se fato dele, um rico jamais admitiria ser culpado de nada para livrar um funcionário qualquer...

aceno com a cabeça em gratidão, tiro o avental d cintura e jogo em cima de uma cadeira, e me dirijo a saída... vou caminhando pela calçada e só agora que passou a adrenalina da quelé momento é que percebi que estou na rua... sem emprego e com uma semana de trabalho a decisão é uma mixaria, coloco minhas mais no rosto e deixo as lágrimas escaparem, meu Deus eu não podia ficar sem emprego e não é nada fácil encontrar um...

Rian Torres

Saio da quela cafeteria imediatamente, pois antes quem não queria ser reconhecido acabou de se apresentar em público afim de humilhar um comerciante...

sigo e noto que a frente está aquela bela mulher do café, ela nitidamente está chorando e não sei explicar o porquê, eu nem ao menos a conheço mais eu me sinto triste por vê-la assim... eu sei que foi culpa minha toda aquela humilhação, as coisas que aquele velho disse feririam a dignidade de qualquer um... certamente é por isso que ela chora....

me aproximei e disse...

-me acompanha a um café?

-nem me fale em café, disse enxugando as lágrimas...

- não aquele, um capuccino de verdade... em uma cafeteria descente!

- desculpe, eu não posso... eu não....

- eu pago, vamos... vou ficar me sentindo mau por toda a quela humilhação como se eu próprio tivesse feito a você, se não me deixar compensar a quele acidente....

- está bem... mais não pode ser muito longe! tenho hora para chegar em casa!

- tudo bem é aqui bem pertinho...

seguimos caminhando em silêncio até que paramos em frente a um linda cafeteria, muito linda e de faixada bem trabalhada... nem parece aquele muquifo como ele mesmo disse... fiquei como boba admirando a beleza da quele lugar e nem percebi que parecia uma retardada para alí...

- vem...

ele disse me puxando pela mão

e quando nossas mãos se tocaram sentí como um choque, tipo uma corrente elétrica começando pela mão e se espalhando por todo o meu corpo, então eu subitamente só puxei a mão de volta... ele percebeu meu incomodo e disse..

- há me desculpa!