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Femea Pura 2 A Filha Dos Supremos

O Selo

O casal de Supremos, Ramon e Heili, tiveram três filhos gêmeos. Joshua, Melanie e Marina. Os três nasceram muito poderosos como os pais, sendo que Marina, tinha um poder muito além dos dois irmãos juntos, pois absorveu toda a magia da bruxa que a mãe derrotou, quando estava prenha dos três.

Quando completou um ano, Marina já manifestava esses poderes e o Supremo dos bruxos, sugeriu colocar um selo de contenção dentro dela, para que eles só se manifestassem quando ela chegasse aos dezesseis anos. Heili concordou, mas quis esperar até que acontecesse algo mais grave, o que ocorreu quando a pequena fez três anos.

Até então, Marina demonstrou ser uma criança esperta, inteligente, que amava brincar com as outras crianças e tudo queria saber, sem ter medo de enfrentar os percalços do caminho. Mas depois que foi feita a cerimônia, que durou horas e foi preciso várias bruxas, além do supremo dos bruxos, para colocar o selo, Marina mudou.

Do comportamento extrovertido e arteiro que tinha, passou a ser quieta e introvertida. Começou a ficar escorada pelos cantos e se esconder debaixo da mesa e da escada. Não corria mais para brincar com as outras crianças e nem gostava de ficar em lugares com muitas pessoas.

Heili tentava de tudo para animar sua filha, mas não adiantava. Seus irmãos não entendiam e começaram a se afastar dela, aborrecidos por ela não lhes dar mais atenção. Piorou quando começou a ir para a escola, sentava-se distante das outras crianças e à medida que aprendeu a ler, nem sair para o recreio, queria.

Seu comportamento mudou mais ainda, quando as outras crianças perceberam que ela não reagia a nada. Jogavam bolas de papel, giz e outros objetos nela, apelidaram-na de ômega e começaram a lhe dar ordens. Raro era o dia em que saía logo da sala, pois tinha que catar todo o lixo que as outras crianças jogavam, arrumar os materiais e apagar o quadro de giz.

Seus irmãos não entendiam porquê ela obedecia tudo que lhe mandavam, ficavam aborrecidos com ela e foram deixando ela cada vez mais sozinhas. Sentiam vergonha e não queriam ser menosprezados por serem seus irmãos. Ela chegava sempre depois deles, em casa e por ser chamada de ômega e ser ensinada pelos "coleguinhas" que ômegas só serviam para trabalhar em serviços domésticos, ao chegar, ela ia direto para a cozinha, ajudar a lavar a louça e limpar a casa.

No início, os empregados da casa acharam engraçadinho, mas com o tempo, estranharam e foram falar com a Luna, que passou a observar melhor a filha e não gostou do que viu.

— O que foi, meu amor? — Perguntou Ramón, ao ver sua Luna encostada em uma coluna da casa, chorando.

— Acho que erramos em permitir ao supremo, colocar o selo em nossa filha. Alguma coisa deu errado. Ela nunca mais foi aquela criança alegre e curiosa, que enfrentava desafios para conseguir as coisas. Agora ela parece mais humana do que uma de nós. Olha pra ela, fazendo o serviço da casa como se fosse a empregada.

— Vai ver ela gosta, amor — Contemporizou Ramón. 

— Para de pôr panos quentes, Ramón. Tudo bem que você não queira admitir, mas precisamos fazer alguma coisa. Nossa filha é uma Alfa e não uma ômega. Vou chamar o Supremo. — Disse Heili, indo para o escritório telefonar.

Na cabecinha de Marina, tudo que ela precisava fazer era obedecer e tudo ficaria bem. Se tinha que limpar, limpava, se tinha que estudar, estudava, se tinha que comer, comia e assim era com tudo. Simplesmente vivia e aprendia, sem dor e nem sofrimento, por que não entendia o que era isso.

O supremo veio e examinou Marina e chegou a uma triste conclusão.

— O que foi que aconteceu, supremo? — Perguntou Heili, preocupada.

— Quando nós puxamos os fios de magia e atamos, lacrando tudo com o selo, sem querer, prendemos também a loba dela. — Explicou o supremo.

— O quê? Você prendeu a loba Alfa da minha filha? Não tô acreditando nisso, seu…— Ramón partiu para cima do supremo, com o punho fechado para socá-lo, mas o feiticeiro foi mais rápido e o paralisou.

— Menos mal — disse Heili — o que podemos fazer, então? 

— Nada. Terão que criá-la com mais zelo e mãos educação que as outras crianças, pois ela não terá o instinto da loba para ajudá-la, assim como não curará tão rápido os machucados e será mais lenta do que os irmãos. — Explicou ele.

— E a loba conseguirá se libertar? 

— Sim, quando o selo se desfizer, naturalmente, toda a magia e também a loba, sairão.

— Ainda falta muito tempo para isso, aconselho que ela tenha uma ama de tempo integral para cuidar dela e protege-la e que ao fazer oito anos, vá para a escola como qualquer outra criança, pois ela precisará de todo o conhecimento que conseguir adquirir. Principalmente sobre magia, bruxaria e feitiços.

— Ok, supremo. Faremos isso. Agora pode soltar meu companheiro? — Pediu Heili.

O supremo fez um gesto e ao mesmo tempo que liberou o Alfa, também sumiu, voltando para sua morada.

— Volta aqui desgraçado! 

— Não adianta, Ramón. Matar ou socar ele, não ajudará nossa menina. Daqui pra frente precisamos ficar mais atentos a tudo que lhe diz respeito, começando por conversar com ela sobre esse comportamento estranho que está tendo.

— Eu sei o que é mamãe. — Falou Joshua, saindo de seu esconderijo atras da poltrona.

— Menino, já não falei para não ficar ouvindo conversa de adultos. — Brigou com ele, Ramón.

— Sim, papai. Mas eu tava aqui primeiro.

— Então fala, Joshua. — Mandou Heili.

— São os coleguinhas na escola, disseram que ela é ômega e tem que fazer os serviços de casa. Eu não sabia que não era culpa dela mamãe…

— Vem cá, querido. — Heili pegou o filho e sentou-o no seu colo. — Não é sua culpa, se as outras crianças não tratam bem a sua irmã, mas agora que você sabe o porquê dela estar assim, procure defende-la. Ela é sua irmã, sangue do seu sangue e quando ela crescer e sua loba sair, será muito poderosa, entendeu?

— Sim, mamãe. Vou ajudar ela.

— E eu vou até a escola, alertar a doretora. — Disse Ramón.

— Não, senhor. Eu vou cuidar disso, amanhã, pois agora vamos conversar com nossa filhotinha. 

Eles foram até Marina, tiraram a vassoura de suas mãozinhas e levaram-na para a sala, sentaram-se no sofá e até Mel, veio para ouvir a conversa. Tudo foi explicado a Marina sobre o que devia ou não fazer, só não foi contado sobre o selo, essa parte ficou só entre os pais e Joshua.

Assim os cuidados foram redobrados. Os professores começaram a corrigir o comportamento dos alunos e ensinar a não discriminar ou tratar mal o coleguinha, só por ele ser diferente. Marina estudava mais que todos e também se exercitava mais, por não ter sua loba para fortalecê-la naturalmente.

Até que chegou o ano de irem para a escola do casarão e Heili só permitiu que fossem, porque confiava em seus amigos que lá estavam. Pessoalmente, falou com todos os professores e explicou que apesar dela ser frágil, deveria aprender tudo igual aos outros e ser cobrada até mais. Os professores acharam aquilo estranho, mas melhor não questionar, afinal, era a Luna Suprema que estava mandando.

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Aprendizado

O ano letivo iniciou e a maioria das crianças amou as aulas de magia e poder, mas Marina gostava de botânica e de animais. Não que fosse seu dom lidar com eles, mas sim porque tinham menos alunos interessados. Assim foi aprendendo a utilidade de cada planta  e como podia influenciar e utilizar os serviços dos animais, também.

Participava de todas as aulas e era muito cobrada, tendo que praticar até quando todos estavam de folga. Joshua a protegia sempre que percebia alguma criança ou adolescente, observando ela ou implicando com o jeito quieto dela de ser. Mas não conseguia estar sempre com ela, pois frequentavam aulas diferentes, pois faziam parte de turmas diferentes.

Por isso Joshua a incentivou a frequentar as aulas de defesa pessoal junto com ele e conforme o tempo passou, se fortaleceram e especializaram em lutas marciais, que requerem mais atenção e concentração do que força física. Os golpes usavam partes do corpo específicas e seu poder ali acumulado, o que para Marina, foi o ideal.

Eles cresciam e a atenção de cada um dos irmãos se voltava para algo diferente. Joshua puxou ao pai e gostava de lutar e administrar tudo, mandava e controlava todos, naturalmente e se transformou mais cedo que as irmãs, com apenas quatorze anos. Já Melanie, gostava dos poderes curativos e manipulação de medicamentos.

Marina era a única que aprendeu de tudo, muito, mas não tinha magia para produzir nada, sua força fisica era muito boa, para uma humana, mas não para uma sobrenatural. Todos estranhavam, por ela ser filha dos supremos, mas apenas cochichavam pelos cantos.

— De que adianta ela aprender e decorar tantos feitiços e poções, se não pode praticar nada — Comentava um dos professores, na reunião dos professores.

— Ela é filha dos Supremos e foi pedido pela própria Luna, que a tratemos com especial atenção. — Disse outro professor.

— E ela não disse que a menina não tinha poderes ou que era uma ômega sem poderes. — Comentou outro.

— O certo é que ela é muito esforçada e obediente em tudo que ensinamos e mandamos fazer. — Voltou a falar a primeira.

— Logo teremos nossa festa de Lua Cheia e ela faz parte do grupo que vai se transportar pela primeira vez. Não sei como vai ser e se ela vai conseguir. O problema é o que poderão fazer com ela, caso não se transforme. — Falou a diretora, preocupada.

— Vou colocar mais seguranças para vigiar todo o evento.

— Sim, e o jeito será esperar.

***

Marina ficou uma adolescente tímida e retraída. Andava sempre de cabeça baixa e não falava muito com ninguém, mas observava tudo e todos. Assim como todas as meninas da escola, também observava os rapazes e havia um em especial, de quem ela se agradava e sempre sorria quando ele passava. Não era um sorriso que todos notavam, mas uma mexida na curvatura dos lábios e um levantar das bochechas.

Mas em um determinado dia, o futuro alfa da Alcateia da Espanha, notou e quis saber mais sobre a jovem. Depois de descobrir quem era ela, traçou um plano que lhe daria a supremacia que tanto seu avô queria, mas nunca conseguiu. Sempre ouviu ele falar sobre seus planos de governar todas as Alcateias e adorava todo esse poder que ele dizia que teria.

Ficou cercando a jovem, quando ninguém estava vendo e com sua insistência, aos poucos foi a enredando. Marcou encontro com ela às escondidas, na biblioteca e andava entre as prateleiras, de mãos dadas com ela, dizendo que achava que ela era sua companheira. Marina estava encantada, nunca ninguém se interessou em conhecê-la e principalmente, lhe disse que ela era bonita, como ele lhe dizia. 

A biblioteca era bem grande e muitos magos e bruxos frequentavam o lugar. Livros voavam pelo espaço, saindo e entrando nas prateleiras e ela se divertia com isso. O futuro alfa, chamado Castilho, sorria o tempo todo de suas tiragens sobre tudo que já havia lido e alguns que passavam voando.

Conversavam muito e ele sempre perguntava sobre a Alcateia dela e seus pais. Queria saber como funcionava, quem mandava, como era a segurança e se havia bruxos e feiticeiros lá. Ela não ligava de falar, pois via nos questionamentos dele, um interesse total sobre ela.

Marina, apesar de se exercitar, era miúda. Seu corpo era magro, mas bem definido e se desenvolveu nos lugares certos para parecer bem feminina. Seus cabelos eram castanhos como os da mãe e compridos, mas vivia de tranças. Seus olhos não puxaram a cor dos pais, era âmbar e seus cílios longos e escuros, sobressaem em contraste com a cor clara deles.

Seria mais notada, se não escondesse o corpo, sempre vestindo moletons dois números maior que ela. Dessa forma, sentia-se sortuda por ter Castilho a enchendo de elogios. Combinaram de se encontrar na festa de Lua Cheia, depois da transformação, para saberem se são mesmo companheiros, através de seus lobos.

Marina estava nas nuvens e Joshua percebeu e foi falar com ela.

— Oi, Joshua. Vai a festa? Você já se transformou e pode nos ajudar. — Perguntou Marina, assim que viu seu irmão.

— Não perderia isso por nada nesse mundo. — Ele respondeu, pois sabia o que poderia acontecer.

— Você é o melhor irmão do mundo. — Disse ela lhe dando um abraço.

— Tá certo, baixinha. Mas tenho notado você bem alegrinha, qual é o motivo de tanto sorriso? — Perguntou ele.

— É segredo, depois da festa, eu te conto. — Falou ela, toda faceira.

— Cuidado, tá maninha. Não esqueça que somos muito visados por causa do papai e da mamãe.

— Eu sei, irmãozinho. Será que eles virão à festa? Nosso aniversário é no mesmo dia.

— Acho que eles não vão perder por nada nesse mundo. Até os pequenos devem vir pra conhecer a escola, já que virão pra cá em breve.

— Será ótimo, então. Tchau Josh, tenho aula agora. — Saiu saltitante, feliz.

Josh ficou observando, preocupado. Toda aquela alegria podia ser algum engodo ou brincadeira de mau gosto que estão fazendo com ela. Resolveu ficar mais atento a irmã. Ela andava por muitos lugares, graças às diversas aulas e também ia muito à biblioteca, ler e pesquisar. Não fazia ideia do que poderia estar acontecendo.

Marina chegou ao quarto naquele dia, véspera da festa e encontrou um vestido sobre a cama, era lindo e ficou encantada. Vestiu para experimentar e ao se olhar no espelho, ficou encantada, nem parecia ela. Sentiu-se linda e achou que Castilho iria amá-la, mais ainda.

"Tomara que ele me reconheça como companheira". Pensava ela, sonhando e rodopiando pelo quarto.

Foi dormir depois de guardar o vestido, sonhando com o dia seguinte e acreditando que apesar de ser uma quase humana, tinha encontrado um amor para sua vida.

Ninguém sabia, mas ela já conseguia sentir um pouco de magia dentro de si e fazia pequenas coisas, como acender velas, flutuar coisas e ver imagens na bola de cristal. Mas preferia não fazer nada disso, queria se guardar, pois achava que sua magia podia vir com sua loba. Seria uma surpresa para todos.

Transformação

A lua estava alta no céu e todos os jovens que esperavam por sua primeira transformação, estavam sentindo seus efeitos. Marina estava mais afastada, com receio, mas esperava que sua vida mudasse com a transformação e o reconhecimento de seu companheiro.

O Supremo Ramón, uivou, chamando os lobos a se manifestarem e assumirem suas formas. O barulho de ossos se quebrando misturado a rosnados  de dor, seria estranho para quem não conhecesse aquele som. Mas não para os espectadores que aguardavam ansiosos pata conhecerem os novos lobos da matilha.

Heili não se aguentava de ansiedade, esperando a transformação de seus filhotes. Viu Joshua se contorcer e mel, um pouco mais distante, também. Tentou localizar Marina, mas não a encontrou. Sabia que sua filha era tímida e provavelmente estava em um lugar mais afastada, oculta dos olhares, mas esperava uma grande transformação dela, nessa noite.

Os primeiros lobos surgiram, eram os grandes Alfas, entre eles Joshua, Castilho e Mel. Mas não encontrou Marina. Terminada a transformação, os novos lobos correram em direção a floresta, supervisionados pelos professores e Supremos Alfas. Era a primeira e mais importante das corridas.

Marina, percebendo que a transformação iniciou para os outros e não acontecia nada com ela, correu para se esconder em seu quarto, não queria sentir os olhos de piedade dos outros sobre si. Teria que se conformar com sua condição de menor de todos. Uma quase humana, já que sentia um pouco da magia, mas sem uma loba.

Sentiu-se inferior e indigna de Castilho e se encolheu na cama, debaixo do edredom. Não se exporia a ele ou a qualquer outro que pudesse cobrá-la ou se penalizar por sua situação. Já ouvira a vida toda, sobre o quanto ela é fraca e nem parecia filha de seus pais, os Supremos Alfas. 

Lá fora na floresta, os novos lobos brincavam entre si, alguns encontraram suas companheiras, incluindo Castilho, que logo a marcou sua fêmea, mas não acasalou com ela e nem deixou que o marcasse, antes, correu de volta ao casarão, a procura de Marina. Ele tinha um propósito e não fugiria dele, mesmo a fêmea em questão, sendo inferior e fraca. Voltou a forma humana, assim que entrou no prédio.

Seguiu seu cheiro suave, até o quarto dela. Percebeu que ela não se transformou e sabia que não teria forças contra sua dominância. Entrou no quarto e viu-a enrolada sobre a cama. Seguiu até lá, depois de fechar a porta e verificar se havia alguém espiando. Puxou o edredom e ela olhou para ele assustada.

— MINHA

Ela ouviu, mas não respondeu, pois não tinha sua loba para reconhecê-lo.

— Não sei…não consigo reconhecê-lo. — Respondeu ela. 

— Eu sinto por nós dois, você é minha e vou tomá-la para mim. — Ele falou e subiu sobre a cama, avançando sobre ela.

Aproximou-se, nu e pronto para possuí-la. Ela ficou parada, assustada, olhando para ele, arrancando seu lindo vestido, movia-se sobre seu corpo, para que se abrisse para ele. Aproximou seu rosto do dela e cheirou seu pescoço.

— Minha — sussurrou em seu ouvido.

Ele continuou se posicionando sobre ela, usando seus joelhos para lhe abrir as pernas e com a mão esquerda por baixo de seu traseiro, o levantou e posicionou seu membro em sua entrada. Marina estava paralisada, tal era seu pavor pelo que estava acontecendo e não conseguia entender e nem fugir do que estava acontecendo.

Castilho deixou sair suas presas e forçou o quadril para impulsionar seu membro para dentro dela e mordê-la, quando, com um estrondo, a porta se abriu e uma jovem o empurrou, derrubando-o da cama. Neste instante, Marina pareceu despertar e se ergueu envergonhada e olhou para a jovem que o empurrou da cama, horrorizada.

— Seu idiota, o que pensa que está fazendo com essa inútil? — Gritou a jovem.

Ele se levantou, muito irritado e enfrentou a jovem.

— Você não tinha o direito de me atrapalhar, saia daqui, ela será minha companheira! 

— Sua companheira sou eu, eu! — Se aproximou da cama, onde estava sentada Marina, assustada e mostrou a mordida em seu ombro. — Tá vendo aqui? Ele me marcou essa noite, me reconheceu como sua companheira. Tá mentindo pra você, sua sonsa.

Marina olhou para ele horrorizada e perguntou para ele, olhando.em seus olhos:

— É verdade, o que ela está falando?

Ele abaixou a cabeça, sem responder e ela entendeu a verdade.

— Porquê? Qual a necessidade de me enganar? O que você queria? Me tirar a virgindade?

Ele olhou para ela, com um sorriso cínico no rosto e escarneceu:

— Você é uma tolinha mesmo, não é? Porque eu, um macho alfa, iria querer comer uma coisinha inferior como você? Se olhe no espelho garota. Olha para Lavínia, — apontou para sua companheira — ela é linda e é uma loba Alfa, digna de ser minha luna. Eu só queria destruir você, para vingar meu pai, pelo que os seus fizeram com ele.

— Você mentiu para mim? Não sou sua companheira? — Perguntou Marina, sem acreditar em tanta maldade.

— Olha para mim, garota. Jamais teria uma companheira fraca e inútil como você. Eu iria mordê-la para desgraçá-la e nunca mais você seria aceita por outro lobo. — Ele jogou a verdade na cara de Marina, como se ela não fosse nada.

— Se enxerga, garota. Castilho é meu e não será de mais ninguém. — Lavínia cuspiu as palavras em Marina e não satisfeita, aproveitou que estava perto e espalmou um tapa bem forte em sua face, a arremessando para fora da cama, fazendo-a bater na parede.

Marina gemeu, mais pela dor da humilhação e da rejeição, do que a do corpo. Olhou para os dois e ouviu vozes no corredor. A vergonha era tanta, que abriu as portas de vidro que levavam a varanda do quarto e saltou, de lá de cima, uma altura de cinco metros. Entraram no quarto, a tempo de vê-la pulando, seus pais e alguns jovens, amigos de Castilho e Lavinia.

Os Supremos correram até a janela e avistaram o corpo frágil da filha, correndo para a floresta, pelo caminho lateral da casa, que levava ao cemitério.

— Vou atrás dela, cuide deles. — Disse Ramón e pulou pela sacada.

— Pelo menos ela não se feriu…— murmurou Heili e ficou um tempo observando o lobo de Ramón correndo atrás da filha.

Voltou ao quarto e olhou para todos, dispersou os que chegaram junto com ela e depois que saíram, soltou sua dominância sobre o casal e fê-los contar o que havia acontecido e a tristeza da peeira, ao saber da vingança de Castilho, fez doer o coração de Heili.

Ela reteve a dominância e chamou dois seguranças e mandou que retivessem o jovem em seu quarto, até que resolvesse o que faria com ele. Uma coisa era certa, o caráter daquele jovem estava deturpado e isso exigiria um exame completo em todo corpo docente e discente da escola.

No entanto, agora, sua preocupação maior era com sua filha, que não sabia onde estava e como reagiria a toda aquela mágoa que lhe causaram. Fora o fato do selo não ter se rompido e sua loba continuar presa. Sua vontade era de esfolar o supremo e jogar sua pele para os jacarés.

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