Londres... O começo de tudo.
Lola Walker (Imaginen Lola)
Oi, meu nome é Lola- voz meiga
Tenho nove anos e sou filha única. Eu posso dizer que é um prazer conhecer você?
Melhor não, né? Afinal, nunca pude confiar em ninguém a não ser o Giovanni, você poderia facilmente jogar uma bolinha de papel em mim ou roubar o meu lanche e isso seria apenas o começo.
Posso lhe pedir uma coisa? Se for para falar algo ruim a meu respeito não fale comigo, não aguento mais toda essa maldade do ser humano, sou apenas uma criança e já tenho que lhe dar com tanta perversidade...
Rúbia: Lolaaaaaaa, venha aqui agora.
Essa aí que está gritando é a minha mãe, o Giovanni diz que ela é má, mas eu não acho isso, o problema de tudo sempre fui eu, ela não merecia ter uma filha assim, então eu a entendo, por minha culpa a carreira dela foi destruída, sempre fui um fardo.
Agora se me dão licença, preciso correr ou ela vai ficar muito brava e eu não quero ver ela assim.
Desço as escadas correndo e vou até a cozinha, quando chego minha mãe está lá tomando um suco verde, porém para quando me ver.
Rúbia: Garota, demorou demais, está surda?
Lola: Não minha mamãe, desculpa eu...-voz meiga.
Rúbia: Cala a boca, não aguento ouvir essa sua voz ridícula.
Lola abaixa a cabeça.
Rúbia: Prepare o café da manhã e se arrume para ir a escola.
Lola: Sim mamãe.
Lola corre até a mãe e dá um abraço nela, porém não é retribuído.
Rúbia: Sai garota.
Lola se afasta e começa a preparar o café, ela aprendeu tudo na casa de Giovanni, com as cozinheiras de lá.
Termino de preparar o café da manhã, faço algumas torradas, uma geleiea e um suco de laranja, coloco a mesa e subo para me arrumar.
Visto o meu uniforme da escola.
Eu amo estudar e sempre me dediquei muito, então ganhei uma bolsa na melhor escola de Londres, onde só possui os melhores alunos e os mais ricos.
Eu quero lhe contar como é minha rotina naquela escola, mas acho melhor você descobrir sozinha, só de lembrar sinto vontade de ficar trancada no quarto.
Pego a minha mochila e coloco nas costas, desço até a cozinha para tomar meu café, estou morrendo de fome.
Quando chego na cozinha minha mãezinha está tomando seu café, ela parece está gostando da geleia, pela cara que faz.
Coloco minha mochila na mesa e quando puxo a cadeira para me sentar tomo um susto com o grito da minha mãe.
Rúbia: O que pensa que está fazendo garota estúpida, vá para escola agora mesmo, você não precisa comer, tem gordura suficiente para queimar aí.
Lola: Mas mamãe, parece tão gostoso e eu estou com tanta fo...
Rúbia: Escuta aqui garota, quantas vezes terei de repetir que você arruinou a minha vida? Agora não me questione, você precisa ficar sem comer para ver se emagrece, desse jeito você nunca vai ser ninguém sua gorda.
Pego minha bolsa na mesa e sinto os meus olhos arderem, meu coração parece está tão pequenininho.
Lola: Desculpa mãezinha, eu não queria deixar você brava.
Rúbia: Agora vá, suma da minha frente.
Rúbia Walker (Imaginen Rúbia)
Rubia Walker, ex modelo. Parou de modelar nas passarelas depois de sua gravidez, ela obteve algumas estrias e isso não era bem visto no mundo da moda. Rúbia faz algumas poucas campanhas atualmente, o que só dá para manter a casa.
Rúbia sempre foi muito extravagante, sempre se importou com sua beleza, afinal era seu trabalho, mas quando Lola nasceu e a vida dela começou a dar errado, ela resolveu descontar tudo na filha.
Você deve está se perguntando, mas cadê o pai da Lola para poder ajudá-la? Talvez se ela o conhecesse até que ele poderia fazer isso, mas infelizmente nem mesmo a Rúbia sabe quem é o pai de Lola e se soubesse, com toda certeza já teria se livrado da garota.
Lola: Tchau mamãe.
Minha mãe não responde, então saiu de casa e pego o ônibus escolar, quando piso o primeiro pé no degrau...
Aluno: Chegou a gorda.
Uma bola de papel é arremessada em minha cabeça e eu me sento rápido no primeiro banco que encontro.
Aluno: Aí... O que você trouxe de bom nessa mochila?
Lola: Nada.
O garoto arranca a bolsa de mim e pega meu lanche, o lanche que consegui pegar escondido da minha mãe, uma maçã.
Aluno: Uma maçã? Tá de dieta?-dar risada
Ele arremessa para fora do ônibus e joga a mochila em mim.
Aluno: Fica sem comer por dias e ainda assim não terá jeito.
Alunos sorrindo.
Motorista: Ei, olha a baderna no meu ônibus, que gritaria é essa aí?
O menino se senta no seu banco, e poucos minutos depois sou deixada em minha escola, sou a única que estava no ônibus que estuda nessa escola.
Logo quando entro na escola procuro pelo Giovanni, mas para meu azar dou de cara com o Taylor no corredor e é agora que começa o verdadeiro terror.
...
Ao lado de Taylor está Jéssica, sua irmã.
Taylor Jonhson e Jéssica Jonhson
Taylor Johnson, 10 anos e Jéssica Jonhson 9 anos, Filhos do dono da escola e os terrores da vida de Lola, dois irmãos que não conhece limites e vive fazendo maldades com todos.
Taylor: Chegou a gorda galera, hora da diversão.
Tento passar por eles enquanto seguro a minha mochila, mas Jéssica coloca o pé para eu cair. Quando caio no chão todos dão risada de mim, eu apoio minhas mãos no chão para não bater minha boca, mas Taylor me chuta e eu bato meu queixo no chão.
Jéssica: É isso aí Taylor, acaba com ela, essa garda não merece frequentar nossa escola.
Jéssica: Fez o dever Taylor?
Taylor: Vamos ver o que tem aqui nessa mochila?
E mais uma vez a minha mochila é tomada de mim a força.
Taylor: Vou ficar com o seu caderno, não tive tempo de fazer o meu dever.
Me levanto enquanto algumas bolinhas são arremessadas em mim.
Lola: Me devolve.
Jéssica: Faz ela pedir por favor irmão.
Taylor: Pede por favor.
Lola: Por favor, me devolve.
Ele começa a folear meu caderno, que está tudo muito bem organizado, então na frente de todos e dando risada ele começa a arrancar as folhas da atividade do dia.
Lola: Você disse que se eu pedisse por favor você iria me devolver meu caderno.
Taylor: Tô nem aí garota estúpida, mas se quer seu caderno... toma esse lixo, já peguei o que eu queria mesmo.
Jéssica: Hahahha, o caderno combina com a dona, dois lixos.
Taylor joga meu caderno para cima e eu tento pegar, mas cai no chão.
Ele está prestes a me empurrar novamente, quando abaixo para pegar o caderno, mas uma voz faz ele voltar para trás, a voz do meu melhor e único amigo...
Giovanni: Ei Taylor, pare com isso. Deixa a Lola em paz.
Giovanni Salvatore ( Imaginen Giovanni)
Giovanni Salvatore, nove anos de idade, filho de uma juíza e uma advogado, que possui vários escritórios de advocacia renomados, para alegria de lola a 2 anos Giovanni veio morar em Londres, ele nasceu em Milão, um Italiano muito educado e simpático, que está sempre salvando Lola.
Taylor: Não enche Giovanni.
Jéssica: Para de ser chato Giovanni, você deveria nos ajudar, não sei o que quer andando com essa aí.
Giovanni: Sabe que seus pais vão a minha casa hoje, devo contar a eles o que estão fazendo?
Taylor: Tô nem aí.
Jéssica: Você é um bobo Giovanni.
Taylor e Jéssica, saem irritados e Giovanni segura a mão de Lola.
Giovanni: Você está bem?
Lola: Ele pegou meu dever de casa.
Giovanni : Não se preocupe, vamos fazer outro agora mesmo.
Lola: Os pais dele vão a sua casa hoje?
Giovanni: Não, mas eu tive que inprovisar.
Eles sorriem carinhosamente.
Lola e Giovanni se sentam em uma mesa e iniciam o dever, mas 5 minutos depois a sirene toca e eles vão para a sala.
Giovanni: Sinto muito, não deu tempo terminar.
Lola: Tudo bem, pelo menos fizemos alguma coisa, obrigada Giovanni.
Giovanni: Pode sempre contar comigo Lola.
Eles saem para a sala de aula e quando a aula começa a professora pede para ver as tarefas de cada um.
Professora: De novo não fez a atividade Lola?
Lola: Eu fiz, mas o Taylor...
Professora: Já chega de desculpas Lola, irei mandar uma notificação para a sua casa.
Lola: Por favor Professora, não mande nada a minha mamãe.
Professora: Já disse chega.
A professora sai de perto de Lola e volta a conferir as atividades dos outros alunos.
Na hora do intervalo Lola e Giovanni se sentam em uma mesa.
Giovanni pega o sanduíche e o suco dele, ele da a primeira mordida e lola olha para o lado.
Giovanni: Lola, não vai comer?
Lola: Não estou com fome.
Giovanni: Toma, eu divido com você.
Giovanni divide o sanduíche dele e dá uma metade a Lola, ela fica feliz quando vê aquele sanduíche.
Lola: Obrigada.
Ela começa a comer rápido, sua barriga estava roncando, Giovanni sorrir carinhosamente para Lola e em seguida volta a comer.
Giovanni: Escuta Lola, quer almoçar na minha casa hoje?
Lola: Não sei se a minha mãezinha deixa.
Giovanni: Lola, deixa eu contar a meus pais o que sua mãe faz com você.
Lola: Por favor Giovanni, não faz isso, eu confiei em você quando lhe contei. Além do mais, está tudo bem, não quero trazer mais sofrimento para a minha mãezinha.
Giovanni: Lola, eu preciso te contar uma coisa.
Lola: O que é?
A sirene toca encerrando o intervalo e eles se levantam da mesa.
Giovanni: Depois eu conto.
Giovanni estava preocupado, ele não sabia como dar aquela notícia a sua amiga.
.
Eles retornam a sala de aula e quando a aula finaliza Lola pega a mochila dela.
Giovanni: Lola, podemos conversar agora?
Lola: Desculpa Giovanni, eu preciso correr para pegar o ônibus ou minha mãe vai ficar brava se eu não pegar o almoço dela.
Giovanni: Tudo bem, não quero que você tenha problemas com a sua mãe.
Lola sai correndo da escola e por sorte chega a tempo de pegar o ônibus.
Quando Lola entra no ônibus ela dá tchau a Giovanni, pela janela.
Giovanni: Adeus, querida Lola, espero que fique bem.
Giovanni seca uma lágrima e seu motorista chega para lhe buscar.
...
(Atenção, autora abomina qualquer tipo de violência contra adultos e crianças)
Quando desço do ônibus vou até o restaurante da esquina e pego a comida da minha mãe, o dinheiro que ela me deu só dá para comprar comida para uma pessoa, ou seja hoje eu não irei comer.
Chego em casa e coloco a comida dela na mesa, mas sou surpreendida quando vejo a minha mãe estalando um cinto atrás de mim.
Rúbia: Então nem para fazer um dever de casa você presta? Sua pirralha malditä.
Lola: Mamãe eu não tive...
Antes de terminar de falar, sinto a minha perna arder com a cintada que a minha mãe me dá, dói muito.
Lola: Por favor mamãe, não me bata.
Ela continua me batendo até eu ficar abaixada no chão, batendo cada vez mais forte.
Eu não aguento mais a dor, não aguento mais chorar e pelo visto minha mãe cansou de me bater, pois ela só para quando se cansa.
Rúbia: Suma da minha frente agora, antes que eu te matë.
Subo para meu quarto, dessa vez sem correria, cada pedacinho do meu corpo dói, sinto tudo arder.
Entro no meu quarto e escuto o barulho da chave girando, então minha mãe grita lá de fora.
Rúbia: Vai ficar sem comer o fim de semana para ver se aprende e não ouse tentar sair daí.
Lola: Por favor mamãe, não.
Não adianta, ela não vai me ouvir.
Lola deita na cama e abraça seu ursinho, ela chora muito.
.
.
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Chego em casa triste e pergunto a governanta onde estão meus pais.
Giovanni: Meus pais já chegaram?
Governanta: Não, mas trate de almoçar logo. Vocês vão embora depois do almoço
O almoço é servido, mas Giovanni nem sequer toca na comida.
Os pais de Giovanni chegam e abraçam ele.
Antonella: Oi, meu amor.
Riccardo: Oi filho, animado meu garoto?
Giovanni: Oi- voz triste.
Antonella: Não faz essa carinha meu amor.
Antonella acaricia o rosto dele.
Giovanni: Eu sei que temos que ir, mas não podemos ficar um pouco mais?
Riccardo: Não filho, a sua mãe precisa está em Milão o quanto antes.
Giovanni: Posso passar na casa da Lola para me despedir?
Antonella: Não dá tempo, sinto muito.
Giovanni não questiona os pais, mas seu coração dói, como ele pode não contar a sua amiga que está se mudando da cidade? sem contar que ele sabe que Lola só pode contar com ele.
Giovanni só ficou sabendo que iriam se mudar em cima da hora, por isso não avisou antes.
Giovanni fica na mesa até seus pais terminarem de comer.
Antonella: Não vai comer nada filho?
Giovanni: Não, estou sem fome.
Ele coloca os cotovelos na mesa e apoi o seu queixo na suas mãos.
Riccardo: Olha os modos Giovanni.
Giovanni: Desculpa pai.
Ele senta com postura e Antonella toca o braço do seu marido, sinalizando a ele para deixar Giovanni, ela sabe que ele está triste.
Antonella: Filho, você vai ver todos os seus colegas antigos, você nem queria vir morar aqui...
Giovanni: Mas eu vim e agora não quero ir.
Riccardo: Giovanni respeita a sua mãe.- Bravo
Giovanni: Desculpa mamãe.
Antonella: Tudo bem...
Giovanni: Posso me retirar?
Riccardo: Não terminamos.
Antonella: Sim, vá. mas já pegue suas coisas.
Giovanni se levanta da mesa e vai até seu quarto, ele retira sua correntinha e segura em suas mãos.
Ele ajoelha perto da cama e começa a falar com os olhos fechados.
Giovanni: Oi, papai do céu! Você pode cuidar da minha amiga Lola enquanto eu estiver fora? Proteja ela porfavorzinho.
Ele beija a correntinha e se levanta em seguida desce correndo as escadas, vai até à cozinha e procura por sua governanta.
Giovanni: A senhora pode entregar isso para a Lola? Conta para ela que eu não pude me despedir, mas que ela sempre estará no meu coração.
Governanta: Sim, pode deixar comigo. Farei isso.
Antonella: Vamos, filho?
Giovanni balança a cabeça concordando e logo em seguida vão para o carro.
Ele está todo cabisbaixo no carro e quando passam na frente da casa de Lola ele começa a chorar.
Antonella: Para o carro amor.
Riccardo: Não temos tempo para isso.
Antonella: 2 minutos apenas.
Riccardo: Tudo bem.
Ele para o carro e Antonella desce com Giovanni, eles vão até a casa de Lola e batem na porta, que logo é aberta.
Rúbia: O que é?-Nervosa
Giovanni: Posso falar com a Lola?
Rúbia: Ela não está.
Giovanni: É rápido, eu juro.
Antonella: Filho, não ouviu que ela não está?
Giovanni: Mas mamãe...
Rúbia: Tchau.
Rúbia bate a porta na cara dos dois e Giovanni começa a chorar.
Antonella: Vamos meu amor, vai ficar tudo bem, a dor vai diminuir com o tempo.
Giovanni entra no carro com sua mãe e quando estão se afastando ele vê Lola na janela do quarto dela.
Ele chora muito.
Antonella: Calma meu amor, vai passar, vai ficar tudo bem.
Giovanni: Fica bem Lola, espero lhe reencontrar um dia.
...
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