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Maledetto Protetor( Terceiro Livro Série Os Três)

capítulo 1 Apresentação dos personagens

Jhon Messina 35 anos, Capo de cosa nostra e membro da Gangue de motoqueiros conhecida como os três.

Ágata Caccini 18 anos, irmã caçula de Drago.

Dentro da sala ecoavam os gritos da mulher que implorava.

— Me larga Fernando você vai acordar seu filho!

Amélia chorava enquanto o marido a socava.

__Por Deus não me bata de novo .

Jhon acordou ouvindo os gritos de sua mãe que soavam estridentemente dentro do quarto, A pequena criança cobriu a cabeça com o cobertor , tapou seus ouvidos mais não conseguia ignorar o desespero da mulher que o gerou, aquela era a milésima vez naquele mês que Amélia apanhava, Jhon se levantou e caminhou até o escritório, Abriu a gaveta do criado mudo,pegou a arma que seu pai usava para proteção a colocando na frente dos shorts de seu pijama e partiu em direção a sala, ouvindo os gritos de Amélia ele chorava pelo corredor, quando cruzou a porta ela não gritava mais, seu gemidos e desespero haviam cessado, o ainda menino Jhon olhava com ódio seu pai continuar socando sua mãe desacordada.

— Sai de perto dela!

Ele gritou.

— Vá para seu quarto, resolvo com você mais tarde.

— Já disse para sair de perto dela.

Fernando estava furioso, o Capo a quem eram atribuídos os trabalhos sujos da máfia era um homem frio e doente, nas mãos dele o filho ainda criança e a esposa passavam pelas piores atrocidades. Fernando caminhou até o menino, começou a espanca-lo , Jhon não Gritava, ou chorava o que deixou Fernando ainda mais enlouquecido, Foi apenas quando se sentou sobre ele que o menino se desesperou, sabia exatamente o que iria acontecer, não era a primeira vez que passava pelo abuso, Fernando retirou o cinto de sua cintura e colocou ao redor do pescoço do filho, enquanto o sufocava com o objeto, sorria ao ver o pequeno perder o ar.

— Ainda vai me desafiar moleque idiota.

Jhon se debatia embaixo dele.

— Vou ensinar uma lição a você que nunca mais vai esquecer.

Fernando ficou de pé, desabotoou o zíper de sua calça e arrancou os shorts do filho, se pos sobre ele o sufocando enquanto o invadia,a criança indefesa e frágil implorava sem sucesso por misericórdia.

—O que é isso?

Disse tocando a frente da intimidade do filho.

— É uma arma? isso é pra mim seu maldito desgraçado?

O homem se enfiava mais e mais dentro dele. Quando terminou Fernando se vestiu, a criança ferida e quase morta jogada ao chão permaneceu ali, abraçado ao corpo frio e imóvel da mãe.

....

Armado o Adolescente que era o terror de todos adentrou o prédio chefiado por cosa nostra. Com ele três rapazes que o seguiam como um líder.

— O que querem aqui?

A moça sentada a recepção gritou.

— Todos calados porra! Procuro por Fernando Messina, se disserem onde ele está ficaram todos vivos, caso contrário morreram todos.

A frente do Grupo Jhon que assim que conseguiu manejar uma arma foi atrás de sua vingança.

— O que está acontecendo?

Fernando saiu pela porta se deparando com o filho que ainda criança havia fugido de casa.

— Filho? o que faz aqui?

O som alto da metralhadora que carregava em suas mãos soaram na sala disparados ao teto.

— Tragam o presente do Papai!

Ele disse em deboche fazendo sinal para um dos jovens que o acompanhava, Fernando tentou correr e se esconder como o covarde que era mais não chegou longe, deitado com o rosto colado a mesa enquanto era segurado por dois jovens, teve sua roupa arrancada, Jhon caminhou até ele com um taco de bilhar em suas mãos.

—Sabe velho, eu nunca me esqueci de você.

O taco girava em seu dedo.

— Estou aqui para devolver os favores que fazia a mim e minha mãe.

Jhon se aproximou do homem que gritava implorando por clemência, diante daquele adolescente não estava seu pai mais o homem que o abusou e torturou por anos, Jhon sequer exitou quando o impalou vivo, as pessoas na sala o olhavam como um monstro, a maioria sabia o quão doente era Fernando e mesmo assim apoiavam suas maldades sem questionar .

—Matem todos.

Ele disse saindo pela porta sem olhar para trás. os tiros de metralhadora soaram como música para ele, ali começava o rastro de sangue e choro deixado por Jhon Messina.

Capítulo 2

Drago aínda traçava em sua cabeça a melhor forma de contar a Jhon que seria ele o soldado designado a cuidar de Ágata, sabia bem que seu amigo e homem de confiança não era bom com pessoas, nos seis anos que se conheciam nunca o havia visto em companhia de alguém que não fossem seus aliados e subordinados. Assim que desceram do carro os homens que eram comandados por jhon guiaram Drago e Arthur até aos fundos da boate, ouviram os gritos dele e depois um estampido de tiro.

— E lá se vai mais um pra conta do diabo.

Arthur falou com um sorriso debochado no rosto.

— Porra Jhon é o quinto que você mata em dois dias, e esse porque morreu?

Drago saltou o corpo estirado no chão enchendo um copo com whisky.

—Qualé? Quando começaram a contar?

Jhon riu se jogando a poltrona.

— Esse imbecil olhou pra mim de um jeito estranho, não gosto que olhem pra mim.

Disse com um tom sarcástico, os olhos de Arthur se arregalaram no rosto.

— Lian!

Ele gritou a um dos seguranças que entrou imediatamente pela porta.

—Tire esse babaca da minha frente.

O homem saiu arrastando o corpo para fora.

— Em que merda se meteram dessa vez?

Perguntou sério.

— Preciso da sua ajuda, a princípio é um pedido.

Drago disse enquanto acendia seu cigarro.

— Apenas me dê o nome, o resto é comigo.

Encarava os dois que se entre olhavam.

— Não é um trabalho e sim um favor, preciso que Cuide de Ágata por um tempo, está passando por um momento difícil e tenho medo que faça alguma besteira.

— Sabe que não sou a melhor pessoa pra isso não sabe, não acha melhor que uma mulher cuide dela?

Perguntou.

— Seria! mais não tenho ninguém bom o suficiente pra isso, vocês dois são quem mais confio no mundo,Arthur está nesse jogo de gato e rato com minha cunhada e minha esposa, bem, você sabe pelo que ela passou.

Drago tentava segurar o choro preso em sua garganta.

— Já disse a ela que vou segui-la como um cão por todos os lados?

Ele perguntou se pondo de pé, diferente de Arthur, Jhon obedecia sem questionar todas as ordens dadas por seu líder.

—Agata ainda é uma menina Drago, eu sou um cara todo errado que trabalho matando gente, Não sei onde está sua cabeça quando pensa em colocar um assassino como babá da sua irmã.

— Sabe que não pediria isso a você se tivesse outra escolha.

Falou sério olhando para ele.

—Partem amanhã mesmo.

—E pra onde tenho que ir?

— Ela vai ficar na mansão que morava com a mãe, já disse para ficar em Veneza, em um de meus apartamentos mais não me ouve.

—Quanto tempo?

— Até que ela esteja melhor, tenho medo que tente contra a própria vida, Ágata...ela não está bem, não ainda.

Assim que os homens saíram Jhon não conseguiu tirar da cabeça os pensamentos dolorosos que tinha de sua infância, Ágata despertava gatilhos que ele tentava afastar de sua mente a anos , quando a tirou das mãos dos Ferrari a moça estava nua sobre uma enorme poça de sangue, ele ainda tinha pesadelos com aquele dia, o rosto de sua mãe sempre estava nele, como se fosse ela deitada naquela cama..Dentro do escritório o saco de pancadas balançava, Jhon socava com força o objeto enquanto suor escorria por seu rosto,a escuridão que cobria seus olhos davam lugar ao vazio que preenchia sua alma, já cansado ele caminhou até o banheiro, era naquele escritório onde passava quase todo seu tempo e ele havia sido adaptado exatamente para as noites que dormia ali. Embaixo d'água tentava afastar de sua cabeça os pensamentos que o atormentava sempre que estava sozinho. Jhon vestiu um shorts de moletom e se jogou no sofá, aquela seria mais uma noite que não dormiria.

.

capítulo 3

Jhon esperava sentado no banco da frente do Lexus LS 460, Olhava insistentemente o relógio e alternava entre o volante e a porta da frente do hotel onde Drago morava, se passou algum tempo até que vesse sair do prédio a menina de cabelos claros e pele branca praticamente arrastada por seu irmão que a todo tempo parecia repetir algo.

—Já disse que isso não está em discussão.

Gritava Drago abrindo a porta do carro blindado de vidros fumê enquanto segurava o braço de Ágata.

— Não sou uma criança Nicolas, já disse a você que posso me virar sozinha, não quero um de seus cães de guarda atrelado a mim como se eu fosse uma de suas prostitutas

— Não trabalho mais com prostituição e sabe disso, é golpe baixo fazer esse tipo de comparação, Jhon não é um de meus funcionários, é meu amigo e está me fazendo um favor, por Isso seja gentil.

— Não pedi a você que fizesse isso,prefiro ficar sozinha, acha mesmo que o que preciso nesse momento é de um dos soldados da máfia me seguindo para todos os lados? Lembra o que um deles fez comigo?

— Não me compare com aquele calhordas senhorita!

Jhon esbravejou entre os dentes, recebendo de volta um olhar Fulminante de Ágata.

— Sinto muito por isso Ágata, só Deus sabe o quanto eu lamento, mas pode ficar, já disse que adoraria te ter aqui, é você quem estar decidindo voltar para aquela maldita mansão,Levar Jhon com você é uma das minhas condições para que vá.

— Sou maior! não manda em mim e sabe disso.

— Veremos,Jhon, se precisar amarre essa cabeça dura em casa, não é uma opção que saia sozinha, é a sombra e o guardião dessa criatura, qualquer coisa me ligue.

Beijou ternamente o topo da cabeça de Ágata e acenou para o amigo.

— Amo você maninha, agora pode estar me odiando, mais nem por um segundo se esqueça que faço tudo isso para seu bem.

Os olhos de Ágata se reviraram no rosto,enquanto era levada para casa não falou nenhuma palavra, estava encolhida no banco de trás do carro enquanto Jhon guiava até a propriedade, Algumas horas se passaram e ela pegou no sono quando ele abriu a porta do carro ela não acordou mesmo com todo barulho feito por ele, Jhon se aproximou de seu corpo, destravou o cinto e quando a tocou para tira-la de dentro do automóvel ela se assustou.

— O que está fazendo?me larga, socorro, me larga.

Ela gritava enquanto o estapeava com toda sua força, Jhon não reagiu, parou por um segundo e respirou fundo.

—Me perdoe senhorita, não deveria te-la tocado, Apenas iria levá-la para dentro, estava dormindo e seu irmão disse que não fazia isso a dias.

Drago havia confidenciado ao amigo que desde o ataque Ágata vagava pela casa noites a dentro sem conseguir dormir, sempre que pegava no sono acordava aos gritos implorando por socorro enquanto repetia o nome de Giovanni.

— Ele não deveria falar de minha vida com pessoas desconhecidas, sei o que fez por mim e acredite sou grata, mais por favor não me toque, nunca mais.

Jhon se afastou dando espaço para que ela descesse, quando o fez passou pela porta sendo seguida por ele, enquanto subia as escadas parou e o olhou brava.

— Vou tomar banho e me deitar um pouco, precisa me seguir até o banheiro?

Ela esbravejou.

— Não senhorita, não preciso.

Jhon estava sendo paciente com a moça de língua afiada, queria a colocar em seu colo e estapear seu traseiro até tirar de seu rosto a expressão de deboche e superioridade que trazia quando olhava para ele.

— Escolha um dos quartos e se acomode, quero notar sua presença o mínimo possível, agora se me der licença.

Subiu o deixando lá parado.

—Mulher maluca...

Ele repetia enquanto descia os degraus da escada, Caminhou até o carro retirando de dentro dele suas malas, na casa estavam somente os dois então foi ele sozinho quem escolheu onde dormiria, tomou banho vestiu apenas uma bermuda e se deitou por um tempo, quando o sono chegou e finalmente o cansaço o venceu foi acordado por gritos estridentes que vinham do quarto ao lado.Jhon saltou da cama pegou do criado sua arma e correu em direção ao som agoniante.

—Senhorita! está bem?

Ele perguntou enquanto batia a porta.

—Ágata?responda ou vou entrar.

Quando forçou a fechadura viu que estava trancada, chutou a porta que pela força do seu impacto se abriu, encolhida sobre a cama estava a pequena mulher, agarrada ao travesseiro enquanto chorava.

—Ele estava aqui, eu o vi na escuridão.

Ela repetia enquanto se encolhia a cabeceira,Jhon vasculhou todo o quarto, olhou pela janela, enquanto ela o seguia com olhos apavorados.

— Foi apenas um sonho senhorita, fique calma, estou aqui!

Disse caminhando em sua direção.

— Não me toque!

Ela implorou enquanto se afastava.

— Não irei toca-la, mais vai se sentir mais segura se eu ficar.

— Quero que saía.

Ela gritou olhando séria para ele que ignorou.

— Não sigo suas ordens, sim as de seu irmão, vou ficar até que pegue no sono.

seguiu até a cômoda do lado da cama dela e pegou algumas cobertas.

— Vai dormir aqui?

Ela perguntou assustada.

— Vou vigia-la aqui do sofá, e prometo não toca-la, agora durma.

Ele disse enquanto se cobria, os olhos dela estavam sobre o corpo seminu do homem, estava assustada mais naquele momento a presença dele lhe trazia mais segurança do que medo,se agarrou ao travesseiro e se permitiu descansar, os olhos de jhon encaravam o teto, em sua cabeça só passava o filme de sua vida se repetindo várias e várias vezes. sabia exatamente o que Ágata estava sentindo pois aquele pavor também já havia enfeitado seu peito.

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