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Vector

Ele não é humano.

Ele não vai parar! acelere idi.... .

O caminhão abastecido de gasolina acelerou forte em direção a moto "ninja" black que, de forma destemida ia em direção ao encontro de seu fim.

Na cabeça de Vector existia um lapso temporal que o permitia entender o motivo de estar ali naquele momento. Seu ofício! Era o que deveria ser feito!

- Não pare imbecil! siga o plano! se ele quer assim que seja!

O tempo sempre se mostrou amigo de Vector, mas naquele momento não estava ao seu lado! Os metros que chegavam a uma colisão eminente assistido por policiais, bombeiros e pessoas que tentavam se afastar do caos explosivo que se imaginava chegar.

- Mãe, não podemos deixar isso acontecer...ele vai morrer!!!

Disse o pequeno menino que se protegia ao abraço de sua mãe. Lana era mãe solteira, uma mulher que não se permitia seguir pelos percalços de um passado que a assombrava. Paulo, o pequeno Paulo, levava o nome de seu falecido pai. Uma homenagem justa aquele que se propôs o básico do que é amar.

- Não podemos fazer nada filho! Ele escolheu seu destino!

Em um abraço apertado da mãe em seu filho, embalado pelo som ensurdecedor de uma grande explosão de som e calor que se perpetuava em torno das pessoas... mesmo com todo barulho da explosão se ouvia o grito aguerrido e rouco de Vector, Apesar de sangrar, ele estava sempre acima da dor. "A vontade de chegar antes da bala" sempre o fizera ser maior e temido frente aos seus inimigos.

Mas na cabeça de Lana, só passava o dia ao qual conheceu Vector. Ele não se comunicava muito, mais estava sempre presente quando precisávamos. Diferente do pai de Paulo, que havia a abandonado.

A luz do fogo cobria e clariava um céu negro da noite de "Banderland". Banderland ou simplesmente a cidade escura, pois assim era apelidada por seus habitantes pela falta da claridade do sol proveniente as grandes montanhas e aos imensos arranha céus de prédio que lá fora construído.

enquanto a cidade era cobrida por esta luz, as pessoas se erguiam. Umas com medo, receio, que esta escuridão continuasse. Não só a física mas a escuridão moral. Até aquele momento ninguém podia imaginar alguem batendo de frente com o crime organizado. Gangues de rua, E políticos que patrocinavam todo tipo de ilegalidade e ato ilícito transformando e trazendo a Banderland o quintal dos maiores bandidos da região sul do Brasil.

Um desses bandidos era Banks. Jorge Banks. A ponte do caos de Banderland. O homem que trouxe "limera" a droga alucinógena que cobria os adolescentes e jovens de Banderland. o homem que dirigia o caminhão que provocou o estouro aqui presente. O homem que ninguém conseguia para até o momento...

Naquele momento, no meio do caos, explosões, policiais corruptos sendo presos, e políticos destituídos, uma população acompanhava e enfrentava o medo. Não mais o medo da existência de Banks, mas o medo do futuro. Do que há por vir... sobre Vector? Ainda existiam pessoas esperando ver seus pedaços espalhados, guardar uma lembrança, de alguem que acabara de virar, uma lenda!

Um convite ao passado...

Era verão de 1980, as casas eram substituídas pelos arranha céus de prédios que eram construídos com uma rapidez enorme.

Em um barraco, no morro do Quadro, uma mulher bate na porta de uma humilde familia.

- Já é a terceira vez que estas crianças fazem isso!

Diz o homem que abre a porta nervoso. Antes de abrir, realmente as crianças vizinhas brincavam de bater de porta em porta perturbando a paz dos outros... mas naquele dia não!

Quando João olhou para baixo, lá estava no cesto uma criança que agonizava de fome e frio.

A partir daquele dia, João e sua mulher cuidaram de Vander, nome que o batizara. Sem um significado aparente.

Mesmo com muitos filhos, João adotou o pobre menino que cresceu , apesar das dificuldades de forma saudável e com boas referências, apesar do ambiente hostil de pobreza e drogas, fato que levara Vander, seguir a carreira militar.

Foi aos 18 anos que Vander mudou sua vida. Tudo que vivera em sua infância o marcaram e forjaram suas características carácter.

Por ser filho adotivo, apesar dos cuidados dos pais, Vander não era tratado como os outros. E seus irmãos não gostavam muito de sua presença. Um dos fatores desta não aprovação foi exatamente o modo de vida. seus três irmãos estavam na vida do crime e Vander buscava justiça!

Este lado justiceiro fez ele se afastar cada vez mais de sua familia adotiva, e a separação foi selada quando seus pais adotivos morreram. Segundo a polícia o motivo foi dívida de drogas. Vander estava sobrando na familia, e partiu para o exercito. Havia completado seus dezoito anos. seu intuito alem de se abrigar no quartel, não era defender o país, mas prender a sobreviver e defender as pessoas de bem e fazer justiça.

- Soldado Lúcios, tente se concentrar mais, o que está acontecendo com você hoje?

Naquele dia Vander estava treinando tiro. Ele era o melhor da turma. Sua capacidade de atirar impressionava qualquer rum. Mas sua cabeça estava longe.

Logo naquele dia ele tivera uma notícia que o perturbava aquela tarde de setembro no Quartel Tibúrcio.

Sua namorada, tinha terminado com ele há alguns meses e burburinhos de seus amigos diziam que ela saia com um rapaz. Naquele dia Vander, ou soldado Lúcios, havia descoberto que ela estava gravida e iria se casar...

Alana Souza ou simplesmente, Lana; Este era o nome da mulher que ele havia deixado pelo exercito. Na verdade Vander queria continuar o namoro, porém, Lana o queria amar or perto. E viu que a vontade de fazer justiça de Vander er maior que seu amor por ela.

Mal sabia Lana o quanto Vander realmente a amara. Tudo foi muito rápido! Enquanto Vander subia de cargo no exercito, soube do fim do relacionamento or uma carta. Depois de tentativas sem sucesso de telefonemas de Vander para a jovem moça, ficou sabendo por um amigo próximo que ela estava namorando, fato que acabou presenciando em uma de suas raras saídas do quartel nos fins de semana.

E agora, no meio do caos do treinamento de tiros, Vander não se concentrava com mais uma perda em sua vida...

O retorno a civilização.

Após alguns anos no exército, como já era esperado naquele ano devido a crise econômica que assolava o país, Vander foi dispensado.

Suas ideias fixas de servir aos seus propósitos de contribuir com justiça eram constantes em sua cabeça e o fizeram passar em um concurso público para agente penitenciário.

O sistema prisional, foi o objeto de estudo para Vander entender a cabeça de um criminoso. Seus nuances, desejos e motivos para a criminalidade.

Mas mesmo focado em seus objetivos,Vander não esquecia Lana.

Certo dia ele avistou sua amada de longe. Estava sozinha e a barriga aparentava estar nos últimos meses.

Lana tinha cabelos longos, diferente da última vez que a encontrara. sua barriga, apesar de grande não eliminara a silhueta formosa que tinha. Um fato que chamava a atenção de Vander é vê- lá só sem qualquer sinal de aliança no dedo.

- o Senhor poderia me dar uma água com gás?

Vander se aproximou mais um pouco e presenciou o pedido de Lana. Sua posição não era vista. Mas ele conseguia aprecia-la e ouvi-la.

- Está aqui sua água Senhora. Desculpe perguntar, está de quantos meses?

- Está para ser concebido...

Disse de imediato Alana, esfregando a barriga enorme, enquanto apreciava sua gelada água.

- É menina?

- Não! Um menino, e irá se chamar Paulo!

- Que legal! Em homenagem ao pai?

Neste momento Lana olha o copo de vidro com resto de água com gás que ali borbulha a, e se levanta agradecendo ao garçom.

Vander percebera a tristeza da jovem mãe. Sua vontade era segui-la. Dar-lhe um abraço forte, aquele que sempre foram a marca dos dois. Um abraço longo e demorado. Mas, Vander tinha outro compromisso.

Naquela tarde, Vander se encontrou com um atingi amigo de quartel que se tornou um grande engenheiro.

Pedro, se formou Cadete com Vander, mas também teve que sair por conta da falta de incentivo do governo nos quartéis. os dois seguiram caminhos opostos, mas nunca perderam a admiração e o contato.

- Pedro foi um prazer rever você meu amigo. Mas preciso de um grande favor seu. E pagarei o que for por isso...

Vander mostrou a farda e os armamentos que tinha do serviço de guarda prisional. A ideia era pegar o uniforme preto e fazer uma base sólida de titânio ao qual Pedro trabalhará com maestria.

enquanto Pedro buscava entender o que Vander queria surgiu a pergunta:

- Mas o que você quer com tudo isso? Vander , você que ruma arma de guerra.

Vander se esquivou da pergunta porém , Pedro perceberá a determinação do amigo.

- Seja lá o que esteja pensando com está máquina de guerra que estou produzindo, tome cuidado e vê se ponha uma "carcaça" maior em seu corpo, pois irá precisar para carregar tamanha arma corporal!

Enquanto escutava Vander tirava a cruz que guardava do sepulcro de seu falecido pai. a única coisa que foi permitido guardar, já que os irmãos não o permitiram ficar com nada. Nenhuma lembrança a não ser a cruz que ele havia roubado da lápide.

- Por favor amigo, quero está cruz em meu peito nesta roupa de titânio.

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