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Quatro Semanas De Amor

Capítulo 1

A beleza sempre abria portas, esse era o pensamento de Bárbara, e apesar de ser uma mulher extremamente competente no trabalho, não via problema em usar sua beleza para alcançar seus objetivos, apenas unia o útil ao agradável, vez por outra sorria sugestivamente para seus clientes afim de obter vantagens em contratos, ou ainda, trocava olhares com alguns deles insinuando interesse, mas tudo não passava de truque. Não via mal algum em usar a beleza a seu favor.

Nos negócios, aprendera tudo que sabia com seu pai, um dos maiores e mais bem sucedidos empresários do ramo do vidro.

A vida de Bárbara não era só trabalho, muito pelo contrário, a aproveitava ao máximo, vivia em festas, passeios luxuosos, reuniões entre amigos da alta sociedade e todo tipo de comemoração possível, gastava dinheiro aos montes sem se importar com o valor de nada, se queria alguma coisa, comprava.

Bárbara era uma jovem mulher rica de 29 anos, crescera em torno de muito luxo, e também muita futilidade, mas apesar disso era uma excelente profissional, estava à frente dos negócios de seu pai, era a CEO da vidros Fontana.

Seu pai, Giuseppe Fontana havia fundado a empresa ainda muito jovem, havia expandido os negócios de forma muito rápida graças ao seu talento empresarial, seu sonho era que tivesse muitos filhos homens para comandar seus empreendimentos, porém, sua esposa Chiara dizia que não estragaria seu lindo corpo parindo uma dúzia de filhos, e que teria que se contentar com um apenas, e se viesse menina, que se virasse com ela.

Giuseppe havia transformado sua filha numa exímia empresária, ele amava sua filha mais que tudo na vida, e nunca havia se sentido triste por não ter mais filhos, e com o tempo soube que uma mulher pode ser tão boa nos negócios quanto um homem, ou até melhor. Bárbara era seu braço direito, apesar de ser extremamente competente no trabalho, sua mãe havia “estragado” sua educação a mimando demais e a fazendo se tornar uma mulher fútil, e que dava muito valor às coisas materiais.

Giuseppe: Bárbara, temos que conversar! – diz apressado entrando no escritório de sua filha.

Bárbara: Olá para o senhor também pai, sente-se.

Giuseppe: Vou direto ao assunto, sofremos um golpe e estamos à beira da falência!

Bárbara: O quê? Impossível, eu cuido pessoalmente das finanças e o senhor sabe que não existe pessoa mais competente do que eu nessa empresa!

Giuseppe: Competente e convencida, não é minha filha? Mas o assunto é sério, eu acabei de ser informado de um rombo milionário nas contas, contratei um auditor e descobri que o escritório de contabilidade que cuidava das finanças deu um golpe nas empresas, eu já estava desconfiado pois o balanço que você me mandava não batia com o do financeiro, certamente o erro não estava no seu trabalho pois confio em você, mas quando investiguei vi que o escritório de contabilidade havia nos dado um golpe. Erramos feio em não fiscalizar mais de perto o tipo de pessoa que cuidava do nosso dinheiro.

Bárbara: Mas isso é impossível! Como eu posso ter sido tão relapsa assim e não perceber isso? Eu nunca erro, como eu permiti que isso acontecesse?..........E agora? Temos que tentar reaver esse dinheiro, mandar os culpados para a cadeia, não sei........alguma coisa precisa ser feita!

Giuseppe: O rombo foi muito grande minha filha, e não se culpe por isso, o esquema foi muito bem feito, estavam nos roubando há meses, temos diversas empresas espalhadas e um único escritório de contabilidade para tomar conta de tudo, ao que tudo indica o roubo foi em todas as empresas, desviaram uma quantia grande de cada fábrica, foi um golpe muito bem feito, esse pode ser o nosso fim.

Bárbara: Eu me recuso a aceitar! Eu não sei ser pobre pai, nasci para ter uma vida de luxo, não quero me contentar com coisas populares a essa altura da minha vida.

Giuseppe: Minha filha estamos à beira da falência e sua única preocupação é em não ficar pobre? Pense nas famílias que irão para a rua se tivermos que fechar as fábricas, tenha um pouquinho de consciência e compaixão com os trabalhadores.

Bárbara: Pai.........e agora?

Giuseppe: Eu não sei minha filha, talvez esse seja nosso fim mesmo, a não ser que um milagre nos salve, talvez se conseguirmos fechar algum grande contrato, mas acho difícil isso acontecer do dia para a noite, essas coisas requerem muita conversa e negociação, eu sinceramente não acredito em milagres! Teremos que começar a nos desfazer de algumas propriedades e bens para poder ao menos dar um “respiro” para nossa empresa e assim podermos arcar com os contratos e salários dos funcionários, não podemos deixá-los desamparados.

Bárbara: Isso só pode ser um pesadelo! Eu tinha viagens programadas, queria trocar de carro, pois o meu já tem 6 meses, e agora vou ter que me desfazer das coisas? O que vão pensar de mim? Que estou pobre? Nunca mais irão me convidar para nenhuma festa..........

Giuseppe: Francamente Bárbara! Estamos com um problema enorme e grave e pensa somente em você e nos seus luxos? Onde foi que eu errei com você? Será que foi quando eu te dei tudo o que queria? A única coisa que posso me orgulhar é que você é extremamente competente no trabalho, mas sabemos bem por quê, não é? É porque você ama o dinheiro mais que tudo, então quanto mais perto dele, melhor! Espero que um dia você veja a vida com outros olhos minha filha.

Bárbara: Pai, eu cresci tendo tudo do bom e do melhor, meu círculo de amizades são de jovens milionários, qual é o problema de eu gostar dessa vida? Qualquer pessoa no meu lugar também amaria a vida que eu levo, e eu não quero ser pobre, não combina comigo!

Giuseppe: Não há problema nenhum em ter dinheiro minha filha, mas o problema é você achar que só com dinheiro você será feliz, e saiba que eu vim de uma origem muito simples, eu comecei do zero, e não nego que gosto de luxo também, mas saiba que EU tenho o dinheiro, e não o dinheiro me tem.

Bárbara: Ok pai, eu já conheço sua história de trás para frente, mas eu já nasci em berço de ouro e pode apostar que vou continuar nele, pois me recuso a viver de migalhas, não vou ser pobre de jeito nenhum, o que pobre faz? Como vive? Imagine eu esquentando a barriga no fogão? Eu nem sei cozinhar, certamente quebraria minhas unhas, ou colocaria fogo na casa! Eu JAMAIS viverei uma vida simples e sem luxos, pode apostar!

Giuseppe: É inútil falar com você sobre isso, dá vergonha de ouvir seus argumentos, só quero avisar que à partir de agora teremos que cortar qualquer despesa desnecessária, então pare de comprar bolsas, sapatos, ou qualquer item de grife e cancele as viagens, não retiraremos mais dinheiro da empresa, não teremos salário até que a situação esteja normalizada, ou então, ficaremos mesmo em maus lençóis, e peço seu empenho para conseguir novos clientes, e que se esforce para fechar novos acordos, então por favor, colabore e trabalhe o mais focada possível, use todo esse medo da pobreza e foque apenas no trabalho. Posso contar com você?

Bárbara: Sabe que sim pai, não ficaremos pobres, não se preocupe, pois farei qualquer coisa que estiver ao meu alcance para reverter essa situação, mas pobres não ficaremos, te dou a minha palavra!

Capítulo 2

Naquela noite Bárbara só queria sair e beber, ela sabia que teria muito trabalho pela frente para conseguir novos clientes e fechar novos contratos, pois apesar de serem fortes no ramo dos vidros, teriam que trabalhar o triplo para cobrir o rombo nas contas. Apesar de ouvir de seu pai que não poderia gastar desnecessariamente, considerava aquele um ótimo motivo para gastar, precisava relaxar um pouco!

Bárbara se arruma impecavelmente, assim que chega à mansão onde morava, sobe para seu quarto, tira suas roupas jogando no chão peça por peça, pois algum empregado certamente recolheria, se dirige até o banheiro e prepara sua banheira para relaxar um pouco. Lá, ela usa seus sais de banho importado e espalha pétalas de rosas na água. Queria que a noite fosse perfeita.

Depois de muito tempo relaxando na banheira, ela sai e começa a se arrumar, começa primeiro pela maquiagem feita com precisão, destacara os olhos apenas pois suas joias já chamariam muita atenção. Ela escolhera um belíssimo vestido verde esmeralda muito colado ao corpo, ele possuía um decote acentuado na parte da frente, e as alças eram finas, nas orelhas colocara brincos de esmeralda para combinar com o vestido, e nos pés, uma delicada sandália de salto agulha e com apenas uma tira. Seus cabelos foram escovados impecavelmente, fazendo cachos largos apenas nas pontas. E por fim, passou seu perfume preferido, era um perfume extremamente sensual que mandara fazer especialmente para ela, ninguém tinha um igual, afinal gente rica gosta de exclusividade.

Ela se admirava no espelho e só conseguia ver o quanto era linda e o quanto seu corpo era perfeito, enquanto se observava, pensava que com aquela aparência, poderia certamente ser confundida com uma modelo internacional.

Desde pequena sua mãe havia a ensinado que tinha que se aproximar de pessoas tão ricas quanto ela ou até mais. Chiara ensinara sua filha que status era importante e que uma mulher sempre deve procurar por um bom marido RICO. Ensinara também que o valor das pessoas se mede pela conta bancária, e Bárbara crescera confortavelmente em sua bolha social, onde gente rica só se relacionava com gente rica.

Bárbara havia namorado muitos homens, porém nenhum havia feito seu coração bater mais forte, ou se encaixava em seus padrões, afinal era difícil atender a todos os requisitos que ela exigia: de bilionário para cima, gostoso, sorriso matador, cheiroso, bom de cama, romântico, e que a mimasse bastante, e claro, um homem que ela pudesse mandar.

Ela era uma cópia de sua mãe, se preocupava apenas em ter tudo do mais caro possível, a única diferença entre as duas, era que Bárbara tomara gosto pelo trabalho, pois amava ver o dinheiro se multiplicando, já sua mãe, era a personificação da futilidade.

Bárbara só queria esfriar a cabeça, pois no dia seguinte teria que começar a procurar mais clientes e achar uma solução para resolver a situação, mas naquela noite só queria se divertir.

Ela chega a um restaurante muito badalado onde só frequentavam pessoas da alta sociedade, o restaurante possuía ainda uma boate e ela havia ido direto para lá.

Se movia na pista de dança freneticamente, dançava e bebia ao mesmo tempo, misturava uma bebida em cima da outra como se não houvesse amanhã. Seu corpo se movia ao mesmo ritmo das batidas e as luzes coloridas da boate a deixavam enjoada, ou talvez o enjoo fosse por misturar tantas bebidas como estava fazendo.

Vez por outra alguns homens dançavam com ela e Bárbara não perdia a chance de se insinuar para eles, afinal ela gostava de joguinhos e de se sentir desejada.

Horas se passaram e ela já havia bebido demais, já não conseguia parar em pé, seu corpo apenas ia no automático, ia trançando as pernas até a porta, e tentava caminhar em direção ao estacionamento.

No momento em que chega ao seu carro, ela tenta abrir a bolsa para procurar a chave, porém sem sucesso, apesar de estar com uma minúscula bolsa, não conseguia nem ao menos abri-la direito.

Homem: Acho que é uma irresponsabilidade você querer dirigir nesse estado, venha comigo, eu a levarei para casa. – diz um homem atrás dela.

Bárbara: Eeeeiiiii.......nem peeensssssaar.........eu neemm te co-co-nheee-ço!

Homem: Você está completamente bêbada! E esse bafo? Vou acabar ficando bêbado só em sentir esse cheiro, vamos, eu a levarei para casa, estive te observando a noite toda, e você misturou muita bebida. Me informei na boate e como quase todos aparentemente te conhecem, me disseram onde mora. Vamos no meu carro, amanhã você busca o seu.

Sem ter tempo de dizer nada, Bárbara é conduzida até o carro do homem misterioso, ela não conseguia raciocinar direito, apenas entra e se senta no banco da frente, assim que o homem entra no carro, suas narinas se inundam com um perfume muito familiar, ele cheirava a riqueza, certamente ele era um homem rico, pois reconhecia aquele perfume, e somente homens ricos o usavam. Bárbara acaba adormecendo, mas não tinha ideia se estava segura com aquele desconhecido.

Bárbara acorda na manhã seguinte e abre os olhos lentamente, sua cabeça rodava sem parar, o estômago estava embrulhado, se recordava vagamente de um homem ter a levado para casa, porém não se recordava como havia entrado em seu quarto e como havia deitado em sua cama.

Ela lembrava apenas daquele perfume delicioso, era uma mistura de cacau, fava tonka, baunilha, frutas secas, flor de tabaco, era o perfume perfeito, ao mesmo tempo que era um cheiro másculo, e forte, certamente ele usava Tobacco Vanille, tinha quase certeza, afinal sabia reconhecer um bom perfume.

Vagarosamente Bárbara se levanta e vai tomar um banho, se arruma impecavelmente e desce para o café da manhã, certamente seus pais já estavam à sua espera na mesa, pois tinham o costume de tomar café todos juntos na mansão.

Ela não via a necessidade de morar em outra casa, pois tinha a liberdade para fazer o que queria, sem contar os privilégios de se morar numa mansão daquelas, tinha muitos empregados, mordomias, conforto e claro, muito luxo, e afinal de contas era filha única, então de certa forma seria tudo dela um dia.

Bárbara desce as escadas com cautela, pois sua cabeça girava, ainda de cabeça baixa e com os olhos semiabertos por conta da dor de cabeça, ela vai para a mesa e se senta no seu lugar de sempre, assim que levanta seus olhos, se surpreende por estar à sua frente um estranho, mas somente seu rosto era estranho, pois seu cheiro era irreconhecível!

Giuseppe: Bom dia minha filha, não vai cumprimentar nosso convidado?

Bárbara: Convidado? Quem é ele? – pergunta em tom ríspido.

Homem: Bom dia para a senhorita também! Não me reconhece? Eu a trouxe para casa ontem, ou melhor hoje de madrugada, como eu preferi te “entregar” pessoalmente ao seu pai, ele veio te receber, eu te levei em meus braços até o seu quarto e a coloquei na cama.

Capítulo 3

Definitivamente aquele homem era lindo, Bárbara observava o olhar profundo e misterioso que ele possuía, a barba por fazer, o nariz perfeito, cabelo estilo bagunçado propositalmente, e o perfume que ainda exalava, estava intacto, o peitoral era forte, os braços grossos e definidos, ele tinha um estilo rústico, porém tinha um toque de classe, era um tipo bem atraente.

Enquanto ela o encarava, ele também notava sua classe e elegância, ela estava num terninho branco que moldava seu corpo de forma muito sutil, mas que era perfeitamente capaz de imaginar como suas curvas seriam, seus cabelos estavam escovados de forma impecável, e no rosto uma maquiagem leve, e seu cheiro era maravilhoso.

Ambos ficaram se olhando e se observando por um bom tempo, à essa altura Giuseppe e Chiara já conseguiam perceber o interesse de ambos, pois nenhum dos dois era capaz de desviar os olhos um do outro, apenas se encaravam em silêncio.

Bárbara: E então, o que faz na minha casa tão cedo?

Homem: Eu dormi aqui, seu pai me ofereceu gentilmente e eu aceitei, fiquei surpreso pela oferta, pois sou um estranho, ninguém me conhece, mas como meu hotel é longe e já estava quase amanhecendo, eu resolvi aceitar.

Chiara: Ai, ai, minha Barbie sempre aproveitando a vida, mas dessa vez ela passou dos limites, bebeu demais, se não fosse esse belo homem, nem sei o que seria dela.

Giuseppe: Ela foi irresponsável de querer dirigir naquele estado isso sim, mas oferecer que passasse a noite aqui foi o mínimo que podíamos ter feito, afinal você trouxe nossa filha em segurança para casa, se você fosse um cafajeste, não teria trazido ela para cá, pela sua atitude demonstrou ser um bom homem. Aliás, ontem à noite nos apresentamos rapidamente, eu disse meu nome e você o seu, mas eu não me recordo....

Homem: Não fiz nada demais, apenas o que um homem deve fazer. Me chamo Eros, Eros Rossi.

Giuseppe: Ah sim, Eros, seja bem-vindo meu jovem!

Bárbara: Eros? Como o deus do amor e do erotismo na mitologia grega? Céus.......Quem escolheu esse nome?

Eros: Vejo que conhece a origem de meu nome! E sim, meu nome foi escolhido por causa do deus grego, meus pais eram muito apaixonados um pelo outro, e adoravam mitologia grega, então quando nasci, resolveram me homenagear colocando esse nome tão significativo.

Chiara: Belo nome! Você parece mesmo um deus grego, você não acha minha filha?

Bárbara: Não vejo nada demais, é apenas um homem comum com um nome de significado curioso!

Dito isso, Bárbara evita olha-lo, pois sabia que naquele momento ele a encarava, podia sentir seus olhares sobre ela, e apenas percebeu que ele sorria com o canto dos lábios, pois enquanto abaixava sua cabeça para se concentrar em sua salada de frutas, pode notar um sorriso de desdém.

O café da manhã transcorreu em um clima muito leve e tranquilo, Eros havia dito que estava no país a trabalho, e que estava em busca de novos contratos, porém não entrou em detalhes, já a família Fontana também não havia mencionado qual era o ramo de atividade deles, apenas que possuíam muitos negócios espalhados.

A única coisa que não conseguiam disfarçar era a atração que sentiam um pelo outro, ambos se olhavam disfarçadamente, mas com muita intensidade quando seus olhares se encontravam.

Eros: Bom, o café e a conversa estão maravilhosos, mas eu preciso ir embora, agradeço muito a hospitalidade de vocês, mas meu hotel é um pouco longe, e eu preciso ir andando. Obrigado por tudo e espero reencontrá-los algum dia.

Giuseppe: Será um prazer Eros, será bem-vindo.

Chiara: Homens bonitos como você sempre serão bem-vindos!

Eros: Obrigado senhora Chiara.

Bárbara: Bem......eu até agora não o agradeci, então........obrigada por ter me trazido.

Eros: Por nada, foi um prazer! E tente ficar longe das bebidas, na próxima vez eu posso não estar por perto para te salvar!

Bárbara apenas torce o nariz ao ouvir o comentário dele, enquanto Eros sorria revelando seus dentes brancos e alinhados. Era o tipo de sorriso que fazia os joelhos dela fraquejarem, ela apenas observa a cena e se retira da mesa sem falar nenhuma palavra. Ela simplesmente não sabia porque agia daquela forma infantil, mas ele havia conseguido irrita-la.

Assim que Eros sai da mansão dos Fontana, vai para o hotel em que estava hospedado pois teria o dia cheio, estava no país para uma série de reuniões e fechamento de contratos, seu tempo no país seria contado, apenas 3 meses, apesar de parecer muito, para um homem de negócios como ele, era um prazo apertado.

Eros era simplesmente dono das maiores vinícolas na Itália, possuía sua marca própria e conquistara o mundo todo com seus excelentes vinhos, Eros era vitivinicultor, e dono da marca D’AMORE. Seus vinhos haviam ganhado os maiores prêmios e selos de reconhecimento pela excelente qualidade.

Ele estava no país para conseguir expandir sua marca ainda mais. Eros era discreto em sua vida pessoal, vivia na Itália em suas vinícolas, e fazia questão de participar de cada etapa da elaboração do vinho, desde a plantação até o envasamento. Seu nome nunca era associado à marca de seu vinho, pois prezava por uma vida discreta e pacata, somente se apresentava no mundo corporativo quando ia fechar contratos ou parcerias, como era aquele caso, mas apesar de ser bilionário, não gostava de esbanjar dinheiro, muito menos se exibir na alta sociedade.

Enquanto ele tomava banho, só conseguia pensar em Bárbara. Ela era uma mulher de beleza estonteante, mas era também intrigante, ao mesmo tempo que parecia inteligente e competente no trabalho, seja lá qual fosse sua profissão, tinha um certo ar de infantilidade, parecia birrenta até. Essa parecia ser uma mistura muito interessante e talvez perigosa.

A todo momento desejava muito encontra-la novamente, só esperava que essa oportunidade acontecesse antes de retornar à Itália.

Eros não era um homem que colecionava conquistas, muito pelo contrário, ele queria um casamento como seus pais haviam tido, com respeito, admiração, amor e cumplicidade. Apesar de sua posição ser privilegiada, ele jamais usava seu dinheiro para conquistar mulher nenhuma, gostava de ir com calma e queria se casar somente quando seu coração achasse que tinha chegado a hora.

Estava com 39 anos e sabia que uma hora ou outra teria que procurar uma companheira de vida pois seu sonho de ser pai falava cada dia mais alto, queria ensinar tudo o que sabia aos seus filhos, sonhava em ver seus pequenos correndo entre os pés de uvas, e esperava que esse dia chegasse logo.

Eros não entendia porque, mas toda vez que ele pensava em uma mulher ideal, somente Bárbara lhe vinha à mente. Obviamente não era amor, porém ela havia despertado algum sentimento adormecido dentro dele, ou talvez fosse apenas seu desejo falando mais alto.

Eros sai do banho e se arruma em um de seus ternos muito bem cortados, gostava de peças boas, mas não gastava fortunas com elas, já que em seu dia a dia na Itália ele não passava nem perto desse tipo de roupa. Ele se dava ao direito de certos luxos, como seu perfume caro por exemplo, mas não vivia gastando dinheiro aos montes, muito pelo contrário, era até “seguro” demais.

Eros termina de se arrumar e vai para a empresa em que teria uma reunião para fechar mais uma parceria, esperava que desse tudo certo, pois estava empenhado em conquistar o mercado fora da Itália, ou até quem sabe se a sorte estivesse do seu lado, conquistar o coração de uma certa mulher de beleza estonteante!

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