...Agora...
...é...
...Amor!...
...🌹🌹🌹🌹🌹...
...🌼Cirley Miranda 🌼...
Índice ✍️
Capítulo 01 – Amores que vêm e vão
Capítulo 02 – Minha viagem
Capítulo 03 – Cheguei
Capítulo 04 – Esbarrão
Capítulo 05 – Um beijo
Capítulo 06 – Novamente você
Capítulo 07 – De repente foi você
Capítulo 08 – Nossa noite
Capítulo 09 – Amor que nasce
Capítulo 10 – Mudando o caráter
Capítulo 11 – A verdade
Capítulo 12 – Um brinde ao amor
Capítulo 13 – Surpresa
Capítulo 14 – Pedido de namoro
Capítulo 15 – Nosso genro
Capítulo 16 – Visita desnecessária
Capítulo 17 – A amizade
Capítulo 18 – Armação mal feita
Capítulo 19 – O dono
Capítulo 20 – Não há problemas
Capítulo 21 – Eu resolvo
Capítulo 22 – Surpresa
Capítulo 23 – Café da manhã
Capítulo 24 – Planos
Capítulo 25 – Segredo
Capítulo 26 – Amor e cuidado
Capítulo 27 – Medo
Capítulo 28 – Ele é cruel
Capítulo 29 – Veneno
Capítulo 30 – Ele vai pagar
Capítulo 31 – Nova vida
Capítulo 32 – Linda viagem
Capítulo 33 – Roubo
Capítulo 34 – Sogra
Capítulo 35 – Ainda não acabou
Capítulo 36 – Amiga
Capítulo 37 – Plano de vingança
Capítulo 38 – Ela consegue
Capítulo 39 – Mais um motivo
Capítulo 40 – Consumidos pelo ódio
Capítulo 41 – Doloroso.
Capítulo 42 – Não posso aceitar
Capítulo 43 – Buscando meu amor
Capítulo 44 – Agora sim, é amor
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CAPÍTULO 1 — AMORES QUE VÊM E VÃO
Na igreja... A noiva olhando para seu noivo e estando plenamente feliz.
— Sim, eu aceito!
— Eu amo você Cecília!
— Eu também te amo Ramon.
Eles se beijam...
...***...
No outro dia... Um domingo... Cecília falando ao telefone com sua melhor amiga.
— E foi dessa forma que tudo finalizou na igreja, Letícia... Fomos para a festa, deu tudo certo. Aliás, pensei que estava tudo certo. Que a partir daquele momento estava tendo o casamento dos meus sonhos e que ele mudaria. — Diz Cecília debulhando-se em lágrimas.
— Poxa amiga, estou tão triste em não estar aí para te abraçar... Se não quiser, não conte mais nada.
— Preciso contar Letícia, tirar isso de mim, sabe? Está doendo demais.
— Conte, sua amiga está longe, mas está aqui. Sempre estarei disposta a te ouvir...
Cecília conta-lhe os detalhes...
— Então, quando tudo acabou, fomos para o hotel e você sabe como ele é chato, eu é que não enxergava isso...
...***...
No dia anterior... Quando Cecília e Ramon chegaram ao quarto de hotel...
— Ramon, eu vou descer... Aproveitar um pouco, ir ao restaurante, já que quase não comi na festa, ok? Você vem comigo, certo?
— Ah, amor... Não estou a fim, vá você! Depois peço alguma coisa aqui mesmo.
— Ramon, acabamos de nos casar.
Ele vai até a ela e a beija dizendo-lhe com carinho:
— Eu sei meu amor. Não me leve a mal. Você sabe como eu sou. Quero descansar um pouco, amanhã nos divertimos durante o dia e a noite, seguimos para nossa lua de mel...
Ela estando com raiva, sai de perto.
— Ok, Ramon... Como você quiser... Fique aí, então!
— Não amor... No nosso primeiro dia, não. — Diz ele que mesmo casando com Cecília sempre viviam brigando.
Ela sai bastante chateada batendo a porta.
...***...
Cecília começa a fazer uma refeição no restaurante do hotel e alguns minutos depois...
— Hummm... Acho que acabando aqui vou subir para pegar um livro e aproveitar essa paisagem linda... Já que aquele chato do meu marido só quer ficar no quarto...
...***...
Cecília sobe pelo elevador, vê a porta de seu quarto, encostada. Ouve um barulho e pergunta para si mesma:
— O que será isso? Não é possível!
Ela anda mais um pouco e vê seu marido, Ramon, transando com uma arrumadeira... E com todo ódio, ela grita:
— Miserável!
— Cecília!
— Como você pôde fazer isso?
— Calma Cecília... Calma...
Cecília com toda raiva vai até a ele e lhe dá uma tapa em seu rosto. Ele não faz nada. Até porque sabe de seu erro. A mulher sai da cama, começa a se vestir e antes dela colocar a blusa, Cecília a pega pelos cabelos.
— Você não vai fugir sem uma coisinha, sua vagabunda!
— Me larga!
Ramon fica sentado assistindo a cena assustado. Cecília com todo o ódio que nem sabia que podia ter, liga para a recepção do hotel.
— Preciso do gerente no quarto andar, quarto 403, urgente!
A recepcionista levando um susto.
— Agora senhora, o gerente está subindo.
Alguns minutos depois... O gerente, Roney, chega... Ao ver a porta aberta, pergunta:
— Senhora Cecília, em que posso aju...
Ele nem termina a frase quando vê a arrumadeira, quase despida sendo segurada pelos cabelos por Cecília...
— Senhor Roney, essa miserável, estava transando com esse nojento aí.
— Cecília, eu sou seu marido!
Virando-se para Ramon.
— Não é mais, infeliz! — Voltando-se para o gerente. — O senhor cuide dessa piranha aqui, por favor.
Ela a solta e a mulher cai de joelhos no chão, imediatamente Roney avisa a mesma:
— Senhorita Kelly, está demitida e por justa causa! É o que eu posso fazer senhora Cecília.
— Obrigada! Não esperava menos do senhor. Saia com ela, por favor. — Diz Cecília que já conhece Roney desde o começo do hotel que ela e sua equipe planejaram.
Kelly sai chorando e Roney é bem enfático ao informar:
— Claro. Ela vai embora hoje mesmo. Posso ajudar em mais alguma coisa, senhora Cecília?
— Só uma coisinha. — Cecília tira a aliança, joga em cima de Ramon. — Sou apenas Cecília, novamente. Pode tirar o tratamento “senhora.” Agora me dê licença que a conversa aqui terá que ser a dois.
— Sim, claro. Com você quiser Cecília. Com licença!
Quando ele sai, Ramon tentando amenizar a situação.
— Meu amor... Isso não foi nada... É só mais uma... É você que eu amo. Pegue sua aliança de volta... Vem, volte pra nossa cama!
Cecília olhando-o com ódio.
— Sai do meu quarto!
— Amor, vamos conversar...
— Some da minha vida!
Ramon levantando-se e arrumando suas coisas.
— Impossível! Nós somos sócios!
— Por enquanto. Some daqui!
— Eu preciso pegar minha mala e...
Ela o olha com incredulidade... Ele pega a mala que ainda está intacta.
— Você não quer conversar?
— Depois de cinco anos, pensei que te conhecia Ramon.
— Foi um deslize...
— Some! Não quero te ver mais.
— Nossa lua de mel...
— Vou cancelar.
— Ok. Estou indo.
Ele sai e Cecília chora feito uma criança na cama.
...***...
Atualmente... Voltando ao telefone com sua amiga Letícia que está na Itália.
— Foi dessa forma Letícia...
— E você cancelou a viagem?
— Vou tentar cancelar ainda...
— Nada disso! Você vai vir pra cá, sim. Cancele a dele... Você mesma não disse que ele se responsabilizou por toda a festa e o casamento e a viagem tinha ficado por sua conta?
— Sim. Foi assim que combinamos.
— Então! Você vem sim! E passe sua semana aqui... Para quando está agendada exatamente?
— Para hoje à noite... Previsão de chegada amanhã à tarde aí em Roma.
— Excelente! Venha e fique até sábado, como planejado, não é?
— Exatamente!
— Estou te esperando... Vou te buscar no aeroporto... Vamos ter uma semana incrível!
— Você está certa amiga! Eu vou sim.
— Chegando aqui quero te apresentar ao meu cunhado... Ele é...
— Letícia... Pode parar, você acha que depois de tudo isso eu quero conhecer algum italiano? Não mesmo!
— Mas ele não...
— Não quero conhecer ninguém Letícia... Se for dessa forma, nem vou...
— Tudo bem... Não falo mais nisso. Venha então...
— Ok. Vou arrumar tudo e seguir com os planos, agora sem aquele imbecil.
— Assim que se fala... E meus tios, como estão com tudo isso?
— Estão bem tristes... Mas vão superar.
— Que bom! É uma pena que eu não esteja aí... Se eu estivesse, faria mais... Daria uns belos tabefes naquele maledetto (Amaldiçoado)
Cecília rindo por um momento.
— Olha, ela já está toda italiana.
— Força do hábito.
— Sendo assim, arrivederci. (Tchau)
Letícia também sorri com sua amiga.
— Você também... Tchau Cecília, faça uma boa viagem. Até amanhã!
— Obrigada amiga. Tchau...
Elas desligam...
...***...
Na Itália...
Vitório, namorado de Letícia a vê com raiva e pergunta:
— O que houve meu amor?
— Lembra-se da amiga que te falei que ia se casar ontem e eu fiquei chateada por não poder ir?
— Sim. Você disse que só ficou mais feliz porque amanhã ela chegaria.
— Isso!
— O que houve?
— Ela casou e o desgraçado a traiu no hotel em que estavam no quarto deles.
— Mio Dio! — Responde Vitório assustado.
— Fiquei assim, também...
— E agora ela não vem mais?
— Pelo contrário... Disse para ela vir... Ela arcou com tudo.
— Hummm... Se ela vir sozinha, poderíamos apresentar o Vicente a ela, o que acha?
— Falei com ela... Mas não quer nem saber amor, nem me deixou terminar... Falou logo que não quer saber de nenhum italiano...
— Hahaha... Ela nem imagina que somos brasileiros?
— Não. Não deixou falar...
— Quando ela chegar, damos um jeito deles se conhecerem... Dois solteiros agora têm mais é que serem felizes...
— Certíssimo Vitório. Amo você!
— Também te amo Letícia... Mas vem provar isso agora, vem...
— Com todo prazer...
Letícia e Vitório se amam ali, no quarto do hotel onde tudo começou...
Há oito meses...
Letícia chegando ao hotel, em Roma, onde foi para ficar apenas três meses para estudar...
— Buongiorno signorina. Ho una prenotazione a nome di Letícia Arcanjo Soares.
(Bom dia, senhorita. Tenho uma reserva em nome de Letícia Arcanjo Soares.)
A recepcionista cordialmente atendendo-a.
— Buongiorno, signorina Letícia... Brasiliana, giusto?
(Bom dia, senhorita Letícia... Brasileira, certo?)
— Sì signora. — Responde Letícia sorrindo.
(Sim, senhorita)
Vitório assistindo a cena aproxima-se e fala à recepcionista:
— Veronica, mi occupo io della sua permanenza.
(Verônica, eu cuido da estadia dela.)
— Si signore.
(Sim, senhor)
Vitório apresentando-se a Letícia estendendo sua mão.
— Muito prazer... Meu nome é Vitório Ribeiro De Luca.
— Prazer... Brasileiro? Trabalha aqui?
— Sim. Meu pai era italiano e minha mãe é brasileira, mas passo mais tempo aqui... Trabalho aqui sim.
— Que bom... Vim para Roma para fazer um curso rápido. Vou ficar por três meses.
— Maravilha! Vou cuidar de tudo aqui pra você, senhorita Letícia Arcanjo Soares.
— Obrigada senhor Vitório Ribeiro De Luca.
Os dois começam a fazer uma linda amizade naquele momento e algumas semanas depois começam a namorar.
...***...
Três meses se passam e chega ao dia anterior de Letícia voltar ao Brasil... Vitório chegando ao quarto dela.
— Meu amor... Não vai embora.
— Vitório, eu preciso ir. Minha amiga Cecília precisa de mim no escritório... Tirei esses três meses de licença, mas...
— Fique. Trabalhe aqui.
— Trabalhar aqui? Está louco? Não existe essa possibilidade.
— Tem uma coisa que eu não te disse nesses três meses.
— O que?
— Eu, junto com meu irmão Vicente, somos os donos desse e de mais nove hotéis na região.
Ela surpreendendo-se.
— Vitório, por que não me disse antes?
— Fiquei com receio de...
— De eu ser interesseira? — Pergunta Letícia virando-se de costas.
Ele indo atrás...
— Não, não pense isso!
— Vitório, vamos esquecer isso tudo. Preciso voltar pra casa.
— Não vai, por favor... Quero oficializar nosso namoro... Estou completamente apaixonado.
Letícia ao vê-lo declarando-se.
— Eu também... E não estou com você por interesse em nada.
— Eu sei disso. Afinal, até quase agora eu só era um funcionário do hotel e você gostava de mim, assim.
— Com certeza. Mas eu tenho que voltar... Já tenho uma vida estabilizada no Brasil.
— Fique mais um pouco... Vamos nos conhecer melhor.
— Eu não planejei isso... Não vai dar.
— Você vai continuar aqui e eu me responsabilizo por você, te arrumo outro emprego... Tenho vários contatos.
— Não sei... Preciso pensar... Meu voo é amanhã cedo.
— Não vai... Estou te pedindo... Per favore ragazza mia. (Por favor, minha menina).
— Ah... Não... Pedindo assim eu me derreto Vitório. Não faz isso.
Ele a levanta num abraço.
— Ti amo mia dolce ragazza... Resta con me per sempre.
(Eu te amo minha doce menina... Fique comigo para sempre)
— Divento il mio meraviglioso gatto. Anch'io ti amo.
(Eu fico meu gato maravilhoso. Também te amo).
Eles se beijam e ali começam a confiar um no outro...
...***...
Atualmente no Brasil... Domingo à noite no aeroporto... Cecília despede-se de seus pais Joana e Renato...
— Filha, você tem certeza disso?
— Sim, mãe... Preciso espairecer... Distrair um pouco...
Seu pai abraçando-lhe.
— Só fico menos preocupado, pois você estará no mesmo hotel que a Letícia. Minha afilhada está bem?
— Sim, pai. Não se preocupe... Vou ficar perto dela... Ela está muito feliz e namorando. Vocês sabem como ela é. Decepcionou-se aqui, foi pra lá e ficou. — Diz Cecília sorrindo ao lembrar-se da amiga.
— Vontade de socar aqueles dois desgraçados que machucaram vocês duas. Porém, tenho mais ódio do Ramon, nesse momento.
— Pai, não faça nada, por favor. Letícia já superou e eu vou superar... Fiquem tranquilos quanto a isso.
— Não vou fazer. Viaje tranquila! — Diz ele beijando sua testa.
Sua mãe, chorando a abraça.
— Boa viagem minha filha...
— Mãe, não chore, domingo estarei de volta.
— Eu sei... Mas gostaria de vê-la feliz. Essa viagem era para ser motivo de felicidade e não de tristeza. Você está triste demais...
— Tire isso da mente de vocês, eu estou bem. Melhor ter acontecido agora. — Diz Cecília que ouve seu voo ser anunciado. — Meu voo... Preciso ir...
— Boa viagem, minha princesa. Cuide-se!
— Pai, sua princesa já tem 27 anos...
— Não vai deixar de ser nunca.
— Obrigada pai... Mãe pare de chorar, preciso ir.
— Parei, parei... Mande um beijo para minha afilhada, diga que estamos com saudades.
— Eu digo sim, mãe...
Cecília segue em direção ao embarque e joga um beijo no ar para eles.
— Amo vocês!
Eles sorriem... Quando ela se vira, chora imediatamente.
...***...
Na Itália...
Segunda... Pela manhã... 08h: 00min... Vitório deitado em sua cama com Letícia... Pergunta a ela:
— Meu amor, a que horas sua amiga chega?
— Ela viajou às 20h... Com sorte, serão quase 16 horas de voo... Vai chegar por volta das 12h, horário de Brasília e 17h, horário daqui...
— Perfeito! Ainda temos bastante tempo então.
— Você não vai trabalhar com o Vicente, hoje?
— Vou tirar o dia de folga com minha amada... À tarde podemos ir buscar sua amiga... Já que a semana não terá tempo pra mim.
— Seu bobo, claro que eu vou ter... Hoje apenas irei dormir no quarto com ela para matarmos as saudades e porque ela está sozinha você sabe.
— Sim. Tudo bem... Preciso te falar outra coisa.
— O que?
— Minha mãe chega amanhã... Depois de tanto tempo viajando pelo mundo afora.
— E?
— Quero que você a conheça, claro... Já estamos a quase oito meses juntos...
— Vitório, eu não sei... Seu irmão é muito gentil comigo... Mas se sua mãe não gostar de mim?
— Como não vai gostar? Linda, simpática, uma excelente arquiteta...
— Eu ainda não sei... Tenho minhas dúvidas. Se ela pensar que estou com você por interesse?
— Dona Gisela, não é tão ruim assim... Faz algumas besteiras... Mas quando ela souber que você está na equipe que é a responsável pelo próximo hotel, vai ficar entusiasmada...
— Será?
— Claro... Eu garanto! — Diz Vitório beijando-a.
...***...
Mais tarde... Na hora do almoço em um restaurante... Letícia chegando com Vitório.
— Olhe amor, seu irmão...
— Vamos até a ele.
Vicente os vê também.
— Irmão, cunhada... Sentem-se... Almocem comigo.
Vitório cumprimenta seu irmão com um abraço, Vicente beija a mão de Letícia e eles se sentam.
— Como você está Vicente? Já faz quase um mês que não nos vemos... Desde... Perdão ia falar besteira...
— Não tem problema Letícia... Desde que a Suzana terminou comigo e voltou para o Brasil, já sei...
— Não queria que se lembrasse dela... Quanto sono stupido! (Como sou burra!)
— Ei, não fale assim amor, meu irmão é um homem adulto.
— Vitório tem razão, fique tranquila!
— Desculpe-me de qualquer forma, Vicente...
— Vamos falar de trabalho, como anda a obra?
— Iremos fazer uma conferência amanhã, mas será algo rápido para finalizar algumas questões. Na quinta-feira, faço minha visita de rotina. A obra está quase pronta. Ai, caramba... Amor, eu esqueci completamente de avisar a Cecília que não vou poder sair com ela amanhã.
— Você faz sua reunião e depois se encontra com ela.
Vicente ficando curioso.
— Cecília?
— É uma amiga, cunhado... Chega hoje e vai ficar até sábado conosco no hotel.
— Ah... Sim... Que bom!
Letícia olha para Vitório e continua a dizer a Vicente:
— Ela também é arquiteta... Somos amigas desde criança e sempre fomos muito unidas... Eu trabalhava no escritório dela antes de vir pra cá...
— Ela vai gostar daqui.
— Você não quer conhecê-la?
— Melhor não cunhada... Não estou preparado pra conhecer ninguém ainda.
— Tudo bem, então... Desculpe-me fazê-lo lembrar-se novamente, mas preciso perguntar: Você ainda pensa em terminar de construir aquele hotel no Rio de Janeiro, a obra havia começado, não é?
— Sim, começou. Mas não dei andamento, por tudo que aconteceu. Demiti toda a equipe que estava ligada a Suzana e sinceramente não sei ainda se vou mandar alguém ou assumir essa responsabilidade de ficar a frente. Ela que estava negociando. Eu teria que voltar a morar lá por uns três a quatro meses para finalizar.
— Mas você não volta de vez em quando cunhado?
— Para visitar os outros hotéis. Fico alguns dias e volto. Porém morar, não está em meus planos. E não tenho outro motivo para isso... Toda minha vida está aqui. Já me adaptei. Voltar para o Rio de Janeiro, novamente, nesse momento teria que ser por algo mais importante que trabalho.
— Ok, cunhado. Vamos almoçar. Daqui a pouco vamos buscar Cecília, não é Vitório?
— Certo amore mio. (Claro, meu amor).
— Vitório, não faz isso... Seu irmão está presente... Você sabe que eu amo quando você fala assim...
Vicente rindo da cumplicidade dos dois.
— Cunhada, você é a melhor... Vamos almoçar...
— Vamos...
Os três riem e almoçam...
Ainda na Itália... No aeroporto... Cecília chegando com suas malas... Letícia a vê e corre para abraça-la.
— Amiga!
— Letícia, minha amiga linda!
As duas se abraçam e ficam emocionadas.
...***...
No Brasil... No escritório de arquitetura de Cecília e Ramon...
Ele pergunta à sua secretária Lívia:
— Lívia, Cecília não veio?
— Não. Será que ela viajou?
— Provavelmente!
— Você não vai ligar pra ela?
— Não. Melhor assim. Vem aqui...
— Eu não quero mais isso Ramon.
— Vai dar uma de santa agora, depois de dois anos?
Ela acaba cedendo e o beija... Renato, pai de Cecília, chega e fica inconformado ao presenciar a cena.
— Seu miserável! — Lívia se afasta e Renato dá um soco em Ramon. — Como você pôde fazer isso com minha filha?
— Aconteceu senhor Renato. Não tenho o que falar.
Renato pegando-o pela gola da camisa.
— Não tem o que falar? Você teve um relacionamento de cinco anos com minha filha, com certeza enganou ela esse tempo todo... Porque casou? Terminasse antes seu desgraçado!
— Saia da minha empresa. Não quero brigar com o senhor. Tire as mãos de mim!
— Sua empresa? Essa empresa é tanto sua quanto da minha filha também.
— Que seja. Saia!
— Se você se atrever a mexer com minha filha novamente, eu não respondo por mim. — Diz Renato soltando-o.
— Saia, por favor. Já disse! Eu não vou brigar com o senhor.
Renato sai com ódio e Lívia pergunta:
— Quer que cuide desse ferimento?
— Não! Suma daqui também.
— Nossa! Não precisa falar assim.
— Saiiii...
...***...
Na Itália... Letícia faz as apresentações.
— Amiga, esse é o meu namorado, Vitório.
Cecília estende a mão e ele a pega, beija e comporta-se como um verdadeiro cavalheiro.
— Lieto di conoscerti. Quanto sei bella!
(É um prazer conhecê-la. Que bela você é!)
Cecília rindo com carinho de sua gentileza.
— Non è per quello, sono i tuoi occhi...
(Não é para tanto, são seus olhos...)
Letícia achando graça em seu namorado, o desmascara.
— Cecília ele está brincando com você. Ele é brasileiro.
— Ah, querendo me pegar, não é?
— Que isso! O elogio foi de verdade...
Letícia dá uma tapinha nele de brincadeira.
— Seu safado... Respeite minha amiga...
— Duas mulheres belíssimas!
Cecília agradecendo.
— Obrigada, Vitório!
— Bom, vamos amiga? Vitório vai nos deixar no hotel e vou ficar com você.
— Não amiga, não precisa... Fique com seu namorado.
— Cecília... Acabou, ok? Já combinei com ele.
Vitório para deixar Cecília mais à vontade.
— Fique tranquila Cecília... Eu entendo que você precise de um tempo com ela.
— Obrigada pela compreensão Vitório!
— Não é nada!
Eles rumam em direção ao hotel.
Cecília se hospeda e fica admirada com a arquitetura do lugar.
— Amiga, é lindo demais!
— Também fiquei assim, no começo... Tem tanta coisa legal pra gente fazer aqui.
— Obrigada por tentar me animar.
— Boba, sou sua amiga... Só vou me despedir do meu amor e já subo contigo.
...***...
Quando Letícia chega próxima a Vitório.
— Amor, ela está tão triste... Vou tentar anima-la um pouco.
— Vai sim, meu amor. — Concorda Vitório fazendo-lhe um carinho em seus cabelos.
— Você vai ficar no escritório daqui?
— Não. Vou me encontrar com o Vicente agora... Combinamos de jantar mais tarde.
— Ok... Amo você!
— Também te amo.
Eles se beijam rapidamente, se despedem e Vitório vai embora. Letícia voltando-se para Cecília.
— Vamos amiga?
— Vamos minha linda.
Quando chegam ao quarto... Ao ver a cama de casal, Cecília chora.
— Era para ser o primeiro dia mais feliz depois do casamento...
Letícia indo abraça-la.
— Não fique assim, minha amiga. Logo vai passar. Aquele miserável não merece esse seu choro. — Letícia fala limpando as lágrimas de Cecília.
— Você tem razão Letícia! Não posso ficar chorando pra sempre.
— Assim que se fala... Vamos colocar as fofocas em dia... Como estão tio Renato e tia Joana?
— Você sempre se preocupando com eles...
— Claro amiga. Amo demais aqueles dois. Minha gratidão será eterna.
— Eles também te amam. Ficaram tristes com essa situação. Mas estão bem. Cada vez mais apaixonados. Eles tiveram sorte, eu é que não...
— Pare com isso Cecília! Você vai arrumar um homem maravilhoso! Vai te amar, cuidar de você... Você vai ver.
— Depois disso tudo, eu duvido muito. Não quero saber desse negócio de amar tão cedo. Se é que ainda vou amar novamente.
— Claro que vai sua boba. Mas para desanuviar um pouco, vamos falar de outra coisa... Aquela piranha da Lívia ainda está lá?
Cecília rindo do jeito espontâneo de Letícia.
— Só você para me fazer rir num momento desses... Mas sim. Desde aquele dia você ficou com raiva dela, não é?
— Piranha, que gosta dos homens dos outros... Não suporto esses tipos.
— Calma Letícia!
...***...
Há quase um ano... Letícia pega Lívia beijando seu namorado.
— O que você está fazendo beijando essa piranha, Fabrício?
— Ela me beijou amor.
— Você gostou seu cretino.
Letícia avança para bater em Lívia e Fabrício não deixa.
— Calma, amor...
— Amor, uma ova. Esqueça-me!
Ela sai, Fabrício vai atrás e Lívia rindo da atitude dela.
— Babaca igual à amiga Cecília sem sal... Aff...
...***...
Fabrício ainda atrás de Letícia.
— Amor, espera...
— Sai de perto de mim. Está tudo acabado!
Cecília chegando abraçada com Ramon.
— Ei, que gritaria é essa aqui?
— Esse safado amiga, o peguei se agarrando com a Lívia.
— Fabrício vai para a sala do Ramon e Letícia vem pra minha sala...
Os dois consentem o pedido de Cecília.
Na sala dela Letícia aos prantos.
— Eu sabia Cecília... Sabia que isso podia acontecer.
— Amiga, aquele curso na Itália... Porque você não vai? São três meses... Dou a licença que você precisa... Tudo pago... Vai estudar, se divertir... Esquece esse cara... Já disse que ele não é pra você.
— Você tem razão, Cecília! Eu vou... Está decidido! Quero ficar longe do Fabrício... Não é a primeira vez que ele faz isso e nem será a última. Se eu ficar, daqui a pouco é bem capaz de estarmos juntos novamente. Preciso dar um basta nisso.
— Isso... Fique longe desse infeliz... Deixe que da sua viagem, eu cuido.
— Obrigada Cecília.
Elas se abraçam...
...***...
Atualmente... Letícia sendo à sua amiga.
— E quando eu precisei você me ajudou... Então agora é a minha vez Cecília... Somos amigas para isso... Sempre estarei aqui.
— Obrigada Letícia!
...***...
Mais tarde... Vitório jantando com seu irmão Vicente.
— Irmão, Letícia e eu fomos buscar a amiga dela. Tem certeza que não quer conhecer? Ela é bem bonita. Fiquei impressionado.
— Tenho Vitório. Não estou a fim de me envolver com ninguém nesse momento. Tinha planos de me casar com a Suzana e justo no dia que ia pedir a ela para casar, ela simplesmente termina e vai embora... Você acha que tenho ânimo para algum relacionamento, agora?
— Não. Eu entendo... Mas a história da amiga da Letícia foi bem pior.
— Pare Vitório. O que pode ser pior do que eu passei?
Quando Vitório ia falar... O telefone toca e ao outro lado da linha é a mãe dos dois.
— Vitório?
— Mãe! Que saudades!
— Também. Estou ligando para dizer que chego amanhã por volta das 12 horas do horário daí... E tenho uma surpresa pra você.
— Ok... Surpresa?
— Sim. Você vai amar.
— A senhora está vindo de onde?
— Se eu falar, estraga a surpresa...
— Eu também tenho uma surpresa. Mas tudo bem, eu vou lhe buscar. Está tudo bem com a senhora?
— Amo surpresas. Sim, está tudo bem comigo. E com você e seu irmão?
— Estamos bem. Estamos jantando nesse momento.
— Passe pra ele, por favor...
— Claro... Dona Gisela quer falar com você. — Diz Vitório a Vicente entregando-lhe o telefone.
Vicente pegando o telefone e falando com sua mãe.
— Oi mãe... Tudo bem?
— Tudo, meu amor, como você está?
— Estou bem dona Gisela Ribeiro De Luca.
— Coloque no modo viva voz, por favor...
— Pronto!
— Eu vou chegar aí e vou ficar de olho em vocês dois...
— Dona Gisela, não somos mais crianças... Pare com ciúme.
— Vitório, mesmo você com 33 anos e seu irmão com 30 são meus príncipes para sempre... Entenda isso! Eu nunca vou largar dos pés de vocês.
Os dois riem e respondem juntos...
— E a senhora nossa rainha...
— Amo vocês... Doida pra abraçar e beijar muito meus filhinhos.
Os dois riem com carinho, se despedem e desligam...
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