Nota da autora:

Olá! Antes de mais nada, quero agradecer pelo seu interesse em ler essa obra! ❤️

Este livro foi a minha primeira experiência na escrita, quando eu ainda estava iniciando nesse novo mundo, e foi escrito de um jeito bem informal.

Por esse motivo ele agora está em edição, tanto na escrita quanto no rumo da história, o que pode tornar a leitura confusa dependendo do capítulo que você possa ler mais adiante.

Enquanto houver escrito “Em revisão” no título, recomendo que confira as minhas outras obras, pelo menos até que este aqui renasça das cinzas.

O objetivo é tornar a leitura mais compreensível, fluída e atraente. Muito obrigada pela compreensão!

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O início:

"Eu nunca pensei que fosse me apaixonar por ele." Essa frase ecoava na minha cabeça enquanto eu tentava ignorar o alarme do celular que insistia em me acordar.

A noite tinha sido longa e torturante, cheia de ansiedade e nervosismo por causa do dia que me esperava. Eu tinha tanta coisa para resolver, tanta coisa para decidir… E ele estava no meio de tudo.

Respirei fundo e me levantei da cama, arrastando-me até o banheiro. Liguei o chuveiro e deixei a água quente lavar o meu corpo e a minha alma. Enquanto isso, uma playlist aleatória tocava no meu celular.

De repente, uma música do Henrique e Juliano invadiu o meu ouvido: “Aquela Pessoa”. Um sorriso involuntário surgiu nos meus lábios ao lembrar dele. Daquela pessoa que mudou a minha vida.

Saio do banho e vou escolher uma roupa para vestir. Estamos no verão e no Rio de Janeiro faz um calor infernal. Eu preciso de algo leve e confortável, mas também bonito e elegante. Afinal, amanhã será um dia muito importante para mim. Talvez o mais importante da minha vida.

Pego um vestido amarelo de alcinha e uma rasteirinha no armário. Prendo o meu cabelo num rabo de cavalo alto e passo um batom vermelho nos lábios.

Enquanto eu me olho no espelho, outra música do Henrique e Juliano começa a tocar: “A maior Saudade”. “Tem amores da vida que não são pra vida…” Essa frase me atingiu em cheio, fazendo-me pensar em tudo o que aconteceu desde que eu conheci ele.

Me perdoe a má educação, permita-me apresentar: Me chamo Mariana Bernardine, tenho 27 anos e sou CEO da Bernardine’SA.

Gostaria de compartilhar um pouco da minha longa e complicada história, com os meus amores, da vida e para vida… Confuso e curioso? Sim! Mas por sorte, ou azar, eu tive os dois, e aos poucos vai fazer sentido para você também. Prometo que, serei breve em apresentá-los:

........Alguns anos atrás.......

— Tia Mari, você me prometeu que ia me levar ao cinema hoje.

Ela me olha com seus olhos azuis cheios de expectativa e charme. Já tem mais de um mês que eu enrolo a minha sobrinha de 3 anos pra ir ao cinema. Hoje, não posso deixar passar, mesmo que a minha vontade seja de ficar no meu quarto o final de semana inteiro.

— Ok, meu amor!! Vou ligar para a sua mãe e avisar que você vai ficar aqui na casa da vovó hoje.

Helena me dá um monte de beijinhos na bochecha e vai correndo contar para a minha mãe que vai ao cinema.

" Alô, Milena? Tô ligando para ver se você deixa a Helena dormir aqui em casa hoje. Desde o mês passado que prometi levá-la ao cinema e hoje não consegui fugir — sorrio ao confessar. "

"Oii!! Pensei que esse cinema nunca iria sair. Ela me pergunta quase sempre quando a tia Mari iria sair com ela."

Suspiro.

" Pois é. Confesso que até quis, mas estava estudando para as provas… Sem dizer que você sabe como eu faço de tudo para não precisar sair de casa."

" Eu não sei porque você não pode ser como as outras meninas da sua idade. Você tem 17 anos, precisa enxergar a vida fora do seu quarto! Existem lugares para conhecer, além da escola!"

"Eu já conheço tudo o que você vai falar, não precisa repetir. Só liguei para avisar que vamos sair. Amanhã a minha mãe te entrega essa criança. Beijo."

" Tá bom. Cuidado vocês duas! E Mariana…"

" Oi?? — pergunto já sem paciência."

" Vê se aproveita e arruma um namorado!! — ela diz com uma risada debochada."

" Chata! Tchau!"

Desligo sem dar tempo dela falar mais alguma coisa. A minha irmã é 7 anos mais velha que eu e sempre me conta as histórias dela quando tinha a minha idade… Que matava aula pra ir pro shopping ou saía escondido de madrugada pra se encontrar com o Vagner, pai da Helena.

Olho para o meu quarto bagunçado e sinto uma preguiça imensa de arrumar tudo. As paredes estão cobertas de pôsteres das minhas bandas favoritas e os livros se espalham pela escrivaninha e pela cama. A janela está aberta e eu vejo o céu azul e as nuvens brancas lá fora.

Peço à minha mãe para arrumar a Helena enquanto vou me arrumar também. Queria ir antes de anoitecer e voltar o quanto antes.

Saio do quarto e encontro a minha sobrinha brincando com a minha mãe na sala. Ela está vestida com uma fantasia de princesa e segura uma varinha de condão na mão.

— Mãe, você pode cuidar da Helena um pouquinho? Eu vou tomar banho e me arrumar pra ir ao cinema.

— Claro, filha. Não demore muito, senão vai ficar tarde.

— Tia Mari, eu também vou com você! — ela diz com um sorriso.

— Eu sei, meu amor. Mas você precisa esperar um pouquinho, tá bom?

Dou um beijo na bochecha dela e vou para o banheiro.

Mando mensagem para Bruna e a chamo para ir junto com a gente. Bruna é minha melhor amiga e é um ano mais velha que eu.

Pego o meu celular e digito rapidamente:

" Ei Bru, bora pro cinema hoje? Eu vou levar a Helena pra ver aquele filme novo da Disney. Topa?"

Espero alguns segundos até receber a resposta:

" Opa! Claro que topo! Que horas vocês vão?"

" Quero ir na sessão das 18h. Você consegue chegar a tempo?"

" Sim, sim. Sem problemas. Te encontro lá na entrada, ok?"

" Ok. Até mais. Beijo."

"Até. Beijo. "

Guardo o celular e corro para me arrumar.Opto por uma calça jeans, uma camiseta do Mickey e um all star preto. Bem básico e confortável.

Visto as roupas e me olho no espelho. Estou satisfeita com o resultado. Não gosto de chamar muita atenção, prefiro ser discreta e simples. Passo um gloss nos lábios e um rímel nos olhos. Pronto, estou pronta para ir.

— Tia Mari, a Vó não me deixou ir de vestido porque disse que tá frio — fala enquanto faz beicinho.

— A sua vó tá certa. Tá muito frio e você tem que se agasalhar para não ficar doente!!

— Essa criança parece não sentir frio!!! Se não brigar, ela não coloca um casaco. Ela fez birra e só aceitou colocar porque eu disse que não ia deixar ela sair.

— Ainda bem que temos a senhora para cuidar da gente, mãe!

— E ainda assim vocês me chamam de chata.

— Mãe, deixa de ser dramática!! Estamos indo, voltamos logo!!

Dou um beijo na minha mãe, pego a Helena e vamos para o shopping.

Mariana

Chegamos rápido no shopping pois meu pai estava chegando da empresa e mandou o seu Josué, seu motorista, trazer a gente.

Entro no carro preto e espaçoso do meu pai e coloco Helena no banco de trás comigo. Ela está animada e não para de falar sobre o filme que vamos ver. Eu tento me interessar pelo assunto, mas confesso que não estou muito empolgada com a animação infantil.

Pego meu celular para enviar uma mensagem para Bruna, mas antes mesmo de começar a escrever a vejo sentada no banco que tem na entrada.

Bruna

Bruna está tão distraída conversando com um rapaz que nem vê quando me sento do lado dela.

Eu costumo dizer que ela é a simpatia da nossa amizade. Não que eu não seja simpática, mas ela tem muita facilidade em conhecer pessoas, enquanto eu me deixo ser vencida pela timidez.

— Oii, boa tarde! — Cumprimento os dois assim que me aproximo.

— Oi, amiga!! — Me dá um beijo — Quando você mandou mensagem eu estava saindo da casa da minha avó e decidi vir direto para cá. Acabei chegando rápido.

— Entendi. E eu enrolei para sair por pensar que iria demorar, você sempre se atrasa — Gargalho e ela sorri em concordância.

— Por isso mesmo decidi vir direto, só não contava que iria encontrar esse gatinho aqui do lado — Bruna fala, quase cochichando no meu ouvido, e aponta discretamente para o rapaz — E por falar nisso, amiga, esse aqui é o Léo. Acabei me esbarrando nele quando estava chegando e nós acabamos nos conhecendo. Estávamos esperando você e o amigo dele chegarem.

— Prazer, me chamo Léo… Obrigado pela demora — Ele ri e olha para a Bruna com admiração. Ele tem olhos verdes e cabelos castanhos claros. Ele me cumprimenta com um aperto de mão.

Fico sem jeito, e sorrio sem graça.

— Prazer conhecer você. Léo, não entendi porque agradeceu o meu atraso — Comento por ter ficado confusa.

— Porque se você tivesse chegado primeiro eu não teria conhecido a sua amiga — Léo sorri sem jeito e passa a mão no cabelo.

Nesse momento a Helena solta a mão da Patrícia e vem correndo. Patrícia é a babá da Helena e veio acompanhar a gente a pedido do meu pai, que pensa que eu ainda sou um bebê.

— Tia Mari, eu tô com fome — Helena fala assim que se agarra nas minhas pernas.

— Acabamos de chegar e você já tá com fome? Meu Deus — Sorrio sem acreditar. — Patrícia, você poderia levar ela para escolher o filme? Só vou me despedir deles e já encontro vocês

— Tá bom, Mari.

— Se comporta, mocinha! Obedeça a tia Pati — Falo com a Helena e me viro para continuar conversando.

Quando estou prestes a começar a falar, os meus olhos se cruzam com os olhos de um menino que vem na nossa direção.

Ele dá um sorriso ao notar que estou olhando para ele.

Não consigo descrever a sensação que sinto somente ao olhar para ele. É como se todos à nossa volta tivessem sumido e agora fosse só nós dois ali.

Sinto um frio na barriga e um calor no rosto. Ouço o meu coração bater mais rápido e o meu respirar fica mais ofegante.

Aparentemente os dois têm a mesma idade, por volta dos 19/20 anos.

— Fala, cara. — Leo o cumprimenta com um aperto de mãos — Agora sim, podemos comemorar mais um ano concluído na faculdade. Falta menos do que faltava.

— Nem fala. Ainda faltam alguns meses, mas vai acabar quando menos imaginar — Ele fala me encarando, e eu sinto o meu rosto corar — Decidiram trazer companhia para a nossa comemoração??

" O que está acontecendo comigo?? — Penso, confusa."

— Por sorte do destino me esbarrei na Bruna e estamos conversando enquanto te esperava. Essa é a Bruna e essa é a Mariana — Leo fala, apontando para nós duas com um sorriso.

— Oi, meninas! — Lucas fala, empolgado — Vão nos acompanhar na nossa comemoração??

Ele tem olhos castanhos e cabelos pretos. Ele veste uma camisa branca e uma jaqueta jeans. Ele tem um perfume suave e agradável.

Lucas:

— Eu não sei, a Mariana veio trazer a sobrinha dela no cinema e eu estou acompanhando elas. Se ela quiser ir nós vamos com vocês — Bruna me olha com um brilho nos olhos e uma expressão de malícia.

— Eu adoraria comemorar com vocês, mas já estou enrolando a minha sobrinha há mais de um mês, hoje não posso fugir… Amiga, se quiser pode ficar com eles, qualquer coisa te encontro depois do filme.

— Poxa, pensei que fosse ter a honra de conversar com você mais um pouco — Lucas me olha com um sorriso encantador e eu sinto uma onda de calor percorrer o meu corpo.

— Gostaria muito, mas vou ter que deixar para uma próxima oportunidade, se ela aparecer. — Respondo, sem jeito.

— Amiga, vou ir com vocês. Combinamos de assistir ao filme juntas e vou ficar sem graça de mudar o nosso combinado.

Eu sabia que se ela fosse comigo talvez nunca mais iria encontrar o Lucas, não podia arriscar. Sem dizer que ela ficou interessada no Léo e mesmo que ela não fale depois, sei que vai se chatear por isso.

— Não, amiga. Pode ficar. Eu vou levar a Lena para assistir ao filme com a Patrícia, sem problemas! Quando terminar o filme te ligo e se você estiver por aqui, te encontro de novo — Falo animada e ela percebe.

— Então tá bom, amiga — Bruna me abraça e sinto o seu perfume doce — Eu te amo, por isso — Cochicha e nós duas rimos.

Eu dou um sorriso e vou me despedir dos meninos.

— Vê se consegue voltar para ficar conosco depois do filme. Pode deixar que vou cuidar da sua amiga — Leo fala, e dessa vez me dá um beijo no rosto. Sinto a sua barba por fazer roçar na minha pele.

— Eu te espero, pequena — Lucas fala no meu ouvido e eu sinto um arrepio na nuca. Ele me abraça e eu me aconchego no seu peito.

Me desprendo do abraço dele, dou um sorriso e saio antes que eles percebam que estou corada mais uma vez.

Entro no shopping e caminho em direção ao cinema tentando entender o que foi isso que acabou de acontecer. Mil perguntas passam pela minha cabeça, nunca senti nada disso antes. a minha vontade era de voltar correndo e ficar o resto daquele dia junto com ele.

Ligo pra Patrícia e ela me diz onde elas estão. Logo encontro elas e entramos no cinema.

Helena comprou pipoca, chocolate, balas e suco de uva. Espero que ela não tenha dor de barriga (Risos).

Logo o filme começa e eu tento prestar atenção nele, mas a única coisa que me vem à cabeça é a cena dele me abraçando e dizendo que me espera... Estou me sentindo muito boba por pensar tanto nisso, pois logo me lembro que ele está na faculdade. A última coisa que ele se interessaria era por uma pirralha como eu.

Enquanto me perco em meus pensamentos meu celular vibra e vejo que é uma mensagem da Bruna

"Amiga, o amigo do Léo não pára de falar de você."

" Ai amiga! Eu tô aqui lembrando dele e não consigo prestar atenção no filme."

" Eu percebi como vc ficou vermelha e me surpreendi. Até que enfim alguém conseguiu mexer com essa cabecinha."

"Meu Deus, ficou tão visível assim?Não vou ter coragem de encontrar vocês!"

"Para com isso. Pelo jeito, você também mexeu com a cabeça dele. Vem logo. Te amo <3 "

"Também te amo. Estou ansiosa. "

Guardo meu celular e tento assistir ao filme.

"Deixa de ser ingênua, amanhã ele nem vai se lembrar de você! " — Grita meu inconsciente.

Após uma hora de uma imensa tortura, o filme termina e eu não sei dizer do que se tratava, pois minha mente estava nele.

— Patrícia, acho que está na hora de levar a Helena para casa — Comento ao ver a Helena coçar os olhos e dizer que está com saudades da minha mãe.

— Eu também acho, Mari. Essa mocinha já está morta de sono.

— Vou ligar pra minha mãe e avisar.

Respondo e pego o celular. Após o terceiro toque a minha mãe atende e eu decido fazer um charme para ela.

" Mãezinha..."

"Já sei que vai me pedir alguma coisa..."

"Sabe que a senhora mora no meu coração, né? — Solto uma risada ao perceber seu tom de voz debochado — A Bruna encontrou alguns amigos dela aqui no shopping e eles estão lanchando, mas a Helena está com sono e quer a vovó... Posso ficar mais um pouco? "

"Mariana, você sabe que o Josué vai ter que trazer elas duas... Como você vai voltar depois?"

"Eu pego um táxi, ou peço para um dos amigos da Bruna me levar"

"Não exagera. Me liga quando vocês estiverem vindo e eu peço para ele te buscar."

" Obrigada, mãe! A senhora é a melhor mãe do mundo, te amo."

Aviso a Patrícia que vou ficar mais um pouco e me despeço dela com um abraço. Ela me deseja boa noite com meus novos amigos e vai embora com a Helena .

Sigo para a praça de alimentação e ligo para Bruna, que me diz que eles estão em um barzinho dentro do shopping. O nome é Botequim da Esquina e fica no segundo piso, perto da escada rolante. Me apresso para encontrá-los.

No caminho, passo na frente de uma loja e vejo um vestido lindo no manequim. É vermelho, curto e justo, com um decote discreto e uma fenda lateral.

Entro para dar uma olhada mais de perto. Mês que vem é o meu aniversário e minha mãe sempre prepara alguma surpresa para comemorar. Quero ter a roupa certa para usar na surpresa que não é tão surpresa assim.

Na pressa, decidi não experimentar o vestido. Pego o meu tamanho, ou pelo menos é o que eu acho, pago e saio correndo para o barzinho. Espero que ele sirva bem em mim e que realce as minhas curvas.

Chegando lá, para a minha infelicidade, vejo uma loira sem graça sentada ao lado do Lucas. A loira tem olhos verdes, cabelos lisos e usa um decote que vai até o umbigo. Parece uma modelo de revista, mas sem personalidade. Bruna me vê, dá um sorriso empolgado e me chama para sentar ao lado dela.

Ela está sentada ao lado do Léo, a loira está sentada na frente da Bruna e o Lucas está sentado na frente do lugar vago. Eu me sento ali, tentando disfarçar o meu desconforto. Sinto um frio na barriga ao ver o rosto dele. Ele me cumprimenta com um sorriso encantador e eu sinto o meu rosto corado.

— Olha quem voltou! — Léo diz empolgado quando me sento — Garçom, traz uma bebida para a minha amiga aqui!

Eu peço uma coca cola, Léo pede outra torre de chopp, o garçom anota os pedidos e sai.

— Amiga, a gente estava aqui conversando sobre faculdade e eu contei dos nossos planos de irmos estudar fora. — Bruna fala, com um sorriso bobo nos lábios.

— Eu mal conheci a Bru e já sei que tenho pouco tempo para aproveitar a companhia dela.

— Nossa, você é empolgado mesmo. Acabou de conhecer a Bruna e já está pensando no futuro? — Debocho e Léo faz careta, me fazendo perceber o quanto ele é espontâneo — Nossos pais querem que a gente vá fazer faculdade fora do Brasil, acho que acabamos nos empolgando com a possibilidade.

Falo e percebo que Lucas está me olhando sério, enquanto a loira me olha com desdém. Eu desvio o olhar dele, sentindo um arrepio na espinha.

— Melhor coisa que vocês vão fazer. Aqui vocês não vão encontrar nada para vocês. — A loira olha para mim, olha para Bruna e debocha. Ela cruza os braços e joga o cabelo para trás, tentando parecer superior.

— Que feio! — Leo diz num tom debochado — Ao menos finja simpatia, garota!

— Estou sendo simpática, só estou aconselhando as meninas.

— Acho que ninguém aqui precisa do seu conselho, né? Até porque você não estuda fora. — Lucas fala impaciente e olha para ela com desprezo. Ele coloca a mão sobre a minha, na mesa, e me dá um sorriso gentil.

Quando ela pensa em responder, o garçom volta com os nossos pedidos e o assunto termina. Eu sinto o meu rosto corar e o meu coração acelerar. "Será que ele está realmente interessado em mim?"