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A Boa Amante

Capítulo 1

Uma floresta do Oregon, uma linda mulher loira com vestido vermelho justo em seu corpo magro sujo e com alguns rasgados no tecido, seus cabelos cacheados com resíduos de sujeira correm sendo perseguida e aos tropeços e caídas pela floresta em que ela foge pedindo ajuda por estar sendo perseguida.

- Socorro, alguém me ajude.

Alguém a persegue. Ela olha chorando para trás enquanto corre. Corta os braços se chocando aos galhos das árvores. Em uma olhada para trás, ela tropeça em um grande tronco caindo no chão.

Seu corpo frágil se arrasta para tentar escapar de quem a persegue. Ela chora desesperadamente e ao se aproximar de seu corpo virando-se para quem a persegue, ela suplica.

- Por favor, me desculpa. Por favor não me machuque.

Um par de mãos que estão cobertas por luvas pretas de couro se aproxima do seu pescoço e ela começa a se debater. Quanto mais ela se debate, mais as mãos apertam seu fino e delicado pescoço.

- Morra. – Era o que a pessoa que apertava seu pescoço falava entre os dentes com uma voz distorcida pelo mecanismo preso em sua garganta. A voz saia mecanizada.

As forças da bela mulher loira foi se esvair indo. Os seus espasmos de sufoco buscando o ar começam a ficar lentos. Seus olhos vão ficando pesados e com isso, vão se fechando.

Sua alma está deixando seu corpo. O último sopro de vida é dado. Ela morre estrangulada.

- Agora sim. Kkkkk. – Quem a estrangulou gargalha satisfeita pela sua proeza.

Levanta -se batendo os joelhos da calça para não ficar resíduo algum da terra a floresta e sai depois de verificar que a loira morreu deixando seu corpo inerte e sem vida ali.

Alguns metros de distância, a pessoa perseguidora, retira as luvas de couro das mãos. Um semblante satisfeito por ter se livrado daquela mulher foi libertador.

A mulher loira que morreu após ser perseguida, machucada e estrangulada, era na verdade Grace Preston uma garçonete de um pub no centro de Oregon. Não tinha família e era vista na cidade como a mulher fácil. Tinha seus vinte e cinco anos e sonhos que foram interrompidos por alguém que tinha muita raiva dela.

Ao chegar a sua picape vermelha, abre a porta do motorista e joga as luvas sobre o banco do passageiro. Um suspiro de alívio foi dado. Ela finalmente não estava em seu caminho mais. Se livrou de uma mulher insignificante e que ninguém iria procura-la.

Só que essa pessoa jamais imaginaria que ela tinha uma amiga que eram como irmãs biológicas. Ela estava preocupada na casa que dividiam o aluguel e as despesas. Havia ligado várias vezes para o celular da amiga.

Nenhum retorno era dado. Só caia automaticamente em caixa postal. Próximo ao local em que sua picape estava estacionada, um casebre de madeira era onde Grace foi parar. Seus pertences estavam todos lá. O celular estava desligado por falta de bateria.

Sua amiga estava tão preocupada que foi a delegacia falar com o Xerife John Osmond. Mas devido ao histórico de sua amiga não ser de um tanto certinho, ele não pôde fazer imediatamente as buscas sem ao menos ter as vinte e quatro horas do seu desaparecimento.

A picape saiu dali cantando poeira com a velocidade que saia daquela floresta e da frente daquele casebre. Antes de sair, pegou os pertences da moça que havia morrido e deixada na floresta, mas em seu súbito ato rápido, não percebeu que o celular dela caía atrás de um móvel em que os seus pertences estavam em cima.

Ao entardecer quase anoitecendo, um casal que vinha para acampar neste lado da floresta estava feliz e preparado para montar a barraca. A moça que estava feliz começou a andar de costas olhando para seu amado e sorrindo até que tropeça em algo caindo de costas. Ao olhar o que era que a fez cair, ela fica pálida e começa a gritar.

- Ahhhh socorro!

Rapidamente, seu amado que estava terminando de montar a barraca, corre em sua direção desesperado. Ao olhar para o rosto de sua amada, ele segue com seus olhos em direção ao que ela está olhando e tremendo de medo.

Ainda está claro onde se encontram. O fim dos raios solares para dar lugar a luz da lua estava ainda presente. Seu amado tremula como ela, acusando-a se levantar, imediatamente ele com suas mãos trêmulas, pega seu celular do bolso da calça.

- Delegacia de Polícia Stuart falando.

- A...A...alô eu queria comunicar uma morte senhor. – Sua voz era trêmula e com uma respiração ofegante e coração errando na batida, o fazia ficar nervoso ao telefone.

- Qual a localidade, prossiga com a ocorrência.

- Eu e minha namorada estamos acampando aqui na floresta do Oregon perto das colinas, há um corpo de uma mulher morta aqui senhor.

- Ok, estou mandando uma viatura imediatamente para aí. Sugiro que fique com sua companheira onde estão para averiguação dos fatos.

- Sim senhor.

Assim que encerram a ligação, o policial Stuart envia uma viatura que estava ali por perto fazendo uma ronda. Ao chegar ao local, logo foi isolado e com isso, o casal que estava ali foi tomado o depoimento.

O corpo foi identificado por Taylor Smith amiga de Grace Preston. Identificou com muito pesar em seu coração de que sua amiga foi brutalmente assassinada, havia ido ao prédio forense em que o legista que havia recolhido o corpo e evidências juntamente com os demais policiais, fizeram com que ela a reconhecesse naquela sala fria com sua amiga deitada sobre a bandeja de alumínio com uma etiqueta no dedão do pé com um número como uma carne para ser vendida em um açougue e a mesma se encontrava com lábios roxos e pele totalmente pálida. Infelizmente ainda não tinha o culpado em mãos, mas o Xerife daquele distrito, com certeza não descansaria até encontrar quem havia matado aquela moça e deixado seu corpo ali jogado naquela floresta.

Após o ocorrido com Grace Preston, a cidade ficou em polvorosa com o acontecimento. Uma pequena cidade que não tinha violência alguma, se tornou um palco de um assassinato brutal de uma jovem, percorrendo toda Oregon e outros distritos e que nem sinal do assassino em questão, deixando todos apreensivos e se recolhendo mais cedo do que o normal em suas casas. E assim, foi percorrendo os dias naquela até então não mais pacata cidade.

^^^Continua...^^^

**Bom meus amores estou de volta com mais uma obra de minha autoria. Deixo aqui registrado que, estarei postando os capítulos em dias alternados. Ou seja, o próximo capítulo, será postado no domingo dia 03/07.

Não deixem de curtir, compartilhar, me seguir e seguir meu IG @abruxaestasolta e favoritar para ficarem ligados quando estiver novos capítulos e outras obras postadas.

não deixem de ler:

A MAGIA DA SEDUÇÃO PARTE 1 (COMPLETO)

A MAGIA DA SEDUÇÃO PARTE 2 - MAIS HOT DO QUE NUNCA. (COMPLETO)

A MAGIA DA SEDUÇÃO PARTE 3 - O HOT QUE ME LIBERTA (EM ANDAMENTO)

ATRAÇÃO PERIGOSA (COMPLETO**)

Capítulo 2

Dois meses depois...

Melanie Brooks com seu carro abarrotado de caixas seguia por uma estrada de Massachusetts sentido Oregon.

Uma linda moça de uns 25 anos, cabelos vermelhos como fogo cacheados na altura do meio das costas, corpo com curvas volumosas nos lugares certos, olhos de jabuticaba penetrantes e há mais ou menos uns seis meses em reabilitação alcoólica.

Há seis meses atrás, ela perdeu sua carreira, casa, namorado e família por causa do seu vício em álcool. Os amigos não eram verdadeiramente amigos, já que ao largar seu vício a abandonaram por serem na verdade parceiros de baladas e bebedeiras.

A única pessoa que lhe estendeu a mão para sair desse abismo, foi sua melhor amiga Amanda Prescort que mora no Oregon e que se dispôs a fazer com que seus pais estendessem-lhes a mão e a internasse em um centro de reabilitação, o que por seis meses, se mantinha sóbria e pronta para seguir seu caminho.

Durante seu trajeto, ela lembrava de como foi chegar ao fundo do poço. Se não fosse sua amiga a lhe proporcionar um novo começo, ela jamais sairia daquela cidade em que as más companhias ainda a cercavam para retomar a velha Melanie de antes.

FLASHBACK ON

O bar da Lenny estava mais uma vez cheio, estava eu com meus amigos de farra. Estávamos no décimo ou vigésimo drink, nem lembro quantos já tinham sido. Cada vez mais que bebia, mais as doses aumentavam pois a quantidade conforme passava o tempo, já não surgia tanto efeito de me entorpecer.

- Vira, vira, vira. A êêê. – Todos em uníssono vibrando comigo e Peter disputando quem virava mais.

Nessa brincadeira, viramos muitas doses e saí de lá rindo e cambaleando com os que pensava serem meus amigos.

Peter me agarrou de repente me fazendo cair sobre seu corpo robusto. A única coisa que me lembrava antes de apagar.

Acordei em um quarto todo branco com uma mesa de metal na frente da cama, uma TV presa na parede ligada. Estava passando algo relacionado a esportes. Olho para os lados e reconheço ser um hospital. Uma porta se abre e adentra uma jovem bonita. Era uma médica.

- Olá senhorita como está? – Ela pergunta checando o soro que está ligado a um acesso na minha mão esquerda.

- Estou com dor de cabeça e na barriga. Onde estou?

- No hospital Central. Você tem sorte de ter se salvado. O rapaz que dirigia o carro está em coma.

Me assusto com o que ela fala e arregalo os olhos incrédula com o que acabava de ouvir.

- O Peter Callegh está em coma?

Ela assente com um olhar pesaroso.

- Sim senhorita Melanie Brinks. O acidente foi feio. Vocês jovens dirigem embriagados e se acham os donos do mundo. A senhorita estava com um grau elevadíssimo de álcool no sangue. Por sorte, não era a senhorita quem dirigia, senão estaria em maus lençóis agora.

- Como assim doutora?

- O carro em que estavam bateu em uma mureta na estrada, deslizou e bateu em um carro que vinha na outra estrada e infelizmente a mulher que estava dirigindo faleceu no local. Já os filhos, um está na UTI pediátrica em estado grave e o outro também teve sorte como a senhorita com pequenos arranhões.

Não acreditava no que ouvia, não queria acreditar que havia acontecido esse estrago todo.

FLASHBACK OFF

A partir daquele dia em diante, Melanie entrou para o AA, começou a fazer algumas terapias ocupacionais e ficou dois meses em reabilitação em uma clínica. Até o dia em que recebeu a proposta de sua amiga Jane Long a ir para uma cidade pacata do Oregon. Desde que iniciou seu vício em álcool, perdeu emprego, amigos e parentes. Até o belo namorado Ronald se afastou dela não suportando tudo o que o álcool proporcionou a ela.

Lembrando de todo o acontecimento, o limite de velocidade permitido na estrada era de 80km/h e ela estava em 100. Um patrulheiro que estava em seu dia de plantão na estrada, viu que ela estava em alta velocidade além do permitido naquela área.

Inicia-se assim uma perseguição. Ele liga sua sirene e então sinaliza para que ela encoste seu carro no acostamento. Quando se dá conta de que o policial está pedindo para que encoste seu carro, ela o faz.

Um jovem de corpo musculoso em que sua farda se acocha em suas pernas e peitoral aparentando para quem vê, que cuida e muito de seu corpo. Com seu chapéu e óculos escuros, ele se aproxima do seu carro lentamente.

Olhando pelo espelho retrovisor, Melanie morde seu lábio inferior suspirando por ver uma miragem mesmo de farda em sua direção. Pele bronzeada, lábios carnudos, cabelos encaracolados pretos. Definitivamente uma perdição.

Com a janela do carro aberta, eles se entreolham. Ambos sentem uma química forte naquele momento. Ele engole em seco, afinal, não é todo dia que se vê uma ruiva de pele alva, cabelos cacheados, olhos penetrantes cor de jabuticaba e boca vermelha feito um morango.

Ele se recompõe.

- Documentos e documentos do veículo senhora.

- Um momento por favor. – Pegando do porta-luvas, ela o entrega com um sorriso tímido. - Aqui está.

Analisando os documentos, ele vê que não há nada de errado, mas a adverte.

- Nessa área só é permitido dirigir à 80km/h e a senhorita estava acima do permitido. Para onde está indo assim com tanta pressa senhora Brooks?

- Estou indo para o Oregon em Cascade Locks seu guarda.

- Porque de tantas caixas no banco de traz senhorita. O que há nas caixas?

Ela sorri e cora.

- São minhas coisas. Estou de mudança para cá. Me desculpe, realmente não percebi que estava acima do limite permitido.

- Tudo bem. Pode seguir viagem e fique atenta ao limite permitido. A senhora pode seguir viagem. Aqui está seus documentos.

Pegando os documentos das mãos dele, os dedos se encostam e sentem algo ppercorrer pelo corpo deles. Ela sorri e agradece.

- Obrigada seu guarda.

Segurando a aba do seu chapéu, ele desce delicadamente até os seus óculos e ao retirar, ela pode ver o quanto ele é ainda mais bonito. Olhos cor de mel que a fazem se perder por alguns segundos até ser interrompida por ele, que sorri de canto de boca e lhe diz seu nome.

- É sargento Paul Holling senhora.

Ela assente e sorri.

- Obrigada senhor Paul Holling, ah, eu sou senhorita e não senhora só para constar.

- Tudo bem senhorita. Nos vemos em breve.

Colocando os óculos novamente de forma sexy, ela olha abismada com tamanha sensualidade emanada de um homem só. Ele se afasta do carro e a mesma dá a partida seguindo viagem.

Ele a vê partir e suspira profundamente e se leva em pensamentos.

“Espero mesmo que nos encontremos novamente linda mulher”

Ela olha pelo retrovisor e sorri. “Espero que ele não seja casado e que nos encontremos logo para aonde vou”. Um sorriso travesso ela dá e liga seu rádio sintonizando em uma transmissão de músicas românticas.

Segue viagem atenta e Paul continua em sua ronda na estrada. Não demora muito, ela chega na cidade.

Um lugar pequeno e pacato que a deixa feliz em finalmente poder recomeçar sua vida ali. Segue até o endereço que sua amiga lhe enviou da casa em que ela ficará morando próximo ao mercado e ao consultório em que ela trabalhará. Melanie é uma fisioterapeuta muito boa. Afundou sua carreira por um segredo que guarda a sete chaves que nem essa sua amiga Jane sabe e que por isso a levou ao vício.

A casa é simplesmente linda e aconchegante. Com uma cerca de madeira azul e um belo portão com flores e trepadeiras em toda a sua extensão. Ela estaciona na garagem seu carro e segue até a casa. Adentra no seu novo lar e se apaixona a primeira vista.

Um bilhete sobre a mesinha no hall de entrada é deixado para ela por sua amiga Jane.

“Minha amiga querida, estou te desejando ótimo recomeço e que você encontre um amor assim como eu encontrei o meu na cidade. Sinta-se em casa e mais tarde nos encontramos, virei te visitar assim que se instalar, ah, não tem comida na geladeira e nem na dispensa. Beijos Jane.”

Ela sorri. Como o mercado fica perto da sua casa, ela resolve ir andando para comprar algumas coisas iniciais para a casa.

Por onde ela passa, todos a olham curiosos. Duas senhoras sentadas em um banco, cochicha a deixando desconfortável. Tudo o que Melanie menos quer, é ser o centro das atenções. Suspira dando de ombros e segue adiante.

Dentro do mercado, ela segue em algumas seções comprando alguns materiais de limpeza e comidas para uma semana. Irá comprar depois a compra do mês.

Passa pelo caixa após comprar tudo o que precisava. Coloca no carrinho as sacolas e a atendente lhe indaga.

- É nova aqui né?

- Sim.

- Me chamo Cora Felds e você?

- Sou Melanie Brooks prazer.

- Muito prazer. Aqui está sua notinha. Tchau.

- Tchau.

Ela empurra seu carrinho até o local dos outros e retira suas sacolas. Um belo homem entra no mercado no momento em que ela está saindo, eles se esbarram e Melanie quase cai. Ele envolve seus braços em sua cintura. Seus olhos se cruzam. Ele sorri.

Melanie está em choque com o que acabou de acontecer. Ajudando-a ficar na posição que estava, ele a examina de cima a baixo e a pergunta.

- Você está bem?

- Sim, obrigada. Com licença.

Passando por ele cabisbaixa, ele segura em seu braço. Sussurra em seu ouvido, causando uma sensação desconhecida por ela.

- Não vai pelo menos me dizer seu nome?

- Melanie e o seu?

- John, meu nome é John Luker.

Ela sorri e acena em afirmação. Se desvencilha do seu aperto e segue adiante. Ele sorri por ver uma linda mulher na cidade. Segue adiante para os setores no mercado, enquanto a mesma segue para sua casa. Ela fica a pensar no belo homem que esbarrou.

Continua...

Capítulo 3

Colocando os produtos de limpeza no armário abaixo da pia da cozinha, Melanie arruma o restante dos itens que comprou no mercado nas prateleiras e geladeira.

Ela suspira pensando no policial e no rapaz que esbarrou no mercado mais cedo. “Como pode existir tão belos homens e logo no mesmo dia conhecê-lo?”, seus pensamentos lhe permitiram ver que foi muita sorte estar ali recomeçando e quem sabe ter alguém para compartilhar momentos de felicidade em um relacionamento.

Mas Melanie logo se entristece lembrando do seu segredo que guarda a sete chaves. A vontade de beber a consome nesse momento. Ela resolve ligar para um dos seus padrinhos no AA para não esmorecer e cair na tentação de uma recaída.

- Mel o que houve querida? – Seu padrinho a responde no segundo toque com uma voz sonolenta.

- Ah Carl desculpe, mas precisava falar com alguém antes que... – Sua voz embarga.

Ela não consegue completar a frase, mas Carl a entende. Está ali para ela e sabe bem a força de um vício em querer fazer com que o viciado se recaia em sua própria armadilha. Carl suspira e fala com uma voz doce e tenra.

- Não se preocupe Mel, sabe como é, um velho que chega na idade de dormir a toa. Mas não se preocupe, sabe que estou aqui para ajuda-la sempre. Me conte o que foi? – Carl preocupado a indaga.

Com os olhos inundados em lágrimas, ela suspira pesadamente e fala com tristeza e amargor.

- São coisas das quais no meu passado que me fizeram afundar em um abismo e o álcool sempre foi o refúgio que encontrei para suprir essa dor. Por um momento eu achava que poderia ser feliz, mas vejo que é impossível. Tive vontade Carl, muita vontade. Mas felizmente eu consegui dessa vez não recair

- Calma Mel, você pode ter tido essa vontade, mas preferiu não cair na tentação de fraquejar e deixar o vício ganhar essa batalha. Você me ligou e isso é o mais importante. E eu estou aqui para te ajudar. Mas saiba que você ainda será muito feliz Mel.

Ela nega com a mão apertando sua boca para reter o nervoso e vontade de cair em tentação e beber. Carl continua.

- Mel, sei que você está com muita vontade de beber, mas precisa ser forte e lembrar sempre que você controla sua vida e não o vicio a controla. Não pode deixar se abater e nem recair sobre isso. Você acha que não pode ser feliz, mas o dia que resolver se libertar disso que você guarda em seu coração, com certeza você será livre. O mais importante agora é você procurar um psicólogo aonde você está recomeçando. Precisa desabafar com alguém Mel além do seu padrinho que você ainda não confia em contar o que lhe aflige já que a chave do seu problema, é esse.

Ela suspira e assente.

- Tudo bem Carl, você está certo. Eu preciso falar com alguém. Preciso falar com alguém e vou falar com um psicólogo aqui na cidade não se preocupe. Como sempre falamos, “um dia de cada vez”.

- Isso mesmo garota. Um dia de cada vez. Bom, sempre que quiser me ligar fica a vontade. Mas antes, vou te recomendar que ligue para uma pessoa próxima de onde está que será seu padrinho também. Apesar de jovem, ele te ajudará muito estando ao seu lado. Ele é um policial na cidade. Vou te passar por mensagem o numero dele, ele se chama Stuart Holling.

Ela empalidece e aperta o celular em sua mão trêmula. Sua respiração fica ofegante ao lembrar do sobrenome do policial que a parou na estrada. “Meu Deus, não pode ser!”, Melanie pensa consigo mesma que será que eles são parentes? Seria muita coincidência.

- Mel, você ainda está aí? Mel. – Carl percebendo o silêncio e ouvindo uma respiração estranha do outro lado da linha se preocupa.

Retornando aos seus sentidos por ouvir a voz de Carl em seu ouvido a chamando preocupado, ela o responde.

- Não se preocupe Carl, estou bem eu ouvi sim. Mas repita para mim por favor o sobrenome desse Stuart.

- É Holling porque, você o conhece? – Carl a indaga.

Ela nega.

- Não. Só achei muita coincidência conhecer um patrulheiro hoje com o mesmo sobrenome que o dela na estrada.

- Ah, deve ser o irmão dele Paul. Excelente rapaz. – Ele fala descontraidamente e Melanie cora e sorri.

- Bem, vou lhe mandar o numero dele e é melhor estar com alguém por aí perto para um socorro imediato e pessoalmente.

Ela assente.

- Concordo Carl. Mas vou continuar ligando para você sempre também hein!

Ele gargalha.

- Com certeza minha menina, sabe que a tenho como filha e pode me ligar sempre. Agora, me diga, você está bem?

- Sim. Depois de conversarmos estou melhor, obrigada. – Melanie sorri mais calma.

Carl suspira tranquilo.

- Isso é muito bom minha filha. Mas não esqueça Mel, tudo isso, não é da noite para o dia que vai conseguir superar esse obstáculo na sua vida. Sempre entre no mundo do espírito e com isso, cultive sempre a compreensão e eficiência. Querer fraquejar, não é motivo de achar que está derrotada. É apenas uma forma de dar a volta por cima e superar o que quer que seja a estar tentando fazer se recair. Para isso, procure o psicólogo o quanto antes e lembre-se...

Os dois em uníssono repetem.

- Um dia de cada vez.

- Muito obrigada Carl. Eu preciso ir. Vou a uma lanchonete aqui perto e conhecer o lugar.

- Tudo bem jovem menina. Mas qualquer coisa, é só me ligar e não deixe de falar com o Stuart, ele já sabe sobre você, é meu dever procurar alguém perto para te auxiliar.

- Está bem. Até meu padrinho.

- Até minha afilhada.

Ao encerrar a ligação, Melanie se sente mais relaxada e otimista em enfrentar o que vem pela frente. Vai até o banheiro do seu quarto e toma um belo banho, se arruma colocando um short jeans rasgado na coxa e uma camiseta regata branca justa em seu corpo, rabo de cavalo, maquiagem leve e um tênis branco confortável.

Pega as chaves do seu carro no suplair que há na cômoda do seu quarto e sua bolsa de couro estilo carteiro.

Antes de sair, ela suspira coloca um belo sorriso em seus lábios e sai rumo a lanchonete mais famosa “Hold’s Burguer” no centro da cidade de Cascade Locks. O lugar estava animado. Com vários carros no estacionamento e parecendo haver uma batalha de sons e danças entre os jovens da cidade.

Algumas garçonetes servindo-os do lado de fora da grande lanchonete e ao invés de Melanie sentar-se em uma das mesas que cercam a frente do estabelecimento, ela resolve adentrar para ficar mais confortável longe dos gritos e barulho alto dos sons.

O sino sobre a porta anuncia sua entrada e Taylor Smith que está no balcão a vê e sorri caminhando na direção com um bule de café e uma xícara em que ela se acomoda na mesa no canto, perto do acesso que dá ao banheiro.

Assim que se senta, ela pega o cardápio e olha as delícias que ali servem. Taylor coloca a xícara sobre a mesa e despeja o café sobre a mesma. As duas se entreolham e Taylor a indaga.

- Está de passagem ou é nova na cidade?

- Nova na cidade. É tão evidente assim?

Ela sorri e assente.

- Sim, cidade pequena sempre tem dessas. Qualquer novato ou forasteiro que venha de passagem, já sabemos, - Ela dá de ombros.

- Entendo. – Olhando para o crachá no uniforme, ela a agradece. – Obrigada Smith?

Ela sorri.

- Obrigada pelo quê gata? Sim, meu nome é Taylor, Smith é meu sobrenome. O seu nome é?

- Melanie Brooks.

- E aí já sabe o que pedir?

- Quero o completo da casa e um suco de laranja.

- Ok, mas e você faz o que?

Antes que ela responda, o dono da lanchonete grita Taylor do balcão a fazendo revirar os olhos e bufar descontente.

- Taylor, como é, os pedidos precisam ser despachados e você aí de conversa fiado garota. Anda logo, eu não pago você para conversar e sim fazer o seu trabalho.

- EU JÁ TÔ INDO.

Melanie ri da situação. Acha engraçado o torcer de boca que Taylor dá e assopra para sua franja bufando de raiva. Ela sorri para ela e sai a deixando esperando por seu pedido.

Taylor serve as outras mesas e assim que seu pedido está pronto, ela leva até a mesa de Melanie que olha pela grande janela em direção aos adolescentes que se divertiam como se não houvesse o amanhã. Estava tão distraída, que tomou um susto quando sentiu uma mão sobre seu ombro. Ela ficou logo pálida e deu um pulo do assento em que ela estava. Taylor a olha com vergonha pelo susto causado e se desculpa.

- Desculpa, mas não queria te assustar, estava te chamando e você não ouviu. Estava tão hipnotizada com eles lá fora que nem me ouviu.

- Tudo bem, já passou. Obrigada. – Ela sorri amarelo.

Taylor aproveita que todas as mesas foram servidas e senta-se frente a Melanie que a olha em interrogativa por sua ousadia em se sentar sem ser convidada.

- E então, você nem disse o que faz?

Dando um gole no copo de suco, ela sorri e com uma batata frita sendo direcionada a sua boca, ela fala antes de comê-la.

- Eu sou fisioterapeuta e massagista.

- Para TUDO! Você então é a que vai trabalhar naquele prédio que reconstruiu e que agora vai ter vários tipos de médicos gatos? Fora que gata, você linda desse jeito, vai com certeza ter uma longa fila para suas mãos que devem ser mágicas. Kkkkkk – Ela gargalha maliciosamente.

Melanie acenando com a cabeça, sorri junto com ela vendo que o quanto ela é engraçada, é bem maluquinha.

- Você é sempre assim? – Ela a indaga e Taylor a olha surpresa.

- Assim como?

- Digamos que exótica kkkkk. – Ela ri e dá de ombros.

- Ah menina sou sim. Mas já fui pior se não tivesse perdido uma grande amiga a pouco tempo.

- Eu sinto muito. Mas o que aconteceu?

- Ela foi assassinada.

- Nossa, nem sei o que dizer, mas como foi isso? Me desculpe ser tão intransigente, se não quiser falar tudo bem.

- Não se preocupe, mas prefiro por enquanto não comentar sobre isso, está muito recente ainda.

- Tudo bem entendo. Então vamos mudar de assunto? – Ela sorri animando a nova amiga que estava com um semblante triste ao se lembrar da sua amiga.

- E então, você está morando aonde?

- Perto da clínica. Minha amiga me cedeu uma casa ali perto. Ela é dona do prédio e me convidou para vir para cá e aqui estou.

- Ah, então você é amiga da Amanda Prescort?

Seu semblante se torna frio ao falar da sua amiga. Ela não entende bem o que aquilo significava, mas não iria ainda entrar em detalhe sobre isso, mas assente ao falar da amiga.

- Sim, somos amigas desde a faculdade e seu nome na verdade é Amanda Jane Prescort.

- Entendo. E você conhece o marido dela Daniel?

- Não, ainda não o conheci. O que foi Taylor, que cara é essa ao falar do marido dela?

- Nada não. Só toma cuidado com ele está bem. Minha amiga que morreu não me ouviu quando disse sobre ele e agora não está mais aqui.

Com os olhos arregalados e curiosa indaga Taylor.

- Como assim Taylor. Você pode me explicar o que houve?

Taylor percebendo que falou demais, resolve desconversar e se levanta para voltar ao trabalho.

- É melhor deixar para lá Melanie. Daqui a pouco eu termino meu turno, eu moro na cidade vizinha. Se você quiser, podemos ir até lá numa boate que inaugurou hoje o que acha?

Suas mãos começam a suar, ela fica logo nervosa. A palavra boate já a faz lembrar do passado que ela quer esquecer. Principalmente porque lá terão bebidas das quais ela quer manter distância. Taylor nem se deu conta do nervosismo da sua nova amiga em sua frente. Suspirando profundamente, ela fecha os olhos e lembra das palavras do seu padrinho “para seguir seu caminho, muitas vezes você será testada e precisa de força para seguir adiante e superar, você pode ir a todos os lugares que frequentava, mas é preciso muita determinação para não se deixar cair em tentação e recair”. Taylor a olha como se estivesse vendo um ET na sua frente, ela cruza os braços esperando a resposta. Não demora muito, Melanie abre seus olhos e com um sorriso, olha para sua amiga e diz.

- Claro, porque não. Só não bebo bebida alcóolica. Tudo bem?

- Está bem. Até porque você está dirigindo não é?

Ela sorri e assente pelo que sua amiga acabava de falar. não queria dizer a ela que é uma alcóolatra em recuperação. Custou tanto depois de muito tempo, encontrar amizade sincera sem interesse em somente pela bebida ou amigos bonitos e dinheiro para proximidade.

- É isso mesmo. E mesmo assim, não bebo.

Ela dá de ombros e sorri saindo rebolando pelo que Melanie acabava de falar.

Ela termina seu lanche e espera na saída próximo ao seu carro por Taylor que não demora e logo sai com seus longos cabelos soltos, um vestido de costa nua curo e justo em seu corpo realçando suas curvas e sapatos de salto agulha da mesma cor do vestido vermelho. Melanie sorri e incrédula se olha e vê que precisa trocar de roupa também.

- Uau, está linda Taylor.

- Obrigada gata, mas você não vai assim não né? – Com seu dedo indicador, ela aponta na direção de Melanie mirando-a por todo seu corpo e ela sorri negando.

- Claro que não mulher. Estarei a sua altura para te acompanhar na boate. Relaxa.

Elas gargalham e entram no carro. Ao saírem da lanchonete, elas seguem rumo a casa de Melanie. Durante todo o caminho, elas conversam sobre várias coisas e sonhos que Taylor pretende ainda realizar. Não demora muito, chegam em casa. Taylor elogia a bela casa e espera por Melanie na sala com um refrigerante em mãos.

Melanie veste um vestido preto justo na altura das coxas delineando todo seu corpo de mangas de renda com um decote em V deixando seus seios mais sexys. Uma maquiagem que marca bem os olhos e boca, um coque preso em uma presilha de pérolas, sandália dourada de salto agulha amarrada na panturrilha.

Ao descer as escadas, Taylor fica boquiaberta em ver que sua nova amiga é muito bonita e estava extremamente sexy.

- Menina do céu, os homens cairão matando hoje em você. Espero que deixe alguns para mim.

Elas sorriem e Melanie dispara.

- Quê isso. Você também está um arraso, e então, vamos?

- Com certeza.

Elas riem e vão para a tal boate na cidade vizinha em que Taylor está morando desde a morte da sua amiga. Ao chegarem no estacionamento, veem uma longa fila de espera na entrada. Taylor avista que um dos seguranças é um ex peguete dela Cloud. Apesar de não terem mais nada um com o outro, Cloud sempre teve vontade de ficar com ela novamente, mas devido ao seu ciúme, Taylor terminou com ele, mas ainda nutria sentimentos pelo mesmo também.

Taylor se aproxima dele com sua mais nova amiga apresentam um para o outro e ele as deixa entrar como VIPS. Melanie percebe a tensão entre eles quando elas entram, ela pergunta sua amiga o que rola entre eles.

- Taylor, o que rola entre você e o Cloud?

- O que! Nada menina. Por que?

- Percebi que há algo entre vocês. Só isso.

- Depois te conto. Vem vamos nos divertir.

- Vamos sim.

Taylor abraça o ombro de Melanie e as duas seguem até a pista de dança e começam a dançar sensualmente antes de subirem até a área Vip para beberem.

No embalo em que elas estão dançando, Cloud se aproxima das meninas e sussurrou no ouvido de Taylor a deixando corada e arrepiada com sua voz grossa e rouca, logo ele saiu deixando -as ali dançando, enquanto ele voltava ao trabalho.

Elas se cansam e resolvem subir para a área vip e sentam-se em uma mesa perto do corrimão em que dava para ver tudo ao redor e a pista de dança. Pediram coquetéis de frutas e Melanie optou pelo sem álcool e Taylor por um com Gim.

Estavam rindo e conversando nem se dando conta de que arrancavam olhares de todos por perto delas. Mulheres com um certo ciúme e despeito e de homens que as cobiçavam.

Dando um último gole da sua bebida, ela sussurra no ouvido da amiga que vai ao banheiro. Taylor concorda e resolve espera-la ali mesmo enquanto observa os lindos homens que estão em outra mesa a olhando.

No corredor que dá acesso aos banheiros, ela esbarra em uma parede de músculos em sua frente ao se libertar da multidão que a cercava. Ao olhar em direção a quem ela bateu seu corpo de encontro ao dele, não acredita em quem ela vê.

- Você?!

Um sorriso largo ele dá para ela. Não acredita que a encontraria naquela boate depois de se verem mais cedo.

- Oi Melanie.

^^^Continua...^^^

*Xiii e agora, quem será que ela esbarrou indo ao banheiro? Qual será o segredo que nossa querida Melanie guarda a sete chaves?

Dia 07/07 quinta-feira tem mais capítulo para vocês!

Beijos bruxescos e não deixem de seguir meu IG para novidades e quem sabe spoilers dessa história kkkkk @abruxaestasolta*

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